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UFC – UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ CAMPUS DE SOBRAL CURSO DE ENGENHARIA ELÉTRICA TURMA: 3 FÍSICA EXPERIMENTAL I PROFESSOR: VALDENIR SILVEIRA ANDERSON ALEXANDRE CARVALHO DE ARAÚJO 397729 PRÁTICA 07: MOVIMENTO HARMONICO SIMPLES Sobral - CE 2017.2 2 1 INTRODUÇÃO Movimento harmônicos simples (MHS) são certos movimentos oscilatórios e periódicos, descritos por funções horarias harmônicas, como seno e cosseno. Um movimento é periódico quando a posição, a velocidade e a aceleração do móvel repetem-se em intervalos de tempo iguais. E um movimento é oscilatório quando na mesma trajetória ocorre uma alternância de sentidos. Observe a figura 1, que exemplifica um movimento oscilatório. Figura 1: Movimento oscilatório horizontal. Quando o bloco repete uma situação inicial, denomina-se esse evento de oscilação, e para essa repetição de movimento é determinado o período (T) e a frequência (f) do movimento, que tem suas unidades em segundos (s) e em hertz (Hz) respectivamente. A equação (1), expressa uma equação que relaciona essas duas grandezas: T = 1/f (1) Onde: T = período do movimento; f = frequência do movimento. A força resultante em um corpo em MHS é denominado força restauradora, porque ela atua de forma a garantir o prosseguimento das oscilações: toda vez que o corpo passa pela 3 posição de equilíbrio, a força entra em ação com a intenção de retardar o movimento para depois traze-lo de volta a posição de equilíbrio. O ponto de equilíbrio de um MHS é o ponto central da trajetória, isto é, o ponto de elongação x = 0. Onde os pontos de elongação máxima (A) e mínima (-A) são denominados amplitude do MHS. No movimento oscilatório da figura 1, a elongação é a própria deformação da mola, logo pode-se afirmar que a força resultante sobre o bloco é a força elástica. Sabendo que a força elástica é proporcional à deformação da mola, obtém-se a seguinte equação (2): F = -K . x (2) Onde: F = força elástica; K = constante elástica; x = deformação da mola. Sabendo que a característica para decidir se o movimento é MHS ou não é exatamente o valor algébrico da força resultante ser proporcional à elongação (A), prova-se assim que o movimento da figura 1 é MHS e o seu período é dado pela equação (3) a seguir: T = 2Π √m/K (3) Onde: T = período do movimento; m = massa do corpo; K = constante elástica da mola. 2 OBJETIVOS Os objetivos desta prática, consistem em estudar o movimento harmônico simples e verificar o comportamento do período em relação a variação da massa, da constante elástica da mola e da amplitude de oscilação. 4 3 MATERIAIS Colchão e unidade geradora de fluxo de ar linear Azeheb; Móvel com haste e suportes; Balança; Bobina, cabos, chave inversora, massas aferidas; Cronômetro digital com até 4 intervalos sucessivos, com fonte 6/12 VCC embutida; Molas, tripé universal, fixadores. 4 PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL 4.1) MHS NA VERTICAL Suspendeu-se uma massa de 40g em uma mola, com essa massa deslocou-se o sistema sucessivamente de 1, 2, 3, 4 e 5 cm da posição de equilíbrio e, para cada caso, determinou-se o tempo de 10 oscilações completas, o período de uma oscilação e sua frequência e preencheu-se a Tabela 1. O deslocamento inicial foi correspondido sendo a amplitude do movimento (A). Variou-se a massa do sistema de 20 a 100 g, na amplitude de 3 cm, determinou-se o tempo de 10 oscilações completas, o período de uma oscilação e suas frequência. Dessa forma preencheu-se a Tabela 2. 4.2) MHS NA HORIZONTAL Prendeu-se o carrinho a uma mola e está ao suporte fixo, pendurou-se na ponta da linha um peso de 0,680N (60 g + massa do gancho = 8 g), assim determinou-se a massa do conjunto oscilador (carrinho completo e massa suspensa) e anotou-se na tabela 03. Colocou-se o sensor na posição de equilíbrio e selecionou-se a função F5. Afastou-se o carrinho da posição de equilíbrio, em 5 cm (amplitude A), e depois liberou- se e então mediu-se o tempo de uma oscilação completa. Repetiu-se o procedimento 3 vezes e anotou-se os períodos na tabela 03. Adicionou-se massas ao carrinho e repetiu-se o procedimento acima, sucessivas vezes, até completar a tabela 03. 5 5 RESULTADOS E DISCUSSÃO 5.1) Resultados Fonte: próprio autor. 5.2) Atividades Pergunta 01. Usando os dados das tabelas 1 e 2, verifique se há alguma dependência de T com A (amplitude) ou de T com m (massa). R01: T com A: A relação do período (T) com a amplitude (A), de acordo com a tabela 1 é caracterizado pela independência entre tais grandezas, ou seja, com o aumento da amplitude o período se conserva, em uma margem de erro de 5%. T com m: A relação do período (T) com a massa (m), de acordo com a tabela 2, é caracterizado pela dependência entre tais grandezas, logo percebe-se que quanto maior a massa, maior o período. Assim pode-se afirmar que o período e a massa do corpo são diretamente proporcionais. Pergunta 02.Com os dados obtidos na tabela 1, faça o gráfico de A x T (amplitude versus período). R02: 6 A) Gráfico 1: Amplitude (A) x Período (T) Fonte: próprio autor. B) A curva tem uma tendencia a ser linear constante, pois como comprovado através da tabela 1, a amplitude (A) e o periodo (T) são independentes, logo o período sera o mesmo para diferentes amplitudes. C) Tabela 4 PERÍODOS ERRO PERCENTUAL DA MÉDIA EM RELAÇÃO AOS PERIODOS (%) 0,522 1,8 0,527 0,9 0,543 2,0 0,526 1,1 0,543 2,0 PERÍODO MÉDIO 0,532 Fonte: próprio autor. Pergunta 03. Com os dados obtidos, faça o gráfico de T x m, para as tabelas 2 e 3. R03: A) O gráfico 2, demonstra a linha de tendência para a tabela 2: 7 Gráfico 2: Período (T) x Massa (m). Fonte: próprio autor O grafico 3, demosntra a linha de tendencia para a tabela 3: Gráfico 3: Período (T) x Massa (m). Fonte: próprio autor. B) Ambas as curvas são polinomias de ordem 2. C) Sabemos pela equação 3, que o período (T) é proporcional à raiz quadrada da massa do corpo. Ou seja, quanto maior for a massa do corpo, maior será o período do movimento oscilatorio. 8 Pergunta 04. Com os dados obtidos, faça o gráfico de T² x m, para as tabelas 2 e 3 R04: A) O gráfico 4, demonstra a linha de tendência para a tabela 2: Gráfico 4: (Período) ² (T) ² x massa (m). Fonte: próprio autor. O gráfico 5, demonstra a linha de tendência para a tabela 3: Gráfico 5: (Período) ² (T) ² x massa (m). Fonte: próprio autor. B) Ambas as curvas são lineares. 9 C) O significado físico da inclinação da curva dos gráficos 4 e 5, é a determinação da constante elástica da mola (K). Na pergunta 05, será explicado melhor como determinou-se a constante elástica (K). Pergunta 05. Usando a Eq.3 e as curvas traçadas na pergunta 04, determine o valor de k (constante elástica das molas utilizadas) a partir desta curva (T² x L). Compare o valor de k com o valor medido na prática 06. R05: Aplicando a eq. (4), para descobrir o coeficiente de inclinação da reta, para o gráfico 5, obtém-se: C = (y-yo) / (x-xo) (4) C = (2,053 - 1,221) / (0,435 – 0,285) C = 5,55 Sabendo que a equação do período para o MHS é expressa pela eq. (3): T = 2Π√m/k (3) Elevando ao quadrado os doistermos da eq. (3): T² = 4Π² . m/k T²/m = 4Π²/k (5) Comparando a eq. (4) com a eq. (5), percebe-se que: C = T² /m (6), Logo: C = 4Π²/k (7) Substituindo valor de “c” em (7): K = 4Π²/5,55 = 7,11 Logo, o valor da constante elástica da mola (K), equivale á 7,11. 10 CONCLUSÕES Conclui-se então que o movimento harmônico simples, é um movimento oscilatório que quando realiza uma oscilação completa, determina-se o período para aquele movimento, através da eq. (3). Também foi provado a existência de uma força restauradora, capaz de retardar o movimento, para que o corpo volte a posição de equilíbrio, onde a elongação da mola é natural. Assim através dos experimentos de um oscilador massa-mola horizontal e massa-mola vertical, que o período (T) independe da amplitude (A), mas que esse é diretamente proporcional á massa do corpo (m), logo quanto maior a massa, maior será o período. Onde a amplitude é determinada como sendo a elongação máxima e mínima do movimento. Também experimentalmente foi concluído que a inclinação da reta tangente no gráfico 4 e 5 determina o valor da constante elástica (K), através da eq. (7) e assim com o valor da massa do corpo calcular o período (T), para cada massa, como foi proposto nas tabelas 2 e 3. REFERÊNCIAS Halliday, D., Resnick, R. e Walker, J. Fundamentos de Física, tradução de José Paulo de Azevedo, 4a.ed.V.1.Rio de Janeiro: LTC EDITORA, 1996. SILVEIRA.V. Prática 07: MOVIMENTO HARMÔNICO SIMPLES. Universidade federal do Ceará. 11
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