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RESERVA DE VAGAS ÀS PcD NOS CONCURSOS PARA PROFESSOR NA UFRN À LUZ DA BOA ADMINISTRAÇÃO

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE 
CENTRO DE ENSINO SUPERIOR DO SERIDÓ 
DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS SOCIAIS E HUMANAS 
CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA 
 
 
 
 
 
JOSÉ AURELIANO ARRUDA XIMENES DE LIMA 
 
 
 
 
 
 
RESERVA DE VAGAS ÀS PESSOAS COM DEFICIÊNCIA NOS CONCURSOS 
PARA PROFESSOR NA UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE 
À LUZ DA BOA ADMINISTRAÇÃO. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Currais Novos -RN 
2017 
JOSÉ AURELIANO ARRUDA XIMENES DE LIMA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
RESERVA DE VAGAS ÀS PESSOAS COM DEFICIÊNCIA NOS CONCURSOS 
PARA PROFESSOR NA UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE 
À LUZ DA BOA ADMINISTRAÇÃO. 
 
 
Projeto de Intervenção apresentado ao Curso de 
Especialização em Administração Pública da 
Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 
Campus Currais Novos, para obtenção do título 
de Especialista. 
 
Orientador: Prof. Me. Márcio Vieira da Silva 
Coorientador: Prof.ª Dr.ª Andréa Cristina 
Santos de Jesus 
 
 
Currais Novos - RN 
2017 
 
 
 
 
 
 
 Universidade Federal do Rio Grande do Norte - UFRN 
Sistema de Bibliotecas - SISBI 
Catalogação de Publicação na Fonte. UFRN - Biblioteca Setorial do Centro de Ensino Superior do Seridó - CERES Currais Novos 
 
 Lima, Jose Aureliano Arruda Ximenes de. 
 Reserva de vagas às pessoas com deficiência nos concursos para 
professor na Universidade Federal do Rio Grande do Norte à Luz 
da boa administração / Jose Aureliano Arruda Ximenes de Lima. - 
Natal, 2017. 
 128 f.: il. 
 
 Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Centro de Ensino 
Superior do Seridó, Curso de Especialização em Administração 
Pública. 
 Orientador: Prof. Me. Márcio Vieira da Silva. 
 Coorientador: Prof.ª Dr.ª Andréa Cristina Santos de Jesus. 
 
 1. Universidades Federais - Monografia. 2. Concurso Público - 
Monografia. 3. Reserva de Vagas - Monografia. 4. Pessoas com 
Deficiência - Monografia. 5. Administração - Monografia. I. 
Silva, Márcio Vieira da. II. Jesus, Andréa Cristina Santos de. 
III. Título. 
 
RN/UF/BSCN CDU 658:37 
 
 
 
 
TERMO DE ISENÇÃO DE RESPONSABILIDADE 
 
 
 
Declaro, para todos os fins de Direito e que se fizerem necessários, que assumo total 
responsabilidade pelo material aqui apresentado, isentando a Universidade Federal do Rio 
Grande do Norte (UFRN), a Coordenação do Curso, a Banca Examinadora e o Orientador de 
toda e qualquer responsabilidade acerca do aporte ideológico empregado ao mesmo. 
 
Conforme estabelece o Código Penal Brasileiro, concernente aos crimes contra a propriedade 
intelectual o artigo nº 184 – afirma que: Violar direito autoral: 
Pena – detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) ano, ou multa. E os seus parágrafos 1º e 2º, 
consignam, respectivamente: 
§1º Se a violação consistir em reprodução, por qualquer meio, no todo ou em parte, sem 
autorização expressa do autor ou de quem o represente, (...): Pena – reclusão, de 1 (um) a 4 
(quatro) anos, e multa, (...). 
§ 2º Na mesma pena do parágrafo anterior incorre quem vende, expõe à venda, aluga, introduz 
no país, adquire, oculta, empresta, troca ou tem em depósito, com intuito de lucro, original ou 
cópia de obra intelectual, (...), produzidos ou reproduzidos com violação de direito autoral. 
 
Diante do que apresenta o artigo nº 184 do Código Penal Brasileiro, estou ciente que poderei 
responder civil, criminalmente e/ou administrativamente, caso seja comprovado plágio integral 
ou parcial do trabalho. 
 
 
 
Currais Novos-RN, 08 de julho de 2017. 
 
 
 
José Aureliano Arruda Ximenes de Lima 
Matricula UFRN n. 20162004810 
SIAPE n. 1958734 
 
 
 
 
 
 
JOSÉ AURELIANO ARRUDA XIMENES DE LIMA 
 
 
 
RESERVA DE VAGAS ÀS PESSOAS COM DEFICIÊNCIA NOS CONCURSOS 
PARA PROFESSOR NA UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE 
À LUZ DA BOA ADMINISTRAÇÃO. 
 
 
 
Projeto de Intervenção apresentado ao Curso de 
Especialização em Administração Pública da 
Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 
Campus Currais Novos, para obtenção do título 
de Especialista. 
 
 
 
PROJETO DE INTERVENÇÃO APROVADO EM 08 DE JULHO DE 2017. 
 
BANCA EXAMINADORA 
 
 
Prof. Me. Márcio Vieira da Silva 
Universidade Federal do Rio Grande do Norte 
(Orientador) 
 
 
 
Prof.ª Dr.ª Andréa Cristina Santos de Jesus 
Universidade Federal do Rio Grande do Norte 
(Coorientador) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Dedicatória 
A Deus 
A Família 
Aos Amigos 
Aos servidores do CERES/UFRN 
Aos servidores com deficiência na UFRN 
Aos pioneiros do movimento político das pessoas com deficiência no Brasil 
AGRADECIMENTOS 
 
 
 Agradeço a Deus e aos Irmãos Amigos, que me dão as forças e a coragem necessária 
para enfrentar os desafios diários 
 A minha Mãe, Maria Iraci Arruda Ximenes de Lima, in memoriam por sempre 
incentivar meus estudos e acreditar nas vitórias que hoje conquisto. 
 Ao meu Pai, José Ximenes de Lima, pelo exemplo de Amor, Honestidade, Fidelidade e 
Dedicação em todos os momentos de convivência com nossa saudosa Mãe. 
 Ao meu filho Tiago Elias Ximenes, por assumir seus desafios de vida com Honra e 
coragem 
 Ao meu pequenino neto Ythan James Medeiros Ximenes, por alimentar minha alma de 
esperança com seu farto e maravilhoso sorriso. 
 Aos meus irmãos José Maximiano Arruda Ximenes de Lima e José Ticiano Arruda 
Ximenes de Lima, pelo exemplo profissional e eterno incentivo nos degraus acadêmicos. 
 As minhas cunhadas Jacqueline e Keliane, pela amizade, apoio e orientações. 
 Aos meus amados sobrinhos Filipe, Ana Luiza, Julia, Pietra e Petrus pelo amor que 
demonstram e vivem. 
 A querida Gerlúzia de Oliveira Azevedo, pelo amor, paciência e dedicação demonstrada 
em nossa jornada. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Epígrafe 
"Eu era merecedor de caridade, mas não de cidadania” 
Sr. Manuel Augusto Oliveira de Aguiar 
(História do Movimento Político das Pessoas com Deficiência no Brasil, 2010). 
RESUMO 
 
 
Este projeto de intervenção teve por objetivo “propor à Universidade Federal do Rio Grande do 
Norte, um modelo de edital de concurso com a Norma Mais Benéfica na reserva de vagas as 
pessoas com deficiência para o cargo de professor Classe A à luz da Boa Administração”. Para 
atingir o objetivo proposto, este projeto seguiu o seguinte percurso: Na primeira parte, foi 
contextualizado o baixo índice de 0,24% na reserva efetiva das vagas às pessoas com 
deficiência nos concursos de professores da UFRN entre os anos de 2009 e 2016, sendo esta a 
problemática do projeto. Na segunda parte, é feito uma revisão da literatura, culminando na 
citação da legislação e da jurisprudência aplicada na reserva de vagas às pessoas com 
deficiência nos concursos públicos no Brasil. Na terceira parte, apresenta a instituição objeto 
da intervenção, sendo detalhado sua constituição jurídica da UFRN, sua estrutura física e 
organizacional, culminando na descrição dos setores responsáveis pela elaboração e execução 
dos concursos públicos na Universidade. Na quarta parte, é apresentado as críticas sobre o 
modelo de edital atualmente adotado pela instituição quantoa reserva de vagas às pessoas com 
deficiência, demonstrando a existência de caminhos mais inclusivos e benéficos na adoção de 
critérios de reserva de vagas. Na quinta parte, os dados de todos os concursos para cargo 
professor Classe A das Universidades Federais brasileiras no ano de 2016 foram medidos e 
analisados na busca dos critérios ou das normas mais benéficas e legais adotadas pelas 
instituições; os resultados encontrados foram: A norma mais benéfica à lua da Boa 
Administração é a reserva de 20% com incidência do cálculo sobre de todas as vagas do 
concurso, sendo a distribuição das vagas realizada pela ordem decrescente de notas (mérito) 
dos candidatos com deficiência entre as áreas de conhecimento e na compensação anual de 
reserva de vagas respeitando o índice de 20%; de posse dos resultados encontrados, foi 
apresentado o modelo de edital de concurso para o cargo de professor Classe A com a norma 
mais benéfica às pessoas com deficiência à luz da Boa Administração. Na sexta parte, foi 
apresentado as ações complementares para aprovação, implementação e acompanhamentos do 
projeto de intervenção proposto; sendo também apresentado as perspectivas mais inclusivas na 
ampliação e aplicação da norma mais benéfica para outros cargos na UFRN. 
 
 
Palavras-chave: Universidades Federais, Concurso Público, Reserva de Vagas, Pessoas com 
Deficiência, Boa Administração. 
ABSTRACT 
 
 
The purpose of this intervention project is to "propose to the Universidade Federal do Rio 
Grande do Norte, a model for a public bidding procedure with the most benefit standard in the 
vacancy of the disabled people for the position of Class A teacher in the light of Good 
Administration”. In order to achieve the purpose, this project followed the following path: In 
the first part, the low index of 0.24% in the effective reservation of places for people with 
disabilities in the competitions of UFRN teachers between 2009 and 2016 was contextualized, 
being this the main problem of the project. In the second part, a review of the literature is done, 
culminating in the citation of the legislation and the applied jurisprudence in the reservation of 
vacancies for people with disabilities in public jobs in Brazil. In the third part, it presents to the 
institution the object of the intervention, being detailed its legal constitution of UFRN, its 
physical and organizational structure, culminated in the description of the sectors responsible 
for the elaboration and execution of the public jobs in the University. In the fourth part, the 
critics is presented about the model of edict currently adopted by the institution regarding the 
reservation of vacancies for people with disabilities, demonstrating the existence of more 
inclusive and beneficial ways in the adoption of vacancy. In the fifth part, the data of all the 
competitions for professor Class A position in all Brazilian Federal Universities in 2016 were 
measured and analyzed in search of the criteria for the most beneficial and legal norms adopted 
by the institutions, the results found were: the most beneficial rule to the Good Administration 
is the 20% reserve with incidence of calculation on all the vacancies of the job application, with 
the distribution of vacancies carried out in the descending order of notes (merit) of candidates 
with disabilities between knowledge areas and in the annual compensation of vacancies, 
respecting the rate of 20%, in the possession of the results found, was presented the model of 
public job for the position of Class A teacher with the most beneficial norm for people with 
disabilities in the light of Good Administration. In the sixth part, the complementary actions for 
approval were presented, implementation and follow-ups of the proposed intervention project 
were presented; and the more inclusive perspectives are also presented in the expansion and 
application of the most beneficial norm for other positions in UFRN. 
 
Keywords: Federal Universities, Public Jobs, Job Reserve, People with Disabilities, Good 
Administration. 
LISTA DE TABELAS 
 
 
TABELA 1 - ADMINISTRAÇÃO UNIVERSITÁRIA DA UFRN .......................................................... 34 
TABELA 2 - EDITAIS POR CRITÉRIO% LEGAL X ÍNDICE DE RESERVA EFETIVA DE VAGAS ......... 43 
TABELA 3 - EDITAIS POR CRITÉRIO% + RESERVA EFETIVA LEGAL X ÍNDICE DE RESERVA 
EFETIVA DE VAGAS ........................................................................................................... 45 
TABELA 4 - EDITAIS COM INCIDÊNCIA EM TODAS AS VAGAS DO CONCURSO............................... 47 
TABELA 5 - EDITAIS COM AS NORMAS MAIS BENÉFICAS ........................................................... 48 
TABELA 6 – CRITÉRIO DE DISTRIBUIÇÃO/ESCOLHA DE VAGAS RESERVADAS POR EDITAIS ........ 50 
TABELA 7 – SUBGRUPO ZERO RESERVA EFETIVA DE VAGAS .................................................... 51 
TABELA 8 – CRITÉRIO COMPENSAÇÃO COM PERCENTUAL 5% E 20% ........................................ 51 
TABELA 9 - CONCURSOS PARA O CARGO DE PROFESSOR CLASSE A - NÍVEL 1 NA UFRN (2009-
2016) ................................................................................................................................. 80 
TABELA 10 - DADOS DA PESQUISA COLETADOS ENTRE OS DIAS 23 E 28 DE JUNHO DE 2017 ....... 97 
TABELA 11 - DADOS DA PESQUISA COLETADOS ENTRE OS DIAS 02 A 05 DE JUNHO DE 2017 .... 110 
 
 
LISTA DE GRÁFICOS 
 
 
GRÁFICO 1 - ORGANOGRAMA GERENCIAL DA UFRN ................................................................ 34 
GRÁFICO 2 - ORGANOGRAMA PROGESP UFRN ...................................................................... 35 
GRÁFICO 3 - EDITAIS POR CRITÉRIO% LEGAL X ÍNDICE DE RESERVA EFETIVA DE VAGAS ....... 43 
GRÁFICO 4 - EDITAIS POR CRITÉRIO% + RESERVA EFETIVA LEGAL X ÍNDICE DE RESERVA 
EFETIVA DE VAGAS ........................................................................................................... 45 
GRÁFICO 5 - EDITAIS COM INCIDÊNCIA EM TODAS AS VAGAS DO CONCURSO ............................. 47 
GRÁFICO 6 - CRITÉRIO DE DISTRIBUIÇÃO/ESCOLHA DE VAGAS RESERVADAS POR EDITAIS ....... 50 
 
 
LISTA DE EQUAÇÕES E FORMULAS MATEMÁTICAS 
 
 
EQUAÇÃO 1 - ÍNDICE DA RESERVA DE VAGAS EFETIVAS ÀS PESSOAS COM DEFICIÊNCIA............. 41 
EQUAÇÃO 2 - ÍNDICE DA RESERVA DE VAGAS EFETIVAS ÀS PESSOAS COM DEFICIÊNCIA POR 
CRITÉRIO/GRUPO DE EDITAIS ............................................................................................ 41 
 
 
LISTA DE DOCUMENTOS 
 
 
DOCUMENTO 1- RELAÇÃO DAS UNIVERSIDADES FEDERAIS BRASILEIRAS EM 2016 ................... 61 
DOCUMENTO 2 - QUANTIDADE DE SERVIDORES TAE E DOCENTES NA UFRN EM JUNHO 2017 . 63 
DOCUMENTO 3- EDITAL 09/2017, MODELO ATUAL NOS CONCURSOS PROFESSOR CLASSE A NA 
UFRN ............................................................................................................................... 66 
DOCUMENTO 4 - DENÚNCIA AO MPF MANIFESTAÇÃO Nº 20160011772 .................................... 81 
DOCUMENTO 5 - DENÚNCIA AO MPF MANIFESTAÇÃO Nº 20160011807 .................................... 82 
DOCUMENTO 6 - CARTA À UFRN .............................................................................................. 83 
DOCUMENTO 7 - DENÚNCIA AO MPF MANIFESTAÇÃO Nº 20160085846 .................................... 88 
DOCUMENTO 8 - ATA DA 1ª REUNIÃO ORDINÁRIA DO GT DE COTAS DA UFRN ........................ 89 
DOCUMENTO 9 - ATA DA 2ª REUNIÃO ORDINÁRIA DO GT DE COTAS DA UFRN ........................ 91 
DOCUMENTO 10 - ATA DA 3ª REUNIÃO ORDINÁRIA DO GT DE COTAS DA UFRN ...................... 93 
DOCUMENTO 11 - 1º RELATÓRIO DO GT DE COTAS DA UFRN ..................................................95 
DOCUMENTO 12 - MODELO PROPOSTO DE EDITAL À LUZ DA BOA ADMINISTRAÇÃO .............. 111 
 
 
LISTA DE ABREVIAÇÕES E SIGLAS 
 
 
RN Rio Grande do Norte 
UFRN Universidade Federal do Rio Grande do Norte 
UFERSA Universidade Federal Rural do Semi-Árido 
IFRN Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Norte 
TAE Técnicos-Administrativos em Educação 
EBTT Ensino Básico, Técnico e Tecnológico 
PROGESP Pró-Reitoria de Gestão de Pessoas 
PFDC Procuradoria Federal dos Direitos do Cidadão 
MPF Ministério Público Federal 
 
SUMÁRIO 
 
 
1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................... 16 
2 REVISÃO DA LITERATURA .......................................................................................... 22 
2.1 O PRINCÍPIO DA LEGALIDADE E O PODER DISCRICIONÁRIO .......................... 22 
2.2 O PRINCÍPIO DA RAZOABILIDADE E DA PROPORCIONALIDADE ................... 23 
2.3 O PRINCÍPIO DA EFICIÊNCIA .................................................................................... 23 
2.4 O PRINCÍPIO DA BOA ADMINISTRAÇÃO E DA NORMA MAIS BENÉFICA ...... 24 
2.5 ATOS ADMINISTRATIVOS: EDITAL DE CONCURSO DE CARGO PÚBLICO .... 25 
2.6 CARREIRAS NAS INSTITUIÇÕES FEDERAIS DE ENSINO .................................... 27 
2.7 RESERVA DE VAGAS ÀS PESSOAS COM DEFICIÊNCIA NOS CONCURSOS .... 27 
3 UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE .................................... 33 
3.1 PRÓ-REITORIA DE GESTÃO DE PESSOAS .............................................................. 35 
3.1.1 Coordenadoria de concursos da Pró-Reitoria de Gestão de Pessoas .................... 36 
4 MODELO ATUAL: EDITAL 09/2016 CONCURSOS PROFESSOR NA UFRN ........ 37 
5 MODELO PROPOSTO: EDITAL PARA CONCURSOS DE PROFESSOR DA UFRN
 .................................................................................................................................................. 40 
5.1 PESQUISA: NORMA MAIS BENÉFICA À LUZ DA BOA ADMINISTRAÇÃO ....... 40 
5.1.1 Coleta de dados quantitativos e qualitativos ........................................................... 40 
5.1.2 Critérios na reserva de vagas .................................................................................. 41 
5.1.3 Reserva Efetiva de Vagas ........................................................................................ 41 
5.1.4 Percentual de reserva de vagas previsto no edital .................................................. 42 
5.1.5 Índice % de Reserva Efetiva de Vagas .................................................................... 44 
5.1.6 Incidência do cálculo na reserva de vagas ............................................................. 46 
5.1.8 Critério Distribuição ou Escolha das Áreas de Conhecimento com reserva de 
vagas ................................................................................................................................. 49 
5.1.9 Compensação da reserva de vagas no final de cada ano ....................................... 51 
5.2 EDITAL COM NORMA MAIS BENÉFICAS À LUZ DA BOA ADMINISTRAÇÃO . 52 
5.2.1 Modelo Proposto: Edital para concursos de professor Classe A na UFRN ........... 52 
6 AVALIAÇÃO DE RESULTADOS .................................................................................... 56 
REFERÊNCIAS ..................................................................................................................... 57 
ANEXO I ................................................................................................................................. 61 
ANEXO II ................................................................................................................................ 63 
ANEXO III .............................................................................................................................. 66 
APÊNDICE I ........................................................................................................................... 80 
APÊNDICE II ......................................................................................................................... 81 
APÊNDICE III ........................................................................................................................ 82 
APÊNDICE IV ........................................................................................................................ 83 
APÊNDICE V ......................................................................................................................... 88 
APÊNDICE VI ........................................................................................................................ 89 
APÊNDICE VII ...................................................................................................................... 91 
APÊNDICE VIII ..................................................................................................................... 93 
APÊNDICE IX ........................................................................................................................ 95 
APÊNDICE X ......................................................................................................................... 97 
APÊNDICE XI ...................................................................................................................... 110 
APÊNDICE XI ...................................................................................................................... 111 
Página 16 
 
1 INTRODUÇÃO 
 
Durante os estudos preliminares desse projeto de intervenção realizado pelo autor da 
pesquisa, foi identificado que as reservas de vagas às pessoas com deficiência nos concursos 
das Instituições Federais de Ensino no Rio Grande do Norte (RN), apresentaram índices de 
reserva efetiva de vagas inferiores aos percentuais previstos nos editais dos referidos concursos. 
A legislação que regulamenta a reserva de vagas às pessoas com deficiência em 
concursos públicos no Brasil é muito permissiva quanto a discricionariedade dos critérios 
adotados nos editais dos referidos concursos. Atualmente existem diversos modelos de editais 
com critérios discricionários específicos que geram resultados diferentes, ou seja, no caso 
concreto, cada modelo de edital gera diferentes quantidades e/ou efeitos nas vagas reservadas 
às pessoas com deficiência. 
Em relação a Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), locus do projeto 
de intervenção, o percentual de reserva às pessoas com deficiência nos editais de concurso para 
o cargo de Professor Classe A, da carreira do Magistério Superior no ano de 2009 foi de 5% e 
entre os anos de 2010 a 2016 foi de 10%, no entanto nesse período o índice de reserva efetiva 
de vagas foi de apenas 0,24%, ou seja, do total de 1.687 vagas ofertadas nos editais na UFRN 
entre 2009 a 2016, apenas 04 vagas foram reservadas efetivamente às pessoas com deficiência, 
conforme demonstrado no Apêndice I. 
Em relação ao corpus do projeto de intervenção, no ano de 2016 a UFRN ofertou um 
total de 109 vagas para o cargo de Professor Classe A, prevendo 10% de reserva de vagas às 
pessoas com deficiência; e nenhuma vaga foi reservada às pessoas com deficiência, perfazendo 
um percentual de 0% de vagas efetivamente reservadas às pessoas com deficiência. 
Semelhante a UFRN, a Universidade Federal Rural do Semi-Árido (UFERSA) no ano 
de 2016 ofertou um total de 53 vagas para o cargo de Professor Classe A, prevendo 5% de 
reserva; e nenhuma vaga foi reservada às pessoas com deficiência, perfazendo um percentual 
de 0% de reserva às pessoas com deficiência. 
No Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do RioGrande do Norte (IFRN) 
no ano de 2015 (não houve concurso em 2016) ofertou um total de 75 vagas para o cargo de 
Professor D-I Nível 1, prevendo 10%; e apenas 6 vagas foram reservadas às pessoas com 
deficiência, perfazendo um percentual de 8% de reserva às pessoas com deficiência. 
Em sentido semelhante, Deliany Vieira de Alencar Maia, identificou em sua dissertação 
de mestrado em direito no ano de 2014, que as Instituições Federais de Ensino no RN, 
Página 17 
 
apresentavam em março de 2014, um reduzido percentual de servidores públicos com 
deficiência em seus quadros efetivos, sendo esses percentuais: 0,96% na UFRN entre Técnicos-
Administrativos em Educação (TAE) e Professores; 2,3%; 0% na UFERSA respectivamente 
para TAE e Professores; e 0,734% no IFRN entre TAE e Professores (Grifo nosso) (MAIA, 
2014, p. 188-189). 
Nesta mesma dissertação, Deliany Maia diz em sua conclusão que: “Quanto à prática 
das instituições de ensino pesquisadas, como não poderia deixar de ser, encontra-se 
intimamente contaminada pela interpretação desatualizada dos tribunais superiores, assim com 
a precária regulamentação infraconstitucional dedicada a matéria, tendo como consequência 
um vergonhoso índice de contratação de pessoas com deficiência que não chega próximo 
sequer ao mínimo de 5%, revelando a face cruel da discriminação latente no seio da sociedade 
brasileira” (Grifo nosso) (MAIA, 2014, p. 198). 
Em sentido semelhante, Bráulio Caio Ferreira da Costa, identificou em sua dissertação 
de mestrado em educação em 2016, que a UFRN apresentava um índice de 1% dos servidores 
com deficiência em seu quadro efetivo. Nesta mesma dissertação, Bráulio Costa, complementa 
dizendo: “Esse número é inferior ao determinado no Decreto nº 3.298 de 1999, que é de 
5%, e menor ainda que os 10% correspondentes às vagas reservadas para pessoas com 
deficiência nos concursos públicos da UFRN” (Grifo nosso) (COSTA, 2016, p. 69-70). 
A problemática da reduzida reserva efetiva de vagas às pessoas com deficiência nas 
universidades federais para o cargo de professor das universidades federais no Brasil é abordado 
pelo GRUPO DE TRABALHO - INCLUSÃO PARA PESSOAS COM DEFICIÊNCIA da 
Procuradoria Federal dos Direitos do Cidadão (PFDC), conforme expressado na sua publicação 
digital intitulada de Propostas de Atuação à Membros do MP, que na página 55 diz: “Como em 
geral, para cada especialidade, há menos de cinco vagas, acaba-se por não reservar nenhuma 
vaga para candidatos com deficiência, (...). Esse procedimento é indevido, pois, por se tratar 
de vagas para o mesmo cargo, o percentual mínimo de 5% deveria ser aplicado sobre o 
número total de vagas, desconsiderando-se as especialidades e as provas diferenciadas” 
(grifo nosso) (PFDC-MPF, 2014). 
O caminho científico percorrido foi a pesquisa exploratória através do levantamento 
bibliográfico, da coleta de dados e documentos; a pesquisa analítica dos dados e documentos 
coletados; a pesquisa explicativa identificando os critérios mais benéficos e legais na aplicação 
do modelo proposto no projeto de intervenção. 
Diante desse cenário, surge a seguinte pergunta: 
Página 18 
 
Quais os critérios ou norma mais benéficas na reserva de vagas às pessoas com 
deficiência nos concursos para o cargo de Professor Classe A da carreira do Magistério 
Superior, que a UFRN pode adotar à luz da Boa Administração? 
O objetivo geral desse projeto de intervenção é propor à UFRN, um modelo de edital de 
concurso com a norma mais benéfica na reserva de vagas às pessoas com deficiência para o 
cargo de Professor Classe A da carreira do Magistério Superior, à luz da Boa Administração. 
Os objetivos específicos desse projeto de intervenção são: 
i. Identificar o índice de reserva efetiva às pessoas com deficiência nos editais de 
concursos para o cargo de Professor Classe A do Magistério Superior, publicados no 
ano de 2016 pelas 63 Universidades Federais brasileiras; 
ii. Demonstrar a legalidade das normas quanto a reserva de vagas às pessoas com 
deficiência, entre os modelos de editais com os maiores percentuais de reserva efetiva 
às pessoas com deficiência nos concursos para o cargo de Professor Classe A do 
Magistério Superior, publicados no ano de 2016 pelas 63 Universidades Federais 
brasileiras; 
iii. Propor à UFRN alterações no modelo de edital adotado nos concursos para o cargo de 
Professor Classe A do Magistério Superior, inserindo Norma Mais Benéfica na reserva 
de vagas às pessoas com deficiência à luz da Boa Administração; 
iv. Descrever os mecanismos de acompanhamento e avaliação do modelo de edital (projeto 
de intervenção) proposto para a UFRN. 
 
A Lei nº 13.146/2015 - Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência (Estatuto 
da pessoa com deficiência) em vigência desde o dia 06 de janeiro de 2016, fez alterações 
importantes no ordenamento jurídico brasileiro. Dentre essas alterações temos: a tipificação do 
crime de discriminação contra às pessoas com deficiência, disposto no Art. 8º da Lei nº 7.853 
de 1989; a expressa proibição de práticas discriminatórias e limitativas no acesso ao trabalho 
das pessoas com deficiência, disposto no Art. 1º da Lei nº 9.029 de 1995; e o estabelecimento 
expresso que “prevalecerá a norma mais benéfica à pessoa com deficiência”, disposto no 
Art. 121 da própria Lei nº 13.146/2015 (Grifo nosso) (BRASIL, 2015). 
No dia 22 de fevereiro de 2016, o autor desse projeto de intervenção, Sr. José Aureliano 
Arruda Ximenes de Lima, fez no site do Ministério Público Federal (MPF) as manifestações nº 
20160011772 (Apêndice II) e nº 20160011807 (Apêndice III) que questionam se o percentual 
de reserva de vagas às pessoas com deficiência deve incidir sobre: Critério A: o número de 
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vagas ofertadas para cada área de conhecimento ou Critério B o número de vagas ofertadas 
sobre o total de vagas ofertadas em concurso públicos nas Instituições Federais de Ensino. 
No Declínio de Atribuição das manifestações supracitadas, com data em 08 de março 
de 2016, o Procurador da República em Caicó/RN, Dr. Bruno Jorge Rijo Lamenha Lins, ressalta 
que na Lei que disciplina os cargos de docentes nas Instituições Federais de Ensino, não há o 
estabelecimento de distinção ou diferenciação do cargo quanto à área de conhecimento ou 
formação (LINS, 2016, p. 3). 
Durante o 1º ENCONTRO DOS SERVIDORES COM DEFICIÊNCIA DA UFRN, 
realizado no dia 22 de junho de 2016, o autor desse projeto de intervenção e servidor TAE na 
UFRN, apresentou a palestra intitulada Ineficiência da política pública inclusiva para as 
Pessoas com Deficiência nos concursos públicos. O palestrante, após sensibilização e 
mobilização dos presentes, foi nomeado como representante dos servidores com deficiência da 
UFRN para apresentar a referida denúncia a Reitoria da UFRN e buscar por melhorias e 
garantias dos direitos às pessoas com deficiência na UFRN (LIMA, 2016). 
No dia 07 de julho de 2016, o autor desse projeto de intervenção e representante dos 
servidores com deficiência da UFRN, apresentou à Pró-Reitora de Gestão de Pessoas na UFRN, 
Sra. Mirian Dantas dos Santos, a palestra denúncia intitulada Ineficiência da política pública 
inclusiva para as Pessoas com Deficiência nos concursos públicos e o documento denúncia 
intitulado Carta à UFRN (Apêndice IV), expondo a ineficiência dos critérios adotados pela 
UFRN e exemplificando modelos de editais mais inclusivos adotados por outras Instituições 
Federais de Ensino. 
No dia 26 de agosto de 2016, a Magnífica Reitora da UFRN, Prof.ª Dra. Ângela Maria 
Paiva Cruz, emitiu a Portaria nº 1.809/16-R, instituiu a criação do GRUPO DE TRABALHO 
PARA ANÁLISE DE PROPOSTA INCLUSIVA (COTAS PARA DEFICIENTES) DOS 
EDITAIS DE CONCURSOPÚBLICO NO ÂMBITO DA UFRN, composta pelos seguintes 
membros: o professor Dr. Francisco Ricardo Lins Vieira de Melo (presidente do grupo), a TAE 
Ana Carolina Sá Leitão de Araújo, a professora Especialista. Gisele Oliveira da Silva Paiva, o TAE 
José Aureliano Arruda Ximenes de Lima (autor da intervenção) e o TAE Rodrigo Otávio Souza 
Lima (UFRN, 2016, p. 12-13) 
No dia 1 de setembro de 2016, o autor da intervenção, fez no site do MPF nova 
manifestação nº 20160085846 (Apêndice V), que solicita recomendar à UFRN que a mesma 
elimine “os critérios discriminativos e limitativos contra às pessoas com deficiência”, adotados 
pelos editais na UFRN. Essa manifestação gerou o Procedimento Preparatório n. 
1.28.000.001621/2016-40 do MPF no RN, iniciado no dia 05 de setembro de 2016, que gerou 
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a Recomendação nº 003/2017 – CMCLMPF/RN de 12 de janeiro de 2017, assinada pela 
Procuradora da República Titular do 4º Ofício e Procuradora Regional dos Direitos do Cidadão 
(PRDC) do MPF em Natal/RN, Dra. Caroline Maciel Da Costa Lima Da Mata, onde recomenda 
à Magnífica Reitora da UFRN, a Prof.ª Dra. Ângela Maria Paiva Cruz, que: “a) O percentual 
de reserva de vagas às pessoas com deficiência seja calculado sobre o número total de vagas 
do concurso, devendo as especialidades/áreas de atuação cujas vagas serão reservadas serem 
escolhidas, por cada curso, através de sorteio público; b) na hipótese de, por conveniência da 
Administração, serem abertos concursos com número de vagas insuficientes a garantir reserva 
para pessoa com deficiência, nos certames seguintes deve haver compensação, de modo que, 
no final de cada ano, o percentual legal mínimo para pessoas com deficiência seja atingido 
em relação ao número total de vagas oferecidas naquele ano por cada curso” (Grifo nosso) 
(PRDC-MPF, 2017). 
Em 20 de fevereiro de 2017, a Magnífica Reitora da UFRN, Prof.ª Dra. Ângela Maria 
Paiva Cruz, emitiu a Portaria nº 294/17-R, que complementou a Portaria nº 1.809/16-R, que 
trata do GRUPO DE TRABALHO PARA ANÁLISE DE PROPOSTA INCLUSIVA (COTAS 
PARA DEFICIENTES) DOS EDITAIS DE CONCURSO PÚBLICO NO ÂMBITO DA 
UFRN, incluindo a professora Dra. Magda Maria Pinheiro de Melo (Diretora Geral da 
COMPERVE), passando a ser composta por 06 membros (UFRN, 2017, p. 4-5). 
O GRUPO DE TRABALHO PARA ANÁLISE DE PROPOSTA INCLUSIVA 
(COTAS PARA DEFICIENTES) DOS EDITAIS DE CONCURSO PÚBLICO NO ÂMBITO 
DA UFRN, teve sua 1ª reunião no dia 24 de fevereiro de 2017, onde o autor da intervenção e 
membro do referido Grupo de Trabalho apresentou a denúncia intitulada Reserva de cotas à 
Pessoa com Deficiência nos concursos da UFRN, expondo a ineficiência das regras adotadas 
pela UFRN, exemplificando modelos de editais mais inclusivos adotados por outras Instituições 
Federais de Ensino e as hipóteses de regras mais inclusivas/eficientes (LIMA, 2017). 
 Até o mês de maio de 2017, aconteceram 03 reuniões do Grupo de Trabalho supracitado, 
destacando-se nas reuniões a compreensão e a sensibilização: quanto ao teor da denúncia, a 
discursão das hipóteses apresentadas na 1ª reunião, a necessária consulta à Advocacia Geral da 
União (AGU) na UFRN; a reunião com o MPF em Natal; a apresentação de um relatório à 
Magnífica Reitora sobre os pontos já pacificados e sobre as dificuldades/preocupações 
encontradas, pelo Grupo de Trabalho, na elaboração da minuta de edital mais inclusivo 
(Apêndices VI até VIII) (GT COTAS UFRN, 2017). 
 Em 12 de maio de 2017, a Magnífica Reitora da UFRN, professora Dra. Ângela Maria 
Paiva Cruz, em audiência na sala de reuniões da Reitoria, reuniu os procuradores da AGU na 
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UFRN e no IFRN; os Pró-Reitores de Gestão de Pessoas e de graduação da UFRN com seus 
assessores; os representantes da Diretoria de Gestão de Pessoas e do Pró-Reitor de Ensino do 
IFRN e seus assessores; os membros do Grupo de Trabalho da UFRN, que apresentaram o 
relatório de trabalho supracitado a todos os presentes. O referido relatório foi amplamente 
discutido pelos participantes, no entanto não houve consenso entre as duas instituições e até o 
mês de junho de 2017 a proposta da minuta mais inclusiva solicitada pela Magnifica Reitora da 
UFRN não foi conclusa (Apêndice IX) (GT COTAS UFRN, 2017). 
Diante do exposto, propor um modelo de edital com critérios (norma) mais benéficos 
na reserva de vagas às pessoas com deficiência nos concursos para o cargo de Professor Classe 
A da carreira do Magistério Superior na UFRN, atende a uma necessidade urgente da UFRN. 
A adoção pela UFRN da Norma Mais Benéfica e legal às pessoas com deficiência, 
ratificará o papel social e pioneiro da instituição, defendido pela Magnífica Reitora, no 
estabelecimento de uma política afirmativa às pessoas com deficiência que buscam a máxima 
eficiência administrativa, na tratativa de eliminar qualquer discriminação e/ou limitação, 
possibilitando assim, ampliar a admissão às pessoas com deficiência no serviço público federal. 
Página 22 
 
2 REVISÃO DA LITERATURA 
 
A revisão da literatura tem início com a Constituição Federal de 1988, que é a base do 
regime jurídico-administrativo e do Direito Administrativo no Brasil, bem como outras fontes 
do Direito, dentre elas: Leis e Decretos nacionais, convenções internacionais ratificadas no 
Brasil, jurisprudência e as práticas inclusivas relacionadas ao assunto. 
Os princípios fundamentais do regime jurídico-administrativo no Brasil, são definidos 
no Caput do Art. 37 na Constituição Federal de 1988, que na sua versão original, anterior a 
Emenda Constitucional nº 19, diz: "A administração pública direta e indireta de qualquer dos 
Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos municípios obedecerá aos princípios 
de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e, (...)" (BRASIL, 1988). 
 
 
2.1 O PRINCÍPIO DA LEGALIDADE E O PODER DISCRICIONÁRIO 
 
Quanto ao Princípio da legalidade, os atos administrativos necessitam respeitar o 
ordenamento jurídico-legal, ou seja, a Administração Pública deve fazer o que é permitido pela 
Lei. Nesse sentido, Hely Lopes Meirelles afirma que: 
 
A eficácia de toda atividade administrativa está condicionada ao atendimento da Lei 
e do Direito. É o que diz o inc. I do parágrafo único do art. 2º da Lei 9.784/99. Com 
isso, fica evidente que, além da atuação conforme à lei, a legalidade significa, 
igualmente, a observância dos princípios administrativos (MEIRELLES, 2014, p. 90). 
 
Nesse sentido, Maria Sylvia Zanella Di Pietro complementa diferenciando a legalidade 
entre as relações públicas e as relações privadas, afirmando: 
 
Segundo o princípio da legalidade, a Administração Pública só pode fazer o que a lei 
permite. No âmbito das relações particulares, o princípio aplicável é o da autonomia 
da vontade, que lhes permite fazer tudo o que a lei não proíbe. (...) Em decorrência 
disso, a Administração Pública não pode, por simples ato administrativo, conceder 
direitos de qualquer espécie, criar obrigações ou impor vedações aos administrados; 
para tanto, ela depende da lei (DI PIETRO, 2014, p. 65). 
 
 Um outro aspecto, é o Poder Discricionário que segundo Hely Lopes Meirelles diz “é o 
que o Direito concede à Administração, de modo explícito ou implícito, para a prática de atos 
administrativos com liberdade na escolha de sua conveniência, oportunidade e conteúdo” 
(MEIRELLES, 2014, p. 132). 
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2.2 O PRINCÍPIO DA RAZOABILIDADE E DA PROPORCIONALIDADE 
 
 Segundo Celso Antônio Bandeira de Mello, a legalidade dos Atos administrativos 
deve ser razoável e lógica quanto aos efeitos do caso concreto: 
 
Descende também do princípio da legalidade o princípio da razoabilidade. Com efeito, 
nos casos emque a Administração dispõe de certa liberdade para eleger o 
comportamento cabível diante do caso concreto, isto é, quando lhe cabe exercitar certa 
discrição administrativa, evidentemente tal liberdade não lhe foi concedida pela lei 
para agir desarrazoadamente, de maneira ilógica, incongruente (MELLO, 2014, p. 
81). 
 
Nesse mesmo sentido, Cármen Lúcia Antunes Rocha, diz: 
 
O devido processo legal administrativo compreende mesmo os princípios que 
informam a feitura do ato administrativo, tais como o da razoabilidade e o da 
proporcionalidade, de tal modo que ele traz não apenas a principiologia do processo, 
mas extrapola a forma e compromete a substância do provimento administrativo. 
Afinal, o que é reto e justo constitui a essência da legitimidade de qualquer 
comportamento, seja ele havido numa relação ou num ato administrativo unilateral 
(ROCHA, 1997, p. 16). 
 
 
2.3 O PRINCÍPIO DA EFICIÊNCIA 
 
 Em 1989, com a Lei nº 7.853, no Art. 2º, surge o ensaio do princípio Constitucional da 
Eficiência e em especial na ênfase da máxima eficiência na política afirmativa às pessoas com 
deficiência, que diz: 
 
Art. 2º Ao Poder Público e seus órgãos cabe assegurar às pessoas portadoras1 de 
deficiência o pleno exercício de seus direitos básicos, inclusive dos direitos à 
educação, à saúde, ao trabalho, ao lazer, à previdência social, ao amparo à infância e 
à maternidade, e de outros que, decorrentes da Constituição e das leis, propiciem seu 
bem-estar pessoal, social e econômico. 
Parágrafo único. Para o fim estabelecido no caput deste artigo, os órgãos e entidades 
da administração direta e indireta devem dispensar, no âmbito de sua competência e 
finalidade, aos assuntos objetos esta Lei, tratamento prioritário e adequado, 
tendente a viabilizar, sem prejuízo de outras, as seguintes medidas: (...) c) a promoção 
de ações eficazes que propiciem a inserção, nos setores públicos e privado, de 
pessoas portadoras de deficiência (Grifo nosso) (BRASIL, 1989). 
 
 
1 Desde 2007, a Convenção internacional sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência, o termo "pessoa portador 
de deficiência" não é mais recomendado. O termo correto adotado é "pessoa com deficiência". 
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 Após dez anos, em 1998, a Emenda Constitucional nº 19, vem inserir no regime jurídico-
administrativo no Brasil, o princípio da eficiência, ao alterar o Caput disposto no Art. 37 da 
Constituição Federal de 1988, que passou a ter o seguinte texto: "A administração pública direta 
e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos municípios 
obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, 
(...)" (BRASIL, 1998). 
 
 
2.4 O PRINCÍPIO DA BOA ADMINISTRAÇÃO E DA NORMA MAIS BENÉFICA 
 
Recentemente o princípio do “Bom Governo” ou da “Boa Administração” vem 
ganhando aceitação na iniciativa privada e na Administração Pública. No ano 2000, a Carta 
dos Direitos Fundamentais da União Europeia, cita em seu Art. 41 o seguinte texto: 
 
Direito a uma boa administração 1. Todas as pessoas têm direito a que os seus assuntos 
sejam tratados pelas instituições e órgãos da União de forma imparcial, equitativa e 
num prazo razoável. 2. Este direito compreende, nomeadamente: o direito de qualquer 
pessoa a ser ouvida antes de a seu respeito ser tomada qualquer medida individual que 
a afecte desfavoravelmente, o direito de qualquer pessoa a ter acesso aos processos 
que se lhe refiram, no respeito dos legítimos interesses da confidencialidade e do 
segredo profissional e comercial, a obrigação, por parte da administração, de 
fundamentar as suas decisões. 3. Todas as pessoas têm direito à reparação, por parte 
da Comunidade, dos danos causados pelas suas instituições ou pelos seus agentes no 
exercício das respectivas funções, de acordo com os princípios gerais comuns às 
legislações dos Estados-Membros. 4. Todas as pessoas têm a possibilidade de se 
dirigir às instituições da União numa das línguas oficiais dos Tratados, devendo obter 
uma resposta na mesma língua (PARLAMENTO EUROPEU, 2000, p. 18). 
 
Segundo Bandeira de Mello, o Princípio da Boa Administração tem como base dois 
princípios: Princípio da Eficiência e Princípio da Legalidade, no qual só é possível a excelência 
administrativa ou a máxima eficiência, com a harmonia desses princípios. Nesse sentido diz: 
 
"A constituição se refere, no art. 37, ao princípio da eficiência. Advirta-se que tal 
princípio não pode ser concebido (...) senão na intimidade do princípio da legalidade, 
pois jamais uma suposta busca de eficiência justificaria postergação daquele que é o 
dever administrativo por excelência" (MELLO, 2014, p. 125) 
 
Nesse mesmo sentido, Jaime Rodriguez-Arana Muñoz, sobre o abuso do Poder 
discricionário versus o Princípio da Boa Administração, que diz: 
 
Com efeito, a discricionariedade, já se disse com acerto, é o cavalo de Troia do Direito 
Público pela simples razão de que seu uso objetivo nos situa no interior do Estado de 
Página 25 
 
Direito e seu exercício abusivo nos leva ao mundo da arbitrariedade e do autoritarismo 
(MUÑOZ, 2012, p. 158). 
 
 Quanto ao Princípio da Norma Mais benéfica2, a mesma foi devidamente regulamentada 
na Lei nº 13.146/2015, Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência (Estatuto da 
Pessoa com Deficiência), no Art. 121 estabelecendo que “Prevalecerá a norma mais benéfica 
à pessoa com deficiência” (Grifo nosso) (BRASIL, 2015). 
 
 
2.5 ATOS ADMINISTRATIVOS: EDITAL DE CONCURSO DE CARGO PÚBLICO 
 
Segundo Celso Antônio Bandeira de Mello, "O Direito Administrativo é o ramo do 
Direito Público que disciplina o exercício da função administrativa, bem com pessoas e órgãos 
que a desempenham" (MELLO, 2014, p. 37). 
 No exercício da função administrativa, o administrador público assina atos jurídicos de 
finalidade pública (portarias, editais, nomeações, empenhos, ordem de pagamento, etc.) que são 
chamados de atos administrativos. Nesse sentido Hely Lopes Meirelles diz: 
 
A Administração Pública realiza sua função executiva por meio de atos jurídicos que 
recebem a denominação especial de atos administrativos. (...). É ato jurídico todo 
aquele que tenha por fim imediato adquirir, resguardar, transferir, modificar ou 
extinguir direitos (MEIRELLES, 2014, p. 164 e 165). 
 
Segundo o professor Adjunto II do Curso de Direito/CERES/UFRN/Campus Caicó, 
Rogério de Araújo Lima, em relação aos concursos públicos diz: 
 
Os atos administrativos são atos jurídicos, porque deles sempre resultarão 
consequências jurídicas. Basta imaginar um edital de concurso público que abre 
espaço para modificar a situação jurídica dos candidatos aprovados e classificados nos 
seus termos, ensejando-lhes o futuro exercício de funções em cargos públicos por 
meio da posse (LIMA, 2014, p. 47). 
 
 Segundo Carvalho Filho, "Concurso público é o procedimento administrativo que tem 
por fim aferir as aptidões pessoais e selecionar os melhores candidatos ao provimento de cargos 
e funções públicas" (CARVALHO FILHO, 2014, p. 632). 
 
2 “Norma mais favorável ao trabalhador – Aplicabilidade. O vértice da pirâmide da hierarquia das normas 
trabalhistas, dentre aquelas em vigor, será ocupado pela norma mais favorável ao trabalhador. Recurso acolhido 
para deferir o pedido de diferenças de adicional de insalubridade. ” (TRT 6ª Região, Proc. nº 00077/2003.906.06-
00-0, Acórdão 2ª Turma, Relator Juiz Ivanildo da Cunha Andrade, DOPE 29/4/03). 
Página 26 
 
Na constituição de 1988, disposto no inciso II, do Art. 37, o Concursopúblico foi 
instituído como a forma de ingresso aos cargos públicos de provimento efetivos que diz: “a 
investidura em cargo ou emprego público depende de aprovação prévia em concurso público 
de provas ou de provas e títulos, de acordo com a natureza e a complexidade do cargo ou 
emprego, na forma prevista em lei, (...) (BRASIL, 1988). 
Nesse sentido, a Lei nº 8.112 de 1990, Regime Jurídico dos Servidores Públicos Civis 
da União, das autarquias, inclusive as em regime especial, e das fundações públicas federais 
(Estatuto do Servidor Federal), disposto no Art. 10 e Art. 11, que estabelecem o concurso 
público como a forma de provimento efetivo para a admissão no serviço público federal, que 
diz: 
 
Art. 10. A nomeação para cargo de carreira ou cargo isolado de provimento efetivo 
depende de prévia habilitação em concurso público de provas ou de provas e títulos, 
obedecidos a ordem de classificação e o prazo de sua validade. 
Art. 11. O concurso será de provas ou de provas e títulos, podendo ser realizado em 
duas etapas, conforme dispuserem a lei e o regulamento do respectivo plano de 
carreira, condicionada a inscrição do candidato ao pagamento do valor fixado no 
edital, quando indispensável ao seu custeio, e ressalvadas as hipóteses de isenção nele 
expressamente previstas (BRASIL, 1990). 
 
Segundo Rogério de Araújo Lima, o edital de concurso público de cargo efetivo, é um 
ato administrativo com efeitos jurídicos “que é a lei do concurso público, deve refletir no seu 
conteúdo o que está previsto na Constituição Federal de 1988 e na legislação aplicável em vigor, 
(...) (LIMA, 2014, p. 58) 
Quanto a norma geral relativa a reserva de vagas às pessoas com deficiência nos 
concursos públicos, o Decreto nº 6.944/2009, disposto no Art. 19 diz: 
 
Deverão constar do edital de abertura de inscrições, no mínimo, as seguintes 
informações: (...) 
III - número de cargos ou empregos públicos a serem providos; 
IV - quantitativo de cargos ou empregos reservados às pessoas com deficiência e 
critérios para sua admissão, em consonância com o disposto nos Art. 37 a 44 do 
Decreto nº 3.298, de 20 de dezembro de 1999; (...) 
XVII - explicitação detalhada da metodologia para classificação no concurso público; 
XVIII - exigência, quando cabível, de exames médicos específicos para a carreira ou 
de exame psicotécnico ou sindicância da vida pregressa; (...) (BRASIL, 2009). 
 
 
 
 
 
 
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2.6 CARREIRAS NAS INSTITUIÇÕES FEDERAIS DE ENSINO 
 
Nas Instituições Federais de Ensino, há três carreiras de servidores de cargos 
efetivos: Técnico-Administrativos em Educação (TAE); 2) Magistério do Ensino Básico, 
Técnico e Tecnológico (EBTT); e 3) Magistério Superior. 
A carreira de TAE, é estruturada pela Lei n. 11.091 de 12 de janeiro de 2005, na qual 
estabelece no ANEXO II da referida Lei, a existência de 325 (trezentos e vinte e cinco) tipos 
de especialidades ou cargos especializados. 
A carreira de Magistério do EBTT, é estruturada pela Lei n. 12.772 de 28 de dezembro 
de 2012, na qual estabelece no Art. 1º a existência de apenas dois cargos: Professor do EBTT e 
Professor Titular-Livre do EBTT. Na Lei não há qualquer menção da divisão do cargo por áreas 
de conhecimento/especialidades/disciplinas 
A carreira de Magistério Superior, Corpus da intervenção, é também estruturada pela 
Lei n. 12.772 de 28 de dezembro de 2012, na qual estabelece no Art. 1º a existência de apenas 
dois cargos: Professor do Magistério Superior e Professor Titular-Livre do Magistério Superior. 
Quanto a forma de ingresso no cargo de Professor do Magistério Superior a referida Lei 
estabelece que será apenas pela Classe A, em três subestruturas: 1) Professor adjunto; 2) 
Professor assistente; e 3) Professor auxiliar. Na Lei não há qualquer menção da divisão do cargo 
por áreas de conhecimento/especialidade/disciplinas. 
 
2.7 RESERVA DE VAGAS ÀS PESSOAS COM DEFICIÊNCIA NOS CONCURSOS 
 
 Na constituição de 1988, disposto no inciso VIII, do Art. 37, teve início a previsão legal 
da reserva de vagas às pessoas com deficiência no provimento de cargos públicos no Brasil, 
que diz: "A lei reservará percentual dos cargos e empregos públicos para as pessoas portadoras 
de deficiência e definirá os critérios de sua admissão" (BRASIL, 1988). 
As Leis Brasileiras e Internacionais vêm indubitavelmente evoluindo no fomento dos 
princípios da dignidade da pessoa humana, da solidariedade, da igualdade e da justiça social 
presentes na legislação aplicada (Jurisprudência) e nos costumes da sociedade em geral. 
 O Direito de acesso ao trabalho para às pessoas com deficiência, já é objeto de leis que 
demonstram a importância no desenvolvimento de políticas afirmativas mais eficientes, 
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buscando eliminar assim qualquer tipo de discriminação ou limitação nas mais diversas áreas 
de atuação profissional. 
Em 1990, a Lei nº 8.112, no seu § 2o, do Art. 5º, assegura às pessoas com deficiência "o 
direito de se inscrever em concurso público para provimento de cargo (...); para tais pessoas 
serão reservadas até 20% (vinte por cento) das vagas oferecidas no concurso" (BRASIL, 1990). 
O percentual mínimo de 5% de reserva de vagas às pessoas com deficiência foi 
estabelecido no Decreto nº 3.298 de 1999, em seus §1o e §2o, do Art. 37, no qual diz que às 
pessoas com deficiência: 
 
(...) em razão da necessária igualdade de condições, concorrerá a todas as vagas, 
sendo reservado no mínimo o percentual de cinco por cento em face da classificação 
obtida. (...). Caso a aplicação do percentual de que trata o parágrafo anterior resulte 
em número fracionado, este deverá ser elevado até o primeiro número inteiro 
subsequente”; e a publicação em duas listas os aprovados (pessoas com deficiência e 
ampla concorrência) foi estabelecido no Decreto nº 3.298/1999, no Art. 42, no qual 
diz: “ A publicação do resultado final do concurso será feita em duas listas, 
contendo, a primeira, a pontuação de todos os candidatos, inclusive a dos portadores 
de deficiência, e a segunda, somente a pontuação destes últimos” (Grifo nosso) 
(BRASIL, 1999). 
 
Os critérios da alternância e proporcionalidade na ordem de nomeação entre as listas de 
aprovados com deficiência e da ampla concorrência, foi reconhecido em 14 de outubro de 2009, 
no Acórdão da 2ª turma do Tribunal Superior do Trabalho (TST) do processo nº TST-AIRR-
660/2006-007-10-40.9, no que diz: 
 
Dessa forma, a empresa agravante certamente tornou sem efeito os ditames legais e 
constitucionais da reserva de vagas aos portadores de deficiência, eis que não 
observou os critérios de alternância e proporcionalidade para a 
convocação. (...) Outrossim, cabe referir que é claro que o intuito do legislador é 
destinar, separar e definir o número exato de vagas aos candidatos deficientes, 
conforme se depreende do artigo 39 do Decreto nº 3.298/99, (...) (Grifo nosso) 
(ACÓRDÃO 2ª TURMA DO TST, 2009). 
 
Em 25 de agosto 2009, o Brasil ratificou pelo Decreto nº 6.949, a CONVENÇÃO 
INTERNACIONAL SOBRE OS DIREITOS DAS PESSOAS COM DEFICIÊNCIA de 30 de 
março de 2007, como o único tratado internacional equivalente a uma emenda constitucional, 
no qual promove e garante os direitos humanos a todos e particularmente às pessoas com 
deficiência (BRASIL, 2009). 
Em 03 de dezembro de 2009, o Ministro Joaquim Barbosa do Supremo Tribunal Federal 
(STF) ao julgar o Recurso Ordinário em Mandado de Segurança de nº 25.666/DF, sobre a 
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convocação indevida de candidato com deficiência além das vagas reservadas no edital3, ou 
seja, eram três vagas reservadas e houve a convocação de um 4º candidato com deficiência 
havendo assim preterição do candidatoda ampla concorrência. 
 
CONSTITUCIONAL. DIREITO ADMINISTRATIVO. CONCURSO PÚBLICO. 
RESERVA DE VAGAS À ESPECÍFICA CONCORRÊNCIA. ESTRUTURAÇÃO 
DE FASE DO CONCURSO EM DUAS TURMAS DE FORMAÇÃO. LEI 
8.112/1990, ART. 5º, § 2º. DECRETO 3.298/1999. ESPECIFICIDADES DA 
ESTRUTURA DO CONCURSO. IRRELEVÂNCIA PARA A ALTERAÇÃO DO 
NÚMERO TOTAL DE VAGAS OFERECIDAS. MODIFICAÇÃO DO NÚMERO 
DE VAGAS RESERVADAS. IMPOSSIBILIDADE. PROCESSUAL CIVIL. 
RECURSO ORDINÁRIO EM MANDADO DE SEGURANÇA. 1. Recurso ordinário 
em mandado de segurança interposto de acórdão do Superior Tribunal de Justiça que 
entendeu ser plausível o cálculo da quantidade de vagas destinadas à específica 
concorrência de acordo com o número de turmas do curso de formação. 2. Os limites 
máximo e mínimo de reserva de vagas para específica concorrência tomam por base 
de cálculo a quantidade total de vagas oferecidas aos candidatos, para cada cargo 
público, definido em função da especialidade. Especificidades da estrutura do 
concurso, que não versem sobre o total de vagas oferecidas para cada área de atuação, 
especialidade ou cargo público, não influem no cálculo da reserva. 3. Concurso 
público. Provimento de cinquenta e quatro vagas para o cargo de fiscal federal 
agropecuário. Etapa do concurso dividida em duas turmas para frequência ao curso de 
formação. Convocação, respectivamente, de onze e quarenta e três candidatos em 
épocas distintas. Reserva de quatro vagas para candidatos portadores de deficiência. 
Erro de critério. Disponíveis cinquenta e quatro vagas e, destas, reservadas cinco por 
cento para específica concorrência, três eram as vagas que deveriam ter sido 
destinadas à específica concorrência. A convocação de quarto candidato, ao invés do 
impetrante, violou direito líquido e certo à concorrência no certame. Recurso ordinário 
em mandado de segurança conhecido e provido. Julgado prejudicado, por perda de 
objeto, o Recurso em Mandado de Segurança nº 25.649 (STF, 2009). 
 
Em 30 de agosto de 2011, o Desembargador Federal Francisco Barros dias do Tribunal 
Federal Regional da 5ª Região (TRF5) ao julgar Agravo de Instrumento nº 0007232-
04.2011.4.05.0000, sobre a convocação indevida de candidato da ampla concorrência, havendo 
assim preterição do candidato com deficiência ao adotar fracionamento da reserva de vagas 
regionalizadas, diz: 
 
4. O Egrégio STF já definiu que o percentual de reserva de vagas para candidatos 
portadores de deficiência deve ser observado de forma individual em relação a cada 
cargo ofertado no certame, não se justificando o entendimento da União no sentido 
de fazer a aplicação desse percentual de forma fragmentada, por localidade 
 
3 Edital nº 3/2007 do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento num total de 354 vagas no edital, com 
reserva de vagas às pessoas com deficiência em 5%, reservando 21vagas às pessoas com deficiência. Do total de 
vagas, 47 vagas foram para o Estado de Goiás (GO) com reserva de 3 vagas às pessoas com deficiência; resultando 
em 2,35 vagas reservadas equivalente a 3 vagas pelo critério do arredondamento. Na 1º convocação em GO foram 
10 vagas à Ampla Concorrência e 1 vaga às pessoas com deficiência, na 2ª convocação em GO foram 43 vagas à 
Ampla Concorrência e 3 vagas às pessoas com deficiência; resultando em 2,7 vagas, equivalentes a 3 vagas pelo 
critério de arredondamento. Desta forma, foi convocado 4 candidatos, ou seja, um candidato além da regra do 
arredondamento conforme Decreto n. º 3.298/1999, em seus §1o e §2o, do Art. 37. 
Página 30 
 
contemplada com vagas (RMS 25.666-DF, Rel. Min. Joaquim Barbosa, STF - 
Segunda Turma, Publicação: DJe 03/12/2009). 
5. Hipótese em que o Edital do certame adotou um critério de distribuição 
regionalizada de vagas, não contemplando a jurisdição onde a agravada prestou 
concurso com vagas específicas para os portadores de deficiência. Embora a norma 
editalícia tenha previsto o percentual de 5% (cinco por cento) das vagas reservado 
para pessoas portadoras de deficiência, adotou um critério de distribuição 
regionalizada de vagas que afronta os preceitos constitucionais e a legislação que 
regulamenta a matéria (Grifo nosso) (TRF5, 2009, p. 132-133). 
 
Em 22 de maio de 2012, o Ministro Gilmar Mendes no Mandado de Segurança nº 
30.861/DF, sobre a convocação indevida do 5º candidato da Ampla concorrência, havendo 
assim preterição do candidato com deficiência ao nomear cinco candidatos para o cargo em 
questão, mas nenhum deles pessoa com deficiência, que diz: 
 
No caso em exame, a nomeação do candidato portador de deficiência após quatro 
nomeações da classificação geral obedeceria aos limites máximo (20%) e mínimo 
(5%) legalmente previstos, motivo pelo qual vislumbro direito líquido e certo a 
amparar a pretensão da impetrante (STF, 2012). 
 
Em 1 de setembro de 2014, a Ministra Rosa Weber do Supremo Tribunal Federal ao 
julgar o Recurso Ordinário em Mandato de Segurança (RMS) de nº 25.666/DF, sobre a 
preterição da autoridade coatora que nomeou e deu posse para oito candidatos, mas nenhum 
deles pessoa com deficiência, que diz: 
 
Na quinta vaga, tem-se que 5% é 0,25 vaga, que, arredondada para o primeiro número 
inteiro, dá 1. Ora, 1 é, justamente, 20% de cinco vagas; portanto, todas as regras legais 
se encontram, aqui, simultaneamente atendidas. A quinta vaga deve ser atribuída à 
lista especial, não à lista geral, porque atendidas todas as condições. (...) Dentro do 
que estipula o concurso em análise, portanto, na sexta vaga surgida, verifica-se que 
5% é 0,3 vaga, o que, arredondada para o primeiro número inteiro, dá 1, o que equivale 
a aproximadamente 16,66 % de seis vagas. Como já houve o preenchimento de uma 
vaga pela lista especial, na nomeação da quinta posição, não há qualquer desrespeito 
à garantia constitucional (nos termos em que está se encontra explicitada na legislação 
ordinária) e ao edital, com a nomeação de mais um candidato da lista geral. O mesmo 
ocorrerá quanto à sétima (aproximadamente 14,28 % do total), oitava (12,5%), nona 
(aproximadamente 11,11 %), décima (10%), décima primeira (aproximadamente 
9,09%), décima segunda (aproximadamente 8,33 %), décima terceira 
(aproximadamente 7,69 %), décima quarta (aproximadamente 7,14%), décima quinta 
(aproximadamente 6,66 %), décima sexta (6,25%), décima sétima (aproximadamente 
5,88%), décima oitava (aproximadamente 5,55%) décima nona (aproximadamente 
5,26 %) e vigésima vagas (5%), quando se atinge o piso previsto no art. 37, § 1º, do 
Decreto 3.298/99. Nessas situações, a quinta nomeação a partir da lista especial 
justifica plenamente a nomeação de aprovados da lista geral. Na vigésima primeira 
vaga, porém, tem-se que 5% delas representa 1,05 vaga. Aplicando-se a regra do 
arredondamento, ter-se-ão duas vagas previstas para a lista de deficientes físicos, que 
representam cerca de 9,52% de vinte e uma vagas. Portanto, está vaga também deve 
ser ocupada pelo segundo colocado na lista especial (Grifo nosso) (STF, 2014). 
 
Página 31 
 
 Em 2015, a Lei nº 13.146, Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência 
(Estatuto da pessoa com deficiência), nos Art. 98 e Art. 107 estabelecem a tipificação do crime 
de discriminação contra às pessoas com deficiência e no Art. 121 estabelecendo a Princípio da 
Norma Mais Benéfica: 
 
Art. 98. A Lei no 7.853, de 24 de outubro de 1989, passa a vigorar com as seguintes 
alterações: “Art. 8o Constitui crime punível com reclusão de 2 (dois) a 5 (cinco) 
anos e multa: (...) II - obstar inscrição em concurso público ou acesso de alguém a 
qualquer cargo ou emprego público, em razão de sua deficiência; (...) § 2o A pena 
pela adoçãodeliberada de critérios subjetivos para indeferimento de inscrição, de 
aprovação e de cumprimento de estágio probatório em concursos públicos não 
exclui a responsabilidade patrimonial pessoal do administrador público pelos 
danos causados. (...) 
Art. 107. A Lei no 9.029, de 13 de abril de 1995, passa a vigorar com as seguintes 
alterações: “Art. 1o É proibida a adoção de qualquer prática discriminatória e 
limitativa para efeito de acesso à relação de trabalho, ou de sua manutenção, por 
motivo de sexo, origem, raça, cor, estado civil, situação familiar, deficiência, 
reabilitação profissional, idade, entre outros, ressalvadas, nesse caso, as hipóteses de 
proteção à criança e ao adolescente previstas no inciso XXXIII do art. 7o da 
Constituição Federal.” (...) 
Art. 121. (...) Parágrafo único. Prevalecerá a norma mais benéfica à pessoa com 
deficiência (Grifo nosso) (BRASIL, 2015). 
 
Sobre os critérios de arredondamento em número fracionado mais eficientes e benéficos 
na reserva de vagas às pessoas com deficiência à luz da Boa Administração, Maria Aparecida 
Gugel diz: 
 
O critério de cálculo de vagas reservadas às pessoas com deficiência deve sempre 
se orientar pela máxima efetividade da norma constitucional, o que somente será 
atingido se, qualquer que seja o resultado da divisão entre o total de vagas oferecidas 
e o percentual reservado, que resulte em número fracionado, for elevado até o primeiro 
número inteiro subsequente (artigo 37, parágrafo 2º, Decreto n° 3.298/1999), 
garantindo-se as vagas das pessoas com deficiência (Grifo nosso) (GUGEL, 2016, p. 
107). 
 
Quando a reserva de vagas em concurso para cargos estruturados por especialidades 
(previsto em lei), a PFDC do MPF em Brasília recomenda que: 
 
Destarte, em cada concurso público, o percentual de vagas reservadas a pessoas com 
deficiência variará de 5% (cinco por cento) a 20% (vinte por cento), sendo que, no 
caso de concursos para cargos estruturados por especialidades, a distribuição das 
vagas reservadas será feita proporcionalmente ao número de vagas em cada 
especialidade (Grifo nosso) (PFDC-MPF, 2014, p. 51). 
 
 Quando a reserva de vagas em concurso para cargos não estruturados por especialidades 
(lei nº 12.772/2012), a PFDC do MPF em Brasília recomenda que: 
 
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Os concursos de universidades federais, em que frequentemente há previsão, no edital, 
de várias vagas para o cargo de professor adjunto, mas para atuação em especialidades 
diferentes, sendo as provas diferenciadas por especialidade. Como em geral, para 
cada especialidade, há menos de cinco vagas, acaba-se por não reservar nenhuma 
vaga para candidatos com deficiência, a fim de evitar que se ultrapasse o máximo 
20% de vagas reservadas previsto no art. 5º, § 2º da Lei n. 8.112/90. Esse 
procedimento é indevido, pois, por se tratar de vagas para o mesmo cargo, o percentual 
mínimo de 5% deveria ser aplicado sobre o número total de vagas, desconsiderando-
se as especialidades e as provas diferenciadas. Nesses casos, o Ministério Público 
Federal tem recomendado às universidades que calculem o percentual de reserva sobre 
o número total de vagas, e que definam as especialidades cujas vagas serão reservadas 
através de sorteio (Grifo nosso) (PFDC-MPF, 2014, p. 55). 
 
 
Página 33 
 
3 UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE 
 
A UFRN, criada em 25 de junho pela lei estadual nº 2.307 de 1958 com a designação 
de Universidade do Rio Grande do Norte, foi federalizada em 18 de dezembro pela lei federal 
nº 3.849 de 1960, seu Estatuto atual foi publicado no D.O.U. nº 173 – seção 1 em 09 de setembro 
de 2002, seu Regimento Geral atual foi publicado no Boletim de Serviço nº 036 em 29 de agosto 
de 2002, seu Regimento Interno da Reitoria atual foi aprovado pela Resolução nº 020/2015-
CONSUNI em 04 de novembro de 2015, constituída como pessoa jurídica de direito público, 
organizada sob a forma de Autarquia de Regime Especial vinculada ao Ministério da Educação 
(MEC), e tem como principal atividade o ensino, a pesquisa e a extensão. 
Sua missão “é educar, produzir e disseminar o saber universal, preservar e difundir as 
artes e a cultura, e contribuir para o desenvolvimento humano, comprometendo-se com a justiça 
social, a sustentabilidade socioambiental, a democracia e a cidadania” (UFRN, 2015). 
Sua visão é ser “uma Universidade com inserção internacional e sustentabilidade em 
suas ações, com uso disseminado de tecnologias de informação e de comunicação nas práticas 
acadêmicas, flexibilidade curricular na formação e mobilidade interna e externa, mantendo a 
oferta de cursos em áreas estratégicas e qualidade da formação com novas modalidades e 
educação continuada e sendo referência em produção de conhecimentos em áreas de fronteira 
e estratégicas para o desenvolvimento socioeconômico, buscando a inovação, com estreita 
interação com a sociedade, poderes públicos, setor produtivo e movimentos sociais, induzindo 
políticas públicas e compartilhando conhecimentos” (UFRN, 2015). 
Seus Campi são constituídos pelo Campus Central e sede da UFRN; pelo Campus Caicó; 
pelo Campus Currais Novos; pelo Campus Macaíba; e pelo Campus Santa Cruz; todos 
localizados no RN, Brasil (UFRN, 2017). 
Sua administração universitária é composta pelos órgãos colegiados deliberativos e por 
seus órgãos executivos, distribuídos em três níveis de administração: Superior, Acadêmica ou 
Escolar e Suplementar; na seguinte estrutura organizacional: 
 
 
 
 
 
 
Página 34 
 
Tabela 1 - Administração Universitária da UFRN 
ÓRGÃOS COLEGIADOS DELIBERATIVOS ÓRGÃOS EXECUTIVOS 
Superior: CONSUNI Superior: Reitoria 
 CONSEPE 
 CONDAD Escolar: Centros Acadêmicos 
 CONCURA Departamentos 
 Coordenações de Cursos 
Acadêmica: Conselho de Centro Núcleos de Estudos Interdisciplinares 
 Conselho de Unidade Especializadas 
 Plenária do Departamento Suplementar: Unidades Suplementares 
 Colegiado de Curso 
 
Suplementar: Conselho Consultivo 
 
 
 
 
Fonte: Adaptado do Regimento Geral da UFRN (UFRN, 2015). 
 
Gráfico 1 - Organograma Gerencial da UFRN 
Fonte: Adaptado do Regimento Interno da UFRN (UFRN, 2015). 
Assembleia 
Uniuversitária
Reitoria
Pró-Reitoria
PROGRAD
PPG
PROPESQ
NITE
PROEX
PROAD
PROPLAN
PROGESP
PROAE
Secretarias
SIR
SEDIS
EBTT
SGP
Unidades 
Suplementares
INFRA SINFO
COMUNICA HUOL
MEJC HUAB
BCZM EDUFRN
MCC NUPLAN
NAC NHH
CRUTAC IIF
IMT CEL
COMPERVE
Centros 
Acadêmicos
CB
CCS
CCET
CCHLA
SEPA
CCSA
CE
NEI
CERES
Museu do Seridó
CT
Unidades 
Acadêmicas 
Especializadas
EMUFRN
EAJ
FACISA
ECT
IMD
ESUFRN
EMCM
ICe
Órgãos 
Suplementares 
Gabinete do 
Reitor
Ouvidoria
Auditoria Interna
Asses. AAHU
ASCOM
Asses. Jurídica
Asses. Especiais
CONSUNI CONCURA
CONSEPE CONSAD
Página 35 
 
3.1 PRÓ-REITORIA DE GESTÃO DE PESSOAS 
 
A Pró-Reitoria de Gestão de Pessoas da UFRN (PROGESP), regulamentada nos Art. 
148 ao Art. 184, Capítulo VIII do Regimento Interno da Reitoria, aprovado pela Resolução nº 
020/2015-CONSUNI em 04 de novembro de 2015, “diretamente subordinada à Reitoria, é o 
órgão de planejamento e de gestão administrativa dirigido à formulação e implementação da 
política de gestão de pessoas da Universidade, sendo também responsável por supervisionar e 
coordenar as ações estabelecidas no Plano de Desenvolvimento Institucional e no Plano de 
Gestão, aprovados pelo Conselho Universitário, na UFRN” (UFRN, 2015). 
Sua missão é “promover a política de gestão de pessoas da UFRN, visando ao 
desenvolvimento pessoal, social e profissional,zelando pelos direitos, saúde e qualidade de 
vida no trabalho” e sua visão é “Ser referência na gestão de pessoas no âmbito do serviço 
público federal, com práticas inovadoras e atendimento de excelência (PROGESP, 2017). 
A PROGESP que se situa no Campus Central em Natal/RN, tem sua estrutura 
administrativa dividida da seguinte forma: Gabinete do Pró-Reitor; Secretaria Administrativa; 
Assessoria Técnica; Coordenadoria de Concursos; Coordenadoria de Atendimento; Diretoria 
de Administração de Pessoal; Diretoria de Desenvolvimento de Pessoas; e Diretoria de Atenção 
à Saúde do Servidor. 
 
Gráfico 2 - Organograma PROGESP UFRN 
Fonte: Adaptado do Regimento Interno da UFRN (UFRN, 2015). 
 
 Em relação ao quadro de servidores ativos na UFRN, em junho de 2017 totalizavam 
5.797 servidores, sendo 3.106 TAE e 2.691 Professores do Magistério Superior e do EBTT 
conforme demonstrado no (Anexo II). 
PROGESP
Gabinete do
Pró-Reitor
Diretoria de 
Administração de 
Pessoal
Diretoria de 
Desenvolvimento 
de Pessoal
Diretoria de 
Atenção à Saúde do 
Servidor
Assessoria Técnica
Secretaria 
Administrativa
Coordenadoria de 
Concursos
Coordenadoria de 
Atendimento
Página 36 
 
3.1.1 Coordenadoria de concursos da Pró-Reitoria de Gestão de Pessoas 
 
A Coordenadoria de Concursos da PROGESP, regulamentada no Art. 181, Subseção 
VII, Capítulo VIII do Regimento Interno da Reitoria, aprovado pela Resolução nº 020/2015-
CONSUNI em 04 de novembro de 2015, são suas competências: 
 
I – planejar, coordenar e realizar concursos públicos e processos seletivos para 
admissão de servidores técnico-administrativos e docentes; 
II – elaborar os editais dos concursos públicos e processos de seleção para admissão 
de servidores técnico-administrativos e docentes (PROGESP - UFRN, 2017). 
 
A Coordenação de Concursos da PROGESP que se situa no Campus Central em 
Natal/RN, tem no quadro de colaboradores servidores TAE com formação jurídica e com 
grandes experiências em concursos e processos seletivos de professores. 
É importante destacar que a execução dos concursos para os cargos de TAE, são 
realizados em parceria com o Núcleo Permanente de Concursos – COMPERVE da UFRN e os 
concursos de professores são realizados em parceria com cada Departamento Acadêmico no 
qual o cargo será direcionado e ocupado. 
 
 
Página 37 
 
4 MODELO ATUAL: EDITAL 09/2016 CONCURSOS PROFESSOR NA 
UFRN 
 
O modelo atual objeto do projeto de intervenção é o edital nº 09/2016 - CONCURSO 
PÚBLICO DE PROVAS E TÍTULOS PARA O CARGO DE PROFESSOR DO 
MAGISTÉRIO SUPERIOR NA CLASSE A (ADJUNTO-A, ASSISTENTE-A E AUXILIAR), 
publicado no D.O.U. nº 168, de 31 de agosto de 2016; de acordo com a Lei nº 12.772, de 28 de 
dezembro de 2012; de acordo com as Normas de Concurso Público, dispostas na Resolução nº 
108/2013-CONSEPE, de 2 de julho de 2013; considerada parte integrante do edital nº 09/2016. 
Na análise a seguir, será observado os critérios discricionários adotados considerando a 
possibilidade na adoção de norma mais benéfica à luz da Boa Administração na reserva de 
vagas às pessoas com deficiência. 
No edital nº 09/2016 (Anexo III), os itens diretamente relacionados ao tema são: 
 
4.1. Do total de vagas destinadas a cada cargo, 10% serão providas na forma do § 
2º, do Art. 5º, da Lei nº 8.112/90 e do Decreto nº 3.298/99. 
 
No item 4.1, ao se referir a cada cargo, é necessário analisar o Art. 1º ao Art. 8º da Lei 
nº 12.772/2012, que dispõe sobre a estruturação do Plano de Carreiras do Magistério Superior. 
No cargo de Professor Classe A do Magistério Superior não há menção de qualquer subdivisão 
do cargo em áreas de conhecimento. A subdivisão existente no referido cargo é apenas a níveis 
de vencimentos (disposto no ANEXO I da Lei). Desta forma, o Art. 8º conclui determinando 
que o ingresso se dará apenas pelo cargo de Professor Classe A Nível 1 da carreira do Magistério 
Superior. 
No item 4.1, ao adotar o índice de 10%, é importante destacar que a Lei nº 8.112 de 
1990, permite que o percentual de reserva seja de até 20% das vagas oferecidas no concurso, 
desta forma, na busca da norma mais benéfica deve-se adotar a máxima eficiência com os 20% 
de reserva às pessoas com deficiência sobre o total de vagas oferecidas no concurso de Professor 
Classe A Nível 1 da carreira do Magistério Superior. 
 
4.2. Caso a aplicação do percentual de que trata o item anterior resulte em número 
fracionado, este deverá ser elevado até o primeiro número inteiro, desde que não 
ultrapasse a 20% das vagas oferecidas, nos termos do § 2º, do Art. 5º, da Lei nº 
8.112/90 e § 2º, do Art. 37, do Decreto nº 3.298/99. 4.2.1. Não se aplica a reserva de 
vagas a pessoas com deficiência no caso dos cargos que ofereçam menos de 05 
(cinco) vagas. 4.2.2. Caso surjam novas vagas, esta Instituição, aplicando o percentual 
de 10% (dez por cento) das vagas para portadores de deficiência, reservará a 5ª 
Página 38 
 
(quinta) vaga de cada Área de Conhecimento, por antecipação do direito de reserva 
ao portador de deficiência. 
 
Nos itens 4.2.1 e 4.2.2, ao se referirem respectivamente cargos que ofereçam menos 
de 05 (cinco) vagas e 5ª (quinta) vaga de cada Área de Conhecimento, a relação de 
cargo/vaga é no sentido da divisão do cargo em área de conhecimento que não é previsto na Lei 
nº 12.772/2013. Desta forma, na busca da norma mais benéfica não se deve adotar a divisão por 
áreas do conhecimento na reserva de vagas às pessoas com deficiência no concurso de Professor 
Classe A Nível 1 da carreira do Magistério Superior. 
 No item 4.2.2, o termo portador de deficiência deve ser substituído por pessoa com 
deficiência. 
 
4.6.1. Antes da homologação do resultado final do concurso, o candidato deverá 
submeter-se à inspeção médica promovida por Perícia Médica Singular da UFRN, 
mediante agendamento prévio, que terá decisão terminativa sobre a sua qualificação 
como pessoa com deficiência, ou não, e seu respectivo grau, com a finalidade de 
verificar se a deficiência da qual é portador realmente o habilita a concorrer às vagas 
reservadas para candidatos em tais condições. 
 
 No item 4.6.1, o termo portador deve ser substituído por diagnosticado. 
 
4.7. As vagas definidas no item 4.1 que não forem providas por falta de candidatos 
com deficiência, por reprovação no concurso ou na Perícia Médica, serão preenchidas 
pelos demais candidatos, observada a ordem geral de classificação por 
cargo/especialidade. 
 
 No item 4.7, o trecho final do item por cargo/especialidade deve ser substituído por no 
concurso. 
 
6.16.4. Não serão aceitos pedidos de tempo adicional para a realização das provas 
para os candidatos não portadores de deficiência, assim considerados nos termos 
do Decreto nº 3.298/1999. 
 
Nos itens 6.16.4, o termo candidatos não portador de deficiência deve ser substituído 
por candidatos sem deficiência. 
 
10.13.6. A UFRN homologará e publicará no Diário Oficial da União a relação dos 
candidatos aprovados no certame, classificados até o limite máximo das posições 
especificadas no Anexo II do Decreto nº 6.944/2009, por ordem de classificação, e 
respeitada a reserva de vagas para os candidatos portadores de deficiência e dos que 
se declararam negros na forma da Lei nº 12.990/2014. 
 
Página 39 
 
Nos itens 10.13.6, o termo candidatos portadores de deficiência deve ser substituído 
por candidatos com deficiência. 
Na Resolução nº 108/2013- CONSEPE, o único inciso relacionado é o inciso III, do § 
4º, do Art. 6º que diz: 
 
Art. 6º As inscrições para os concursos de ingresso na carreira do Magistério Federal 
serão precedidas de publicação de

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