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PROCESSO CIVIL IV SEMANA 1 A SEMANA 8

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Semana 1 
1 A QUESTÃO: Ao iniciar o cumprimento de sentença envolvendo obrigação de pagar, o credor pretende que seja penhorado um bem imóvel do devedor, avaliado em r$ 1.000.000,00 (um milhão de reais), para pagamento de uma dívida de apenas r$ 10.000,00 (dez mil reais). O devedor, por meio do seu patrono, peticiona ao juízo informando que possui um veículo automotor avaliado em r$ 30.000,00 (trinta mil reais), valor que é mais compatível com o do débito, requerendo a substituição do bem penhorado em atenção ao princípio do menor sacrifício ao executado. Indaga-se: deve ser deferido o pleito do executado?
R: Sim, pois atende o principio do menor gravame para o executado, conforme previsto no cpc. Deve promover a execução do modo menos gravoso para o executado. Se houver outro meio de execução o devedor pode escolher o menos gravoso par a ele.
QUESTÃO Nº 2. (XVI Exame de Ordem Unificado – FGV) Daniel possui uma pequena mercearia e costuma aceitar cheques de seus clientes, como forma de pagamento. Ocorre que, no último mês, três dos cheques apresentados no prazo foram devolvidos por insuficiência de fundos. Daniel não obteve êxito na cobrança amigável, não lhe restando, portanto, outra alternativa senão recorrer ao Poder Judiciário. Com base nessa situação hipotética, assinale a afirmativa correta.
R: (C) Daniel pode cumular várias execuções, fundadas em títulos diferentes, ainda que diversos os devedores, desde que para todas elas seja competente o juízo e idêntica a forma do processo.
SEMANA 02 
1°QUESTÃO No curso de uma ação de indenização e antes da sentença de 1o grau, o réu vendeu seus dois únicos imóveis por R$ 100.000,00 (cem mil reais), os quais constituíam a totalidade de seu patrimônio. Julgado procedente o pedido, com sentença transitada em julgado, o autor pretende receber o valor da indenização fixado pelo Juiz, ou seja, R$ 100.000,00 (cem mil reais). Considerando o enunciado acima, distinga os institutos da fraude à execução e da fraude contra credores, e, num segundo momento, indique os caminhos processuais adequados para que o exequente, na prática, possa receber seu crédito. 
R: A fraude contra credores é quando o devedor se desfaz de seu patrimônio antes de qualquer acionamento do judiciário, diferente da fraude a execução, que já se faz presente dentro de uma ação iniciada, sendo esta última a mais gravosa, pois aqui há tentativa de burlar o Estado. 
O caminho é via ação pauliana para provar a fraude e pedir a invalidação do ato e a busca do bem. Quando o devedor começa a dilapidar o patrimônio para se tornar insolvente e não ter mais patrimônio para que possa ser executado, o credor pode pedir ao juiz como medida urgente que bloqueie os bens. 
Questão nº 2. Considerando o CPC, e, principalmente, as normas que tutelam a legitimidade passiva em execução, indique a alternativa incorreta, ou seja, de quem não pode figurar como executado. 
R: d) o Ministério Público, nos casos previstos em lei.
SEMANA 03
1 a Questão: Adalberto ajuizou uma ação em face da Seguradora Porto Bello pleiteando o recebimento do seguro de vida realizado pelo seu tio Marcondes. Alega na inicial que a seguradora, de forma injustificada, se negou a pagar a indenização sob o argumento de que o segurado agiu de má-fé ao não informar que realizara uma cirurgia de coração 10 anos antes da assinatura do contrato. Após a instrução o juiz julgou procedente o pedido para condenar a Seguradora a pagar a respectiva indenização em valor a ser apurado em fase de liquidação. Diante do caso concreto indaga-se: 
a) Qual é a modalidade de liquidação de sentença mais adequada ao caso concreto? É possível modificar a sentença em fase de liquidação?
R: A liquidação pelo procedimento comum, pois há necessidade de alegar e provar fato novo, conforme o artigo 509, II, CPC.
Em relação a modificação da sentença em fase de liquidação, o Artigo 509, II,§ 4° veda tanto a modificação, quanto a discutir novamente a lide.
b) Como deverão proceder as partes caso discordem do valor apurado na liquidação?
R: Se as partes não concordarem com o valor fixado na sentença de liquidação elas podem ingressar com agravo de instrumento, de acordo com o artigo 1015, PU, CPC.
Questão nº 2. Considerando o CPC, indique a alternativa que não contempla título executivo extrajudicial: 
R: a) o crédito de auxiliar de justiça, quando as custas, emolumentos ou honorários tiverem sido aprovados por decisão judicial; 
SEMANA 04
1 a Questão: Juca Cipó ingressa em juízo com ação de cobrança em desfavor de Sinhozinho Malta, que, citado pelo correio, quedou-se inerte, vindo, em consequência, o pedido autoral a ser julgado procedente, com a condenação do réu ao pagamento de R$ 80.000,00 (oitenta mil reais). Iniciado por Juca Cipó o cumprimento de sentença, após a segurança do juízo, Sinhozinho Malta oferece impugnação, na qual alega a nulidade de sua citação na fase cognitiva. O juiz, então, acata a impugnação de Sinhozinho Malta. Qual seria o recurso cabível contra esta decisão judicial? 
R: A impugnação é um incidente processual, e o ato do juiz que julgou a impugnação tem natureza de decisão Interlocutória, e sendo assim, cabe agravo de instrumento. 
Questão nº 2. Considerando o CPC , indique a alternativa que não contempla matéria passível de ser alegada em sede de impugnação ao cumprimento de sentença:
R: b) impossibilidade jurídica do pedido;
SEMANA 05
1 a Questão: Repelidos Embargos de Devedor com fundamento em sua intempestividade, apresenta o Executado petição avulsa, intitulando-a como Objeção de Não Executividade (também conhecida como Exceção de Pré-Executividade), denunciando a nulidade do título. Deve tal pleito, inobstante a rejeição dos Embargos, ser admitido ao exame do órgão judicial?
R: A objeção de não executividade também chamada de exceção de pré -executividade, embora não prevista no CPC é mecanismo de defesa aceito pela doutrina e jurisprudência, possibilitando discutir questões de ordem pública, portanto a objeção é entre nós aceita. 
Se admissível a referida peça, teria a apresentação da mesma efeito suspensivo? 
R: As regras de suspensão do processo são excepcionais e por esta razão deve ser interpretada restritivamente, sendo assim o juiz não deve recolher o mandado de penhora, apenas em razão da peça se encontrar em exame pelo juiz.
2a Questão: Os embargos do devedor serão oferecidos no prazo: 
R: d) de 15 dias, contados da juntada aos autos do mandado de citação;
SEMANA 06
1 a Questão: Determinado credor instaurou processo de execução, lastreado em título executivo extrajudicial, em face de um incapaz, que se encontra regularmente representado nos autos. A penhora recaiu sobre um determinado bem e não foram oferecidos embargos à execução. Como o exequente não manifestou interesse na adjudicação, o magistrado determinou a expropriação por alienação em leilão judicial. No segundo leilão, o bem constricto recebeu um lance equivalente a 75% do valor da avaliação, o que gerou a assinatura no auto de arrematação. Imediatamente, o executado peticionou ao juízo, postulando o reconhecimento da ineficácia da arrematação, uma vez que o bem foi expropriado por preço vil. Já o credor, por sua vez, ponderou que, de acordo com o art. 891, parágrafo único, do CPC, a arrematação teria sido perfeitamente válida. Indaga-se: como deve decidir o magistrado?
R: Deve o magistrado decidir na forma do art.896, do CPC, que dispõe sobre imóvel de incapaz que não alcança pelo menos 80% (oitenta por cento) da avaliação, onde o juiz confiará o bem à guarda e administração de depositário idôneo, adiando a alienação por prazo não superior a 1 (um) ano. Portanto, a arrematação não foi válida. 
 2a Questão. A respeito dos bens impenhoráveis, marque a alternativa incorreta: 
R: c) os móveis, os pertences e as utilidades domésticas que guarnecem a residência do executado, inclusive os de elevado valor ou os que ultrapassem as necessidades comuns correspondentes a um médio padrão de vida;
SEMANA 07
1 a Questão: Após a vigência do CPC,Rodolfo promove execução em face de Matheus e Lucas, objetivando o recebimento de determinada quantia. A citação de ambos foi realizada regularmente e não foram localizados bens passíveis de penhora. Diante desta situação, o magistrado suspendeu o processo pelo prazo de um ano. Findo este período e, também tendo sido ultrapassado o prazo prescricional da obrigação, os executados peticionam ao juízo requerendo o desarquivamento do processo e a pronúncia da prescrição intercorrente. Devidamente intimado, o exequente se posiciona em sentido contrário, ao argumento de que esta suspensão deveria permanecer sine die, ou seja, indefinidamente, até que sejam localizados bens passíveis de constrição judicial. Como deverá se posicionar o magistrado quanto ao tema? 
R: Quando o executado não possuir bens penhoráveis, suspende -se a execução na forma do art. 921, III, do CPC, pelo prazo de 1 (um) ano conforme o art. 921, § 1°, do CPC. Passado 1 ano, e não for encontrado bens penhoráveis de acordo com art. 921, § 2°, do CPC, o juiz ordenará o arquivamento dos autos, que serão desarquivados para prosseguimento da execução se a qualquer tempo for encontrado bens penhoráveis como versa o art. 921, § 3°, do CPC. Passado 1 (um) ano sem a manifestação do exequente, começa a correr o prazo de prescrição intercorrente na forma do art. 921, § 4°, do CPC que é, aquela que se opera mesmo na fluência do procedimento jurisdicional, nos casos de inércia do titular do direito nos termos dos artigos 921, §4º, combinado com art. 924, V, ambos do CPC. Trata-se de uma sentença com resolução de mérito de acordo com o art. 487, I, do CPC. 
2a Questão. A respeito das hipóteses de suspensão da execução, marque a alternativa incorreta.
R: b) a execução é suspensa no todo ou em parte, quando o exequente renunciar ao crédito.
SEMANA 08
1 a Questão: Em determinado processo, o magistrado fixou astreintes diárias para compelir o devedor a cumprir obrigação de entrega de coisa, o que não ocorreu no prazo estabelecido. Levando em consideração que o valor acumulado das astreintes está próximo de R$ 100.000,00 (Cem Mil Reais) e que o conteúdo econômico discutido no processo é de no máximo R$ 20.000,00 (Vinte Mil Reais), a parte ré peticiona requerendo a redução do valor retroativamente. Ocorre que a exequente, por seu turno, sustenta que este montante de R$ 100.000,00 (Cem Mil Reais) já integra o seu patrimônio. Vindo os autos conclusos para decisão, o magistrado percebe, na ambiência de seu gabinete, que o CPC fornece um tratamento inconclusivo quanto ao tema astreintes. Em determinada norma, por exemplo, autoriza que o magistrado possa alterar ou mesmo excluir o valor das multas, mas apenas para aquelas vincendas (art. 537, par. 1º), o que contraria entendimento jurisprudencial. Por outro lado, em outro momento, deixa o tema um tanto vago (art. 806, par. 1º), nada dispondo se a revisão do valor pode ser realizada em caráter retroativo. Indaga-se: Como decidir? O valor das astreintes poderia ser reduzido ex tunc? E, para os casos de fixação desta multa, não seria melhor simplesmente o magistrado fixar multa de incidência única, em valor mais substancial, para que a mesma realmente possa funcionar como fator coercitivo? 
R: Segundo a doutrina, o tema não é pacífico. De um lado, há quem defenda que o valor poderá ser reduzido, mas a eficácia desta decisão será ex nunc pois o valor acumulado já integra o patrimônio do credor da prestação. Por outro lado, há quem entenda que esta decisão tem caráter retroativo, pois o magistrado percebeu que este mecanismo executivo estava sendo ineficiente para atingir os seus fins, tendo sido completamente desvirtuado e transformado em fonte de enriquecimento indevido. Logo, o juiz faria a retroatividade até o momento processual em que percebeu este desvio. É o entendimento que costuma ser adotado na prática, muito embora seja muito simples resolver esta questão mediante adoção de outro procedimento pelo juiz. Todavia, levando em consideração que a finalidade da multa visa pressionar o devedor ao cumprimento da prestação, a sua eficácia imediata é manifestamente adequada. 
Seguindo entendimento já consolidado em nosso sistema processual o valor fixado na multa ou a sua periodicidade poderão ser alterados de ofício pelo juiz ou a requerimento da parte credora quando esta se mostrar insuficiente ou excessiva, ou ainda nos casos em que ocorrer o cumprimento parcial e proveitoso da obrigação ou justa causa para o seu descumprimento.
O julgador poderá também vislumbrar a presença de outros motivos suficientes para justificar a modificação dos parâmetros fixados na multa, sempre levando em consideração a orientação jurisprudencial do STJ no sentido de evitar a proliferação da chamada indústria das astreintes. 
A quantia resultante da aplicação da multa cominada ao devedor reverterá em favor da outra parte.
2a Questão. Considerando o CPC, indique a alternativa que represente o mecanismo de resposta que deve ser empregado pelo executado para apresentação das suas teses defensivas:
R: a) Impugnação.

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