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PRÁTICA SIMULADA I MODELO INICIAL (1)

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA VARA CÍVEL DA COMARCA DE _______ (UF).
	_______, brasileira, casada, (profissão), portadora da Carteira de identdade nº, CPF nº, residente na rua............................................, CEP. nº.......... , email: ...........................,, por seu advogado abaixo-assinado com endereço na Rua .................................., CEP. nº , vem, respeitosamente à presença de V. Exa., propor a presente
AÇÃO DE ANULAÇÃO DE NEGÓCIO JURÍDICO
face brasileira, casada, (profissão), portadora da Carteira de identdade nº...., CPF nº, residente na rua............................................, CEP. nº.......... , email: ..........................., conforme o art. 319, do Código de Processo Civil, pelos motivos e fatos que passar a expor:
DA GRATUIDADE DE JUSTIÇA:
	A gratuidade de justiça traduz-se em direito fundamental do cidadão brasileiro hipossuficiente para o devido acesso à ordem jurídica justa, e em especial, no caso concreto, por que o autor está DESEMPREGADO e no campo trabalhista a "idade" predomina e sabemos que a realidade brasileira é marcada pela exclusão social. Até a presente data não obteve êxito em seus pleitos e neste final de ano o mercado de trabalho está fechado. 
	O requerimento da gratuidade de justiça se embasa tão-somente na simples afirmação de pobreza (artigo 4º da Lei 1.060/1950), e entende o autor que não seriam necessárias provas para tal condição de hipossuficiência mediante documentos ou outras provas anexas à inicial, mas, o autor fez questão de inserí-las para informar ao respeitável juízo a "verdade". 
	A gratuidade de justiça é constitucional e assim, com base no art. 4º da lei 1060/1950, o autor DECLAROU sob as penas da lei sua hipossuficiência.
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes: LXXIV - o Estado prestará assistência jurídica integral e gratuita aos que comprovarem insuficiência de recursos;
DECISÃO DO TRIBUNAL:
DIREITO PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO DE INSTRUMENTO. GRATUIDADE DE JUSTIÇA. DEFERIMENTO. DECLARAÇÃO DE HIPOSSUFICIÊNCIA APRESENTADA PELA PARTE. AUSÊNCIA DE PROVA EM SENTIDO CONTRÁRIO. 1. A simples declaração apresentada pela parte no sentido de que não possui condições de arcar com as custas e despesas processuais sem prejuízo de seu sustento ou de sua família é suficiente para a concessão da gratuidade de justiça. 2. Apenas quando constar dos autos prova contrária à afirmativa de hipossuficiência é cabível o indeferimento do pedido de justiça gratuita. 3.Agravo de Instrumento conhecido e provido. 
“Pois bem. Em linha de princípio, não se vislumbra nos autos quaisquer indícios de falsidade nas informações constantes da declaração de hipossuficiência firmada pelo agravante, nem nas alegações de que esteja desempregado, de modo que não se pode deduzir, indene de dúvida, que ele possa arcar com as custas processuais sem o comprometimento de sua subsistência. Por outro lado, importa anotar que, para a não concessão de assistência judiciária cabe à parte contrária a prova de que a afirmação de pobreza não é verdadeira. Ante o exposto, CONCEDO a antecipação da tutela recursal, para que o feito em trâmite no Juízo a quo prossiga sem que o agravante recolha as custas iniciais, até o julgamento colegiado do presente recurso. 
 “Para a concessão do benefício da assistência judiciária, basta afirmação nos autos de que a parte não dispõe de capacidade financeira para arcar com as despesas decorrentes do processo, sem prejuízo do sustento próprio ou de família. Contudo a declaração de pobreza admite prova em contrário, cabendo à parte que impugnar o benefício. Apelações conhecidas e não providas.
	O autor junta à inicial sua RESCISÃO TRABALHISTA, que demonstra a verdade dos auxílios doenças, da impossibilidade de continuar a trabalhar no período, e deseja apenas formalizar a ...................................... Além disso, junta o recebimento do auxílio desemprego que começou a receber no dia 12 de dezembro do corrente ano por estar desempregado, conforme comprova os documentos anexos.
	Em anexo tem uma decisão completa do Tribunal do Paraná que determina a gratuidade de justiça com a DECLARAÇÃO DE HIPOSSUFICIÊNCIA na qual o declarante assume integralmente o que escreve:
	Outrossim, vem juntar a DELARAÇÃO DE HIPOSSUFICIÊNCIA do autor, com base no Art. 4º da Lei 1060/1950, que diz: A parte gozará dos benefícios da assistência judiciária, mediante simples afirmação, na própria petição inicial, de que não está em condições de pagar as custas do processo e os honorários de advogado, sem prejuízo próprio ou de sua família. (Redação dada pela Lei nº 7.510, de 1986).
DOS FATOS:
1. Em data de __ de ___ de 200_, a autora, a pedido e com o auxílio de seu companheiro, o requerido _______, firmou, às pressas, no balcão do tabelionato, uma procuração para o réu _______ "_______", conferindo a este poderes para negociar a venda do automóvel _______ que lhe pertencia, cuja descrição do bem encontra-se no certificado de registro de veículo anexado na ação cautelar.
2. Ocorre que, após a celebração desse negócio, os problemas de ordem afetiva que a requerente enfrentava com seu companheiro intensificaram-se e acabaram ocasionando a ruptura da união estável de oito anos que vinham mantendo. Daí então, a requerente começou a receber ameaças, foi impedida de ingressar na sua casa, sendo que o requerido, _______, valendo-se da procuração que tinha em mãos, providenciou a venda do veículo para a requerida _______, conforme cópia da procuração anexada nos autos e consoante apontam os fatos já descritos na cautelar.
3. Efetuada a venda, a autora, além de sofrer um verdadeiro calvário com a separação, acabou, em virtude de erro substancial, perdendo o único bem que possuía, sem sequer saber o paradeiro do veículo objeto da discussão, razão que a levou ingressar com a medida cautelar de sustação de registro e busca e apreensão do bem, quando conseguiu impedir a transferência do automóvel em decorrência da liminar obtida.
4. Logo após esta providência, a requerente descobriu que os endereços constantes na procuração que assinou e no documento de transferência de veículo eram inexistentes, ou seja, o "_______" na Avenida _______ não existe, pois ali encontra-se apenas uma casa onde não reside o requerido _______, e a casa __ do Km __ da BR __ também não existe, eis que ali se encontra uma casa sem número, que inclusive localiza-se no município de São Marcos, e não em _______, como falsamente descrito no documento. Tudo isso vem descrito e comprovado nas fotografias acostadas nos autos da ação cautelar.
5. Por todas estas razões acima especificadas, vem a autora requerer a anulação do negócio jurídico ante a constatação da existência do vício erro substancial.
DO DIREITO
	É sabido que o vício de consentimento é causa de anulabilidade de qualquer negócio jurídico. Entre os vícios de consentimento, destacam-se o erro e o dolo. Ambos impedem que a vontade real de uma pessoa seja externada, tornando-a prejudicada no que tange ao negócio jurídico que se prestaria a validar. Sendo assim, o direito assiste à pessoa que, em determinada situação, teve sua vontade viciada, dando-lhe condições de em momento posterior provocar a anulação do ato.
	Importante observar a lição de Orlando Gomes quanto aos requisitos para que seja um negócio jurídico considerado perfeito:
"O negócio jurídico somente é perfeito quando a vontade é declarada de maneira lícita, livre e consciente, isto é, de acordo com a lei, sem pressões físicas e morais e com correta percepção da realidade." (Gomes, Orlando. Introdução ao Direito Civil, 18ª ed., Forense, Rio de Janeiro, 2001, p. 414).
	Ora, a correta percepção da realidade somente é possível se não houver erro ou dolo no que toca à manifestação da vontade da autora.
	Conformeensina Caio Mário: "Quando o agente, por desconhecimento ou falso conhecimento das circunstâncias, age de um modo que não seria a sua vontade, se conhecesse a verdadeira situação, diz-se que procede com erro." (Caio Mário, p. 326)
O atual Código Civil assim dispõe acerca do erro:art. 138. São anuláveis os negócios jurídicos, quando as declarações de vontade emanarem de erro substancial que poderia ser percebido por pessoa de diligência normal, em face das circunstâncias do negócio.
Art. 139. O erro é substancial quando: (...) II – concerne à identidade ou à qualidade essencial da pessoa a quem se refira a declaração de vontade, desde que tenha influído nesta de modo relevante; (...)
	Considerando o que dispõe a lei e a doutrina, verifica-se que há a necessidade de que o erro seja substancial.
	No caso em comento, trata-se de erro essencial da autora no que concerne à identidade do requerido _______.
	Ocorre que, no momento em que foi conduzida por seu companheiro, Leo, até o cartório para assinar o instrumento de mandato, inclusive, no exato momento em que assinou o documento que daria poderes para que _______ vender o seu carro, o fez sem saber quem exatamente era o outorgado, confiou no que dizia seu companheiro.
	Saliente-se que, ao assinar o documento, observou que na qualificação do outorgado apenas constava o nome de "_______", sem qualquer outra inscrição. Devido a isso, questionou seu companheiro para saber à quem realmente estava dando procuração, eis que não entendia como uma pessoa poderia ter como sobrenome "Alencar".
	Naquele momento, o seu companheiro lhe mandou assinar, afirmando que se tratava de uma pessoa que ele conhecia. A autora, confiando em seu companheiro, assinou.
	É claro que foi caso de erro essencial, pois se a autora tivesse a exata representação da realidade, não teria emitido sua declaração de vontade.
	Diz a doutrina, ainda, que o erro deve ser escusável, ou seja, que a falsa representação possa recair sobre qualquer pessoa de normal diligência. Ora, dada a circunstância, por estar junto ao seu companheiro, quis a autora acreditar na boa-fé do mesmo e por isso assinou tal documento.
Houve erro por parte da autora, mas indubitavelemente provocado em decorrência do dolo manifestado por parte de seu companheiro Leo.
O dolo, conforme Orlando Gomes, "consiste em manobras ou maquinações feitas com o propósito de obter uma declaração de vontade que não seria emitida se o declarante não fosse enganado. É a provocação intencional de um erro." Ainda: "nos negócios unilaterais, o dolo há de provir necessariamente de outrem que não o agente."(p. 421)
	Para que se caracterize o dolo, dois elementos devem ser conjugados: o elemento objetivo que corresponde ao comportamento ilícito de quem quer enganar e o elemento subjetivo que é a intenção de enganar, animus decipiendi.
Assim dispõe o Código Civil:
Art. 145. São os negócios jurídicos anuláveis por dolo, quando este for a sua causa.
Art. 148. Pode também ser anulado o negócio jurídico por dolo de terceiro, se a parte a quem aproveite dele tivesse ou devesse ter conhecimento; (...)
	Evidente que o requerido Leo agiu dolosamente, pois ao fazer com que a autora assinasse às pressas um documento outorgando poderes à uma pessoa que sequer conhecia, por todos os fatos relatados, apresenta-se óbvia a intenção do mesmo em prejudicar a suplicante.
DA MEDIAÇÃO
A autora OPTA pela MEDIAÇÃO com base no art. 319, VII, do Código de Processo Civil.(ou não opta)
DIANTE DO EXPOSTO, REQUER:
1) Se optar pela mediação:que seja designada dia e hora, para a MEDIAÇÃO – SE NÃO OPTAR NÃO TEM NADA QUE PEDIR
2) a citação do réu,no endereço _______, sito à Rua _______, n.º __, apto. __, nesta cidade, ou onde possam ser encontrados, a fim de responderem aos termos da presente, sob as penas do artigo 319, do Código de Processo Civil;
3) seja a presente ação julgada procedente, a fim de que seja anulado o negócio jurídico de compra e venda celebrado entre as partes, ante a caracterização do erro substancial verificado no instrumento de procuração assinado pela autora; com a consequente condenação dos réus em perdas e danos, juros, correção monetária;
4) sejam os demandados condenados ao pagamento das custas processuais e honorários advocatícios dos procuradores da autora;
	Requer provar o alegado por todos os meios de prova em direito admitidas, tais como a prova testemunhal, pericial, documental, com aqueles já acostados e os que se fizerem necessários, para demonstrar o direito ora invocado nesta petição, bem como o depoimento pessoal dos requeridos.
	Dá-se à presente o valor de: R$ _______,00
	Nestes termos
	Pede deferimento.
	_______, __ de ___ de 20__.
	Advogado
	OAB nº _____

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