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ATENÇÃO ESTADOS ATENCIONAIS

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PSICOLOGIA DA PERCEPÇÃO
CURSO DE PSICOLOGIA
ATENÇÃO – ESTADOS ATENCIONAIS
ATENÇÃO – ESTADOS ATENCIONAIS
INTRODUÇÃO
A atenção é uma função cognitiva essencial à percepção que nos possibilita uma interação eficaz com o ambiente, além de subsidiar a organização dos demais processos mentais.
Com a atenção, nós podemos selecionar quais os estímulos que serão analisados em detalhes e quais serão levados em consideração para guiar nossos comportamentos.
ATENÇÃO – ESTADOS ATENCIONAIS
Desde 1890, o caráter seletivo dos processos atencionais foram expostos de maneira bastante objetiva por William James:
“Milhões de itens são apresentados aos meus sentidos e nunca entram propriamente na minha consciência.
Por quê?
Porque não têm interesse para mim.
Minha experiência é aquilo que eu concordo em prestar atenção.
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Todos sabem o que é a atenção.
É a tomada de posse pela mente, de forma clara e vívida, de um dentre o que parecem ser vários objetos possíveis simultâneos ou linha de pensamento.
A focalização, a concentração da consciência são sua essência.
Esta implica, a abstenção de algumas coisas para que possamos lidar eficazmente com outras.”
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Três importantes características da atenção foram identificadas por William James nesta descrição:
1a. A possibilidade de se exercer um controle voluntário da atenção.
2a. A inabilidade em atender a diversos estímulos ao mesmo tempo, ou seja, o caráter seletivo da atenção, ou seja, a necessidade de focalização.
3a. E a capacidade limitada do processamento atencional.
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A atenção pode ser definida como a capacidade de respondermos predominantemente aos estímulos que são significativos para nós em detrimento de outros.
Assim, aquilo que nós percebemos depende diretamente de onde e de como estamos dirigindo a nossa atenção.
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Por sua vez, o ato de prestar atenção, independente da modalidade sensorial, aumenta a sensibilidade perceptual para a discriminação do estímulo-alvo, além de reduzir a interferência causada por estímulos distratores.
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TEORIA DO FILTRO
Por possuírmos uma capacidade limitada de atenção, na qual somente os estímulos relevantes são atendidos ou processados, o nosso sistema atencional atua como um filtro que se "abre" para as informações a serem atendidas e se "fecha" para as ignoradas.
Assim, os estímulos não atendidos são rejeitados nos estágios iniciais do processamento das informações.
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Hoje se sabe, através de uma série de experimentos com a atenção auditiva que na verdade existe um processamento inconsciente das informações não atendidas, de modo que a ideia de filtro definido pelas teorias anteriores não exclui absolutamente tais estímulos.
O que ocorre é que os estímulos não atendidos são atenuados ou reduzidos.
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Esse processo de atenuação funciona como um mecanismo utilizado pelo sistema atencional para reduzir a interferência que os estímulos irrelevantes produzem no processamento dos estímulos que estamos atendendo.
Os mecanismos atencionais atuam de um modo dinâmico.
Esses mecanismos e subdivisões da atenção podem ser verificados no seguinte resumo esquemático adaptado de Gazzaniga (1998).
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Vários fatores podem influenciar a atenção, tais como as dimensões do contexto no qual estamos inseridos (física, social e organizacional), as características dos estímulos (tipo, forma, intensidade, frequência, localização, estado, quantidade, tamanho, cores, novidade, movimento, incongruência, repetição), expectativa, motivação, natureza e relevância da tarefa desempenhada, quantidade de tarefas, estado emocional, fadiga/estresse, experiências anteriores, etc.
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De um modo geral, a atenção envolve dois aspectos ou processos fundamentais.
O primeiro é o alerta que representa estado geral de sensibilização dos orgãos sensoriais.
O segundo é a atenção propriamente dita que envolve a focalização do alerta sobre determinados processos mentais e neurobiológicos.
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Assim, um determinado tipo e nível de alerta é fundamental para que haja condição de se pensar em atenção.
Esse nível, também considerado vigília plena, é o que mantém o cérebro em constante preparo para desempenhar suas funções, recrutando para seu funcionamento uma complexa orquestração de subsistemas.
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TIPOS DE ATENÇÃO OU ESTADOS ATENCIONAIS
DE ACORDO COM À SUA NATUREZA OU ORIGEM
A atenção pode ser dividida em voluntária ou controlada ou involuntária e automática.
A atenção voluntária envolve a seleção ativa, consciente e deliberada para a realização de uma determinada atividade, ou seja, está diretamente ligada às nossas motivações, interesses e expectativas.
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A atenção involuntária é suscitada sem o nosso controle devido a certas características de alguns estímulos que emergem no contexto, ou seja, ocorre diante de eventos inesperados no ambiente e, neste caso, não somos agentes de escolha de nossa atenção.
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DE ACORDO COM A SUA FORMA DE OPERACIONALIZAÇÃO
A atenção é seletiva.
Está ligada ao mecanismo básico que subsidia o mecanismo atencional, ou seja, a seletividade da atenção.
A atenção é sempre seletiva, pois através dela selecionamos determinados estímulos em detrimento de outros.
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DE ACORDO COM A SUA FORMA DE OPERACIONALIZAÇÃO
Ela é alternada ou dividida.
A atenção alternada é a capacidade de alternarmos o foco atencional, ou seja de desengajarmos o foco de um estímulo e engajarmos em outro.
A atenção também pode ser dividida quando engajamos a atenção para o desempenho de duas tarefas simultaneamente.
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Um exemplo comum deste tipo de atenção é conversar enquanto executamos outra tarefa, por exemplo, dirigir.
Os estudos com esse tipo de atenção indicam que para a divisão da atenção, uma das informações deve estar sendo mediada pelo processamento automático enquanto a outra, por meio de esforço cognitivo (processamento controlado).
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Estudos apontam também que para a maioria das pessoas só é possível prestar atenção simultaneamente a duas tarefas simples ou mecânicas, ou no máximo a uma tarefa simples e uma complexa, sendo muito raros aqueles que conseguem prestar atenção a duas tarefas complexas (indivíduos multitarefas).
Assim, ao contrário do que podemos pensar, ouvir música e estudar é um exemplo de atenção alternada e não de atenção dividida.
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A atenção pode ter como foco outros tipos de estímulos, além dos estímulos sensoriais externos que chegam pelos sentidos.
Ela pode dirigir-se para processos mentais, tais como as memórias, pensamentos, recordações, execução de cálculos mentais, etc.
Quando o foco é voltado para o ambiente externo é chamada de percepção seletiva e quando está voltada ao ambiente interno é chamada de cognição seletiva.
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Os seguintes fatores estão presentes em todas as modalidades de testes de atenção:
1. Vigilância: a capacidade do indivíduo selecionar e focar os estímulos.
2. Amplitude: a quantidade de estímulos que são processados na realização de um teste.
3.Tracking: a capacidade de rastreamento do material em foco envolvendo processos de memória de curto prazo.
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4. Tempo de reação: o tempo necessário para a realização da tarefa.
5. Alternância: a flexibilidade e a velocidade no deslocamento da atenção de um foco para outro.
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RELAÇÃO ENTRE ATENÇÃO E CONSCIÊNCIA
CONSCIÊNCIA
É o estado de estar plenamente atento aos acontecimentos.
Como os acontecimentos definem o mundo lógico, ser consciente ou ter consciência é estar no mundo, estar nele e participar
de sua construção histórica.
É o fenômeno pelo qual processamos ativamente a informação de maneira voluntária, ou seja, estamos consciente dela.
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A atenção consciente satisfaz outros três objetivos:
Monitorar nossas interações com o ambiente, mantendo nossa consciência de quão bem estamos nos adaptando à situação na qual nos encontramos;
Ligar nosso passado (memórias) e nosso presente para dar-nos um sentido de continuidade da experiência, que serve como base para a nossa identidade pessoal e futuro;
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Controlar e planejar nossas ações futuras, com base nas ligações entre as memórias e as sensações presentes.
Nos seres humanos, inclui a meta-consciência, ou seja, a consciência de estar consciente.
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FUNÇÕES DA CONSCIÊNCIA
Todos os fenômenos psíquicos estão, de alguma forma, associados com a noção de consciência.
Do ponto de vista quantitativo, constatamos que um organismo está consciente quando ele está acordado (atento e vigilante).
Qualitativamente, dizemos que uma ação é consciente quando ela é deliberada.
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FUNÇÕES DA CONSCIÊNCIA:
1. Discriminar, categorizar e reagir aos estímulos do ambiente;
2. Integrar a informação cognitivamente;
3. Comunicar os estados da mente;
4. Acessar seus próprios estados internos;
5. Atribuir um foco de atenção;
6. Controlar voluntariamente comportamentos;
7. Diferenciar os estados de vigília e de sono.

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