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Atividade Estruturada - MATEMÁTICA FINANCEIRA

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Atividade Estruturada
Alunas: Adriana Novaes 	Matrícula: 201502465401
Juliana Barbosa		 Matrícula: 201502465396
Turma: 3011
Disciplina: Matemática Financeira
Niterói, 16 de novembro de 2017
A origem da moeda nas operações comerciais e da cobrança de juros
O dinheiro é comumente reconhecido como um meio de troca aceito no pagamento de bens, serviços e dívidas. Além disso, a moeda serve para mensurar o valor relativo que algum tipo de riqueza ou serviço possui. O preço de cada mercadoria é atribuído por meio de um número específico de moedas ou cédulas que demarcam a quantidade a ser paga por esse bem. No entanto, nem sempre uma única moeda serve de referência para uma mesma localidade. 
 Mesmo trazendo maior mobilidade para o empreendimento de transações comerciais, a moeda não é usada em todas as economias do mundo. Diversas sociedades e regiões preservam o uso da troca em sua economia. De forma geral, os produtores inseridos neste tipo de economia utilizam dos excedentes de sua produção para estabelecerem alguma forma de escambo. Ao longo do tempo, a diversificação dos produtos dificultou a realização desse tipo de troca natural. 
 Foi nesse contexto que os primeiros tipos de moeda começaram a ser estipulados. Geralmente, para estabelecer algum padrão monetário, os comerciantes costumavam utilizar algum tipo de mercadoria de grande procura. Na Grécia Antiga, o boi (que era chamado pekus) foi utilizado como referência nas trocas comerciais. Uma outra mercadoria comumente utilizada foi o sal, que foi usado como moeda entre os romanos e etíopes. 
 O metal passou a ser utilizado por algumas culturas na medida em que o mesmo começou a ganhar espaço na cultura material desses povos. O fácil acesso, o apelo estético e as facilidades de mensuração e transporte fizeram dele um novo tipo de moeda. Em um primeiro momento, os metais utilizados no comércio eram usados “in natura” ou sobre a forma de objetos de adorno como os anéis e braceletes. Foi só mais tarde que o metal passou a ser padronizado para fins comerciais. 
 A cunhagem padronizada de moedas fez com que as peças de metal tivessem um grau de pureza e uma pesagem específica. Além disso, as medas sofreram um processo de cunhagem onde a origem da moeda e a representação de algum reino ou governante ficariam registrados. Uma das mais antigas moedas com o rosto de um monarca foi feita em homenagem ao rei macedônico Alexandre, O Grande. As reuniões dessas informações fizeram com que estes artefatos servissem de fonte de investigação histórica. 
 As primeiras ligas metálicas utilizadas na fabricação de moedas foram o ouro e a prata. O uso desses metais se justifica por seu difícil acesso, a beleza de seu brilho, a durabilidade de seu material e sua vinculação com padrões estéticos e religiosos de uma cultura. Entre os babilônios, por exemplo, prata e ouro eram relacionados com a adoração da lua e do sol, respectivamente. 
 Ao longo dos séculos, a requisição de jazidas de ouro e de prata para a fabricação de moedas acabou se tornando cada vez mais difícil. Por isso, o papel moeda acabou ganhando maior espaço no desenvolvimento das transações comerciais. Na Baixa Idade Média, a falta de moedas motivava os comerciantes das feiras a utilizarem letras de câmbio para o estabelecimento de alguma negociação. 
 Hoje em dia, as moedas são mais utilizadas para o pagamento de quantidades de baixo valor. A perda de espaço para o papel-moeda fez com que as moedas metálicas agora fossem mais valorizadas por sua durabilidade do que por sua beleza. O rápido processo de circulação de valores e a complexificação de economias cada vez mais integradas, fizeram com que as moedas fossem substituídas por outras formas de pagamento, como o cheque e o cartão de crédito. 
 Mesmo notando todas essas transformações no uso das moedas, não podemos considerá-la uma vítima de um processo de “evolução natural” da história econômica. Cada tipo de lastro econômico foi criado conforme as necessidades geradas por certa cultura ou sociedade. Não podemos dizer que as moedas desaparecerão da economia com o passar dos tempos. Por isso, trate de valorizar aqueles “níqueis” perdidos no fundo da sua carteira! 
• INPC, IPCA e IGPDI: Importância para correção monetária
- INPC- Índice Nacional de Preços ao Consumidor
O INPC é calculado mensalmente pelo IBGE e leva em consideração os preços pagos à vista em estabelecimentos comerciais, aluguéis e compras de imóveis, serviços públicos e prestadores de serviços levando em conta as famílias que possuem uma renda de até 5 salários mínimos mensais. Sua principal importância está ligada ao fato do índice influenciar em cálculos de reajustes salariais, visando manter o poder de compra do trabalhador perante à inflação.
- O peso de cada localidade no cálculo do INPC
Com a mudança da população amostral causada pela alteração da faixa de renda, também é necessário mudar o peso ponderado que cada região metropolitana possui no processo do cálculo. O INPC dá a cada região os seguintes pesos:
São Paulo: 24,24%
Salvador: 10,67%
Belo Horizonte: 10,60%
Rio de Janeiro: 9,51%
Porto Alegre: 7,38%
Curitiba: 7,29%
Recife: 7,17%
Belém: 7,03%
Fortaleza: 6,61%
Goiânia: 4,15%
Brasília: 1,88%
Vitória: 1,83%
Campo Grande: 1,64%
- O peso de cada grupo de produtos no cálculo do INPC
Como o INPC abrange uma faixa de renda menor, alterações nos preços de produtos básicos, como alimentação, por exemplo, fazem uma diferença maior no orçamento dessas famílias.
Dessa forma, o peso que esses produtos possuem no processo de cálculo do índice precisa ser ajustado em relação ao IPCA. Para o mês de junho/2016, por exemplo, utilizou-se os seguintes números:
Alimentação e bebidas: 31,42%
Habitação: 17,53%
Artigos de Residência: 5,00%
Vestuário: 7,22%
Transportes: 15,49%
Saúde e cuidados pessoais: 9,70%
Despesas pessoais: 7,38%
Educação: 2,95%
Comunicação: 3,26%
- IPCA- ÍNDICE NACIONAL DE PREÇOS AO CONSUMIDOR AMPLO
O IPCA é o índice oficial de inflação no país. Calculado mensalmente pelo IBGE, ele leva em consideração os preços pagos à vista em estabelecimentos comerciais, aluguéis e compras de imóveis, serviços públicos e prestadores de serviços.
O objetivo principal do IPCA é mostrar o custo de vida médio de famílias que vivem nas regiões metropolitanas das principais cidades do país, e que possuem uma renda mensal entre 1 e 40 salários mínimos, não importando qual seja a origem desta renda. Além disto, este índice também é utilizado pelo Banco Central como referência em sua meta de inflação, que atualmente é de 4,5% ao ano.
- O peso de cada localidade no cálculo do IPCA
Uma vez que o índice é nacional, para que seu cálculo seja realmente representativo, os dados recolhidos em regiões metropolitanas mais populosas, como São Paulo, por exemplo, precisam ter um peso maior no cálculo.
Confira abaixo o peso ponderado de cada região de acordo com o IBGE:
São Paulo: 30,67%
Rio de Janeiro: 12,06%
Belo Horizonte: 10,86%
Porto Alegre: 8,40%
Curitiba: 7,79%
Salvador: 7,35%
Recife: 5,05%
Belém: 4,65%
Goiânia: 3,59%
Fortaleza: 3,49%
Brasília: 2,80%
Vitória: 1,78%
Campo Grande: 1,51%
- O peso de cada grupo de produtos no cálculo do IPCA
Assim como é feito com as cidades, os dados coletados para cada grupo de produtos também possuem um peso ponderado no cálculo do IPCA. Contudo, diferentemente do que é feito com as cidades, esses pesos são reestimados mensalmente.
No IPCA calculado para junho/2016, por exemplo, a ponderação de preços utilizada foi a seguinte:
Alimentação e bebidas: 25,84%
Habitação: 15,34%
Artigos de Residência: 4,23%
Vestuário: 5,99%
Transportes: 18,08%
Saúde e cuidados pessoais: 11,42%
Despesas pessoais: 10,65%
Educação: 4,67%
Comunicação: 3,74%
- IGP-DI - Índice Geral de Preços-Disponibilidade Interna
O IGP-DI é um indicador inflacionário de abrangência nacional, que mede a variação dos preços no período compreendido entre primeiro e o último dia decada mês (mês de referência). Portanto, esse índice mede a variação de preços em um determinado mês por completo.
Calculado pelo Instituto Brasileiro de Economia (IBRE) da Fundação Getúlio Vargas (FGV), o IGP-DI é uma das três versões do Índice Geral de Preços (IGP)
-Função do IGP-DI
Basicamente, o IGP-DI desempenha três funções:
- É um indicador macroeconômico que representa a evolução do nível de preços em determinado período de tempo.
- Atua como um deflator de valores nominais de abrangência compatível com sua composição, como a receita tributária ou o consumo intermediário no âmbito das contas nacionais.
- É uma referência para reajuste de algumas tarifas públicas, valores de contratos de aluguel e preços de planos e seguros de saúde (nos contratos mais antigos).
-Cálculo do IGP-DI
O IGP-DI é calculado através da média aritmética ponderada de três outros índices de preços. São eles: 
- Índice de Preços ao Produtor Amplo - Disponibilidade Interna (IPA-DI) 
- Índice de Preços ao Consumidor - Disponibilidade Interna (IPC-DI) 
- Índice Nacional de Custo da Construção - Disponibilidade Interna (INCC-DI)
 -Composição do IGP-DI
Os pesos de cada um dos índices componentes do IGP-DI correspondem a parcelas da despesa interna bruta, calculadas com base nas Contas Nacionais – resultando na seguinte distribuição:
 O IPA-DI, que mede a variação de preços dos produtos no atacado e baseia-se em uma amostragem de cerca de quinhentas mercadorias, representa 60% (sessenta por cento) do IGP-DI.
 O IPC-DI, que mede a variação de preços dos produtos e serviços adquiridos por famílias com renda mensal de um a trinta e três salários mínimos, representa 30% (trinta por cento) do IGP-DI.
O INCC-DI, que mede a variação de preços dos produtos e serviços utilizados na construção civil (baseado em planilhas de custo de empresas de engenharia), representa 10% (dez por cento) do IGP-DI.

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