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Caso concreto 03 RPO

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EXCELENTÍSSIMO DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA 2º VARA CRIMINAL DA COMARCA DE XXX
Processo n°: XXXXX
MATEUS, (brasileiro), (estado civil), (profissão), residente domiciliado a (endereço), (endereço de correio eletrônico), vem através de seu advogado, com o instrumento procuratório em anexo, com Escritório Funcional a (endereço) , (endereço de correio eletrônico), onde receberá intimações e citações, vem à presença de vossa Excelência, dentro do prazo legal, vem oferecer: 
RESPOSTA À ACUSAÇÃO
Com fulcro no art. 396 A, Código de Processo Penal, pelos motivos de fato e de direito que passa a expor:
DOS FATOS
Mateus foi denunciado porque, em agosto de 2016, supostamente teria se dirigido à residência de Maísa e a constrangido a com ele manter conjunção carnal, resultando assim na gravidez da suposta vítima, conforme laudo de exame de corpo de delito. Narra ainda a exordial que, embora não se tenha se valido de violência real ou de grave ameaça para a prática do ato, o réu teria se aproveitado do fato de Maísa ser incapaz de oferecer resistência ao propósito criminoso, assim como de validamente consentir, por se tratar de deficiente mental, incapaz de reger a si mesma.
Preliminar – ilegitimidade da parte
Meritissimo Dr Juiz analisando os autos do presente processo verifica-se claramente que o Ministério Público não é parte legitima para estar no polo ativo da presente ação, uma vez que, apresente ação é pública condicionada a representação.
Note-se que os genitores das suposta vítima não apresentaram qualquer representação e neste sentido o Ministério Público não pode atuar.
Como se vê pelo artigo 225 do Código Penal, somente se procede mediante ação penal pública condicionada nos casos de hipossuficiência financeira da vítima e de seus genitores.
Trata-se, portanto, de ação penal pública condicionada à representação, sendo esta uma manifestação do ofendido ou de seu representante legal, no sentido de autorizar o Ministério Público a iniciar a ação penal. A representação é, nestes termos, uma condição de procedibilidade.
Sobre a imprescindibilidade da representação nos casos em que a lei a exige, interessante trazer à lume o entendimento jurisprudencial:
Indispensabilidade da representação: – STJ: “Representação. A ação penal, dependente de representação, reclama manifestação do ofendido para atuação do Ministério Público. Sem essa iniciativa, a ação penal nasce com vício insanável”. (RSTJ 104/436) – (MIRABETE – Código Penal Comentado – Editora Atlas – pg. 643)
Diante de tal situação, há que se comentar que a representação é uma condição específica para esse tipo de ação sem a qual a ação penal sequer deveria ter sido ajuizada.
Nesses termos, o que se denota é a ocorrência de uma da causa de nulidade, sendo esta, de modo específico, prevista no artigo 564, III, a do Código de Processo Penal.
No que diz respeito ao mérito, devemos nos atentar para o fato de que o réu desconhecia a alegada condição de tratar-se a vítima de débil mental, sendo este um dos requisitos previstos em lei para que se presuma a violência. Senão vejamos:
Art. 224 – Presume-se a violência, se a vítima:
[…] 
b) é alienada ou débil mental, e o agente conhecia esta circunstância.
Não sendo a debilidade aparente e, portanto, desconhecida pelo réu, os atos sexuais, nas circunstâncias em que foram praticados, deram-se de forma não criminosa por manifesta atipicidade.
Não bastassem tais circunstâncias, compulsando os autos, observa-se ainda a inexistência de Laudo Pericial comprovando a alegada debilidade mental, o que comprovaria que a suposta vítima não tivesse condições de decidir sobre sí mesma, debilidade essa que não pode ser presumida.
No que tange ao art 234- A inciso III, também não se configura, haja visto que nos autos processuais o Ministério Público não traz um laudo pericial que comprova a debilidade.
Ademais, verifica-se que os art. 217-A, Código Penal, se procede com violência ou grave ameça fato este não apresentado na peça vestibular que sustente tal incidência.
Pedido
Diante do exposto, requer seja anulada ab initio a presente ação penal, com fulcro no artigo 564, inciso II do Código de Processo Penal, devendo exordial ser rejeitada com fulcro no artigo 395, inciso II do aludido Código. Não entendendo desta forma, requer seja o acusado absolvido sumariamente com espeque no artigo 397, inciso III do Código de Processo Penal.
Entretanto, caso ainda não seja este o entendimento de Vossa Excelência, requer a realização de Exame Pericial, para que se verifique a higidez mental da suposta vítima.
Por fim requer a oitiva das testemunhas, a seguir arroladas no decorrer da instrução:
Rol de Testemunhas:
Testemunha 1 – fulano de tal 
Testemunha 2 – cicranio de tal.
Nesses termos
Pede deferimento
Local e Data
ADV
OAB

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