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Atividades e Conservação de substância

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Atividades de Conservação de substância 
No que se refere as conservações, as situações escolares visam estimular a atividade das estruturas da criança, para que, de intuitivas, elas se transforme em operatórias. Vejamos a seguir, alguns exemplos dessas situações: A professora encarrega uma criança de distribuir para seus coleguinha, o refresco que está numa jarra, apresentado-lhe quatro copos de diferentes formatos, com a seguinte instrução: Você vai servir o refresco para seus coleguinhas, mas todos devem ganhar a mesma quantidade. Essa situação é muito semelhante aquela em que a criança se encontra na vida diária, quando sua mãe lhe pede, por exemplo, para repartir o refresco com o irmão dizendo-lhe que os dois devem receber a mesma quantidade. Entretanto, a diferença existente entre essas duas situações é que, na classe, a professora tem o cuidado de escolher os copos que, pelos seus próprios formatos, não permitem que a quantidade de líquido seja avaliada pela altura de seu nível. Isso pode representar uma dificuldade para a criança, porque nesse estágio, para ela, a quantidade do líquido corresponde ao espaço ocupado nos frascos independentemente de serem estes mais estreitos ou mais largos. Nessa situação, os formatos dos copos impedem-na de proceder de maneira habitual. Algumas crianças nem percebem tal fato e colocam o refresco diretamente da jarra para os copos. Outras crianças, porém, podem empregar o esquema de utilizar um outro copo como medida, colocando primeiramente o refresco nele e, depois derramando-o no copo que servirá aos colegas.Acontece que, embora nesse caso, as quantidades de refresco seja, iguais apresenta nítidas diferenças, determinadas pelo formato de cada copo. A constatação dessas diferenças, muitas vezes, constitui uma dificuldade que a criança tenta vencer. Mesmo tendo empregado o esquema de colocar o refresco nos copos utilizando um outro como medida, quando constatam a diferença dos níveis, geralmente as crianças passam a negar a igualdade das a quantidades avaliadas.Tal fato é explicado pela incapacidade de coordenar, ao mesmo tempo. A ação executada e os diferentes aspectos do objeto observado. (diferentes níveis do refresco nos copos)
Atividades de Conservação de substância 
2) No que se refere a conservação das quantidades discretas, as crianças têm muitas ocasiões para descobrir que a conservação do todo independe do arranjo das partes. Os blocos utilizados em construções constituem ótimos materiais para isso. A professora, por exemplo, entrega a duas crianças duas caixas com blocos de madeira, fazendo-as observar que são idênticas e contem os mesmos blocos, sugerindo-lhes, depois que cada uma fale de sua construção, utilizando todos eles. Quando as criança terminam a tarefa, a professora pode solicitar que comparem as construções feitas, observando-as atenciosamente. Numa dessas situações, Maria, uma aluna de 6 anos e 9 meses que freqüentava uma das classes experimentais da pesquisa mencionada, exclamou: Seu prédio está mais alto, mas é mas estreito; o meu está maia baixo mas é mais largão! Ao comparar os prédios construídos, Maria expressou ma forma de compensação que coordenava as duas dimensões largura e altura dos prédios construídos. A capacidade de coordenar ao mesmo tempo essas duas dimensões já indica um encaminhamento para a reversibilidade por reciprocidade. 
Atividades de Conservação de substância 
3) Outro exemplo de situações que estimulam a aquisição de conservação é o seguinte exemplo: a professora apresenta a duas crianças os recipientes de vidro(um estreito e outro largo) contendo igual quantidade de contas de plástico dizendo: Cada uma vai fazer um colar com as contas que estão nestes vidros; qual colar vai sair maior? A criança que recebe o recipiente mais largo geralmente afirma que o seu ficará menor, porque está recebendo menos contas, e a criança que recebe o frasco mais estreito se convence de início, que se colar será maior. A professora sugere, então, que elas façam o colar para ver quem tem razão. Quando os colares estão prontos, ao medi-los, as crianças verificam que eles tem o mesmo tamanho, constatando, assim, o erro de suas previsões. Quando a professora faz referência a previsão anterior muitas crianças respondem, por exemplo, como Mariana, (5 anos e 6 meses): acho que Gabriela derrubou algumas contas no chão, porque ela ganhou mais contas e, agora os colares estão iguais. Observamos , por essa ocasião, as duas meninas procurarem as contas no chão, não conseguindo encontra-las. Também não conseguiram saber por que os colares tinham ficado iguais, se elas possuíam quantidades de contas diferentes. Continuando, a professora sugeriu que cada um desmanchasse o seu colar e colocasse novamente as contas em seus recipientes de vidro. Ao terminar, a tarefa, as crianças constataram a desigualdade do espaço ocupado pelas contas no recipiente de vidro. Na situação observada, Victor (5 anos e 2 meses) mostrando os dois vidrinhos à professora, falou: não sei por que os colares ficaram iguais, eu tinha mesmo mais contas, o meu vidrinho está mais cheio. A dificuldade de Mariana e Victor pode ser atribuída à ausência de uma estrutura mental operatória. Embora tivessem constatado que os colares ficaram do mesmo tamanho, elas não foram capazes de concluir que nos dois recipientes havia a mesma quantidade de contas, pois voltaram a afirmar a desigualdade das quantidades discretas, tão logo perceberam as desigualdades dos espaços ocupados pelas contas nos recipientes em que foram colocadas. Isso significa que o pensamento de ambas ainda estava centrado nos aspectos perceptivos dos fenômenos observados. Mariana apresentou uma justificativa para a sua contradição, quando admitiu que Victor derrubou algumas contas no chão. Porem, o fato de não encontrarem as contas no chão não constitui para elas outra contradição. Assim sendo, não encontraram uma solução correta para o problema.

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