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Centro Universitário Estácio de Sá Talita Gabriela Moreira de Oliveira REAÇÕES DE HIPERSENSIBILIDADE TIPO I São José 2017 Centro Universitário Estácio de Sá Talita Gabriela Moreira de Oliveira REAÇÕES DE HIPERSENSIBILIDADE TIPO I Trabalho da disciplina de Imunologia, para graduação no curso de Farmácia, do Centro Universitário Estácio de Sá. São José, SC. 2017. RESUMO Reações de hipersensibilidade são reações excessivas, produzidas pelo sistema imunológico após um contato prévio do indivíduo com o alérgeno, causando desconforto e danos. Neste trabalho, será abordada a reação de hipersensibilidade do tipo I. A hipersensibilidade tipo I é uma doença comum no mundo inteiro. Alguns sintomas dessa reação podem envolver inflamação da pele, das vias respiratórias (asma, rinite) e também do trato gastrointestinal. É caracterizada por ser ativada após o contato do hospedeiro com um antígeno inócuo (alérgeno). Esse contato aumenta a produção preferencial de Imunoglobulina E, que liga-se à basófilos e mastócitos por afinidade química em seu receptor. Basófilos e mastócitos ativados liberam substâncias como a histamina, que causa vasodilatação, aumento da permeabilidade vascular e etc., caracterizando a alergia. Palavras-chave: imunologia básica, hipersensibilidade, alergia. SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO……………………………………………………………………………….5 2. DESENVOLVIMENTO……………………………………………………………………….6 3. CONCLUSÃO………………………………………………………………………………...8 4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS……………………………………………………….9 INTRODUÇÃO Respostas imunológicas ocorrem quando o organismo consegue identificar e combater um antígeno potencialmente agressivo para o corpo. A diferença de respostas imunológicas comuns para respostas de hipersensibilidade é o fator da excessividade presente na segunda. Assim, a hipersensibilidade é caracterizada por reações excessivas e inapropriadas do sistema imune do indivíduo, que entra em combate contra o antígeno inócuo, de forma com que muitas vezes causa lesões teciduais, doenças e desconforto. Há vários tipos de reações de hipersensibilidade, neste trabalho será abordado a reação de hipersensibilidade tipo I, causada pela produção massiva de IgE após o contato prévio com o antígeno alérgeno. DESENVOLVIMENTO A hipersensibilidade tipo I, imediata ou hipersensibilidade mediada pela IgE é caracterizada pela produção da Imunoglobulina E, que se liga a receptores de mastócitos e basófilos. O indivíduo, ao entrar em contato com um alérgeno, causa uma sensibilização do sistema imune, levando linfócitos T a realizarem uma resposta adaptativa e consequente produção de anticorpos pelos plasmócitos. Os próximos contatos do alérgeno com o hospedeiro (agora pré-sensibilizado) fará com que haja sempre uma reação de hipersensibilidade em poucos minutos. O mecanismo da hipersensibilidade consiste em resposta ao antígeno inócuo (pólen, fezes de ácaros, alimentos e etc.), estimulando a produção de IgE pelo sistema imune. A IgE, por possuir afinidade química com mastócitos e basófilos, liga-se às suas superfícies celulares. O alérgeno posteriormente liga-se à IgE e aos mastócitos e basófilos, causando degranulação dos mesmos. Essa degranulação tem como consequência a liberação de mediadores químicos como a histamina, triptase, cininogenase e ECF-a, que caracterizam os sintomas clássicos da alergia. Abaixo as características farmacológicas de cada citocina: ● Histamina: vasodilatação de capilares, aumento da permeabilidade vascular; ● Triptase: proteólise; ● Cininogenase: cininas, vasodilatação, aumento da permeabilidade vascular; ● ECF-a: atração de eosinófilos e neutrófilos; O diagnóstico da hipersensibilidade tipo I é feito com vários testes laboratoriais, como por exemplo: ● Testes cutâneos (Prick test ou perfuração): que consiste em pingar gotas com alérgenos e em seguida uma leve perfuração no local de cada gota, estimulando a reação imune. ● Teste de contato atópico (Patch test): consiste na aplicação alérgenos na pele, deixando-os por 48 horas, mantendo no local com objeto próprio. São testes eficientes que revelam alergias a cosméticos e substâncias de contato. ● ELISA, RAST: testes de laboratório capazes de fazer detecção de IgEs específicas para cada substância no sangue. O tratamento sintomático para hipersensibilidade do tipo I é feito com anti-histamínicos e cromolina sódica em casos leves e em casos graves de choque anafilático, há a auto-injeção de epinefrina. Não há cura para a alergia, tornando-se um transtorno para a vida do indivíduo hipersensível. CONCLUSÃO Após o estudo realizado, conclui-se a diferença entre respostas imunes e hipersensibilidades. A hipersensibilidade mediada por IgE tem como características principais o fato de ser estimulada por um antígeno exógeno, ter um rápido tempo de resposta (até no máximo 30 minutos) e de ser mediada por basófilos e mastócitos. Há características de inflamação nesse tipo de resposta, devido a degranulação das suas células mediadoras. Não há cura para esse tipo de hipersensibilidade, podendo o paciente recorrer apenas a medicamentos que aliviam os sintomas clínicos. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS DAHER, Silvia, et al. Diagnóstico em doenças alérgicas mediadas por IgE. Disponível em: < http://www.asbai.org.br/revistas/Vol321/ART%201-09%20-%20Diagnóstico%20em%20Doen ças%20Alérgicas.pdf > Acesso em 14/11/2017. GHAFFAR, Abdul. Imunologia: Capítulo dezessete - Reações de hipersensibilidade. Disponível em: < http://www.microbiologybook.org/Portuguese/immuno-port-chapter17.htm > Acesso em 14/11/2017.
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