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Direito Civil 1 (Personalidade Jurídica, Incapacidades e Registro Civil) modulo 3

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III – Personalidade Jurídica, Incapacidades 
e Registro Civil
Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e 
das Missões
Departamento de Ciências Sociais Aplicadas
Curso de Direito
Direito Civil I
Art. 1º do CC - “Toda pessoa é capaz de
direitos e deveres na ordem civil.”
O que é necessário para ser pessoa?
Basta que o homem exista(art. 1° e 2° do CC) 
vide art. 5° da CF/88
Pessoa é de sujeito de direito.
Das Pessoas - art. 1º a 39 do CC
CONCEITO DE PERSONALIDADE JURÍDICA
Afirmar que o homem tem personalidade é o mesmo que
dizer que ele tem capacidade para ser titular de direitos. A
capacidade é a medida da personalidade, pois para uns ela
é plena e, para outros, limitada. Todos têm, e adquirem ao
nascer com vida, é a capacidade de direito ou de gozo, de
aquisição de direitos. É reconhecida a todo ser humano,
sem distinções. Estende-se aos privados de discernimento
e infantes, independentemente do grau de
desenvolvimento mental.
Capacidade é de personalidade
CAPACIDADE JURÍDICA
Afirmar que o homem tem personalidade é o mesmo que
dizer que ele tem capacidade para ser titular de direitos. A
capacidade é a medida da personalidade, pois para uns ela
é plena e, para outros, limitada. Todos têm, e adquirem ao
nascer com vida, é a capacidade de direito ou de gozo, de
aquisição de direitos. É reconhecida a todo ser humano,
sem distinções. Estende-se aos privados de discernimento
e infantes, independentemente do grau de
desenvolvimento mental.
Capacidade é de personalidade
CAPACIDADE JURÍDICA
Nem todas a pessoas têm, contudo, a capacidade de
fato, de exercício ou de ação, que é a aptidão de
exercer, por si só, atos da vida civil. Por faltarem a
algumas pessoas requisitos materiais (saúde,
desenvolvimento mental, maioridade etc.), no intuito
de protegê-las, embora não lhes negue a capacidade
de direito, sonega-lhes a de se autodeterminarem, de
os exercerem pessoal e diretamente, exigindo sempre
a participação de outra pessoa, que a representa ou a
assiste.
CAPACIDADE JURÍDICA
Capacidade não se confunde com legitimação.
Esta é a aptidão para a prática de
determinados atos jurídicos, uma espécie de
capacidade especial exigida em certas
situações. Consiste em se averiguar se uma
pessoa, perante determinada situação jurídica,
tem ou não a capacidade para estabelecê-la
Pessoas Jurídicas
Pessoas reconhecidas 
pela ordem jurídica
Pessoas Naturais
(físicas)
Art. 1° do CC
Pessoas Jurídicas
(moral ou coletiva)
Art. 40 do CC
Pessoas Sujeitos de Direito
Pessoa Natural ou Física: ser humano considerado como
sujeito de direitos e deveres na órbita jurídica, ou seja, aquele
que poderá compor o Polo Ativo ou Passivo de uma relação
jurídica (art. 1º do CC).
Pessoa Jurídica: conjunto de pessoas naturais ou por um
acervo patrimonial visando uma finalidade específica e
constituída na forma da lei (art. 40 do CC).
Início da Personalidade Civil
Art. 2º do CC: “A personalidade civil da pessoa
começa do nascimento com vida; mas a lei põe a
salvo, desde a concepção, os direitos do nascituro”.
• Ocorre o nascimento quando a criança é separada do ventre
materno.
• O essencial é que se desfaça a unidade biológica, de forma a
constituírem mãe e filho dois corpos, com vida orgânica
própria.
• Para se dizer que nasceu com vida, é necessário que haja
respirado, mesmo que venha a falecer posteriormente.
A situação do Nascituro
• Nascituro: aquele que foi concebido, mas ainda não
nascido. Apesar de ainda não ter personalidade, já
terá, em nosso direito positivo, resguardado seus
direitos.
• Concepturo: indivíduo não concebido – se nascer,
poderá somente na hipótese de pertencer à prole
eventual das pessoas designadas pelos testados e
vivas ao abrir-se a sucessão (art. 1.799, I). Adquirir
um direito surgido anteriormente.
A Situação do Nascituro
• Se a criança nascer morta, não chega a
adquirir personalidade, não recebe e nem
transmite direitos.
• Se nascer com vida, ainda que efêmera,
recobre-se de personalidade, adquire e
transmite direitos.
Nascituro julgado
Número: 70042357194 Tribunal: Tribunal de Justiça do RS.
Ementa: ALIMENTOS GRAVÍDICOS. LEI nº 11.804/08. DIREITO
DO NASCITURO. PROVA. POSSIBILIDADE. 1. Havendo indícios
da paternidade apontada, é cabível a fixação de alimentos em
favor do nascituro, destinados à gestante, até que seja possível
a realização do exame de DNA. 2. Os alimentos devem ser
fixados de forma a contribuir para a mantença da gestante, mas
dentro das possibilidades do alimentante e sem sobrecarregá-lo
em demasia. Recurso desprovido. (Agravo de Instrumento Nº
70042357194, Sétima Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS,
Relator: Sérgio Fernando de Vasconcellos Chaves, Julgado em...
Ver íntegra da ementa.
Data de Julgamento: 08/07/2011
A situação do nascituro(teorias)
• Teoria Concepcionista: adquire-se a personalidade antes do
nascimento, ou seja, desde a concepção, ressalvados
apenas os direitos patrimoniais, que ficam condicionados ao
nascimento da vida.
• Teoria da Personalidade Condicional: sustenta que o
nascituro é pessoa condicional, pois a aquisição da
personalidade acha-se sob a dependência de condição
suspensiva, o nascimento com vida.
• Teoria Natalista: exige o nascimento com vida para ter inicio
de personalidade. Ressalvam-se, contudo, os direitos do
nascituro, desde a concepção.
A situação do nascituro
Nossos tribunais:
• STF: Não tem posição definida a respeito das
teorias, ora seguido a natalista, ora à
concepcionista.
• STJ: Tem acolhido a teoria concepcionista,
reconhecendo ao nascituro o direito à reparação
do dano moral.
A situação do nascituro
Dos Direitos do Nascituro:
• Titular de direitos personalíssimos.
• Pode receber doações.
• Pode ser beneficiado por legado a herança.
• Nomeação de curador (art. 877 e 878 do CPC).
• O Código Penal tipifica o crime do aborto.
• Direito à alimentos (gravídicos).
Capacidade jurídica
Aptidão para ser sujeito de direitos e obrigações e
exercer, por si ou por outrem, atos da vida civil.
• É possível que alguém tenha personalidade, mas não
plena capacidade; ou ao contrário, que alguém tenha
capacidade sem plena personalidade(PJ).
• A capacidade é a medida da personalidade
• Pode-se ser mais ou menos capaz, mas nunca mais
ou menos pessoa.
• A capacidade é “manifestação do poder de ação
implícito no conceito de personalidade.”
Espécies de Capacidade
• Capacidade de Direito (gozo ou aquisição) -
Aptidão oriunda da personalidade para adquirir
direitos na vida civil.
• Capacidade de Fato (exercício dos direitos) -
Aptidão para praticar pessoalmente atos da vida
civil.
• Legitimação – capacidade especial para a pratica
de certo ato. Somente quem tem capacidade fato
pode ter legitimação. Ex. tutor ( art. 1749 do CC).
• Capacidade de fato + Capacidade de direito =
Capacidade Plena.
CRITÉRIOS PARA DETERMINAR 
CAPACIDADE
• Idade (18 anos completos)
• Integridade psíquica
• Aculturação à civilização colonizadora
• Localização do indivíduo
Das incapacidades
Com o intuito de proteger as pessoas incapazes, tendo em
vista as suas naturais deficiências, decorrentes em geral da
idade, saúde e desenvolvimento mental e intelectual, a lei
não lhes permite o exercício pessoal de direitos, exigindo que
sejam representados(absolutamente incapazes) ou assistidos
(relativamente incapazes) nos atos jurídicos em geral(art. 3º
e 4º do CC).
Conceito de incapacidade
No direito brasileiro não existe incapacidade de direito,
apenas de fato. Incapacidade é a restrição legal aos
exercícios dos atos da vida civil, imposta pela lei
somente aos que, excepcionalmente, necessitam de
proteção, pois a capacidade é a regra. Decorre do
reconhecimentoda inexistência, numa pessoa, dos
requisitos indispensáveis ao exercício dos seus
direitos.
• Análise hipóteses objetiva e subjetiva
• Não é excludente absoluta da responsabilização patrimonial.
Espécies de incapacidade
• Incapacidade Absoluta – completamente
privados de agir juridicamente, acarretando em
caso de violação a nulidade do ato(art. 3º do CC).
• Incapacidade Relativa – podem atuar na vida
civil, desde que autorizados. A violação gera
anulabilidade do ato jurídico(art. 4º do CC).
Estatuto da Pessoa com Deficiência
– Lei 13.146/2015
A Lei n. 13.146, de 6 de julho de 2015, denominada
Estatuto da Pessoa com Deficiência, promoveu profunda
mudança das incapacidades, alterando a redação dos
arts. 3º e 4º do CC.
Destina-se a aludida Lei, como proclama o art. 1º, “a
assegurar e a promover, em condições de igualdade, o
exercício dos direitos e das liberdades fundamentais por
pessoa com deficiência, visando à sua inclusão social e
cidadania”.
Absolutamente Incapazes
Art. 3º do CC - São absolutamente incapazes de
exercer pessoalmente os atos da vida civil:
I – os menores de dezesseis anos;
II – os que, por enfermidade ou deficiência mental, não
tiverem o necessário discernimento para a prática desses atos;
III – os que, mesmo por causa transitória, não puderem
exprimir sua vontade”. (Código Civil de 2002, redação
originária).
Art. 3º do CC - o São absolutamente incapazes de
exercer pessoalmente os atos da vida civil os
menores de 16 anos(Lei 13.146/2015).
Relativamente Incapazes
Art. 4º São incapazes, relativamente a certos atos ou
à maneira de exercer:
I – os maiores de dezesseis e menores de 18 anos;
II – os ébrios habituais e os viciados em tóxico, os que
por deficiência mental tenham o discernimento
reduzido;
III – aqueles que, por causa transitória ou
permanente, não puderem exprimir sua vontade;
IV – os pródigos.
Parágrafo único. A capacidade dos indígenas será
regulada por legislação especial(Código Civil de 2002).
Relativamente Incapazes
Art. 4º - o São incapazes, relativamente a certos atos
ou à maneira de os exercer:
I - os maiores de dezesseis e menores de dezoito
anos;
II - os ébrios habituais e os viciados em tóxico;
III - aqueles que, por causa transitória ou
permanente, não puderem exprimir sua vontade;
IV - os pródigos.
Parágrafo único - A capacidade dos indígenas será
regulada por legislação especial(Código Civil de 2002,
redação imposta pelo Estatuto da Pessoa com
Deficiência).
Incapacidade Absoluta
A incapacidade absoluta acarreta a proibição total do
exercício, por si só, do direito. O ato poderá ser
praticado pelo representante legal, sendo provocada
a nulidade em caso de observância dessa regra.
Incapacidade Relativa
A incapacidade relativa permite que o incapaz
pratique os atos da vida civil, desde que assistido
por seu representante legal, sob pena de
anulabilidade. Certos atos, porém, pode praticar
sem assistência, como ser testemunha, aceitar
mandato, fazer testamento, exercer empregos
públicos para os quais não for exigida a maioridade,
ser eleitor, celebrar contrato de trabalho etc.
Incapacidade Relativa
A pessoa com deficiência, vista pelo Estatuto da
Pessoa com Deficiência, pode ser considerada
relativamente incapaz quando não puder exprimir
seus desejos. A causa incapacitante, nessa hipótese,
não reside na patologia ou no estado psíquico, mas
na impossibilidade de exteriorizar a vontade.
Incapacidade Relativa
Existem pessoas, como as portadoras da Síndrome
de Down, que possuem algum tipo de deficiência,
mas que podem exprimir a sua vontade. Essas
pessoas são reputadas como plenamente capazes,
podendo praticar seus atos independentemente de
representação ou assistência. Levando em conta o
grau da deficiência, podem exigir uma atenção
diferenciada, surgindo então a Tomada de Decisão
Apoiada (TDA), contemplada no art. 1.783 do CC.
Incapacidade Relativa
Na TDA, o beneficiário (plenamente capaz) procura
ser coadjuvado em seus atos pelos seus apoiadores,
pessoas com as quais possui vínculo e confiança para
prestar-lhe apoio na tomada de decisões, fornecendo
as informações necessárias para que possa exercer a
sua capacidade. Não significa qualquer tipo de
restrição da plena capacidade. A TDA será
determinada pelo juiz por meio de procedimento de
jurisdição voluntária, de competência da vara de
família.
Suprimento da incapacidade
Incapacidade 
Absoluta
Incapacidade 
Relativa
Representação
Assistência
O incapaz não participa do ato
O incapaz participa do ato
Formas de suprir 
a incapacidade
Cessação da incapacidade
Art. 5º do CC: enfatiza a cessação da menoridade aos
18 anos completos, quando a pessoa fica habilitada à
prática de todos os atos da vida civil, desde que não
exista outra causa de incapacidade ou inabilitação.
A incapacidade dos menores, poderá cessar por
outros modos que não seja o implementado pela
idade.
Cessação da incapacidade
Cessa a Incapacidade, desaparecendo as causas que a
determinam:
• Maioridade civil (art. 5º do CC)
• Fato jurídico/ 18 anos completos.
• Integração do Índio (art. 9º da Lei 6.001/73).
• Emancipação
Cessação da Incapacidade
A lei civil permite que o incapaz, em determinadas
situações, atinja a plena capacidade ainda que se
inclua nos casos de incapacidade, por se entender
que, apesar de lhe faltar a idade necessária, atingiu
maturidade suficiente. A emancipação é a aquisição
da plena capacidade antes da idade legal (art. 5º do
CC).
Emancipação
Emancipação é a antecipação da capacidade de fato
ou exercício e não da maioridade civil, já que está é
atingida aos 18 anos completos. O que se antecipam
é alguns efeitos da maioridade civil(art. 5º do CC).
A emancipação é ato irrevogável, se a causa que a
originou for extinta, a mesma não será cancelada.
Emancipação
Voluntária Judicial Legal
Concedida por
ambos os pais
Concedida por 
Sentença
Prevista 
em lei
Emprego
Público efetivo
Colação de grau
Curso Superior
Estabelecimento
Civil ou Comercial
Casamento
Espécies de Emancipação
Emancipação Voluntária
• Concedida pelos pais
• Forma: Escritura Pública
• É ato irrevogável
• Responsabilidade solidária
Emancipação Judicial
• Menor sob tutela, com 16 anos completos
• Concedida por sentença do juiz
• Ouvido o tutor, mas o não tem podres para
voluntariamente emancipar o tutelado
• Com o registro produzirá efeitos.
Emancipação Legal
• Casamento (art. 5º, § único, II do CC)
• Exercício de emprego público
• Colação de grau em curso superior
• Estabelecimento civil ou comercial
• Relação de emprego
Jurisprudência
Ementa: APELAÇÃO CÍVEL. PEDIDO DE
EMANCIPAÇÃO. DESCABIMENTO.
1. Se a jovem conta apenas 15 anos de idade, mostra-
se descabido o pedido de emancipação. Inteligência do
art. 5º, parágrafo único, inc. I, do Código Civil.
2. O fato da jovem conviver em união estável não
autoriza o deferimento do pedido, pois a união estável se
equipara ao casamento somente para o fim de constituir
família, mas não pode ser utilizada como motivo para o
suprimento da idade para se obter a emancipação.
Recurso desprovido. (Apelação Cível Nº 70042308163).
Emancipação
A emancipação, qualquer que tenha sido a causa, é
sempre irreversível. Uma vez alcançada, garante ao
menor, capacidade mesmo se o fator que a
desencadeou deixar de existir. Desse modo, a
outorga dos pais é irrevogável. Também, mesmo que
o casamento seja desfeito, isso não retira do menor
a capacidade. Se desativado o estabelecimento ou
desfeito o vínculo de emprego, também não
retornará o menor à condição anterior de incapaz
(Coelho).
Extinção da pessoa natural
• Existência da pessoa física ou natural termina
com a morte (art. 6º do CC).
• Fim da personalidadejurídica (mors omnia solvit).
• Não são mais sujeitos de direito e obrigações.
• Morte presumida (ficta mors).
• Ausentes: abertura da sucessão definitiva.
Morte real(natural ou física)
• Falência dos órgãos. 
• Pressupõe existência de cadáver. 
• Diagnóstico: morte cerebral e clínica. 
• Prova: atestado de óbito ou declaratória de morte 
presumida. 
• Direitos da personalidade post mortem. 
Morte civil
Inexiste nas leis vigentes, embora se possa divisar
algo assemelhado, em matéria sucessória(art.
1.816 do CC):
• Herdeiro excluído por indignidade(art. 1.814 do
CC).
• Militar indigno do oficialato.
• Extensão da personalidade jurídica.
Morte presumida
Morte provável de quem estava em perigo de vida ou
desaparecido em campanha militar feito prisioneiro
(art. 7º, I e II do CC).
Modalidades
• Sem decretação de ausência: justificação de óbito.
• Com decretação de ausência: declaratória ausência.
Comoriência
É a presunção legal da morte simultânea de duas ou mais 
pessoas, ligadas por vínculo sucessório( art. 8º do CC). 
• Não é possível identificar o premoriente e posmoriente.
• Presumir-se-ão simultaneamente mortos.
• Não herdam entre si
Comoriência: Julgados
Inventário. Habilitação. Comoriência. Não
havendo prova da precedência das mortes, a
presunção legal é a de comoriência, ou seja, da
simultaneidade dos falecimentos, não havendo
transmissão de direitos entre os comorientes. Agravo
de instrumento desprovido. (TJRS, 8° Cam. Cív., AI
70005129416, Rel. Des. José Ataídes Siqueira
Trindade, j. 28.11.2002).
Comoriência: Julgados
Seguro. Comoriência. Falecimento, no mesmo acidente,
do segurado e da beneficiária. Presunção de morte simultânea
não elidida. Falecendo no mesmo acidente o segurado e a
beneficiária e inexistindo prova de que a morte não foi simultânea,
não haverá trasmissão de direitos entre dois, sendo inadimissível,
portanto, o pagamento do valor do seguro aos sucessores do
beneficiário.( 1º TACivSP-RT587/121).
Comoriência
Consequências jurídicas: 
• Abertura da sucessão/extinção do pátrio poder.
• Extinção dos contratos personalíssimos.
• Cessação da obrigação de alimentos. 
• Extinção do usufruto. 
• Dissolução do vínculo conjugal. 
• Extinção da punibilidade do criminoso. 
• Suspensão dos prazos(CPC)
I - ESTUDO DE CASO 
Márcia Miranda Coutinho, brasileira, casada, comerciante, residente
e domiciliada na cidade de Porto Alegre, em 10 de março de 2010,
quando voltada de uma viagem a trabalho, sofreu um acidente de
carro, onde acabaram falecendo seu esposo Jorge Coutinho e sua
secretária Maria Linderk. Márcia e Jorge não possuíam
ascendentes, apenas descendentes, 3 filhos Carlos, Roberto e
Renato, todos menores de idade. Maria Linderk era separada
judicialmente e deixou dois filhos para sucedê-la. Assim, analisando
o problema responda: Aplicar-se-á ao problema a teoria da
comoriência? Explique DETALHADAMENTE.
......................................................................................................
Registro Civil 
Arts. 9º e 10º do CC
Instituição administrativa que tem por objetivo
imediato dar publicidade dos fatos jurídicos de
interesse das pessoas e da sociedade.
Lei nº 6.015/73 (LRP)
Função: autenticidade, segurança e eficácia aos
fatos jurídicos.
Registro Civil (arts. 9º e 10º)
A quem interessa:
• Nação
• Registrado
• Terceiros
Princípios: 
• Fé pública 
• Continuidade. 
Natureza jurídica dos atos
• Declaratória: declaram fatos pré-existentes.
• Constitutiva: constituem um direito a partir do ato
registral. Ex: registro de emancipação.
• Publicitária: tornam o conhecimento oponível a
todos os terceiros. Ex: registro de interdição.
Assentar em Registro
Art. 9º do Código Civil
• Nascimentos, casamentos e óbitos (natimorto). 
• As emancipações. 
• As interdições.
• Sentença declaratória de ausência e de morte 
presumida. 
Averbação
Anotações feitas à margem do registro para indicar
as alterações ocorridas no estado jurídico do
registrado(art. 10 do CC).
Lei 6.015/73 (LRP art. 97 a 105)
• Fatos: Constitutivos, modificados ou extintivos do
estado das pessoas;
• Princípios: Legalidade, veracidade e publicidade.
Averbação
Art. 10 do CC
• Sentenças que decretam a nulidade ou a anulação do
casamento, divórcio, separação judicial e restabelecimento
de sociedade conjugal.
• Atos judiciais ou extrajudiciais que declararem ou
reconhecerem a filiação.
• Adoção: Revogado pela Lei 12.010/09.
• Procedimento registral art. 29 a 113 da Lei 6.015/73
• ECA
Questão
1
Sendo o ser humano sujeito de direitos
e deveres, nos termos do disposto no
art. 1º do Código Civil, pode-se afirmar
que:
a) capacidade se confunde com legitimação.
b) todos possuem capacidade de fato.
c) capacidade é a medida da personalidade.
d) não existe mais de uma espécie de 
capacidade.
e) a capacidade de direito é sinônimo de 
capacidade limitada.

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