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O Guarani

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O GUARANI
ANA CLARA BARBOSA
GABRIEL ZAFALON RIVALTA
LETÍCIA SILVA
LORENA FERNANDA
MILLENY NOAL SANTOS
	
	José de Alencar nasceu em 1 de maio de 1829, em Mecejana, Ceará. Nasceu na época do Primeiro Reinado, que foi quando Dom Pedro I governou o Brasil como imperador. E também vivenciou o período regencial e o segundo reinado que foi uma fase de grande progresso cultural para o Brasil.	 
	José de Alencar foi fruto do romance entre um padre e sua prima. Então seu pai abandonou o cargo de sacerdote e virou senador, contudo tiveram que se mudar para o Rio de janeiro, onde Jose de Alencar viveu e morreu.	 
	
	A obra “O Guarani” foi publicada em  1857 e ela se passa no Rio de Janeiro, que é o mesmo local em que o autor viveu. A sua intenção era mostrar a realidade brasileira de sua época, exibindo as belezas do Brasil, e a fase indianista que valorizava o índio de forma a transformá-lo em um verdadeiro herói nacional.	  
								
 
BIBLIOGRAFIA
		  
	Na obra O guarani o índio é inserido no cotidiano do Homem branco e Jose de Alencar retrata seus romances, com mitos, lendas festas religiosas, usos e costumes observados pessoalmente por ele, com o intuito de cada vez mais abrasileirar seus textos.	 
	Em 1877 José de Alencar faleceu aos 48 anos, no Rio de janeiro, sendo vítima de tuberculose e deixou seis filhos, inclusive Mario de Alencar que seguiria a carreira de letras do pai. 	
								
 
BIBLIOGRAFIA
		  
																										Peri e Cecília		
“– Vede vós, meu pai, respondeu Cecília enxugando as lágrimas que lhe soltava dos olhos; conversava quinta-feira com Isabel, que tem grande medo de onças, e brincando disse-lhe que desejava ver uma viva!...													
– E Peri a foi buscar para satisfazer o teu desejo, replicou o fidalgo rindo. Não há que admirar. Outras tem ele feito.”																							
		
D. Diogo	
“Chegava a um pequeno regato, quando um cãozinho felpudo saiu do mato, e logo depois uma índia que deu dois passos e caiu ferida por uma bala.								
Peri voltou-se para ver donde partia o tiro, e reconheceu D. Diogo de Mariz que se aproximava lentamente acompanhado por dois aventureiros.									
O moço ia atirar a um pássaro, e a índia que passava nesse momento, recebera a carga da espingarda e caíra morta.”												
								
 
ENREDO/PERSONAGENS
		  
																																						Loredano		
“Um dos aventureiros deixava a casa; Loredano solicitou o seu lagar e obteve-o; o seu plano estava traçado. Qual era, já sabemos pelas cenas passadas; o italiano contava tornar-se senhor da banda, apoderar-se de Cecília, ir às minas encantadas, carregar tanta prata quanta pudesse levar, dirigir-se à Bahia, assaltar uma nau espanhola, toma-la de abordagem, e fazer-se de vela para Europa.
Aí armava navios de corso, voltava ao Brasil, explorava o seu tesouro, tirava dele riquezas imensas e... E o mundo abria-se diante de seus olhos, cheio de esperança, de futuro e felicidade.”
																							
		
					Álvaro e Isabel					“– Antes de nos separarmos, eu vos suplico, deixa-me uma lembrança vossa!... Mas uma lembrança que fique dentro de minha alma!												
								
 
ENREDO/PERSONAGENS
																																																																		E a menina caiu de joelhos aos pés de Álvaro, ocultando seu rosto que o pudor revoltado em luta com a paixão cobria de um brilhante carmim.								
	Álvaro ergueu-a confusa e vergonhosa do que tinha feito, e chegando seus lábios ao ouvido proferia, ou antes, murmurou a frase.									
	O semblante de Isabel expandiu-se; uma auréola de ventura cingiu a sua fonte; seu peito dilatou-se e respirou com a embriaguez do coração feliz.							
	– Eu te amo!											
	Era a frase que Álvaro deixara cair na sua alma, e que a enchia toda como um eflúvio celeste, como um canto divino que ressoava nos seus ouvidos e fazia palpitar todas as suas fibras.”
				D. ANTONIO DE MARIZ					“A habitação que descrevemos, pertencia a D. Antônio de Mariz, fidalgo português de cota d’armas e um dos fundadores da cidade do Rio de Janeiro. Era dos cavalheiros que mais se haviam distinguido nas guerras da conquista, contra a invasão dos franceses e os ataques dos selvagens.”										
	  
																																						
								
 
ENREDO/PERSONAGENS
	Cronológico: Em 1604, durante o período em que Portugal perde a independência política e forma a União Ibérica com a Espanha. Trecho abaixo:					“No ano da graça de 1604, o lugar que acabamos de descrever estava deserto e inculto; a cidade do Rio de Janeiro tinha-se fundado havia menos de meio século, e a civilização não tivera tempo de penetrar o interior.“																																				Psicológico: Flashbacks na história mostrando como Peri salvou Ceci. Trecho: “A árvore tremia; por momentos parecia que pedra e homem se enrolavam numa mesma volta e precipitavam sobre a menina sentada na aba da colina... E tempo de continuar essa narração interrompida pela necessidade de contar alguns fatos anteriores.”													
								
 
TEMPO
												Espaço geográfico: O espaço é o planalto fluminense, a Serra dos Órgãos, às margens do rio Paquequer, afluente do rio Paraíba. A ação principia e termina tendo o cenário o Paquequer.													“De um dos cabeços da Serra dos Órgãos desliza um fio de água que se dirige para o norte... É o Paquequer, saltando de cascata em cascata.”																			Espaço social: D. Antonio de Mariz e sua família representando os europeus, vivendo num casarão às margens do Paquequer, que lembra os castelos medievais e os índios vivendo na floresta. Esse é o meio de cada “classe” da época e interfere muito na história:		 	“Entretanto, via-se à margem direita do rio uma casa larga e espaçosa, construída sobre uma eminência e protegida de todos os lados por uma muralha de rocha cortada a pique.		“Flores agrestes das nossas matas, pequenas árvores copadas, um estendal de relvas, um fio de água, fingindo um rio e formando uma pequena cascata.”																								
								
 
ESPAÇO
	"O Guarani" apresenta foco narrativo em terceira pessoa, sendo o narrador onisciente intruso. Ou seja, o narrador não só possui acesso aos pensamentos e sentimentos das personagens, como também expõe ao longo da narrativa comentários sobre as atitudes das personagens. Essa parcialidade e falta de distanciamento do narrador serve para induzir o leitor a acreditar na tese indianista de exaltação à natureza e eleição do índio como herói nacional, além do tom nacionalista											
.
	. “Dom Antônio não era supersticioso; mas não pudera eximir-se de um receio vago quando soube da morte que Dom Diogo tinha feito involuntariamente e por falta de prudência; fora este motivo por que se tinha mostrado tão severo com seu filho.” 
	“Levado pela curiosidade natural em uma existência sempre igual e monótona, o fidalgo desceu o rio;...”	
FOCO NARRATIVO
José de Alencar buscou, através de seus escritos, ressaltar uma linguagem mais nacional. Foi muito criticado pela atitude, mas a inovação ajudou a estabelecer um estilo literário com características brasileiras.							
	As corporações de sabor poético, que marcam bem a linguagem sobretudo a de Peri, são frequentes, linguagem do índio é poética, metafórica, melódica e cheia de comparações e é coerente, pois se sabe que o homem primitivo falava através
de metáforas e comparações:											
				
	 “-Peri, só defendera sua senhora: não precisa de ninguém. É forte, tem como a andorinha as asas de suas flechas, como a cascável o veneno das setas, como o tigre a força de seu braço(...)”							
	O gosto pela descrição é outro aspecto que marca bem o estilo de Alencar. Não é fidelidade ao fato narrado, trata-se antes de vôos da imaginação: são sempre quadros fantasiosos e superficiais, como segue o exemplo no próximo slide: 	
	
	 “Os lábios vermelhos e úmidos pareciam uma flor da gardênia
dos nossos campos, orvalhada pelo sereno da noite.”												
	Procura estilizar, a linguagem e perpassada de um tom lusitano, a começar pelo tratamento cerimonioso: tu e íntimo: vós, inteiramente desusado entre nós, praticamente todos os personagens são portugueses, mas até o brasileiro Peri faz uso dessa linguagem. 																
										
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ESTILO
		
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 	No texto encontramos algumas figuras de linguagem, que ao serem utilizadas dão qualidade e embelezamento ao texto. José de Alencar, usa diversas delas, principalmente nas falas de Peri, encontramos: 											 		Antítese: “Peri, guerreiro livre, tu és meu escravo.” P. 96.					Comparação: “... precipita-se de um só arremesso, como o tigre sobre a presa.” P. 15.	Metonímia: “Aos pés daquela a quem ama.” P. 159. 						Paralelismo: “Peri ouviu e não respondeu, nem a voz a sua mãe, nem o canto dos guerreiros, nem o amor das mulheres.” P. 96. 								Metáfora: “Tinha a cor do céu nos olhos; a cor do sol nos cabelos, estava vestida de
nuvens...”													Personificação: 	“O cajueiro quando perde sua folha, parece morto. Não tem flor nem sombra, chora umas lágrimas doces como o mel de seus frutos.” P. 36.	
 
FIGURAS DE LINGUAGEM	
		  
	 Algumas verossimilhanças encontradas em "O Guarani":  					Maneira como é retratado o índio.	 							
	 Diz que ele é repleto de bondade, valentia e pureza.			  
Trecho ( Conversa entre Alvaro e Cecília):	 
" - A coisa de quatro léguas daqui encontramos Peri.	  
-Inda bem! disse Cecília; há dois dias que não sabemos noticias dele. 
-Mas o modo por que o encontramos é que não vos parecerá tão simples.  
-O que fazia então?	  
-Brincava com uma onça como vós com o vosso veadinho, D. Cecília." 
	
								
 
VEROSSIMILHANÇA
	
				(D. Antônio de Mariz):	  
"  - É para mim uma das coisas mais admiráveis que tenho visto nesta terra, o caráter desse índio. Desde o primeiro dia que aqui entrou, salvando minha filha, a sua vida tem sido um só ato de abnegação e heroísmo.“							
 O confronto de raças e culturas	 
Trecho (Cecília e Isabel):	 
"-Prima, -disse a moça com um ligeiro tom de repreensão- tratas muito injustamente esse pobre índio que não te fez mal algum. 							
-Ora, Cecília, como queres que se trate um selvagem que tem a pele escura e o sangue vermelho? Tua mãe não diz que um índio é um animal como um cavalo ou um cão?" 	
  
 
	
								
 
VEROSSIMILHANÇA
A obra é um dos maiores representantes da primeira fase do modernismo brasileiro, conhecida como fase indianista. 	
Nessa fase procurava valorizar o índio de forma a transformá-lo em um verdadeiro herói nacional. 
José de Alencar tinha a intenção de criar obras que mostrassem a realidade brasileira de sua época.
Alencar contou através de sua obra, o tema da miscigenação entre o índio e o branco.
								
 
MOVIMENTO LITERÁRIO
1. (FUVEST) Assim, o amor se transformava tão completamente nessas organizações*, que apresentava três sentimentos bem distintos: um era uma loucura, o outro uma paixão, o último religião												....... desejava; ....... amava; ........	adorava
Neste excerto de O Guarani, o narrador caracteriza diferentes tipos de amor que três personagens masculinas sentem por Ceci. Mantida a sequência, os trechos pontilhados serão preenchidos corretamente com os nomes de:									a) Álvaro / Peri / D. Diogo									b) Loredano / Álvaro / Peri									c) Loredano / Peri / D. Diogo								d) Álvaro / D. Diogo / Peri									e) Loredano / D. Diogo / Peri
CONCLUSÃO
2. (FEI-SP) Em O Guarani, o autor procura valorizar as origens do povo brasileiro e transformar certos personagens em heróis, com traços do caráter do “bom selvagem”: pureza, valentia e brio. Essa tendência é típica do:	
	
a) Romance urbano
b) Romance regionalista
c) Romance indianista
d) Poemas épicos
e) Poemas históricos
CONCLUSÃO
3. (FUVEST) Ao final da narrativa, Ceci decide permanecer na selva com Peri: "— Peri não pode viver junto de sua irmã na cidade dos brancos, sua irmã fica com ele no deserto, no meio da floresta." A decisão de Ceci traduz:
(A) a supremacia da cultura indígena sobre a branca europeia.
(B) a capacidade de renúncia da mulher que, por amor, submete-se a intensos sacrifícios.
(C) a impossibilidade de Peri habitar a cidade, entre os civilizados.
(D) o entrelaçamento da civilização branca europeia e da cultura natural indígena.
(E) o reconhecimento de que o ambiente natural é o espaço perfeito para a realização amorosa.
CONCLUSÃO

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