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Após a Primeira Guerra Mundial, os designers perceberam que a ilustração narrativa tradicional já não atendia às necessidades da época e reinventaram a comunicação gráfica para expressar a era da máquina e ideias visuais mais complexas. Numa busca similar por novas formas de expressão, as décadas após a Segunda Guerra Mundial assistiram ao desenvolvimento da imagem conceitual no design gráfico. Essas imagens transmitiam não a mera informação narrativa, mas ideias e conceitos que associaram-se ao conteúdo percebido e passou a ser tematizado. O ilustrador que simplesmente interpretava o texto de um escritor deu lugar a um profissional preocupado com o projeto total do espaço, que trata a palavra e imagem de forma integrada e, sobretudo, cria suas novas afirmações. Na explosiva cultura da informação da segunda metade do século XX, toda a história das artes visuais passou a estar disponível ao artista gráfico como uma biblioteca de formas e imagens potenciais. Uma das principais fontes de inspiração eram os movimentos artísticos do século XX: as configurações espaciais do cubismo; as justaposições, deslocamentos e mudanças de escala do surrealismo; a cor pura, livre de referencia natural graças ao expressionismo e ao fauvismo; a reciclagem das imagens dos meios de comunicação de massa da Pop Art. Os designers tinham maior oportunidade de auto expressão, criavam imagens mais pessoais e exploravam novos estilos e técnicas. Não era mais possível identificar as tradicionais fronteiras entre as artes plásticas e a comunicação visual. A violência da Segunda Guerra Mundial varreu a Europa no dia 1o de setembro de 1939 com a invasão relâmpago, sem declarar guerra, da Polônia por Hitler, de norte, sul e oeste. Dezessete dias depois, do lesta, tropas soviéticas invadiam o país e seguiu-se um período de seis anos de devastação. A Polônia saiu da guerra com enormes perdas humanas, sua indústria arrasada e a agricultura em ruínas. A capital, Varsóvia, foi quase inteiramente destruída. A impressão e design gráfico, como tantos aspectos da sociedade e cultura polonesas, praticamente deixaram de existir. Tributo monumental à resistência do espirito humano foi o surgimento, em meio a essa devastação, de uma escola polonesa de renome internacional na arte do cartaz. Na sociedade comunista estabelecida na Polônia após a guerra, os clientes eram instituições e industrias controladas pelo Estado. Designers se associaram a cineastas, escritores e artistas plásticos no Sindicado Polonês dos Artistas, que definiam normas e fixava honorários. O ingresso no sindicato ocorria após a conclusão do programa educacional da Academia de Varsóvia. As normas para admissão a essas escolas eram rigorosas e o número de formandos cuidadosamente controlado para corresponder à demanda. O primeiro artista do cartaz polonês a surgir após a guerra foi Tadeusz Trepkowski. Logo na primeira década ele expressava as lembranças trágicas e aspirações para p futuro que estavam profundamente impressas na psique nacional. Seu enfoque envolvia a redução de imagens e palavras até que o conteúdo fosse destilado em sua formulação mais simples. Em seu famoso cartaz contra a guerra, de 1953, Trepkowski usou formas sintéticas para simbolizar uma cidade devastada, sobrepostas à silhueta de uma bomba caindo. Tadeusz Trepkowski, cartaz contra a guerra, 1953. Tadeusz Trepkowski, cartaz contra a guerra, 1953. Henryk Tomaszewski tornou-se líder espiritual do design gráfico polonês após a morte precoce de Trepkowski e converteu-se num estimulador importante do movimento em função de sua posição como professor na Academia de Belas-Artes de Varsóvia. O cartaz passou a ser fonte de grande orgulho nacional na Polônia e na vida cultural do país. Henryk Tomaszewski, cartaz de Futebol para jogos olímpicos em Londres, 1948. Os meios de rádio e teledifusão careciam de frequência e diversidade, se comparados aos ocidentais, e a competição econômica era menos pronunciada num país comunista. Assim, cartazes para eventos culturais, circo, fimes e política serviam de importantes meios de comunicação. Em 1964, teve início a Bienal Internacional do Cartaz de Varsóvia, e o Museum Plakatu foi instalado em Wilanow, próximo da capital. Cartaz de Henryk Tomaszewski Roman Cieslewicz, cartaz cinematográfico, 1963 Roman Cieslewicz, cartaz para circo, 1962 Jan Lenica, cartaz para Wosseck, 1964 Waldemar Swierzy, cartaz de Jimi Hendrix, 1974 Waldemar Swierzy, cartaz para Sunset Boulevard, 1950 Durante os anos 1950, a era de ouro da ilustração norte- americana chegou ao fim. Durante mais de cinquenta anos, a ilustração narrativa havia comandado o design gráfico nos Estados Unidos, mas os avanços tecnológicos no papel, na impressão e na fotografia rapidamente abreviaram as vantagens do ilustrador sobre o fotógrafo. Os ilustradores haviam exagerado os contrastes de brilho, intensificado as cores e tornado os contornos e detalhes mais nítidos que o real para criar imagens mais convincentes que a foto. Mas, agora, melhorias nos materiais e processos possibilitavam à fotografia expandir sua gama de recursos de luz e fidelidade da imagem. A morte da ilustração era sombriamente profetizada à medida que a fotografia invadia rapidamente os nichos tradicionais da profissão, mas, conforme ela roubava a função tradicional da ilustração, esta ressurgia com um novo enfoque. A abordagem mais conceitual da ilustração começou com um grupo de jovens artistas gráficos de Nova Iorque. Os estudantes de arte Seymor Chwast, Milton Glaser, Reynolds Ruffins e Edward Sorel se juntaram e passaram a dividir um estúdio. Ao formar-se pela Cooper Union em 1951, Glaser conseguiu uma bolda de estudos para estudar gravura com Giorgio Morandi na Itália, e os outros três amigos encontraram emprego em publicidade e no ramo editorial. Quando Glaser voltou da Europa em 1954, formaram o Push Pin Studios. Após algum tempo, Ruffins deixou o estúdio e tornou-se um renomado decorador e ilustrador de livros infantis. Em 1958, Edward Sorel começou a trabalhar como autônomo e mais tarde despontou como um dos maiores autores de sátiras políticas de sua geração. Glaser e Chwast continuaram sua parceria por duas décadas; depois Glaser saiu para dedicar-se a uma mapla gama de interesses, como design de revistas, corporativo e ambiental. Chwast continuou como diretor do grupo, rebatizado de Push Pin Group. A filosofia e a visão pessoal dos artistas do push Pin Studios alcançaram influencia mundial. O design gráfico vinha sendo em geral fragmentado em tarefas distintas, a produção de imagens e o leiaute ou projeto. Glaser e Chwast uniram esses componentes num único personagem, que estava simultaneamente envolvido na concepção geral e no desenho da página impressa. Ilustração de Reynolds Ruffins Usando a história da arte e do design gráfico, das pinturas do renascimento às histórias em quadrinhos, como repertório formal e conceitual, os artistas do Push Pin parafraseavam livremente e incorporavam uma multiplicidade de ideias a seu trabalho, muitas vezes transformando essas fontes ecléticas em formas novas e inesperadas. Ilustração de Reynolds Ruffins No decorrer de sua carreira, Milton Glaser reinventou-se como força criadora e explorou os mais diversos motivos e técnicas gráficas. Durante os anos 1960 criou imagens utilizando figuras planas contornadas por linhas finas de nanquim, adicionando cores pela adição de películas adesivas coloridas. Milton Glaser, capa do disco The sound of Harlem, 1964 Milton Glaser, cartaz de Bob Dylan, 1967Com uma linguagem ao mesmo tempo pessoal e de comunicação universal, Chwast emprega muitas vezes técnicas dos desenhos a traço revestidos com películas adesivas coloridas, além de uma multiplicidade de meios e substratos com os quais experimenta. Traços de arte infantil, arte primitiva, arte popular, gravuras e histórias em quadrinhos se manifestam em suas imaginativas reinvenções do mundo. Seumour Chwast, cartaz de protesto contra o bombardeio de Hanói, 1968. O termo “estilo Push Pin”começou a ser amplamente empregado em referencia ao trabalho e à influencia do estúdio, que se espalhou pelo mundo. Outros designers e ilustradores foram contratados e vários desses jovens, que depois passaram a trabalhar como autônomos ou assumiram outros empregos, ampliaram os limites da estética Push Pin. Seumour Chwast, anúncio para Elektra Productions, 1965. O enfoque Push Pin é menos um conjunto de convenções visuais, ou uma unidade de técnicas ou imagens, que uma atitude em relação à comunicação visual, uma abertura quanto a experimentar novas técnicas, bem como reinterpretar trabalhos de períodos anteriores e uma capacidade para integrar palavra e imagem. Seumour Chwast, projetos de tipos display Em contraste com os cartazes poloneses do pós-guerra, que eram patrocinados pela agencias do governo como forma cultural do país, a moda dos cartazes nos Estados Unidos durante os anos 1960 foi uma atividade de raízes populares fomentada por um clima de militância social. O movimento dos direitos civis, o protesto público contra a Guerra no Vietnã, os primeiros avanços do movimento de liberação das mulheres e uma busca por estilos de vida alternativos figuram entre as agitações sociais da década. Wes Wilson, cartaz de concerto para The Association, 1965. Cartazes do período eram pendurados nas paredes dos apartamentos com mais frequência do que eram afixados nas ruas, e estavam voltados às declarações de pontos de vista sociais do que à difusão de mensagens comerciais. A primeira onda de cartazes surgiu da subcultura hippie do final dos anos 1960 centrada no bairro Haight- Ashbury, de San Francisco. Como a mídia e o público em geral associavam esses cartazes a valores antiestablishment, ao rock e às drogas psicodélicas, eles eram chamados de cartazes psicodélicos. Cartaz de Wes Wilson O movimento gráfico que expressava esse clima cultural se valia de uma série de recursos: as curvas fluidas e sinuosas do art nouveau, a intensa vibração ótica de cores associadas ao movimento op e a reciclagem de imagens oriundas da cultura popular mediante a manipulação que vigorava na Pop Art. Cartaz de Victor Moscoco Muitos artistas iniciais desse movimento eram autodidatas e seus principais clientes eram os promotores de concerto de rock e festas. As festas nos anos 1960 eram experiências perceptuais intensas de musica e espetáculos de luz que dissolviam o ambiente em campos pulsantes de cores e raios estroboscópios. Essa experiência era graficamente traduzida nos cartazes pela utilização de formas em redemoinho e letras arqueadas e distorcidas até a quase ilegibilidade, frequentemente impressas em cores complementares de valor próximo. Victor Moscoco, cartaz para os Chambers Brothers, 1967 Um cartaz para Grateful Dead de Robert Wesley “Wes” Wilson contém linhas e letras sinuosas, que são variantes do art nouveau de Alfred Roller. Wilson foi inovador do estilo cartaz psicodélico e criou muitas das imagens mais fortes desse estilo. Segundo os jornais, empresários respeitáveis e inteligentes eram incapazes de compreender os letterings desses cartazes, embora se comunicassem com desenvoltura suficiente para lotar auditórios de uma geração mais jovem que decifrava, e não apenas lia, a mensagem. Wes Wilson, cartaz de concerto para Greteful Dead, Junior Wells Chicago Blues Band e The Doors, 1966. Entre os membros destacados desse breve movimento estavam o Kelly/ Mouse Studio e Victor Moscoco, o único artista importante do movimento com educação formal. Victor Moscoco, cartaz de concerto da Miller Blues Band, 1967 Alguns aspectos do movimento do cartaz psicodélico foram usados pelos designer nova-iorquino Peter Max, cujos trabalhos ficaram extremamente populares. Em sua série de cartazes do final dos anos 1960, os aspectos art nouveau da arte psicodélica foram combinados com imagens mais acessíveis e cores amis suaves. Uma de suas imagens mais famosas, o desenho “Love” de 1970, combinava a linha organiza fluida do art nouveau com o contorno espesso de duro dos quadrinhos da Pop Art. Peter Max, cartaz Love, 1970 Cartaz de Peter Max David Lance Goines demonstrava que, mesmo na era de superespecialização do final do século XX, é possível a artistas e artesãos isolados definir uma direção pessoal e operar forças criativas independentes, com controle total sobre seu trabalho. Goines teve interesse precoce por caligrafia, que floresceu em um estudo sério e formal na Universidade da California, em Berkeley. Aos 19 anos foi expulso da universidade por sua participação no movimento pela liberdade de expressão e se tornou aprendiz de tipografo na radical Berkeley Free Press, onde escreveu, imprimiu e encadernou um livro sobre caligrafia. David Lance Goines, cartaz para exibição cinematográfica,1973 David Lance Goines, capa de livro Quando a Berkeley Free Press faliu em 1971, Goines a comprou, rebatizou-a de Saint Hieronymous Press e continuou a imprimir e publicar livros enquanto desenvolvia seu estilo de cartaz. A impressão off set e o design gráfico se integram em seu trabalho, tornando-se um meio de expressão pessoal e comunicação pública. Ele concebia, ilustrava e fazia manualmente as letras dos cartazes, confeccionava os negativos e as chapas e depois operava a prensa para imprimir a edição. David Lance Goines, capa de livro Quando a Berkeley Free Press faliu em 1971, Goines a comprou, rebatizou-a de Saint Hieronymous Press e continuou a imprimir e publicar livros enquanto desenvolvia seu estilo de cartaz. A impressão off set e o design gráfico se integram em seu trabalho, tornando-se um meio de expressão pessoal e comunicação pública. Ele concebia, ilustrava e fazia manualmente as letras dos cartazes, confeccionava os negativos e as chapas e depois operava a prensa para imprimir a edição. David Lance Goines, capa de livro A poesia já foi definida como a reunião de elementos díspares para criar uma experiência nova ou evocar uma reação emocional inesperada. Na Europa a partir dos anos 1960 e continuando até a década de 1990, surgiu uma abordagem poética do design gráfico baseada na colagem, na montagem e nas técnicas fotográficas e fotomecânicas. Os poetas gráficos esticam o tempo e a tipografia, fundiam e faziam flutuar objetos e fraturavam e fragmentavam imagens de um modo às vezes perturbador, mas sempre envolvente. O conservador, o tradicional e o previsível eram rejeitados por esses designers, que defendiam o processo de criação não como arranjos ou construção de formas, mas como a invenção de imagens inesperadas para transmitir ideias ou sentimentos. Público e clientes receptivos a essa postura aderiram a suas capas de livros e discos, projetos de revistas e cartazes para concertos, televisão e rádio. Um mestre alemão desse movimento é Gunther Kieser, que iniciou sua carreira como freelancer em 1952. Kieser junta imagens ou ideias e estabelece uma nova vitalidade, outro arranjo ou síntese de objetos díspares. Seu cartaz do concertoAlabama Blues combina duas fotos, uma pomba e uma manifestação pelos direitos civis, com lettering inspirado pelos tipos de madeira do século XIX; esses elementos diversos atuam em harmonia para compor uma poderosa expressão. As afirmações poético-visuais de Kieser sempre têm uma base racional, que vincula formas expressivas a conteúdo comunicativo. É essa capacidade que o separa dos profissionais de design que usam a fantasia e o surrealismo mais como fim do que como meio. Gunther Kieser, cartaz de concerto, 1966 Gunther Kieser, cartaz de concerto, 1965 Gunther Kieser, cartaz de concerto, 1969 Gunther Kieser, cartaz de concerto, 1972 Um dos mais inovadores produtores de imagem do design do final do século XX é Gunter Rambow, de Frankfurt. Em seus projetos, a fotografia passa por manipulação, maquiagaem, montagem e aerógrafo para converter o comum em extraordinário. Imagens cotidianas são combinadas ou deslocadas e depois impressas como imagens documentais objetivas, em preto e branco, gerando uma expressão metafísicas original de poesia e profundidade. Gunther Rambow e Michel van de Sant, cartaz da S. Fischer Verlag, 1976. Numa série de cartazes encomendados pela editora de livros de Frankfurt S. Fischer-Verlag, o livro é usado como objeto simbólico, alterado e transformado para compor afirmações sobre si mesmo. Gunther Rambow e Michel van de Sant, cartaz da S. Fischer Verlag, 1976. Rambow muitas vezes impregna fotos convencionais de um sentido de magia ou mistério e usa colagem e montagem como meio de criar uma realidade gráfica. As imagens são alteradas ou combinadas e então refotografadas. Gunther Rambow e Michel van de Sant, cartaz da S. Fischer Verlag, 1976. Gunther Rambow, cartaz para peça Othelo, 1978. Gunther Rambow e Michel van de Sant, cartaz para peça de teatro Südafrikaniches Roulettte, 1988. Durante os movimentos estudantis de maio de 1968 em Paris, as ruas foram tomadas por cartazes, a maioria feita a mão por amadores. Três jovens designers gráficos, Pierre Bernard, François Miehe e Gerard Paris-Clavel, estavam profundamente envolvidos na política radical da época. Bernard e Paris- Cheval tinham passado um ano na Polônia estudando com Henryk Tomaszewski, que incentivava a atitude de unir arte à cidadania. Seu ensino advogava rigor intelectual e lúcida convicção pessoal sobre o mundo. Esses três jovens designers acreditavam que a publicidade e o design estavam voltados para a criação de demandas artificiais a fim de maximizar lucros e, por isso, uniram forças para dirigir sua atividade mais para fins políticos, sociais e culturais. Procurando abordar as necessidades humanas reais, formaram o estúdio Grapus em 1970 para realizar sua missão. O Grapus era um coletivo; um intenso diálogo ocorria sobre o sentido e os meios de cada projeto. Seu ponto de partida para a solução de problemas era uma análise meticulosa e discussão prolongada sobre conteúdo e mensagem. Os aspectos mais significativos do problema e o cerne da mensagem eram determinados e em seguida se buscava sua expressão gráfica. Grapus, cartaz de exposição, 1982 Naquele tempo, os radicais franceses de esquerda eram chamados crapules staliniennnes. Essa expressão foi fundida com a palavra gráfico para produzir o nome do grupo. Grapus O Grapus preferia os símbolos universais com sentidos facilmente compreensivos: mãos, asas, sol, lua. Terra, fogos de artifício, sangue, bandeiras... O refinamento tipográfico e o acabamento técnico cediam lugar a títulos escritos à mão e rabiscos, criando uma vitalidade e energia cruas. Muitas vezes, uma paleta de cores primarias era escolhida por seu intenso poder gráfico. Grapus O Grapus era motivado pela dupla meta de realizar mudança social e política e ao mesmo tempo empenhar-se em concretizar os impulsos artísticos e gerou muitos imitadores. A verve chocante se suas formulações, especialmente a informalidade dinâmica de sua organização espacial e lettering casual, semelhante ao das pichações, foi copiada pela publicidade da época. Grapus
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