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27/09/2016 1 LUGAR DO A PRIORI � Para Kant, o lugar do a priori é a razão, é transcendental. � Para Husserl, o lugar do a priori é o mundo da vida, é transcendente. � As formas puras, categorias e ideias – os universais – estão no mundo. � Esses universais se manifestam nos seres particulares. 2 N ath alie B arbosa de L a C aden a MÉTODO FENOMENOLÓGICO 3 N ath alie B arbosa de L a C aden a Vivencia do objeto transcendente Atitude natural Atitude fenomenológica Epoché* Intuição eidética Variação eidética Essência Necessidade eidética Universalidade eidética Transcendental * inclui a suspensão da aprovação intersubjetiva Ô n tico O n tológico MUNDO DA VIDA � O mundo da vida é o mundo no qual eu e os outros estamos inseridos. � É o mundo percebido por todos nós, a partir de nossa atitude natural. � É o mundo existente! � A tarefa da Fenomenologia consiste em sistematicamente explicar e elucidar o ôntico do mundo através da investigação as realizações intencionais-constitutivas da subjetividade transcendental. 4 N ath alie B arbosa de L a C aden a MUNDO DA VIDA � Se considerarmos a atitude natural, fica claro que apreender o mundo como um mundo em comum para todos os sujeitos está entre as assunções mais básicas da atitude natural. � É experimentalmente óbvio que eu e os outros percebemos a mesma coisa, apesar da minha percepção pertencer a mim e a percepção do outro pertencer ao outro. (9/389) � O mundo é vivenciado como um e o mesmo, apesar de aparecer para cada vivente de modo particular. 5 N ath alie B arbosa de L a C aden a 27/09/2016 2 MUNDO DA VIDA � O mundo comum é um mundo objetivo como forma categorial, verdadeiramente existente, não apenas para mim, mas para todos. � O mundo comum apresenta o a priori para além do indivíduo no sentido de um nexo passível de verificação intersubjetiva. � Nunca vivenciamos o mundo como uma informação privada, mas como existente em si mesmo em contraste com os outros. 6 N ath alie B arbosa de L a C aden a COMO? � A questão que se coloca é: como "compartilhamos" esse mundo da vida? � O mundo é transcendente, mas é constituído, ou evidenciado, na dimensão transcendental. � Cada um tem uma vivência particular (transcendental), mas que é, ao mesmo tempo partilhada, pois é uma vivência do mundo (transcendente) e o mundo é comum, é partilhado. 7 N ath alie B arbosa de L a C aden a PERCEPÇÃO � A percepção subjetiva é uma percepção originária. � A percepção intersubjetiva é uma percepção secundária, de segunda ordem. � No entanto, tanto uma quanto outra tem um referente independente da subjetividade. É possível retornar ao objeto a partir de diferentes atos de consciência. 8 N ath alie B arbosa de L a C aden a TRANSCENDÊNCIA INDIVIDUAL � A transcendência do objeto é constituída no momento em que atravessado por diferentes atos de consciência. � O objeto se torna objeto de conhecimento quando se torna conteúdo de diferentes atos de consciência, a isto Husserl chama recollection. � É uma síntese de reconhecimento. É o momento presente de uma síntese associativa. 9 N ath alie B arbosa de L a C aden a 27/09/2016 3 TRANSCENDÊNCIA INTERSUBJETIVA � O mundo é um mundo comum, um mundo compartilhado. � O outro é reconhecido por um ato de consciência específico – empatia. Como este reconhecimento do outro torna possível a constituição do mundo como um mundo "para nós"? � Em outras palavras, uma coisa é reconhecer o outro como sujeito, outra coisa é compartilhar as vivências e o conhecimento a respeito do mundo. 10 N ath alie B arbosa de L a C aden a TRANSCENDÊNCIA INTERSUBJETIVA � A possibilidade de diferentes sujeitos vivenciarem o mundo a partir de diferentes perspectivas como um objeto presente e compartilharem (constituírem e evidenciarem) suas percepções e conhecimento. � A constituição dos objetos e das categorias são mediadas pela minha experiência dos outros. � O mundo é evidenciado intersubjetivamente, co- subjetivamente. 11 N ath alie B arbosa de L a C aden a TRANSCENDENTE MEDITAÇÕES CARTESIANAS §44 N ath alie B arbosa de L a C aden a 12 � Meu sentido particular � Constituição subjetiva � Não contém nenhuma constituição com participação alheia � Versão mais radical de redução. � Performance constitutiva da intersubjetividade transcendental � Constituição intersubjetiva � Os outros estão constantemente me assistindo na construção dos sentidos. Redução Primordial Redução Genuína Não há Não há primazia temporal! COMO SE DÁ ESSA REDUÇÃO GENUÍNA? � Não é possível dogmaticamente pressupor a pluralidade de sujeitos ou a existência de um alter ego. � A fenomenologia precisa entender a intersubjetividade e não pressupô-la. � O primeiro passo é entender que somente é possível a experiência dos outros porque há uma referência pessoal, a subjetividade. É o sujeito quem vivencia o mundo e os outros. Toda vivência somente é possível a partir de um sujeito. 13 N ath alie B arbosa de L a C aden a
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