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Apostila Instituições de Direito unid 2

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4 DIREITO DO TRABALHO
O direito do trabalho é o ramo do direito que vai estudar 
o trabalho subordinado e as proteções a este. Após discorrer 
sobre as definições subjetivistas e objetivistas, Nascimento 
(1983, p. 32) apresenta sua definição mista:
(...) Postas estas considerações, é possível definir 
direto do trabalho como ramo da ciência do direito 
que tem por objeto as normas jurídicas e os princípios 
que disciplinam as relações de trabalho subordinado, 
determinam os seus sujeitos e as organizações 
destinadas à proteção desse trabalho em sua estrutura 
e atividade.
Outro conceito que merece destaque é o de Magano (apud 
Manus, 2002, p. 22):
O conjunto de princípios, normas e instituições, 
aplicáveis à relação de trabalho e situações, tendo em 
vista a melhoria da condição social do trabalhador, 
através de medidas protetoras e da modificação das 
estruturas sociais.
4.1 Conceito de empregado e empregador
A Consolidação das Leis do Trabalho, em seu artigo 3°, 
apresenta o conceito legal de empregado:
Art. 3º. Considera-se empregado toda pessoa física 
que prestar serviços de natureza não eventual a 
empregador, sob a dependência deste e mediante 
salário.
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Parágrafo único. Não haverá distinções relativas à 
espécie de emprego e à condição de trabalhador, nem 
entre o trabalho intelectual, técnico e manual.
Nota-se que, dentro desse conceito, encontram-se alguns 
requisitos para caracterização da figura do empregado, quais sejam:
• pessoa física;
• prestar serviço de natureza não eventual: constante ou 
contínua;
• ao empregador: a favor do empregador e não de modo 
autônomo. É o empregador que assume os riscos do 
trabalho;
• salário: trata-se de contrato oneroso; o salário é a 
contraprestação do serviço;
• sob dependência: é a subordinação hierárquica. O trabalho 
é orientado e fiscalizado pelo empregador.
Colaborando com essa ideia, Martins (2003, p. 143):
Da definição de empregado temos que analisar cinco 
requisitos: (a) pessoa física; (b) não eventualidade na 
prestação de serviços; (c) dependência: (d) pagamento 
de salário; (e) prestação de serviço.
No parágrafo único, apresenta a ideia da igualdade que 
deve haver entre as pessoas, como já comentado no artigo 5° 
da Constituição.
O conceito legal de empregador está no artigo 2° da 
Consolidação das Leis do Trabalho:
Art. 2º. Considera-se empregador a empresa, individual 
ou coletiva, que, assumindo os riscos da atividade 
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econômica, admite, assalaria e dirige a prestação 
pessoal de serviço.
§ 1º. Equiparam-se ao empregador, para os efeitos 
exclusivos da relação de emprego, os profissionais 
liberais, as instituições de beneficência, as associações 
recreativas ou outras instituições sem fins lucrativos, 
que admitirem trabalhadores como empregados.
§ 2º. Sempre que uma ou mais empresas, tendo, 
embora, cada uma delas, personalidade jurídica 
própria, estiverem sob a direção, controle ou 
administração de outra, constituindo grupo 
industrial, comercial ou de qualquer outra atividade 
econômica, serão, para os efeitos da relação de 
emprego, solidariamente responsáveis a empresa 
principal e cada uma das subordinadas.
Nesse conceito, verifica-se a amplitude da figura do 
empregador; apesar de o legislador mencionar a empresa, 
até os entes despersonalizados poderão assumir o papel de 
empregador. É fundamental que assuma os riscos da atividade 
econômica.
Vale ressaltar que, frequentemente, as organizações 
estão assumindo riscos por não compreenderem os conceitos 
ora estudados. Nos dias atuais, não é pouco frequente, 
pretendendo-se reduzir custos, uma empresa que, assumindo 
os riscos da atividade, contrata uma pessoa para prestação de 
serviços de modo habitual, sob sua subordinação hierárquica 
e mediante salário e denomina o contrato de prestação de 
serviços.
Como já foi dito, não interessa o nome das coisas, mas sim 
o regime jurídico adotado. Fácil compreender que, no exemplo 
apresentado, existe um verdadeiro contrato de trabalho, 
simulando-se um contrato de prestação de serviços.
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4.2 Justa causa
Entendidos os conceitos de empregado e empregador, 
observa-se que a Constituição Federal apresenta uma gama de 
direitos para os trabalhadores, entre eles “relação de emprego 
protegida contra despedida arbitrária ou sem justa causa, 
nos termos de lei complementar, que preverá indenização 
compensatória, dentre outros direitos”.
A justa causa vem caracterizada nos artigo 482 e 483 da 
Consolidação das Leis do Trabalho:
Art. 482. Constituem justa causa para rescisão do 
contrato de trabalho pelo empregador:
a) ato de improbidade;
b) incontinência de conduta ou mau procedimento;
c) negociação habitual por conta própria ou 
alheia sem permissão do empregador, e quando 
constituir ato de concorrência à empresa para a 
qual trabalha o empregado, ou for prejudicial ao 
serviço;
d) condenação criminal do empregado, passada 
em julgado, caso não tenha havido suspensão da 
execução da pena;
e) desídia no desempenho das respectivas funções;
f) embriaguez habitual ou em serviço;
g) violação de segredo da empresa;
h) ato de indisciplina ou de insubordinação;
i) abandono de emprego;
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j) ato lesivo da honra ou da boa fama praticado no 
serviço contra qualquer pessoa, ou ofensas físicas, nas 
mesmas condições, salvo em caso de legítima defesa, 
própria ou de outrem;
k) ato lesivo da honra ou da boa fama ou ofensas 
físicas praticadas contra o empregador e superiores 
hierárquicos, salvo em caso de legítima defesa, própria 
ou de outrem;
l) prática constante de jogos de azar.
Parágrafo único. Constitui igualmente justa causa 
para dispensa de empregado a prática, devidamente 
comprovada em inquérito administrativo, de atos 
atentatórios à segurança nacional (Incluído pelo 
Decreto-lei nº 3, de 27.1.1966).
Art. 483. O empregado poderá considerar rescindido 
o contrato e pleitear a devida indenização 
quando:
a) forem exigidos serviços superiores às suas forças, 
defesos por lei, contrários aos bons costumes, ou 
alheios ao contrato;
b) for tratado pelo empregador ou por seus superiores 
hierárquicos com rigor excessivo;
c) correr perigo manifesto de mal considerável;
d) não cumprir o empregador as obrigações do 
contrato;
e) praticar o empregador ou seus prepostos, contra 
ele ou pessoas de sua família, ato lesivo da honra e 
boa fama;
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f) o empregador ou seus prepostos ofenderem-no 
fisicamente, salvo em caso de legítima defesa, própria 
ou de outrem;
g) o empregador reduzir o seu trabalho, sendo este 
por peça ou tarefa, de forma a afetar sensivelmente a 
importânciados salários.
§ 1º. O empregado poderá suspender a prestação 
dos serviços ou rescindir o contrato, quando tiver de 
desempenhar obrigações legais, incompatíveis com a 
continuação do serviço.
§ 2º. No caso de morte do empregador constituído 
em empresa individual, é facultado ao empregado 
rescindir o contrato de trabalho.
§ 3º. Nas hipóteses das letras “d” e “g”, poderá o 
empregado pleitear a rescisão de seu contrato 
de trabalho e o pagamento das respectivas 
indenizações, permanecendo ou não no serviço 
até final decisão do processo (Incluído pela Lei nº 
4.825, de 5.11.1965).
No artigo 484, o legislador preocupou-se com a culpa 
recíproca do empregador e do empregado na rescisão do 
contrato de trabalho:
Art. 484. Havendo culpa recíproca no ato que 
determinou a rescisão do contrato de trabalho, o 
tribunal de trabalho reduzirá a indenização a que seria 
devida em caso de culpa exclusiva do empregador, por 
metade.
4.3 Direito constitucional do trabalho
Segue texto de lei, retirado do site <http://www.presidencia.
gov.br/legislacao/>, referente aos artigos 6º ao 11° da 
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Constituição da República Federativa do Brasil, promulgada 
em 5 de outubro de 1988:
Art. 6o. São direitos sociais a educação, a saúde, 
o trabalho, a moradia, o lazer, a segurança, a 
previdência social, a proteção à maternidade e à 
infância, a assistência aos desamparados, na forma 
desta Constituição (Redação dada pela Emenda 
Constitucional nº 26, de 2000).
Art. 7º. São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, 
além de outros que visem à melhoria de sua condição 
social:
I – relação de emprego protegida contra despedida 
arbitrária ou sem justa causa, nos termos de 
lei complementar, que preverá indenização 
compensatória, dentre outros direitos;
II – seguro-desemprego, em caso de desemprego 
involuntário;
III – fundo de garantia do tempo de serviço;
IV – salário mínimo, fixado em lei, nacionalmente 
unificado, capaz de atender a suas necessidades vitais 
básicas e às de sua família com moradia, alimentação, 
educação, saúde, lazer, vestuário, higiene, transporte 
e previdência social, com reajustes periódicos que 
lhe preservem o poder aquisitivo, sendo vedada sua 
vinculação para qualquer fim;
V – piso salarial proporcional à extensão e à 
complexidade do trabalho;
VI – irredutibilidade do salário, salvo o disposto em 
convenção ou acordo coletivo;
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VII – garantia de salário, nunca inferior ao mínimo, 
para os que percebem remuneração variável;
VIII – décimo terceiro salário com base na remuneração 
integral ou no valor da aposentadoria;
IX – remuneração do trabalho noturno superior à do 
diurno;
X – proteção do salário na forma da lei, constituindo 
crime sua retenção dolosa;
XI – participação nos lucros, ou resultados, desvincula-
da da remuneração, e, excepcionalmente, participação 
na gestão da empresa, conforme definido em lei;
XII – salário-família pago em razão do dependente 
do trabalhador de baixa renda nos termos da lei 
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 20, 
de 1998);
XIII – duração do trabalho normal não superior a 
oito horas diárias e quarenta e quatro semanais, 
facultada a compensação de horários e a redução 
da jornada, mediante acordo ou convenção 
coletiva de trabalho (vide Decreto-lei nº 5.452, de 
1943);
XIV – jornada de seis horas para o trabalho realizado 
em turnos ininterruptos de revezamento, salvo 
negociação coletiva;
XV – repouso semanal remunerado, preferencialmente 
aos domingos;
XVI – remuneração do serviço extraordinário superior, 
no mínimo, em cinquenta por cento à do normal 
(vide Decreto-lei nº 5.452, art. 59 § 1º);
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XVII – gozo de férias anuais remuneradas com, pelo 
menos, um terço a mais do que o salário normal;
XVIII – licença à gestante, sem prejuízo do emprego e 
do salário, com a duração de cento e vinte dias;
XIX – licença-paternidade, nos termos fixados em lei;
XX – proteção do mercado de trabalho da mulher, 
mediante incentivos específicos, nos termos da lei;
XXI – aviso prévio proporcional ao tempo de 
serviço, sendo no mínimo de trinta dias, nos termos 
da lei;
XXII – redução dos riscos inerentes ao trabalho, por 
meio de normas de saúde, higiene e segurança;
XXIII – adicional de remuneração para as atividades 
penosas, insalubres ou perigosas, na forma da lei;
XXIV – aposentadoria;
XXV – assistência gratuita aos filhos e dependentes 
desde o nascimento até 5 (cinco) anos de idade em 
creches e pré-escolas (Redação dada pela Emenda 
Constitucional nº 53, de 2006);
XXVI – reconhecimento das convenções e acordos 
coletivos de trabalho;
XXVII – proteção em face da automação, na forma 
da lei;
XXVIII – seguro contra acidentes de trabalho, a cargo 
do empregador, sem excluir a indenização a que este 
está obrigado, quando incorrer em dolo ou culpa;
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XXIX – ação, quanto aos créditos resultantes das 
relações de trabalho, com prazo prescricional de 
cinco anos para os trabalhadores urbanos e rurais, até 
o limite de dois anos após a extinção do contrato de 
trabalho (Redação dada pela Emenda Constitucional 
nº 28, de 25/05/2000);
XXX – proibição de diferença de salários, de exercício 
de funções e de critério de admissão por motivo de 
sexo, idade, cor ou estado civil;
XXXI – proibição de qualquer discriminação no tocante 
a salário e critérios de admissão do trabalhador 
portador de deficiência;
XXXII – proibição de distinção entre trabalho manual, 
técnico e intelectual ou entre os profissionais 
respectivos;
XXXIII – proibição de trabalho noturno, perigoso 
ou insalubre a menores de dezoito e de qualquer 
trabalho a menores de dezesseis anos, salvo na 
condição de aprendiz, a partir de quatorze anos 
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 20, 
de 1998);
XXXIV – igualdade de direitos entre o trabalhador com 
vínculo empregatício permanente e o trabalhador 
avulso.
Parágrafo único. São assegurados à categoria dos 
trabalhadores domésticos os direitos previstos nos 
incisos IV, VI, VIII, XV, XVII, XVIII, XIX, XXI e XXIV, bem 
como a sua integração à previdência social.
Art. 8º. É livre a associação profissional ou sindical, 
observado o seguinte:
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I – a lei não poderá exigir autorização do Estado para a 
fundação de sindicato, ressalvado o registro no órgão 
competente, vedadas ao Poder Público a interferência 
e a intervenção na organização sindical;
II – é vedada a criação de mais de uma organização 
sindical, em qualquer grau, representativa de 
categoria profissional ou econômica, na mesma base 
territorial, que será definida pelos trabalhadores ou 
empregadores interessados, não podendo ser inferior 
à área de um Município;
III – ao sindicato cabe a defesa dos direitos e interesses 
coletivos ou individuais da categoria, inclusive em 
questões judiciais ou administrativas;IV – a assembléia geral fixará a contribuição que, em 
se tratando de categoria profissional, será descontada 
em folha, para custeio do sistema confederativo da 
representação sindical respectiva, independentemente 
da contribuição prevista em lei;
V – ninguém será obrigado a filiar-se ou a manter-se 
filiado a sindicato;
VI – é obrigatória a participação dos sindicatos nas 
negociações coletivas de trabalho;
VII – o aposentado filiado tem direito a votar e ser 
votado nas organizações sindicais;
VIII – é vedada a dispensa do empregado sindicalizado 
a partir do registro da candidatura a cargo de direção 
ou representação sindical e, se eleito, ainda que 
suplente, até um ano após o final do mandato, salvo 
se cometer falta grave nos termos da lei.
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Parágrafo único. As disposições deste artigo 
aplicam-se à organização de sindicatos rurais e de 
colônias de pescadores, atendidas as condições que 
a lei estabelecer.
Art. 9º. É assegurado o direito de greve, competindo 
aos trabalhadores decidir sobre a oportunidade de 
exercê-lo e sobre os interesses que devam por meio 
dele defender.
§ 1º. A lei definirá os serviços ou atividades essenciais 
e disporá sobre o atendimento das necessidades 
inadiáveis da comunidade.
§ 2º. Os abusos cometidos sujeitam os responsáveis às 
penas da lei.
Art. 10. É assegurada a participação dos trabalhadores 
e empregadores nos colegiados dos órgãos públicos 
em que seus interesses profissionais ou previdenciários 
sejam objeto de discussão e deliberação.
Art. 11. Nas empresas de mais de duzentos empregados, 
é assegurada a eleição de um representante destes 
com a finalidade exclusiva de promover-lhes o 
entendimento direto com os empregadores.
5 DIREITO DO CONSUMIDOR
A Constituição de 1988 garante, no artigo 5º, inciso XXXII, a 
defesa do consumidor. O Código de Defesa do Consumidor foi 
publicado em 11 de setembro de 1990, constando de seu artigo 
118, que entraria em vigor 180 dias após a sua publicação.
A referida norma realmente criou uma modificação de 
comportamento no mercado, seja por parte dos consumidores 
ou dos fornecedores. Aliás, para esse estudo, tais figuras são 
fundamentais.
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5.1 Conceito de consumidor
O artigo 2º do Código define consumidor:
Art. 2°. Consumidor é toda pessoa física ou jurídica 
que adquire ou utiliza produto ou serviço como 
destinatário final.
Parágrafo único. Equipara-se a consumidor a 
coletividade de pessoas, ainda que indetermináveis, 
que haja intervindo nas relações de consumo.
Da leitura do referido dispositivo legal, depreende-se 
que não apenas quem adquire o produto é o consumidor; 
por esta razão, Nery Júnior (apud Fazzio Júnior, 2003, 
p. 594-5) menciona que existem quatro conceitos de 
consumidor:
Conceito-padrão ou standard (art. 2°, caput), segundo 
o qual consumidor é a pessoa física ou jurídica que 
adquire produto ou utiliza serviço como destinatário 
final;
coletividade de pessoas, ainda que indetermináveis, 
que haja intervindo nas relações de consumo (art. 2°, 
parágrafo único), a fim de possibilitar a propositura 
da class action prevista no artigo 81, parágrafo único, 
nº III;
vítimas do acidente de consumo (art.17), a fim de que 
possa valer-se dos mecanismos e instrumentos do 
CDC na defesa de seus direitos;
aquele que estiver exposto às práticas comerciais 
(publicidade, oferta, cláusulas gerais dos contratos, 
práticas comerciais abusivas, etc.) (art.29).
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Dos conceitos mencionados, percebe-se a amplitude e o 
detalhamento dado pelo legislador às relações de consumo, que 
a seguir serão estudadas.
5.2 Conceito de fornecedor
O legislador também se esmerou ao definir a figura do 
fornecedor no artigo 3º do Código ora estudado:
Art. 3°. Fornecedor é toda pessoa física ou jurídica, 
pública ou privada, nacional ou estrangeira, bem 
como os entes despersonalizados, que desenvolvem 
atividade de produção, montagem, criação, construção, 
transformação, importação, exportação, distribuição ou 
comercialização de produtos ou prestação de serviços.
§ 1°. Produto é qualquer bem, móvel ou imóvel, 
material ou imaterial.
§ 2°. Serviço é qualquer atividade fornecida no 
mercado de consumo, mediante remuneração, 
inclusive as de natureza bancária, financeira, de 
crédito e securitária, salvo as decorrentes das relações 
de caráter trabalhista.
Fazzio Júnior (2003, p. 596) menciona que, no CDC, 
fornecedores são:
--o produtor;
--o fabricante;
--o construtor;
--o importador;
--o empresário comerciante (fornecedor 
subsidiário).
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5.3 Política nacional de consumo
Entendidos os conceitos, mister se faz compreender alguns 
princípios do Código de Defesa do Consumidor, que estão 
disciplinados nos artigos 4º e 5°:
Art. 4º. A Política Nacional das Relações de Consumo 
tem por objetivo o atendimento das necessidades dos 
consumidores, o respeito à sua dignidade, saúde e 
segurança, a proteção de seus interesses econômicos, 
a melhoria da sua qualidade de vida, bem como a 
transparência e harmonia das relações de consumo, 
atendidos os seguintes princípios (Redação dada pela 
Lei nº 9.008, de 21.3.1995):
I – reconhecimento da vulnerabilidade do consumidor 
no mercado de consumo;
II – ação governamental no sentido de proteger 
efetivamente o consumidor:
a) por iniciativa direta;
b) por incentivos à criação e desenvolvimento de 
associações representativas;
c) pela presença do Estado no mercado de consumo;
d) pela garantia dos produtos e serviços com padrões 
adequados de qualidade, segurança, durabilidade e 
desempenho;
III – harmonização dos interesses dos participantes 
das relações de consumo e compatibilização da 
proteção do consumidor com a necessidade de 
desenvolvimento econômico e tecnológico, de modo 
a viabilizar os princípios nos quais se funda a ordem 
econômica (art. 170 da Constituição Federal), sempre 
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com base na boa-fé e equilíbrio nas relações entre 
consumidores e fornecedores;
IV – educação e informação de fornecedores e 
consumidores, quanto aos seus direitos e deveres, 
com vistas à melhoria do mercado de consumo;
V – incentivo à criação pelos fornecedores de 
meios eficientes de controle de qualidade e 
segurança de produtos e serviços, assim como de 
mecanismos alternativos de solução de conflitos 
de consumo;
VI – coibição e repressão eficientes de todos os abusos 
praticados no mercado de consumo, inclusive a 
concorrência desleal e utilização indevida de inventos 
e criações industriais das marcas e nomes comerciais 
e signos distintivos, que possam causar prejuízos aos 
consumidores;
VII – racionalização e melhoria dos serviços públicos;
VIII – estudo constante das modificações do mercado 
de consumo.
Art. 5°. Para a execução da Política Nacional das 
Relações de Consumo, contará o poder público com 
os seguintesinstrumentos, entre outros:
I – manutenção de assistência jurídica, integral e 
gratuita para o consumidor carente;
II – instituição de Promotorias de Justiça de Defesa do 
Consumidor, no âmbito do Ministério Público;
III – criação de delegacias de polícia especializadas no 
atendimento de consumidores vítimas de infrações 
penais de consumo;
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IV – criação de Juizados Especiais de Pequenas Causas 
e Varas Especializadas para a solução de litígios de 
consumo;
V – concessão de estímulos à criação e desenvolvimento 
das Associações de Defesa do Consumidor.
Bittar (1991, p. 29-30) brilhantemente discorre sobre os 
princípios do Código, ensinando:
Da análise desses elementos, pode-se observar que, 
basicamente, na delineação do Código, foi assentada 
a tutela do consumidor sob tríplice controle: o do 
Estado, o do consumidor e de suas entidades de 
representação e o do próprio fornecedor, prevendo-se 
ações de ordem privada e também públicas para a 
garantia e a efetivação de seus direitos.
Continua o autor:
Com fulcro nos princípios apontados, foram editadas 
normas protetivas, que o Código declara de ordem 
pública e de interesse social, a significar que não 
poderão ser alteradas, ou substituídas pela vontade 
das partes, considerando-se nula qualquer convenção 
em contrário (art.1º).
5.4 Direitos básicos do consumidor
O Código apresenta os direitos básicos do consumidor nos 
artigos 6° e 7º:
Art. 6º. São direitos básicos do consumidor:
I – a proteção da vida, saúde e segurança contra os riscos 
provocados por práticas no fornecimento de produtos 
e serviços considerados perigosos ou nocivos;
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II – a educação e divulgação sobre o consumo 
adequado dos produtos e serviços, asseguradas a 
liberdade de escolha e a igualdade nas contratações;
III – a informação adequada e clara sobre os diferentes 
produtos e serviços, com especificação correta de 
quantidade, características, composição, qualidade e 
preço, bem como sobre os riscos que apresentem;
IV – a proteção contra a publicidade enganosa e 
abusiva, métodos comerciais coercitivos ou desleais, 
bem como contra práticas e cláusulas abusivas ou 
impostas no fornecimento de produtos e serviços;
V – a modificação das cláusulas contratuais que 
estabeleçam prestações desproporcionais ou sua 
revisão em razão de fatos supervenientes que as 
tornem excessivamente onerosas;
VI – a efetiva prevenção e reparação de danos 
patrimoniais e morais, individuais, coletivos e difusos;
VII – o acesso aos órgãos judiciários e administrativos 
com vistas à prevenção ou reparação de danos 
patrimoniais e morais, individuais, coletivos ou 
difusos, assegurada a proteção jurídica, administrativa 
e técnica aos necessitados;
VIII – a facilitação da defesa de seus direitos, inclusive 
com a inversão do ônus da prova, a seu favor, no 
processo civil, quando, a critério do juiz, for verossímil 
a alegação ou quando for ele hipossuficiente, segundo 
as regras ordinárias de experiências;
IX – (Vetado);
X – a adequada e eficaz prestação dos serviços públicos 
em geral.
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Art. 7°. Os direitos previstos neste código não excluem 
outros decorrentes de tratados ou convenções 
internacionais de que o Brasil seja signatário, da 
legislação interna ordinária, de regulamentos expe-
didos pelas autoridades administrativas competentes, 
bem como dos que derivem dos princípios gerais do 
direito, analogia, costumes e equidade.
Parágrafo único. Tendo mais de um autor a ofensa, 
todos responderão solidariamente pela reparação dos 
danos previstos nas normas de consumo.
Da leitura dos dispositivos mencionados, algumas 
considerações devem ser feitas. Inicialmente, que os direitos 
contemplados não são taxativos, como se pode verificar da 
leitura do caput do artigo 7º.
Outro aspecto que merece destaque é que esses direitos são 
decorrentes da disposição constitucional contida no inciso XXXII 
do artigo 5º da Constituição Federal e, portanto, cláusula pétrea 
no dizer de Fazzio Júnior (2003, p. 595):
Pode-se afirmar, sem qualquer exagero, que a 
preservação da segurança física e jurídica do 
consumidor é cláusula pétrea da CF, que exterioriza 
na titulação do CDC, como código defensivo.
5.5 Práticas comerciais
No capítulo V, o Código disciplina as práticas comerciais 
mencionando a oferta, a publicidade, as práticas abusivas e os 
critérios que devem ser respeitados nas cobranças de dívidas:
Da Oferta
Art. 30. Toda informação ou publicidade, suficientemente 
precisa, veiculada por qualquer forma ou meio de 
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comunicação com relação a produtos e serviços 
oferecidos ou apresentados, obriga o fornecedor 
que a fizer veicular ou dela se utilizar e integra o 
contrato que vier a ser celebrado.
Art. 31. A oferta e apresentação de produtos ou 
serviços devem assegurar informações corretas, claras, 
precisas, ostensivas e em língua portuguesa sobre suas 
características, qualidades, quantidade, composição, 
preço, garantia, prazos de validade e origem, entre 
outros dados, bem como sobre os riscos que apresentam 
à saúde e segurança dos consumidores.
Art. 32. Os fabricantes e importadores deverão 
assegurar a oferta de componentes e peças de 
reposição enquanto não cessar a fabricação ou 
importação do produto.
Parágrafo único. Cessadas a produção ou importação, 
a oferta deverá ser mantida por período razoável de 
tempo, na forma da lei.
Art. 33. Em caso de oferta ou venda por telefone ou 
reembolso postal, deve constar o nome do fabricante 
e endereço na embalagem, publicidade e em todos os 
impressos utilizados na transação comercial.
Art. 34. O fornecedor do produto ou serviço é 
solidariamente responsável pelos atos de seus 
prepostos ou representantes autônomos.
Art. 35. Se o fornecedor de produtos ou serviços 
recusar cumprimento à oferta, apresentação ou 
publicidade, o consumidor poderá, alternativamente 
e à sua livre escolha:
I – exigir o cumprimento forçado da obrigação, nos 
termos da oferta, apresentação ou publicidade;
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II – aceitar outro produto ou prestação de serviço 
equivalente;
III – rescindir o contrato, com direito à restituição de 
quantia eventualmente antecipada, monetariamente 
atualizada, e a perdas e danos.
Seção III
Da publicidade
Art. 36. A publicidade deve ser veiculada de tal forma 
que o consumidor, fácil e imediatamente, a identifique 
como tal.
Parágrafo único. O fornecedor, na publicidade de 
seus produtos ou serviços, manterá, em seu poder, 
para informação dos legítimos interessados, os dados 
fáticos, técnicos e científicos que dão sustentação à 
mensagem.
Art. 37. É proibida toda publicidade enganosa ou 
abusiva.
§ 1°. É enganosa qualquer modalidade de informação 
ou comunicação de caráter publicitário, inteira ou 
parcialmente falsa, ou, por qualquer outro modo, 
mesmo por omissão,capaz de induzir em erro o 
consumidor a respeito da natureza, características, 
qualidade, quantidade, propriedades, origem, preço e 
quaisquer outros dados sobre produtos e serviços.
§ 2°. É abusiva, dentre outras, a publicidade 
discriminatória de qualquer natureza, a que incite a 
violência, explore o medo ou a superstição, se aproveite 
da deficiência de julgamento e experiência da criança, 
desrespeita valores ambientais, ou que seja capaz 
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de induzir o consumidor a se comportar de forma 
prejudicial ou perigosa à sua saúde ou segurança.
§ 3°. Para os efeitos deste código, a publicidade é 
enganosa por omissão quando deixar de informar 
sobre dado essencial do produto ou serviço.
§ 4°. (Vetado).
Art. 38. O ônus da prova da veracidade e correção da 
informação ou comunicação publicitária cabe a quem 
as patrocina.
Seção IV
Das práticas abusivas
Art. 39. É vedado ao fornecedor de produtos ou 
serviços, dentre outras práticas abusivas (Redação 
dada pela Lei nº 8.884, de 11.6.1994):
I – condicionar o fornecimento de produto ou de 
serviço ao fornecimento de outro produto ou serviço, 
bem como, sem justa causa, a limites quantitativos;
II – recusar atendimento às demandas dos consu-
midores, na exata medida de suas disponibilidades 
de estoque, e, ainda, de conformidade com os usos 
e costumes;
III – enviar ou entregar ao consumidor, sem solicitação 
prévia, qualquer produto, ou fornecer qualquer serviço;
IV – prevalecer-se da fraqueza ou ignorância do 
consumidor, tendo em vista sua idade, saúde, 
conhecimento ou condição social, para impingir-lhe 
seus produtos ou serviços;
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V – exigir do consumidor vantagem manifestamente 
excessiva;
VI – executar serviços sem a prévia elaboração de 
orçamento e autorização expressa do consumidor, 
ressalvadas as decorrentes de práticas anteriores 
entre as partes;
VII – repassar informação depreciativa, referente a 
ato praticado pelo consumidor no exercício de seus 
direitos;
VIII – colocar, no mercado de consumo, qualquer 
produto ou serviço em desacordo com as normas 
expedidas pelos órgãos oficiais competentes ou, se 
normas específicas não existirem, pela Associação 
Brasileira de Normas Técnicas ou outra entidade 
credenciada pelo Conselho Nacional de Metrologia, 
Normalização e Qualidade Industrial (Conmetro);
IX – recusar a venda de bens ou a prestação de 
serviços, diretamente a quem se disponha a adquiri-los 
mediante pronto pagamento, ressalvados os casos de 
intermediação regulados em leis especiais (Redação 
dada pela Lei nº 8.884, de 11.6.1994);
X – elevar sem justa causa o preço de produtos ou 
serviços (Incluído pela Lei nº 8.884, de 11.6.1994);
XI – dispositivo incluído pela MPV nº 1.890-67, de 
22.10.1999, transformado em inciso XIII, quando da 
conversão na Lei nº 9.870, de 23.11.1999;
XII – deixar de estipular prazo para o cumprimento de 
sua obrigação ou deixar a fixação de seu termo inicial 
a seu exclusivo critério (Incluído pela Lei nº 9.008, de 
21.3.1995);
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XIII – aplicar fórmula ou índice de reajuste diverso do 
legal ou contratualmente estabelecido (Incluído pela 
Lei nº 9.870, de 23.11.1999).
Parágrafo único. Os serviços prestados e os produtos 
remetidos ou entregues ao consumidor, na hipótese 
prevista no inciso III, equiparam-se às amostras grátis, 
inexistindo obrigação de pagamento.
Art. 40. O fornecedor de serviço será obrigado 
a entregar ao consumidor orçamento prévio 
discriminando o valor da mão-de-obra, dos materiais 
e equipamentos a serem empregados, as condições de 
pagamento, bem como as datas de início e término 
dos serviços.
§ 1º. Salvo estipulação em contrário, o valor orçado 
terá validade pelo prazo de dez dias, contado de seu 
recebimento pelo consumidor.
§ 2°. Uma vez aprovado pelo consumidor, o orçamento 
obriga os contraentes e somente pode ser alterado 
mediante livre negociação das partes.
§ 3°. O consumidor não responde por quaisquer ônus 
ou acréscimos decorrentes da contratação de serviços 
de terceiros não previstos no orçamento prévio.
Art. 41. No caso de fornecimento de produtos ou 
de serviços sujeitos ao regime de controle ou de 
tabelamento de preços, os fornecedores deverão 
respeitar os limites oficiais sob pena de não o 
fazendo, responderem pela restituição da quantia 
recebida em excesso, monetariamente atualizada, 
podendo o consumidor exigir à sua escolha, o 
desfazimento do negócio, sem prejuízo de outras 
sanções cabíveis.
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Seção V
Da cobrança de dívidas
Art. 42. Na cobrança de débitos, o consumidor 
inadimplente não será exposto a ridículo, nem será 
submetido a qualquer tipo de constrangimento ou 
ameaça.
Parágrafo único. O consumidor cobrado em quantia 
indevida tem direito à repetição do indébito, por valor 
igual ao dobro do que pagou em excesso, acrescido de 
correção monetária e juros legais, salvo hipótese de 
engano justificável.
Seção VI
Dos bancos de dados e cadastros de consumidores
Art. 43. O consumidor, sem prejuízo do disposto no 
art. 86, terá acesso às informações existentes em 
cadastros, fichas, registros e dados pessoais e de 
consumo arquivados sobre ele, bem como sobre as 
suas respectivas fontes.
§ 1°. Os cadastros e dados de consumidores devem 
ser objetivos, claros, verdadeiros e em linguagem de 
fácil compreensão, não podendo conter informações 
negativas referentes a período superior a cinco anos.
§ 2°. A abertura de cadastro, ficha, registro e dados 
pessoais e de consumo deverá ser comunicada por 
escrito ao consumidor, quando não solicitada por 
ele.
§ 3°. O consumidor, sempre que encontrar inexatidão 
nos seus dados e cadastros, poderá exigir sua 
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imediata correção, devendo o arquivista, no prazo de 
cinco dias úteis, comunicar a alteração aos eventuais 
destinatários das informações incorretas.
§ 4°. Os bancos de dados e cadastros relativos a 
consumidores, os serviços de proteção ao crédito e 
congêneres são considerados entidades de caráter 
público.
§ 5°. Consumada a prescrição relativa à cobrança de 
débitos do consumidor, não serão fornecidas, pelos 
respectivos Sistemas de Proteção ao Crédito, quaisquer 
informações que possam impedir ou dificultar novo 
acesso ao crédito junto aos fornecedores.
Art. 44. Os órgãos públicos de defesa do consumidor 
manterão cadastros atualizados de reclamações 
fundamentadas contra fornecedores de produtos e 
serviços, devendo divulgá-lo pública e anualmente. A 
divulgação indicará se a reclamação foi atendida ou 
não pelo fornecedor.
§ 1°. É facultado o acesso às informações lá constantes 
para orientação e consulta por qualquer interessado.
§ 2°. Aplicam-se a este artigo, no que couber, as 
mesmas regras enunciadas no artigo anterior e as do 
parágrafo único do art. 22 deste código.
As ofertas e propagandas realizadaspara atrair os 
consumidores vinculam os fornecedores. É sempre prudente, nas 
relações de consumo, manter todas as informações obtidas antes 
da elaboração dos contratos, pois elas obrigam os fornecedores.
Fica claro, também, o reconhecimento da vulnerabilidade 
do consumidor; daí a ideia de o Código tratá-lo como 
hipossuficiente.
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As cobranças de dívidas não podem utilizar meios vexatórios; 
sua cobrança indevida obriga o fornecedor ao pagamento em 
dobro.
A propaganda enganosa e a abusiva não se confundem. 
Fazzio Júnior (2003, p. 607) ensina:
Não são a mesma coisa. A primeira diz respeito à 
exploração da situação de inferioridade do consumidor; 
a segunda, danosa ainda que potencialmente, ofende 
a ordem pública, os direitos fundamentais e os valores 
sociais.
5.6 Da proteção contratual
Os contratos também foram minuciosamente tratados 
pelo legislador, deixando, mais uma vez, reforçada a 
ideia da hipossuficiência do consumidor. Esmerou-se em 
detalhes; nota-se que no parágrafo terceiro do artigo 54, 
recém-introduzido pela Lei nº 11.785, de 22 de setembro de 
2008, preocupou-se com o tamanho do corpo da letra dos 
contratos de adesão.
Fica claro que as partes não podem disciplinar de modo 
livre todas as cláusulas contratuais; as normas do Código são 
de ordem pública e, portanto, o desrespeito aos seus princípios 
tornarão a cláusula ou o contrato nulos de pleno direito.
Segue texto de lei, retirado do site <http://www.presidencia.
gov.br/legislacao/>, referente à parte do Código de Defesa do 
Consumidor sobre os contratos:
Art. 46. Os contratos que regulam as relações de 
consumo não obrigarão os consumidores, se não lhes 
for dada a oportunidade de tomar conhecimento 
prévio de seu conteúdo, ou se os respectivos 
instrumentos forem redigidos de modo a dificultar a 
compreensão de seu sentido e alcance.
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Art. 47. As cláusulas contratuais serão interpretadas 
de maneira mais favorável ao consumidor.
Art. 48. As declarações de vontade constantes de 
escritos particulares, recibos e pré-contratos relativos 
às relações de consumo vinculam o fornecedor, 
ensejando inclusive execução específica, nos termos 
do art. 84 e parágrafos.
Art. 49. O consumidor pode desistir do contrato, 
no prazo de 7 dias a contar de sua assinatura ou 
do ato de recebimento do produto ou serviço, 
sempre que a contratação de fornecimento 
de produtos e serviços ocorrer fora do 
estabelecimento comercial, especialmente por 
telefone ou a domicílio.
Parágrafo único. Se o consumidor exercitar o direito 
de arrependimento previsto neste artigo, os valores 
eventualmente pagos, a qualquer título, durante 
o prazo de reflexão, serão devolvidos, de imediato, 
monetariamente atualizados.
Art. 50. A garantia contratual é complementar à legal 
e será conferida mediante termo escrito.
Parágrafo único. O termo de garantia ou equivalente 
deve ser padronizado e esclarecer, de maneira 
adequada em que consiste a mesma garantia, bem 
como a forma, o prazo e o lugar em que pode ser 
exercitada e os ônus a cargo do consumidor, devendo 
ser-lhe entregue, devidamente preenchido pelo 
fornecedor, no ato do fornecimento, acompanhado de 
manual de instrução, de instalação e uso do produto 
em linguagem didática, com ilustrações.
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Seção II
Das cláusulas abusivas
Art. 51. São nulas de pleno direito, entre outras, as 
cláusulas contratuais relativas ao fornecimento de 
produtos e serviços que:
I – impossibilitem, exonerem ou atenuem a responsa-
bilidade do fornecedor por vícios de qualquer natureza 
dos produtos e serviços ou impliquem renúncia ou 
disposição de direitos. Nas relações de consumo 
entre o fornecedor e o consumidor pessoa jurídica, 
a indenização poderá ser limitada, em situações 
justificáveis;
II – subtraiam ao consumidor a opção de reembolso 
da quantia já paga, nos casos previstos neste 
código;
III – transfiram responsabilidades a terceiros;
IV – estabeleçam obrigações consideradas iníquas, 
abusivas, que coloquem o consumidor em desvantagem 
exagerada, ou sejam incompatíveis com a boa-fé ou 
a equidade;
V – (Vetado);
VI – estabeleçam inversão do ônus da prova em 
prejuízo do consumidor;
VII – determinem a utilização compulsória de arbitragem;
VIII – imponham representante para concluir ou rea-
lizar outro negócio jurídico pelo consumidor;
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IX – deixem ao fornecedor a opção de concluir ou não 
o contrato, embora obrigando o consumidor;
X – permitam ao fornecedor, direta ou indiretamente, 
variação do preço de maneira unilateral;
XI – autorizem o fornecedor a cancelar o contrato 
unilateralmente, sem que igual direito seja conferido 
ao consumidor;
XII – obriguem o consumidor a ressarcir os custos de 
cobrança de sua obrigação, sem que igual direito lhe 
seja conferido contra o fornecedor;
XIII – autorizem o fornecedor a modificar 
unilateralmente o conteúdo ou a qualidade do 
contrato, após sua celebração;
XIV – infrinjam ou possibilitem a violação de normas 
ambientais;
XV – estejam em desacordo com o sistema de proteção 
ao consumidor;
XVI – possibilitem a renúncia do direito de indenização 
por benfeitorias necessárias.
§ 1º. Presume-se exagerada, entre outros casos, a 
vontade que:
I – ofende os princípios fundamentais do sistema 
jurídico a que pertence;
II – restringe direitos ou obrigações fundamentais 
inerentes à natureza do contrato, de tal modo a 
ameaçar seu objeto ou equilíbrio contratual;
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III – se mostra excessivamente onerosa para o 
consumidor, considerando-se a natureza e conteúdo 
do contrato, o interesse das partes e outras 
circunstâncias peculiares ao caso.
§ 2°. A nulidade de uma cláusula contratual abusiva 
não invalida o contrato, exceto quando de sua 
ausência, apesar dos esforços de integração, decorrer 
ônus excessivo a qualquer das partes.
§ 3°. (Vetado).
§ 4°. É facultado a qualquer consumidor ou entidade 
que o represente requerer ao Ministério Público 
que ajuíze a competente ação para ser declarada 
a nulidade de cláusula contratual que contrarie o 
disposto neste código ou de qualquer forma não 
assegure o justo equilíbrio entre direitos e obrigações 
das partes.
Art. 52. No fornecimento de produtos ou serviços 
que envolva outorga de crédito ou concessão 
de financiamento ao consumidor, o fornecedor 
deverá, entre outros requisitos, informá-lo prévia e 
adequadamente sobre:
I – preço do produto ou serviço em moeda corrente 
nacional;
II – montante dos juros de mora e da taxa efetiva 
anual de juros;
III – acréscimos legalmente previstos;
IV – número e periodicidade das prestações;
V – soma total a pagar, com e sem financiamento.
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§ 1°. As multas de mora decorrentes do 
inadimplemento de obrigações no seu termo não 
poderão ser superiores a dois por cento do valor 
da prestação (Redação dada pela Lei nº 9.298, de 
1º.8.1996).
§ 2º. É assegurada ao consumidor a liquidação 
antecipada do débito, total ou parcialmente, 
mediante redução proporcional dos juros e demais 
acréscimos.
§ 3º. (Vetado).
Art. 53. Nos contratos de compra e venda de móveis 
ou imóveis mediante pagamento em prestações, 
bem como nas alienações fiduciárias em garantia, 
consideram-se nulas de pleno direito as cláusulas que 
estabeleçam a perda total das prestações pagas em 
benefício do credor que, em razão do inadimplemento, 
pleitear a resolução do contrato e a retomada do 
produto alienado.
§ 1°. (Vetado).
§ 2º. Nos contratos do sistema de consórcio de produtos 
duráveis, a compensação ou a restituição das parcelas 
quitadas, na forma deste artigo, terá descontada, 
além da vantagem econômica auferida com a fruição, 
os prejuízos que o desistente ou inadimplente causar 
ao grupo.
§ 3°. Os contratos de que trata o caput deste artigo 
serão expressos em moeda corrente nacional.
Seção III
Dos contratos de adesão
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Art. 54. Contrato de adesão é aquele cujas cláusulas 
tenham sido aprovadas pela autoridade competente 
ou estabelecidas unilateralmente pelo fornecedor 
de produtos ou serviços, sem que o consumidor 
possa discutir ou modificar substancialmente seu 
conteúdo.
§ 1°. A inserção de cláusula no formulário não 
desfigura a natureza de adesão do contrato.
§ 2°. Nos contratos de adesão admite-se cláusula 
resolutória, desde que a alternativa, cabendo a escolha 
ao consumidor, ressalvando-se o disposto no § 2° do 
artigo anterior.
§ 3°. Os contratos de adesão escritos serão redigidos 
em termos claros e com caracteres ostensivos e 
legíveis, cujo tamanho da fonte não será inferior 
ao corpo 12, de modo a facilitar sua compreensão 
pelo consumidor (Redação dada pela Lei nº 11.785, 
de 2008).
§ 4°. As cláusulas que implicarem limitação de 
direito do consumidor deverão ser redigidas 
com destaque, permitindo sua imediata e fácil 
compreensão.
§ 5°. (Vetado).
6 DIREITO ADMINISTRATIVO
O direito administrativo é um ramo do direito público 
que vai estudar a administração pública. Fuhrer e Milaré 
(1996, p. 110) explicam: “Direito administrativo é o conjunto 
de normas que regem administração pública”.
Referindo-se aos atos administrativos e aos poderes e 
deveres do administrador público, Fuhrer e Milaré (1996, p. 111) 
demonstram:
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a) atributos do ato 
administrativo
Imperatividade
Presunção de legitimidade
Auto-executoriedade
b) requisitos do ato 
administrativo
Agente capaz
Objeto lícito
Forma prescrita ou não proibida
Legalidade
Moralidade
Finalidade de atender ao interesse público 
e aos objetivos da lei
Publicidade
Competência do agente
Motivação dada pela lei ou justificada pelo 
agente
c) poderes e deveres do 
administrador público
Dever de eficiência
Dever de probidade
Dever de prestar contas
Poder-dever de agir – o administrador
público não pode deixar de agir no
exercício de suas funções.
Os atos administrativos podem ser vinculados ou 
discricionários; no primeiro, o Poder Público deve praticar nos 
estreitos limites determinados pela lei; no segundo, há uma 
certa liberdade para sua decisão. Mello (1995, p. 229) diz:
Atos vinculados seriam aqueles em que, por existir 
prévia e objetiva tipificação legal do único possível 
comportamento da Administração em face de 
situação igualmente em termos de objetividade 
absoluta, a Administração ao expedi-los não interfere 
com apreciação subjetiva alguma.
Atos discricionários, pelo contrário, seriam os que 
a Administração pratica com certa margem de 
liberdade de avaliação ou de decisão segundo 
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critérios de conveniência e oportunidade formulados 
por ela mesma, ainda que adstrita à lei reguladora da 
expedição deles.
Os contratos administrativos sempre devem ser precedidos 
de licitação pública, que podem ser das seguintes espécies, 
conforme o quadro a seguir apresentado por Fuhrer e Milaré 
(1996, p. 118):
Espécies de licitação
Concorrência (contratos grandes)
Tomada de preços (contratos médios)
Convite (contratos pequenos)
Concurso (trabalhos técnicos, científicos ou 
artísticos)
Leilão (venda de bens móveis inservíveis ou 
produtos apreendidos).
A necessidade de licitação é para que o Poder Público 
contrate sempre o melhor serviço ou obra ao melhor custo.
Referências bibliográficas
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São Paulo: Saraiva, 1990.
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Universitária, 1991.
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