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Rescisão aula civil

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Rescisão aula civil
29/08
O termo rescisão não é utilizado na parte geral dos contratos como uma das formas de extinção anoma do contrato e por esta razão a doutrina diverge acerca do melhor emprego da palavra rescisão . A maioria dos doutrinadores defendem que a palavra deva ser guardará para aquelas hipóteses em que se apresenta um vicio objetivo concomitante a celebração do negócio jurídico tal como acontece na evicção ,nos vícios redibitório, lesão ou no estado de perigo que muito embora tratados pela norma como vícios de consentimento ,em verdade são hipóteses de quebra do equilíbrio contratual. Diferentemente do que acontece com a resilição onde estamos diante de uma ineficácia superveniente de um contrato que foi celebrado validamente ,a palavra rescisão deve ser guardada para aquelas situações em que no momento da conclusão do negócio há um desequilíbrio entre as obrigações.
Resolução --------- inexecução involuntária
 --------- inexecução voluntária 
Ler art 474 e 475 
A resolução é a terminologia empregada para aquelas situações em que estamos diante do inadimplemento atribuível a uma das partes que ensejara a pera superveniente da eficácia do contrato. A resolução tem lugar pela inexecução involuntária ou inexecução voluntária . Na primeira hipótese o contrato se frusta sem que se possa atribuir conduta dolosa ou culposa a parte e caso o prejudicado pela ocorrência do caso fortuito ou força maior não possa mais ter a sua prestação atendida poderá requerer a resolução do negócio jurídico sem perdas e danos. Na inexecução voluntária onde a obrigação se frusta por uma conduta dolosa ou culposa atribuível a outra parte caso a obrigação não possa mais ser satisfeita impõe-se o pedido de resolução que poderá ser cumulado ao de perdas e danos. Caso a obrigação ainda possa ser cumprida mesmo que tardiamente,mesmo tendo o indivíduo agido com dolo ou culpa o credor poderá optar na forma do art 475 ente o pedido de resolução e o de cumprimento do contato cabendo em ambas as hipóteses as perdas e danos .
Muito embora seja inerente à ideia de contrato bilateral a possibilidade de sua resolução pelo inadimplemento as partes podem prever a cláusula resolutiva expressa deixando claro nos termos do contrato que se o inadimplemento acontecer o prejudicado poderá considerar o negócio resolvido. Nesse contexto em que se identifica a presença da cláusula resolutiva expressa o credor busca o judiciário para que o mesmo declare o término da relação contratual com efeitos retroativos a data do inadimplemento. Nestas circunstâncias a propositura da ação tem como objetivo a certeza jurídica do fim do vínculo entre as partes bem como a segura as perdas e danos na hipótese da inexecução voluntária. Na hipótese de não existir cláusula resolutiva expressa a sentença que vier a reconhecer o término da relação contratual terá eficácia ex nunc,dali em diante dado a seu caráter desconstitutivo e não declaratório.
Adimplemento substancial ou
Inadimplemento mínimo
Muito embora as partes tenham inserido a cláusula resolutiva expressa pretendendo o imediato fim do contrato a jurisprudência reconhece em algumas situações que essa cláusula ao produz efeitos imediatos. O enunciado 361 da jornada de direito civil consagrou expressamente a teoria do adimplemento substancial ou inadimplemento mínimo . Nessas circunstâncias ficando caracterizado que o indivíduo cumpriu grande parte daquilo que foi contratado constituiria verdadeiro abuso de direitos ideia de que pudesse ser requerida a resolução daquele contrato . Nessas circunstâncias o pedido de resolução violaria o princípio da cooperação dos contratos e da boa fé objetiva de maneira que o pedido de resolução deve ser julgado improcedente assegurando ao credor apenas a possibilidade de cobrar o valor remanescente. Em outras circunstâncias será exigível a constituição do devedor em mora oportunizando-se assim a continuidade da relação contratual mesmo existindo a cláusula resolutiva expressa. A mora que em princípio seria ex rer,constatada independentemente de interpelação tão logo findo o prazo ajustado passa a ex persona exigindo-se assim a interpelação para que finda ela o indivíduo esteja constituído em mora. Assim na forma da sumula 369 do STJ no arrendamento mercantil mesmo existindo a cláusula o indivíduo será constituído em mora e caso deixe de pagar o atrasado,purgar a mora aí sim será considerado extinto o contrato com efeito retroativo a data do inadimplemento por força da cláusula. 
A doutrina e a jurisprudência tem reconhecido a figura da violação positiva de um contrato que pode conduzir a um eventual inadimplemento. Nessas circunstâncias a obrigação foi entregue porém os interesses legítimos de uma das partes na execução daquele contrato deixou de ser atendido pelo descumprimento dos deveres laterais ,anexos de um contrato que são o dever de informação,proteção e cooperação. As partes precisam prestar todos os esclarecimentos necessários ao fiel cumprimento do contrato,informação devem adotar comportamentos de maneira a proteger aos interesses legítimos da outra parte e por fim devem se comportar reciprocamente procurando alcançar o fiel cumprimento daquele contrato praticando todas as condutas no sentido de que os interesses legítimos sejam alcançados.
Contrato com pessoa a declarar (art 467;471)
O contrato com pessoa a declarar também conhecido como clausula Electio Amici esta presente quando uma das partes,através de clausula expressa faz inserir o fato de que o contrato será comprido por ele ou por pessoa a indicar. No momento da celebração esse 3° é desconhecido o que é habitualmente feito como forma de se evitar um acréscimo no valor da prestação caso esse 3° se identificasse de imediato.
Esta clausula não é a mesma coisa que a representação,seja ele legal ou convencional considerando que na representação o representante pratica negocio jurídico em nome próprio que repercute diretamente odo e esfera jurídica alheia ao representado de forma que o negocio permita que a outra parte conheça a pessoa do representado no momento de conclusão,diferentemente do que acontece no contrato de pessoa a declarar onde o 3° não é de imediato identificado,constituindo assim uma eventualidade.
[18:39, 28/9/2017] +55 22 98165-4965: Aula civil 05/09
O art.1209 do CC consagra uma modalidade de exceção do contrato não cumprido na medida em que a devolução do bem estará condicionada ao pagamento das benfeitorias necessárias e úteis de maneira que não se discute o dever de restituir,mas sim o de não restituir naquele momento. O adimplemento substancial pode ser sustentado diante da eceptil não no rite adimplet contrato quando ficar caracterizado que a inexecução parcial é de pequena monta de maneira a que pedido de resolução não possa ser concedido pelo cumprimento quase integral do contratado.
Os princípios da função social e da boa fé objetiva funcionam como verdadeira condicionante a autonomia da vontade. Estamos diante de conceitos genéricos,indeterminados propositalmente inseridos na norma dessa forma em homenagem ao princípio da operabilidade como forma de conferir maior longevidade a norma na medida em que a avaliação dessas expressões varia de acordo com o tempo e o caso concreto. Ambos possuem função interpretativa,construtiva e integrativa. Interpretativa porque a leitura de todos os dispositivos do código civil deve ser realizada observando essas cláusulas gerais,a função integrativa se revela através do uso desses princípios como solução para casos concretos naquelas hipóteses em que não há norma expressa para a solução do caso e por fim essas cláusulas gerais são utilizadas expressamente pelo legislador na redação de seus artigos. A boa fé objetiva deve ser obedecida em todas as etapas do contrato nas fases pré,contratual e de execução,Impõe aos contratantes o dever de adotar condutas honrosas,comportamento que esperaria que a outra parte tivesse consigo. 
Boa Fé --> sub-princípios:
•adimplemento substancial;
•venirecontra factum proprium ;
•tu coque ;
•supressio/surrectio(beneficiado) ;
•duty tô mitigate your own loss (enunciado 169) ;
O sub princípio da TU COQUE é uma derivação da boa fé objetiva e implica em reconhecer que aquele que viola determinada norma legal ou disposição contratual não pode em momento futuro pretender fazer valer aquela mesma norma a seu favor. O art 180 é exemplo típico de aplicação desse instituto,bem como a própria exceção do contrato não cumprido na medida em que aquele que deixa de cumprir o contrato em momento superveniente quer exigir que a outra parte cumpra as suas obrigações. A surrectio e a supressio são duas faces da mesma moeda e por essa razão devem ser analisadas em conjunto. Pela suprectio,o indivíduo titular de um direito legítimo poderá deixá-lo de exercer por um período prolongado de forma a criar na outra parte a legítima expectativa de que não mais exigiria o cumprimento daquela obrigação ou conduta. Assim ultrapassado o prazo que a jurisprudência considerar como razoável o titular do direito perde a oportunidade de exercê-lo de maneira que cria-se em favor daquele que sofreria o exercício do direito a surrectio. 
A expressão consagrada pelo enunciado 169 (duty tô mitigate your own loss ) eta diretamente relacionada a ideia de que o credor deve promover tão logo que possível todas as…
[18:52, 28/9/2017] +55 22 98165-4965: Art. 469. A pessoa, nomeada de conformidade com os artigos antecedentes, adquire os direitos e assume as obrigações decorrentes do contrato, a partir do momento em que este foi celebrado. 
 A figura do contrato com pessoa declarada não significa a mesma coisa que a estipulação em favor de 3º. Nessa última, o 3º é mero beneficiado e, portanto não deve cumprir qualquer obrigação.
 Na cláusula Electio Amici, o 3º que venha eventualmente assumir os direitos e obrigações é parte integrante do contrato e deverá cumprí-lo fielmente. Dessa forma, na cláusula electio o indicado precisa possuir capacidade de fato e legitimação. Não se exigindo a capacidade civil plena para ocupar a posição de 3º beneficiado na estipulação.
Art. 470. O contrato será eficaz somente entre os contratantes originários: 
I - se não houver indicação de pessoa, ou se o nomeado se recusar a aceitá-la; 
II - se a pessoa nomeada era insolvente, e a outra pessoa o desconhecia no momento da indicação. 
Art. 468. Essa indicação deve ser comunicada à outra parte no prazo de cinco dias da conclusão do contrato, se outro não tiver sido estipulado. 
Parágrafo único. A aceitação da pessoa nomeada não será eficaz se não se revestir da mesma forma que as partes usaram para o contrato. 
Ex.: escritura definitiva de compra e venda de imóvel. A declaração do electio deverá ser feita por escritura pública
 Caso o 3º não aceite a indicação, não seja nomeado ou tendo sido eleito insolvente o contrato produzirá efeitos entre os contratantes originários, de maneira que aquele que assume a possibilidade de indicar esse 3º sabe dessa eventualidade.
 O prazo para que o 3º comunique ao promitente de que passou a ocupar o local do contratante originário é de 5 dias, caso não tenha sido estipulado expressamente outro prazo.
 A aceitação por parte do 3º é negócio jurídico unilateral e receptício na medida em que só produzirá efeitos após ser conhecida pela outra parte do contrato. A aceitação deverá possuir a mesma forma do contrato originário, ou seja, em se tratando de compra e venda de imóvel a aceitação deve acontecer por escritura pública já que está é exigida para o contrato originário.
Extinção dos contratos art 473 ao 480
Art. 473. A resilição unilateral, nos casos em que a lei expressa ou implicitamente o permita, opera mediante denúncia notificada à outra parte. 
Parágrafo único. Se, porém, dada a natureza do contrato, uma das partes houver feito investimentos consideráveis para a sua execução, a denúncia unilateral só produzirá efeito depois de transcorrido prazo compatível com a natureza e o vulto dos investimentos. 
 Perda superveniente de um contrato válido, sem acontecer inadimplemento.
 A extinção dos contratos na parte geral não trata de todas as possibilidades de extinção anômala de um contrato na medida em que deixa de prever a morte de uma das partes em contrato personalíssimo, a falência da PJ. A forma regular de extinção do contrato está relacionado ao cumprimento pontual das obrigações.
 Na resilição estamos diante de um contrato válido e apto a produzir efeitos regulares em que as partes ou uma delas, pelas suas declarações de vontade, reconhecem a perda superveniente da eficácia negociam sem que tenha havido inadimplemento pelos envolvidos. 
 Os contratantes originários ou apenas 1 deles reconhecem validamente que aquele negócio jurídico deixará de produzir efeitos.
 Assim, se a pessoa contrata na planta a aquisição de um imóvel e, posteriormente já tendo dado início ao pagãmento ou não se arrepende da conclusão do negócio e com a anuência do vendedor põe fim ao contrato estamos diante de uma resilição.
RESILIÇÃO - Bilateral (distrato)
Art. 472. O distrato faz-se pela mesma forma exigida para o contrato.
Unilateral - excepcionalmente
Ex.: Lei do inquilinato
Art. 6º O locatário poderá denunciar a locação por prazo indeterminado mediante aviso por escrito ao locador, com antecedência mínima de trinta dias. 
Parágrafo único. Na ausência do aviso, o locador poderá exigir quantia correspondente a um mês de aluguel e encargos, vigentes quando da resilição. 
Mandato - contratos de confiança 
Art. 682. Cessa o mandato:
I - pela revogação ou pela renúncia;
Fiança - não se aplica ao contrato de locação 
Art. 835. O fiador poderá exonerar-se da fiança que tiver assinado sem limitação de tempo, sempre que lhe convier, ficando obrigado por todos os efeitos da fiança, durante sessenta dias após a notificação do credor. 
Art. 473. A resilição unilateral, nos casos em que a lei expressa ou implicitamente o permita, opera mediante denúncia notificada à outra parte. Ex.: aviso prévio
Como um contrato foi pactuado pela manifestação de vontade de ambas as partes, nada mais natural que a sua extinção deva ocorrer da mesma forma, ou seja, a resilição como regra é bilateral, ganhando assim o nome de distrato. 
 O distrato precisa conter a mesma forma do contrato originário. Assim, em se tratando de permuta de imóveis em que a escritura pública é exigível o distrato deve conter a mesma formalidade.
 Excepcionalmente admite- se a resilição unilateral, que em princípio não deve obedecer a nenhuma forma ou formalidade. A resilição unilateral pode estar pactuada expressamente no contrato como arrependimento ou estar prevista em lei, o que acontece ora sem qualquer justificativa como se extrai do artigo 6º da Lei de locação, mas normalmente está relacionada a contratos que exigem para sua execução a confiança entre as partes, que venha ser rompida no curso do mesmo, tal como mandato que admite renúncia ou revogação na forma do art 682 do CC.
 Em outras oportunidades a norma admite a resilição unilateral porque estamos diante de contratos unilaterais onde não é justo impor um sacrifício inesgotável aquele que assume sozinho obrigações naquele contrato, tal como se extrai da fiança que admite a resilição unilateral na forma do art. 835 do CC.
 A resilição normalmente se materializa através da denúncia, muito embora o legislador faça menção à outros termos tratando daquele instituto, tais como revogação,renúncia, aviso prévio, dentre outros. 
Art. 473 - Parágrafo único. Se, porém, dada a natureza do contrato, uma das partes houver feito investimentos consideráveis para a sua execução, a denúncia unilateral só produzirá efeito depois de transcorrido prazo compatível com a natureza e o vulto dos investimentos. 
Princípio da boa fé
 Mesmo naquelas hipóteses em que o legislador assegure o poder de resilir ou ele esteja prevista convencionalmente não pode ser exercido de maneiraabusiva, de forma a proporcionar a outra parte um prejuízo. 
 O abuso de direito constitui ilícito civil e o exercício de um direito legítimo em carácter desproporcional enseja perdas e danos por parte daquele que sofre esse exercício abusivo. 
 Caso aquele que possa resilir unilateralmente provoque prejuízo com o seu poder de resilir aquele que sofre os efeitos dessa resilição poderá requerer ao judiciário que a mesma só produz efeitos em momento superveniente após se recuperar dos investimentos e gastos feitos.
 Assim, se uma empresa contrata um escritório de advocacia, que se vê obrigado a realizar inúmeros investimentos para atender aquele cliente não é justo que aquela empresa possa resilir unilateralmente em prazo não razoável sem que arque com os prejuízos experimentos pela sociedade de advogados.
Aula civil 05/09
O art.1209 do CC consagra uma modalidade de exceção do contrato não cumprido na medida em que a devolução do bem estará condicionada ao pagamento das benfeitorias necessárias e úteis de maneira que não se discute o dever de restituir,mas sim o de não restituir naquele momento. O adimplemento substancial pode ser sustentado diante da eceptil não no rite adimplet contrato quando ficar caracterizado que a inexecução parcial é de pequena monta de maneira a que pedido de resolução não possa ser concedido pelo cumprimento quase integral do contratado.
Os princípios da função social e da boa fé objetiva funcionam como verdadeira condicionante a autonomia da vontade. Estamos diante de conceitos genéricos,indeterminados propositalmente inseridos na norma dessa forma em homenagem ao princípio da operabilidade como forma de conferir maior longevidade a norma na medida em que a avaliação dessas expressões varia de acordo com o tempo e o caso concreto. Ambos possuem função interpretativa,construtiva e integrativa. Interpretativa porque a leitura de todos os dispositivos do código civil deve ser realizada observando essas cláusulas gerais,a função integrativa se revela através do uso desses princípios como solução para casos concretos naquelas hipóteses em que não há norma expressa para a solução do caso e por fim essas cláusulas gerais são utilizadas expressamente pelo legislador na redação de seus artigos. A boa fé objetiva deve ser obedecida em todas as etapas do contrato nas fases pré,contratual e de execução,Impõe aos contratantes o dever de adotar condutas honrosas,comportamento que esperaria que a outra parte tivesse consigo. 
Boa Fé --> sub-princípios:
•adimplemento substancial;
•venire contra factum proprium ;
•tu coque ;
•supressio/surrectio(beneficiado) ;
•duty tô mitigate your own loss (enunciado 169) ;
O sub princípio da TU COQUE é uma derivação da boa fé objetiva e implica em reconhecer que aquele que viola determinada norma legal ou disposição contratual não pode em momento futuro pretender fazer valer aquela mesma norma a seu favor. O art 180 é exemplo típico de aplicação desse instituto,bem como a própria exceção do contrato não cumprido na medida em que aquele que deixa de cumprir o contrato em momento superveniente quer exigir que a outra parte cumpra as suas obrigações. A surrectio e a supressio são duas faces da mesma moeda e por essa razão devem ser analisadas em conjunto. Pela suprectio,o indivíduo titular de um direito legítimo poderá deixá-lo de exercer por um período prolongado de forma a criar na outra parte a legítima expectativa de que não mais exigiria o cumprimento daquela obrigação ou conduta. Assim ultrapassado o prazo que a jurisprudência considerar como razoável o titular do direito perde a oportunidade de exercê-lo de maneira que cria-se em favor daquele que sofreria o exercício do direito a surrectio. 
A expressão consagrada pelo enunciado 169 (duty tô mitigate your own loss ) eta diretamente relacionada a ideia de que o credor deve promover tão logo que possível todas as medidas judiciais e extrajudiciais no sentido de promover o recebimento de seu crédito. Se o credor retarda a adoção dessas medidas contribui para o agravamento de seu prejuízo financeiro e uma das consequências que a jurisprudência reconhece para tanto está relacionada a diminuição do valor dos juros que mesmo não estando prescritos poderão ser reduzidos diante da conduta do indivíduo que deixou de imediatamente promover a defesa de seus interesses. 
 Função social dos contratos
* lesão a interesses meta individuais 
* Terceiro ofendido (art 17 CDC);(súmula 537 do STJ)
* Terceiro ofensor 
A regra da intangibilidade do contrato deve ser relativizada a luz da função social admitindo-se que um contrato como um todo,uma cláusula contratual ou até mesmo uma conduta possa a ser analisada pelo poder judiciário toda vez que se entender que ela provoca uma lesão ao interesse público. A falta de adequação a ideia de função social pode dizer respeito ao próprio contrato naquelas situações em que muito embora as partes tenham anuído a sua celebração identifica-se uma lesão a interesse de meta individuais. Serve de exemplo a exibição de imagem considerada vexatória ou humilhante para o próprio indivíduo que consentiu na divulgação. É possível ainda que aquele contrato produza efeitos em relação a terceiro que diante da relevância do contrato firmado e de sua natureza poderá invocar cumprimento daquele contrato a seu favor. Servem de exemplo os artigos 17 do CDC,bem como a súmula 537 do STJ. Por fim terceiro estranho ao contrato poderá praticar uma conduta visivelmente contrária aquilo que a coletividade julgaria como correto provocando assim uma lesão aos legítimos interesses dos contratantes.
Aula Civil - 11/09/17
O artigo 496 trata de hipótese de nulidade relativa e como o legislador nesse art não faz menção a qualquer prazo aplica-se a regra geral que prevê dois anos na forma do art 179. O não ajuizamento da ação neste prazo implica na perda da possibilidade de anular o negócio jurídico que se convalida ,se torna válido pelo efeito do tempo. O prazo bienal deveria ser contato da data em que os demais descendentes e o cônjuge tomaram conhecimento da transação. Muito embora o correto é aplicar a chamada teoria da ACTIO NATA o enunciado 545 da Jornada de Direito Civil defende a ideia de que em se tratando de imóvel o prazo deva ser contado do registro na medida em que o mesmo gera eficácia erga omines. O legislador entende pela nulidade relativa já que flagrante suposto prejuízo apenas a pessoas determinadas. O código parte da premissa de que a hipótese seria de simulação entre pai e filho considerando que a transação nesses moldes seria concretizado sem pagamento de qualquer valor ou por pagamento muito a quem do valor de mercado. Ademais se a transação fosse realizada sem a participação dos demais descendentes e reputada como válida ,o contrato seria analisado como se tivesse sido concretizado em favor de terceiro de maneira que seria inviável ao descendente prejudicado por ocasião do óbito o seu ascendente pudesse questionar aquela relação jurídica. Assim,ao exigir o consentimento de todos os herdeiros diretos evita-se que no futuro possam questionar a simulação de que participaram já que a ninguém é dado o direito de tirar proveito de sua própria torpeza. As doações feitas de pais a filhos são válidas no momento de sua concretização porque no momento do óbito do ascendente este filho será obrigado a levar a conhecimento do inventário aquela doação para que seja descontado do que tenha a receber o que não acontece na compra e venda que uma vez legitimada não poderá ser questionada em momento posterior. 
A jurisprudência tem admitido a manutenção do negócio jurídico quando o descendente provar que efetivamente pagou e que o fez no valor de mercado já que nesse caso não há qualquer prejuízo ao ascendente que autorize o desfazimento do negócio jurídico .
Em se tratando de troca ou permuta aplica-se o art 533,II que por sua redação literal defende a anulabilidade desde que os valores envolvidos não sejam iguais. Inicialmente q troca está caracterizadanaquelas hipóteses em que o interesse de ambos os envolvidos recai sobre os bens que são oferecidos em permuta. A entrega de parte do valor em dinheiro não descaracteriza a troca pouco importando o valor a ser entregue em pecúnia. Apesar da norma permitir a anulação desde que os valores sejam desiguais a melhor compreensão da norma é no sentido de que se o ascendente venha a ficar com o bem de maior valor não há qualquer prejuízo aos descendentes. Porém se após a permuta o ascendente venha a ficar com o bem de menor valor é possível presumir que não houve a entrega da diferença em dinheiro e nesse contexto presumisse a sinuação de maneira que será possível o pedido de anulação. 
 RES PERIT DOMINO 
O art 492 estabelece a regra da res perit domino deixando claro que os riscos do perecimento não culposo da coisa corre por conta do proprietário até o momento em que seja realizada a tradição,oportunidade em que em se tratando de móvel o comprador assume a propriedade. Em se tratando de imóvel muito embora a propriedade seja em regra obtida pelo registro é a entrega da coisa efetiva,presumida ou simbólica que isentará o vendedor de responsabilidade. Assim, se o contrato é celebrado em nova friburgo e o comprador reside em cachoeira de macacu e o contrato tem por objeto a entrega de um trator o que será concretizado em 30 de setembro de 2017 até o advento dessa data os riscos serão do vendedor. Assim , se a coisa vier a perecer sem culpa do vendedor apesar de não secar com perdas e danos está inadimplente que caso tenha recebido parte ou todo valor ficará obrigado a devolvê-lo. Como o trator se encontrava em friburgo lá deverá ser a entrega. Ultrapassado o dia definido pelas partes e caso o comprador não providencie a retirada está em mora e nesse contexto os riscos correram por conta do comprador pela perda não culposa da coisa. Caso o comprador contrate transportes os riscos corram por sua conta de maneira que o vendedor de exime de qualquer responsabilidade tão logo entregue o bem a transportadora. Se o transporte é convencionalmente imputado ao vendedor, o que seria a regra , os riscos correram até a efetiva entrega.
12/09 - Direito Civil III
 art 502 - o devedor responde por todos os débitos da coisa até a tradução
 O art 502 trata da responsabilidade pelo custeio das obrigações propter rem, tais como: condômino e iptu. Trata-se de norma dispositiva e não imperativa, de maneira que as partes podem transferir ao adquirente a responsabilidade pelo pagamento dessas obrigações que se venceram antes da entrega da coisa. Justamente por se tratar de obrigação propter rem, o condomínio e o município cobrarão seus créditos do atual proprietário e este em seguida poderá recobrar o prejuízo do vendedor, salvo se tiver assumido o pagamento daquilo que se venceu antes da entrega.
 art 504 - preferência ou prelação legal = mais de uma pessoa é dona de um bem indivisíveis 
 
 -----F2
 Imóvel -----F1
 -----F3
 -----F4
 OBS.: primeiro o proprietário tem que oferecer sua quota parte para os outros co-proprietários, caso não queiram, ele poderá vender pra quem quiser. PREFERÊNCIA - MESMO PREÇO/MESMAS CONDIÇÕES 
 O art 504 trata da chamada preferência legal onde o alienante, que seja condômino de coisa indivisível, estará obrigado a dar preferência aos demais co-proprietários tanto por tanto, ou seja, pelo mesmo valor e nas mesmas condições que alienaria o bem a terceiro. O objetivo da norma é o de evitar um grande número de proprietários sobre o mesmo bem, na medida em que quanto mais são os donos maior a fonte de conflito de interesses. A prelação legal tem lugar apenas se a alienação é onerosa devendo o co-proprietário colher a assinatura dos demais, evitando-se assim uma alegação de desconhecimento por parte deles. Habitualmente é realizada através de notificação extrajudicial. Em se tratando de alienação onerosa a preferência deverá ser obedecida, porém quanto a gratuita como de pratica uma liberalidade, não há do que se falar em preferência alguma. 
 *E se F1 não deu a preferência e vendeu a sua parte para João -> a venda será válida, porém ineficaz = essa venda não produz nenhum efeito aos demais co-proprietários. Não tem sentindo se os demais pudessem desfazer a venda, caso não tenham interesse ou não tenham dinheiro de possuir a parte de João. PRAZO DE 180 DIAS. 
 *E se os 3 quiserem a quota parte do F1, qual seria a solução se todos têm os mesmo direito? -> a lei diz que a prioridade é daquele que fez benfeitorias de maior valor. Caso ninguém tenha feito benfeitorias, vai para quem tem o maior quinhão. Se as partes forem iguais, será feito a divisão igualitária. 
 Caso a venda da quota parte seja concretizada sem os direitos de preferência, a venda é válida porém não produz efeitos imediatos em relação aos demais co-proprietários, justamente porque estes não terão obrigatoriamente interesse na coisa e podem não ter condições financeiras de pagar aquela quantia, de maneira que não há qualquer sentido em se proceder o desfazimento do negócio jurídico. Caso o condômino tenha interesse na aquisição da coisa, deverá ajuizar ação de consignação em pagamento cumulada com pedido de adjudicação compulsória em face de terceiro, que não terá qualquer prejuízo com a perda do quinhão que acabou de adquirir, já que a demanda é contra ele em proposta. A prioridade na aquisição dos bens será daquele que realizou benfeitorias de maior valor independentemente de sua natureza. 
 • Venda Ad Mensuram - art 500 = o adquirente tem o objetivo de uma grande extensão de área. -> pode ser surpreendido a uma extensão que não corresponde a comprada. ex.: comprei 10 hectares mas só levei 7, pois no registro estava como 10 hectares = o comprador passa a ter o direito de exigir o complemento da área e caso a primeira hipótese não seja possível, ainda pode ter o direito de abater o preço. PRAZO DECADENCIAL DE 1 ANO contados do registro, se houver demora para a entrada do bem contará a partir da entrega. art 501
 O art 500 trata da venda Ad Mensuram que estará presente naquelas hipóteses em que o interesse do comprador está diretamente relacionado a extensão de área, a quantidade de terreno por ele adquirida e desta forma, se após a conclusão do negócio jurídico, o comprador verificar que a área por ele obtida não corresponde a aquela que conta no registro por ser inferior, poderá o comprador em um primeiro momento exigir o complemento da área. Não sendo isso possível, caberá a seu livro arbítrio optar entre o abatimento do preço e o pedido de rescisão do negócio jurídico e não de resolução, considerando que não se trata de hipótese de perda superveniente por inadimplemento, mas sim de vício objetivo concomitante a celebração do negócio. Não há que se falar na presença do vício oculto que ensejaria a caracterização do vício redibitório, já que a metragem jamais correspondeu aquela constante no registro. O prazo é decadencial de 1 ano contado do registro, entendendo a norma que nesse período o comprador teria prazo mais que suficiente para tomar conhecimento de que adquiriu quantia inferior. 
 OBS.: o código vai admitir a venda ad mensuram em face do vendedor. -> 500§2º - o vendedor jamais poderia pedir a rescisão do negócio jurídico.
 Excepcionalmente, o vendedor poderá alegar a seu favor a venda ad mensuram quando convencer o magistrado que possuía justo motivo para desconhecer a metragem de seu imóvel. Nessas circunstâncias, caberá ao vendedor a sua opção exigir a devolução do excesso ou o pagamento da diferença. Em hipótese alguma será admitido o pedido de rescisão, considerando que se por um lado o comprador poderia estar se enriquecendo sem justa causa, por outro lado o vendedor deveria conhecer as metragens de seus bens de forma que não é correto penalizar o comprador por desfazimento do negócio jurídico. 
 • Venda Ad Corpus - art 500 §3º = o indivíduo não está interessado nas metragense sim no bem propriamente dito. ex.: comprar um apartamento na General Osório, antes verá se ele te agrada. -> se após a realização do ato, se ficar provado que as metragens não batem com a escritura, nada poderá ser feito.
 Caso a alienação tenha sido feita ao adquirente que tem interesse no imóvel em si e não em suas metragens ou extensões, caso após a transação fique caracterizado que as metragens adquiridas não correspondem a que consta na escritura, nada poderá ser feito pelo adquirente que celebrou venda ad corpus, tal como de vê em aquisições de apartamentos, terrenos e sítios. 
 • Cláusulas Especiais da Compra e Venda - só tem efeito se está expressamente no texto da escritura 
 
1. Retrovenda - o vendedor, ao alienar o bem ao comprador, por cláusula expressa, assegura ao seu favor, voltar a ser proprietário daquele bem. PRAZO MÁXIMO DE 3 ANOS - art 505
 
 Vendedor --- Comprador (prop resolúvel)
*até o prazo de 3 anos, o comprador pode perder seu bem para o vendedor. O direito de retrato não é personalíssimo, ou seja, pode ceder a terceiro ou em caso de óbito, seus herdeiros podem exigir a cláusula de retrovenda. - dentro do prazo. 3 herdeiros -> art 508
 As cláusulas especiais relativas a compra e venda só produzirão efeitos se estiverem expressamente previstas na escritura ou no documento participar. No que diz respeito a retrovenda, cláusula que só pode ser inserida em transações envolvendo imóveis, o vendedor assegura para si, no prazo maximo de 3 anos a possibilidade de retornar a ser proprietário. Durante este período, o comprador será considerado proprietário resolúvel já que a sua propriedade não é instituída a seu favor de forma perpétua, sem qualquer limitação temporal na medida em que está sujeita a um evento futuro e incerto, o exercício de direito de retrato por parte do vendedor. O vendedor será obrigado a devolver o preço atualizado, todas as benfeitorias necessárias que forem comprovaras e as úteis e voluptuarias, caso tenham sido autorizadas. O direito de retrato não é personalíssimo e desta forma é perfeitamente exercitável pelos herdeiros do vendedor, respeitando o prazo máximo de 3 anos. Como a cláusula de retrovenda consta expressamente do título, é impossível alegar o seu desconhecimento e assim caso o comprador aliene esses bens, não é possível que o adquirente venha a sustentar eventual boa-fé e deverá entregar ao vendedor caso o mesmo exerça o direito de retrato.
Aula Civil 18/09
Arts 509 a 512 CC 
Na venda a contento e na venda sujeita a prova o possível comprador toma a coisa para si de maneira que o contrato entre ele impossível vendedor existe,é válido ,porem ainda não possui efeitos regulares na medida em que o possível comprador tem o direito de dizer se quer ou não aquele contrato pagando o preço ou devolvendo o bem. Muito embora não exista qualquer formalidade para a celebração deste contrato o mesmo deve preferencialmente ser realizado por escrito principalmente para que de estabeleça o prazo para que o comprador exerça seu direito de adquirir a coisa. Mesmo que o comprador tenha a posse direto da coisa antes do prazo ajustado,caso a coisa venha a perecer em seu poder sem sua culpa incidirá a regra da RES PERIT DOMINO de maneira que o pretenso vendedor não poderá cobrar nada pela perda da coisa. Na hipótese do possível comprador estar em mora em dizer se quer ou não o contrato os riscos da perda do bem passaram a correr por conta do possível comprador. Caso o contrato estipulado não contenha prazo deverá o possível vendedor notificar aquele que tem a coisa consigo para que diga se quer ou não adquirir o bem. 
 Preferência (arts 513 a 520 CC)
A preferência convencional também conhecida como prelação legal confere ao comprador o dever de oferecer ao vendedor a coisa móvel ou imóvel caso o indivíduo delibere em vendê-lo ou oferecê-lo em pagamento . A preferência legal não tem cabimento na permuta nem na doação. No primeiro caso o interesse do comprador é no bem que lhe é oferecido em troca ao passo que na segunda hipótese o comprador pretende apenas praticar uma liberalidade. Trata-se de direito personalíssimo de maneira que apenas o vendedor poderá exercê-lo não passando nem a terceiros nem aos herdeiros do vendedor. O correto,caso as partes pretendam estipular essa cláusula expressa,é de imediato fixar o prazo para o exercício desse direito na eventualidade de venda . O prazo máximo é o previsto no art 513 pg único podendo as partes através de cláusula contratual estipular prazo inferior,jamais superior. Na falta de estipulação expressa incidirão os prazos previstos no art 516. Caso o comprador venha a vender ou dar em pagamento a coisa e deixe de obedecer os direitos de preferência diferentemente do que acontece na preferência legal que sujeita o indivíduo a ser réu em demanda de consignação em pagamento cumulada com pedido de adjudicação compulsória na preferência legal a única consequência será a condenação,dano emergente e lucro cessante desde que o vendedor preterido comprove todos os prejuízos que experimentou. 
Venda com reserva de domínio (arts 521 a 528) 
Na venda com reserva de domínio o vendedor transfere a posse direta da coisa móvel ao comprador que não é dono de coisa por conta da tradição,por conta de cláusula expressa prevista no contrato de alienação assegurando a propriedade em favor do vendedor muito embora este último não mais tenha a coisa consigo. A cláusula produz efeitos inter partes tão logo o contrato é celebrado. Porém, é necessário registrar o contrato junto ao DETRAN ou cartório de títulos e documentos para que produza efeitos diante de terceiros. A propriedade só será adquirida pelo comprador quando vier a pagar a integralidade do preço de maneira que até que isto aconteça permanecerá como mero possuidor direto. 
Muito embora a aquisição da propriedade em favor do comprador só vá ser efetivada quando acontecer o pagamento integral do preço os riscos do perecimento ou perda da coisa de forma não culposa correrão por conta do promitente comprador que não é ainda o proprietário do bem. Constatado o inadimplemento,o vendedor tem dupla opção a seu livre arbítrio ,porém em ambas as hipóteses deverá previamente constituir o comprador em mora na medida em que que por determinação legal a mora será ex persona de maneira que o comprador deve ter a oportunidade de dar continuidade ao cumprimento do contrato. Notificado o comprador o vendedor está livre para optar entre o pedido de resolução do negócio jurídico cumulado com pedido de perdas e danos se a inexecução for voluntária e sem ela se for involuntária desde que a situação concreta não permita sustentar a tese do adimplemento substancial por parte do comprador. A outra opção será a possibilidade de cobrar apenas a diferença que é única hipótese cabível caso a situação comporte o inadimplemento mínimo. Caso o pedido de resolução seja acolhido o vendedor recuperará a coisa é deverá devolver parte do que recebeu podendo deduzir as despesas de cobrança bem como a natural deterioração da coisa. Assim,se o comprador já tinha pago 50% do acordado ao ficar inadimplente recuperará parte desse valor diante do que determinam o art 527.
Aula Civil 19/09
Contrato estimatório (art 534 a 537)
O contrato estimatório está previsto expressamente dos arts 534 a 537. Só pode ser objeto desse contrato coisa móvel e também é conhecido como contrato de consignação. Trata-se de contrato real cuja validade está condicionada a entrega da coisa é portanto só está apto a produzir efeitos quando o bem móvel é disponibilizado ao consignatário. Através deste negócio jurídico o consignante transfere o contato imediato da coisa ao consignatário e este assume a obrigação,no prazo ajustado,de vender a coisa a terceiro de adquiri-lá ou de devolver ao consignante. Quando o proprietário de um veículo o disponibiliza a uma agência de carros pelo período de 30 dias entrega o bem a sociedade está celebrando o contrato estimatórioque preferencialmente é cumprido pela venda do bem a terceiro.
O consignante ao disponibilizar a coisa móvel ao consignatário permanece proprietário do bem transferindo apenas aquele que está encarregado da venda a posse direta da coisa. Muito embora o consignante preserve a sua qualidade de proprietário não incidirá a regra da RES PERIT DOMINO de maneira que se o bem vier a perecer em poder do consignatário mesmo que sem culpa deverá entregar ao consignante o valor ajustado. Na hipótese aplica-se a teoria do fortuito interno que entende que o indivíduo deva responder pelos riscos inerentes à atividade por ele desenvolvida. Assim, ao assumir a possibilidade de vender a coisa procura com isso receber algum valor a mais daquilo que foi contratado com o consignante e essa maneira faz parte dos riscos daquele negocio a eventualidade do bem perecer. Muito embora o consignante permaneça proprietário da coisa no momento em que a entrega ao consignatário separa,afeta de seu patrimônio pessoal aquele determinando bem de embora que até ser comunicado de que a coisa lhe será restituída sofrerá proibição de doar ou vender o bem justamente pelo fato de que aquele bem móvel está destinado a cumprir aquela obrigação em específico.
Admitindo que o consignatário tenha assumido a posse direta de três esculturas comprometendo-se a pagar ao consignante 5 mil reais por cada uma delas. Se o consignatário vende uma dessas esculturas a um terceiro e esse terceiro não paga o valor combinado ao consignatário,o inadimplemento do consumidor não o exime de pagar ao consignante considerando que o dono das esculturas não negociou com terceiro apenas com aquele que assumiu a obrigação de aliena-los. Da mesma forma que de o consignatário vendeu a escultura porém não entregou o valor combinado ao consignante este último jamais poderá de voltar contra o terceiro para exigir a devolução do bem móvel na medida em que com ele nada foi pactuado. Na vigência do prazo concedido pelo consignante o bem ainda lhe pertence. Assim,os credores do consignatário não poderão fazer uso daquele bem para quitar suas dívidas salvo depois de informado o pagamento do preço ao consignante o que torna o consignatário proprietário daquele bem.
Contrato de doação (art 538 a 554)
 
Doação é,em regra contrato consensual.
Doação objetivo -->está relacionado a uma diminuição patrimonial.(o doador se compromete através dela,a transferência de um bem móvel ou imóvel )
Doação subjetivo --> "animus donandi" é a intenção de praticar uma liberdade(eu quero beneficiar alguém com a pratica daquele negócio jurídico)
A doação é contrato que se caracteriza pela presença de um elemento objetivo é outro subjetivo. Quanto ao primeiro consiste em identificar que a celebração daquele negócio representa uma diminuição patrimonial para a pessoa do doador que assume a obrigação de transferir a propriedade da coisa móvel ou imóvel a pessoa do donatário. Trata-se de contrato em regra consensual,apto a produzir efeitos regulares tão logo é celebrado independente da efetiva entrega da coisa salvo na hipótese do art 541 pg único que estabelece hipótese de contrato real. O elemento subjetivo da doação implica em reconhecer a intenção do indivíduo em praticar uma liberalidade. Mesmo naquelas hipóteses em que o doador impõe o cumprimento de um encargo a pessoa do donatário ainda assim pratica uma liberalidade na medida em que o real intuito do doador continua a ser a intenção praticar um negócio jurídico benéfico em favor do contemplado.
Espécies de doação 
•Doação meritória ou contemplativa(art.540)
•Doação remuneratória
A doutrina prevê diversas modalidades de doação. A doação CONTEMPLATIVA OU MERITÓRIA é feita em retribuição ao objetivo ou meta alcançado pelo donatário que por esta razão não perde o caráter de liberalidade tal como aconteceria na hipótese do indivíduo receber determinada quantia por ter obtido êxito em aprovação em vestibular,por exemplo. Na doação remuneratória o indivíduo vincula a pratica daquele negocio jurídico a retribuição de um serviço anteriormente prestado ou ainda ao pagamento de uma obrigação prescrita. Nessas circunstâncias o doador optou em realizar aquela transação porém a partir do momento que concretiza a doação a liberalidade está presente quanto ao excesso do pagamento realizado aplicando-se mesmo raciocínio em relação a doação com encargo onde a liberalidade está evidente a partir daquilo que exceda o desgaste patrimonial no cumprimento do encargo.
Aula Civil 25/09
O código admite a doação com cláusula de reversão desde que a cláusula que deve ser expressa jamais presumida estipule a reversão em favor do próprio doador,jamais em favor de terceiro. Caso a doação preveja essa disposição o donatário terá a propriedade resolúvel. Habitualmente a propriedade é adquirida em caráter perpétuo,ou seja,sem tempo definido de existência. Na hipótese o donatário assumirá uma propriedade sujeita a condição,ou seja,evento futuro incerto que venha a ser na hipótese a morte do donatário antes do doador. 
O donatário pode vender e celebrar outros negócios jurídicos porém aquele que vier a transacionar com o donatário tem conhecimento de que sabe que poderá vir a perder o bem na medida em que a circunstância que pode importar na perda do bem consta do título e do respectivo registro. É possível que a doação seja realizada em favor de mais de um donatário e caso isso aconteça presumi-se que cada um é titular da mesma quota parte salvo se o instituidor,ou doador estipular de forma diversa. O art 551 pg. único prevê norma diferenciada estipulando o direito de acrescer em favor do donatário cônjuge naquelas situações em que os comtemplados com a doação forem marido e mulher seja pq está era a intenção do doador ao celebrar o contrato seja pq ambos são proprietário do bem por força do regime de bens falecendo um deles o outro passará a ter direito a integralidade do bem naquilo que a doutrina convencionou chamar de direito de acrescer. 
Inalienabilidade --> incomunicabilidade 
 --> impenhorabilidade
 É possível que a doação contenha cláusula expressa prevendo a inalienabilidade do bem oportunidade em que caso o donatário aceite terá um imóvel ou móvel que não poderá ser objeto de alienação a título oneroso oi gratuito. A cláusula de inalienabilidade importa em restrição a propriedade na medida em que o indivíduo titular desse bem poderá alugar,emprestar porém jamais vender ou doar. A cláusula dessa natureza pode ser vitalícia bem como ser estipulada até que advenha outro termo ou condição. Mesmo que não exista precisão expressa a referida cláusula presume a incomunicabilidade e a impenhorabilidade. Se o bem é doado com essa cláusula a uma pessoa casada o seu cônjuge não terá direito a esse bem já que caso isso fosse possível por ocasião do divórcio o cônjuge poderia exigir a venda daquele bem na hipótese do cônjuge donatário não poder adquirir a sua quota parte. Assim,acabaria por acontecer a alienação forçada do bem porque pretendia o doador evitar a todo custo. Da mesma forma não de é possível aprender esse bem para o pagamento de dívidas do donatário posteriores a instituição da cláusula considerando que se o donatário insistir em não pagar a consequências natural será a alienação do bem justamente o que o doador pretendia a todo custo evitar. O grande inconveniente da colocação dessa cláusula consiste no fato de que a mesma só poderá ser afastada por autorização judicial e mesmo assim desde que o magistrado fique convencido da real necessidade de alienar o bem como uma doença por exemplo preferindo sempre a aquisição de outro imóvel de menor valor ao invés de permitir a livre e descomprometida alienação da coisa. A doação pode ser feita através de entrega mensais,anuais ou pelo período estipulado pelo doador passando a mesma a ser de trato sucessivo. Qualquer que seja a periodicidade da doação a morte do donatário sempre colocará fim a doação entendendo a norma que a intenção do doador era a de contempla-loapenas. Quanto a morte do doador em princípio também extinguirá a obrigação salvo se o mesmo tiver estipulado em sentido contrário no documento que criou a doação determinando que seu espólio arque com aquelas obrigações. 
O art 550 proibi a doação de bens pelo cônjuge adúltero ao seu amante o que normalmente acontece em relação a bens móveis na medida em que quanto aos imóveis será necessária a outorga. A norma tem muito mais alcance moral do que jurídico na medida em que a pessoa que possua herdeiros necessários,descendentes,ascendentes cônjuge e companheiro pode doar metade de seu patrimônio a quem quer que seja incluindo-se aí um desconhecido reforçando a ideia de que a amante também poderia ser contemplada em doação. O prazo a que se refere a norma é decadencial e por essa razão não se interrompe ou suspende e terá início por ocasião do divórcio ou do óbito momento em que o cônjuge traído ou seus herdeiros tomam pé do patrimônio deixado pelo cônjuge traidor descobrindo a doação realizada. Muito embora, o prazo seja curto é possível aplicar a hipótese "o venire contra factu proprium " quando ficar caracterizado que o cônjuge traído tinha conhecimento na existência da amante bem como das doações realizadas e jamais tomou qualquer providência anterior no sentido de invalida-las. Pelo contrário sempre as legitimou e agora pretende adotar comportamento contraditório.

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