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Resumo Ética 1º bimestre

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Resumo 1ª prova - Ética 
 Sócrates: entendia que a propagação do pensamento deveria ser através da fala, não só da 
escrita. 
 Platão: apesar de ser discípulo direto de Sócrates, pensava diferente - deveria se propagar 
especialmente pela escrita. 
 Sumo bem: viver em felicidade - bem supremo. 
 Processo para o alcance do sumo bem era a junção de 2 fatores: 
o Reunião de virtudes (justiça/valor/temperança/sabedoria) - reunindo-as poderia ter uma 
vida plena em felicidade. 
o Alcance do conhecimento (mais importante) - Teoria das Formas - apresentada por duas 
representações: 
 Mito da caverna (mais conhecida, menos importante) 
 Estudo da linha dividida (menos conhecida, mais importante) 
 Mundo Sensível: sombras - objeto de crença - percepção sensorial - formo 
uma opinião a respeito do objeto. Não se extrai nenhum tipo de 
conhecimento dos sentidos. 
 Mundo das Ideias: conhecimentos matemáticos - formar objetos a partir da 
ideia de sua essência - ápice do conhecimento. Para poucos, só os que 
entendem. 
 
Ética Aristotélica ou das virtudes: 
 Aristóteles: aluno de Platão. Entendia também que estávamos em busca desse sumo bem e se 
alcance era igual. 
 Avaliação da vida como um todo, desde o momento em que nascemos até o que morremos. 
 Conhecimento brota diretamente da percepção sensorial - uso racional dela é essencial para 
processo de conhecimento aristotélico. 
 Não concorda com os 2 mundos de Platão, para ele é um mundo só. 
 Virtude: conversão em algo concreto de um talento que está colocado em nós como algo pré-
determinado desde o momento em que nascemos. Cada sujeito possui pré-determinado um 
papel a cumprir no mundo que se dá pelos talentos que temos. 
 Alcance do sumo bem, portanto, seria desenvolver esse talento - converter em algo concreto - 
mais conhecimento. 
 É vivendo desde o nascimento e caminhando até a morte que podemos desenvolver nossos 
talentos. 
 Nem todo mundo converte seu talento em virtude, consegue desenvolver plenamente seu 
talento - EUDAIMONIA - o que interessa é que se leva uma vida inteira para desabrochar seu 
talento. 
 Apenas terceiros podem fazer uma valoração ética da nossa vida. 
 
 Ética que sai do cristianismo 
 Santo Agostinho: Filosofia é importante. Existe para um outro fim que não nela mesma - uma 
espécie de canal de possibilidade para fé cristã. Depende de algo exterior que é a busca pela 
fé. 
 Conhecimento começa a ser entendido como uma espécie de revelação dependendo de uma 
iluminação divina. 
 Construiu uma teoria que distinguia (distinção metafísica), sobre o ponto de vista da filosofia 
cristã, o bem do mal - quem se aproxima de Deus, se aproxima do bem; quem se afasta de 
Deus, se aproxima, trilha o caminho do mal. 
 Distinguia o mal na terra em 2 categorias: 
o Mal natural (não estava preocupado) - terremoto, furacão, etc. 
o Mal moral - por que existe se Deus é bom? 
 Resposta à essa pergunta, de uma perspectiva maniqueísta, seria que as forças do bem e do 
mal estão em constante atrito. Por vezes uma prevalece ou não. 
 Porém surge outra inquietação - mas nada pode prevalecer Deus - que é respondida com o 
livre arbítrio - vontade de escolha no caminho que tomamos. 
 
Ética tomista ou da bem-aventurança 
 Santo Tomás (Tomás de Aquino): papel de aproximar a teologia cristã com a filosofia 
aristotélica. Radicalizar a ideia de Agostinho sobre a relação entre filosofia e fé. 
 Filosofia é apenas um instrumento de alcance da fé, nada mais. Ela só pode levar o sujeito até 
certo ponto, depois vêm as ideias da teologia que irão ajudar a desenvolver a fé. 
 Conhecimento é buscar as provas da existência de Deus no mundo que nos cerca, na natureza. 
 Virtude: desenvolver da fé. 
 Beatitude: aproximação constante de Deus desde o nascimento até a morte - o que era a 
felicidade para os gregos. 
 Compreensão da ética muda: o destino, o fim último não é a felicidade, é a beatitude. 
 
Ética Kantiana ou de princípios 
 Copérnico: heliocentrismo - nós não somos o centro do mundo - coloca em cheque a visão de 
mundo grega e dos cristãos. 
 Não há sentido pré-estabelecido na vida - nos coloca dentro de um vazio existencial. 
 Kant: divisor de águas. Passamos a fazer uma avaliação de comportamento, ações, condutas e 
não mais da vida como um todo. 
Deontologia ético-kantiana 
 2 influências decisivas para Kant: 
o Igualdade – filosofia cristã. 
o Liberdade - revolução francesa. 
 Deontologia: campo da Ética destinado ao estudo dos deveres. Decorre de um dever, mas não 
é escrito ou alguém (Deus, por exemplo) mandou. 
 Teoria teleológica: faz prevalecer o bom sobre o moralmente correto. 
 Teoria deontológica: dá prioridade ao moralmente correto sobre o bom. 
 "Só as ações realizadas por dever têm valor moral, isto e, são próprias de uma boa vontade." 
KANT. 
 Qual o princípio supremo da moralidade? (O objetivo de Kant não é desenvolver uma 
metafísica da moralidade, é somente identificar o seu princípio supremo.) - se traduz na 
concepção teórica do imperativo categórico. 
 Conhecimento: 
o Empírico: (a posteriori) - decorrente do que experimentamos com nossos sentidos, do 
uso dos nossos sentidos. 
o Puro: (a priori) - não depende de nenhuma experiência sensível. Existe 
independentemente da existência do próprio mundo - antes do mundo. 
 Metafísica dos costumes - parte da ética que não envolve nenhuma informação empírica. 
 Uma pessoa dotada de boa vontade se caracteriza, sobretudo, por estabelecer um 
compromisso firme com o agir moral, ou seja, ela quer fazer o que é correto em todas as 
circunstâncias. 
 Fim último do agir moral para Kant é a boa vontade - não as virtudes, felicidade ou beatitude. 
 Querer fazer o que é certo pelas razões certas. 
 Não é o objeto que influencia o sujeito e sim o sujeito que irá construir e definir o objeto. 
 Ética deixa de ser a valoração da vida como um todo ou de ter que encontrar sua justificação 
pela fé e passa a ter suas atenções voltadas para uma autonomia moral do indivíduo e a 
racionalidade. Passa a ser objeto de valoração moral de algo que seja individualizado. 
 O objeto da ética passa a ser a ação. 
 Imperativos categóricos: é uma ordem, não uma simples orientação. Ordens que nos dizem 
qual é o nosso dever. Moralidade era um sistema de imperativos categóricos. 
 É imperativo porque surge como uma ordem; e é categórico porque nos aplica 
incondicionalmente. É a partir dele que derivam todas as leis morais. 
 São definidos, estabelecidos e prefixados por princípios. 
 "Age de tal maneira que o princípio ou máxima que te levou a agir possa ser convertido em 
uma lei universal." KANT. 
 5 características presentes no imperativo categórico: (?) 
o Trata-se de conhecimento puro ou a priori, que não depende de nenhuma experiência 
sensível e/ou empírica. 
o Independe de quaisquer condições - esse o caráter de necessidade. 
o Universalidade (regra válida para toda a situação). 
o Não é instrumental, mas sempre um fim em si mesmo. 
o É decorrente de um dever, da observância de um princípio moral que imponho a mim 
mesmo abstraído das determinações de alguma autoridade humana ou divina, ou de 
meus próprios desejos e impulsos. 
o Ação moralmente válida é aquela realizada por dever, não por inclinação. 
 Resultado e as circunstâncias não interessam. Só o agir. 
 A moralidade do sujeito deve determinar todo o seu agir. 
 Não mentir, por exemplo, é um imperativo categórico que deve ser respeitado em todas as 
situações, não importando qual. 
 
Ética Consequencialista 
 Visão universal kantiana entra em choque 
 O que importa agora é dizer que um bom comportamento ou uma boa ação, do ponto de vista 
moral, é o que produz um bom resultado. 
 1ª teoria: pragmatismo: boa consequência é a mais vantajosa. É aquiloque garante a 
consequência mais vantajosa para mim. 
 2ª teoria: utilitarismo: boa consequência é aquilo que garante mais felicidade. Cálculo de 
sentimentos. 
 Jeremy Bentham: garantir o bem estar do maior número de pessoas. 
 Stuart Mili: 2 pontos: 
o Princípio central: maximização da felicidade. Quantidade e qualidade. Maioria que 
decidia por todos, desprezando grupos minoritários - pode instalar um regime 
totalitário. 
 
 Segunda quebra de paradigma: diz respeito especificamente à transformação que a filosofia 
sofre no século XX. 
 Deixa de ser filosofia da consciência e passa a ser Filosofia da Linguagem. 
 Wittgeistein – Filosofia deixa de ser exclusivamente individual. 
 Sem linguagem não há mundo. Não existe realidade sem linguagem. 
 Linguagem passa a ser constitutiva – constitui a realidade, define coisas – e não mais só 
descritiva. 
 Ética extremamente ligada a essa transformação da filosofia. 
 
 
Ética discursiva 
 Utilização de um discurso racional. 
 Não há mais uma busca pela essência das coisas. Nome das coisas passa a ser algo 
convencional, não tem mais a ver com sua essência. 
 Passamos a conhecer para interpretar. 
 Nova compreensão da ética - teoria da moralidade. 
 Não é mais a realidade que é o centro. A linguagem passa a ser o centro. 
 Habermas e Apel: "Ética passa a ser uma atividade contínua e perene do uso do debate, 
discurso e argumentação com o propósito de permitir a escolha dos princípios e valores que 
vão nortear a convivência de uma determinada comunidade por parte de seus próprios 
integrantes." - Síntese da ideia central de Habermas e Apel. 
 Moralidade agora será avaliada por isso. 
 Habermas dá o passo preliminar teórico decisivo para podermos fazer a distinção entre ética e 
moral. (Dworkin que faz essa distinção, mas Habermas que dá o primeiro passo). 
 Capacidade da linguagem que passa a importar e não apenas a realidade. 
 Comunidades de comunicação (segundo Apel): grupos sociais são necessariamente 
constituídos de linguagem. 
 4 pressupostos 
o A todos os interessados deve ser reconhecido o direito de participar do debate 
o Todos os interessados participantes devem ter iguais oportunidades de apresentar e 
refutar argumentos. 
o Todos os argumentos postos para debate devem poder ser submetidos à livre 
apreciação de todos. 
o Não pode existir nenhum tipo de coação física ou moral contra nenhum dos 
participantes da comunidade. 
 Garantem que, do ponto de vista democrático, a escolha dos valores do que nortear a nossa 
sociedade seja válido. 
 Essas escolhas não podem decorrer de um imposição autoritária em hipótese alguma. 
 Formal - compreensão que apenas apresenta forma 
 Universalista 
 Deontológica - busca a conservância do dever de cumprir os valores. 
 Kant: processo individual; ética discursiva não. 
 Preponderância da linguagem sobre todos os demais fatores.

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