PLANTAS MEDICINAIS

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As plantas sintetizam compostos químicos a partir dos nutrientes, da água e da luz que recebem.
Os componentes químicos produzidos pelas plantas são os PRINCÍPIOS ATIVOS que lhes conferem atividade terapêutica.
As substâncias ativas das plantas medicinais são de dois tipos:
1. Produtos do metabolismo primário
2. Produtos do metabolismo secundário
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As substâncias medicinais resultam do metabolismo secundário.
As substâncias ativas não se encontram na planta em estado puro, mas sob a forma de complexos.
Uma mesma planta pode ter várias substâncias ativas, das quais uma ou um grupo são responsáveis pela ação principal.
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Os princípios ativos distribuem-se pelos diferentes órgãos das plantas de forma desigual, em função da especialização das células.
Eles estão concentrados em maior quantidade em determinadas partes da planta.
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As plantas não apresentam uma concentração uniforme de princípios ativos durante todo o seu ciclo de vida.
A época da colheita interfere no teor de princípios ativos.
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Os grupos de princípios ativos mais importantes são:
Ácidos orgânicos
Alcalóides
Antraquinonas
Compostos inorgânicos
Cumarinas
Flavonóides
Glicosídeos cardiotônicos
Mucilagens
Óleos essenciais
Saponinas
Substâncias amargas
Taninos
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ÁCIDOS ORGÂNICOS
	Estão presentes em muitas plantas, conferindo a elas um sabor ácido e propriedades medicinais.
	Têm importante papel no metabolismo primário, ou seja, na fotossíntese e na respiração.
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	De modo geral são laxativos e diuréticos.
Cítrico, Málico e Tartárico
Salicílico
Oxálico
Graxos
ÁCIDOS ORGÂNICOS
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São abundantes em frutos e bagas e têm como função limpar a cavidade bucal, pois aumentam a secreção de saliva.
Apresentam sensação de frescor diminuindo o número de bactérias causadoras de cáries e infecções bucais.
Cítrico, málico e tartárico
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ÁCIDO CÍTRICO
ÁCIDO TARTÁRICO
ÁCIDO MÁLICO
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Salicílico
Têm função anti-inflamatória,
Analgésica e
antipirética.
ÁCIDO SALICÍLICO
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Oxálico
É um dos mais abundantes no mundo vegetal.
Está associado ao potássio e ao cálcio.
ÁCIDO OXÁLICO
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Ácidos Graxos
Juntamente com a glicerina, é o principal componente das gorduras.
ÁCIDO OLÉICO
ÁCIDO LINOLÉICO
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Ácido Linoléico
Nosso organismo necessita, porém não produz por si mesmo.
É extraído do girassol, noz etc.
C18H32O2
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Ácido oléico
Principal componente do azeite de oliva.
Contribui para regular o nível de colesterol.
C18H34O2
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ALECRIM
(Rosmarinus officinalis)
contém ácido rosmarínico
Antiinflamatórias e antioxidantes
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CANA-DE-MACACO (Costus sp) contém ácido oxálico
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Alcalóides
	São compostos com propriedades alcalinas, conferidas pela presença de nitrogênio amínico.
	Atuam na reserva para síntese de proteínas, proteção contra insetos, estimulam e regulam o crescimento, o metabolismo interno e a reprodução.
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Alcalóides
No corpo humano, os alcalóides atuam como calmante, sedativo, estimulante, analgésico e anestésico.
Cafeína, Morfina, Atropina, Quinina, Hiosciamina, Pilocarpina.
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PAPOULA (Papaver somniferum) contém morfina (anestésico)
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CAFÉ (Coffea sp) 
contém cafeína (estimulante)
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JABORANDI (Pilocarpus microphylus) contém pilocarpina (indicada como colírio)
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TROMBETEIRA (Datura stramonium) contém hiosciamina (analgésico)
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Antraquinonas
São compostos que têm ação purgativa, estimulando os movimentos peristálticos dos intestinos.
Mulheres grávidas e pessoas com hemorróidas não devem utilizar plantas que contêm antraquinonas.
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BABOSA (Aloe vera) contém aloína (laxante)
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Compostos inorgânicos
São compostos constituintes dos vegetais que formam as cinzas ou resíduos, sem a matéria orgânica.
Os mais importantes são os sais de cálcio e de potássio.
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CANA-DE-MACACO (Costus sp) é muito rica em potássio.
É excelente Diurético
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CAVALINHA
 (Equisetum arvense) é rica em sais de silício.
Fortalecem o tecido conjuntivo (pulmões, pele) fortalecem unhas e cabelos.
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Cumarinas
São substâncias que apresentam odor característico.
Podem ter propriedades anticoagulantes, antibacteriana e estimulantes da pigmentação da pele.
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GUACO
(Mikania glomerata)
ALFAZEMA
(Lavandula sp)
 contém cumarina
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Flavonóides
São os metabólitos secundários mais encontrados no reino vegetal.
Concentram-se em maior quantidade na parte aérea da planta, tem a função de atrair insetos polinizadores, proteger contra insetos nocivos, vírus e fungos.
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Flavonóides
As ações terapêuticas dos flavonóides são: fortalecimento dos vasos capilares, antiescleróticos, antiedematosos, dilatadores da coronárias, espasmolíticos, anti-hepatotóxicos, coleréticos, diuréticos, antimicrobianos e anti-inflamatórios.
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ARRUDA
 (Ruta graveolens) contém os flavonoides rutina e hesperifina.
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Glicosídeos Cardiotônicos
Usados no tratamento de doenças cardíacas.
São absorvidos de forma cumulativa pelo organismo, podendo causar intoxicações crônicas, por isso, seu uso restringe às drogas extraídas e purificadas e administradas sob orientação médica.
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DEDALEIRA
 (Digitalis lanata) contém o glicosídeo digitoxina
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Mucilagens
São carboidratos.
Suas funções na planta estão relacionadas à reprodução, ao crescimento ou são armazenadas como reservas.
Exercem funções relacionadas ao metabolismo e à defesa das plantas.
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Mucilagens
Em pequenas doses, reduzem os movimentos peristálticos e têm ação antidiarreica.
Em doses maiores, têm ação laxativa.
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BORRAGEM
(Borago officinalis)
TANCHAGEM
(Plantago sp)
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BÁLSAMO
 (Cotyledon orbiculata)
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Óleos Essenciais
São responsáveis pelo aroma característico de certas plantas.
São substâncias voláteis, como o mentol da hortelã, o eucaliptol do eucalipto.
Ações terapêuticas: antivirótico, antiespasmódico, analgésico, bactericida, cicatrizante, expectorante, relaxante, vermífugo, etc.
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HORTELÃ
 (Mentha sp)
É rico em mentol, com ação expectorante a antisséptica
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CAMOMILA
 (Chamomila recutita)
É rica em óleo essencial contendo camazuleno e bisabolol
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CAPIM SANTO
 (Cymbopogon citratus)
É rica em óleo essencial contendo geraniol e citral
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ERVA-DE-SANTA-MARIA
 (Chenopodium ambrosioides)
Contém óleo ascaridiol, é um vermífugo
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Saponinas
São substâncias que formam espuma quando colocadas na água.
São empregadas na síntese de cortisona e de hormônios sexuais.
Ações terapêuticas: laxativas suaves, diuréticas e expectorantes.
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BUCHINHA-DO-NORTE
 (Luffa operculata)
É rica em saponinas
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CALÊNDULA
 (Calendula officinalis)
É rica em saponinas
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Saponinas
Outros Vegetais que as contém: 
Aloe vera
Erva mate
Castanha-da-índia
Ginseng
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Substâncias Amargas
São compostos que não têm semelhanças químicas entre si.
Seus pontos em comuns são o sabor amargo e as ações terapêuticas.
Estimulam o funcionamento das glândulas, produzindo efeitos como aumento de apetite, aumento de secreção de sucos gástricos, etc.
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LOSNA
 (Artemisia absinthium)
É rica em absintina, com ação diurética, antibiótica, antifúngica e antitumoral.
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Taninos
São compostos de fácil constatação pela adstringência ao mastigar uma parte que os contém.
Nas plantas, os taninos têm função de protegê-las contra herbívoros, inibir a germinação de sementes e atividade de bactérias fixadoras de nitrogênio.
Em grandes doses, podem irritar as mucosas.
Em pequenas doses, previnem a penetração de agentes nocivos em ferimentos nas mucosas, facilitando a cicatrização de queimaduras.
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ROMÃ
 (Punica granatum)
É rica em taninos
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Taninos
Outros Vegetais que os contém:
Romã
Aroeira
Barbatimão
Avenca
Hamamélis
Castanheiro
Morangueiro (folhas)
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Substâncias ergásticas 
Componentes não protoplasmáticos 
	Substâncias de reserva (amido, proteínas, óleos etc.) 
	“Descarte” (alcalóides, cristais etc.) 
	Defesa (cristais, metabólitos secundários)  
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Substâncias ergásticas - cristais 
Defesa? Descarte? 
Oxalato de cálcio 
	Drusas
	Ráfides
	Monocristal 
Carbonato de cálcio 
	Cistólito   
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Substâncias ergásticas - amido
Grãos de amido 
	Plastídios 
Reserva de energia 
	Amido primário = cloroplasto 
	Amido secundário = tecidos de reserva 
Importância taxonômica  
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Substâncias ergásticas - taninos
Proteção contra herbívoros
	Frutos imaturos 
	Forma complexos com proteínas 
	Inativam enzimas digestivas 
Em vinhos 
	Redução de risco de doenças cardíacas
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Referências Bibliográficas
TRINDADE, Celso; SARTÓRIO, Maria Luiza; RESENDE, Patrícia, L. “Farmácia Viva – Utilização de Plantas Medicinais”, Viçosa – MG, CPT, 2008. 246 p.
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