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Estudo Dirigido Fundamentos de Filosofia para provas

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CENTRO UNIVERSITÁRIO INTERNACIONAL - UNINTER
CURSO BACHARELADO EM SERVIÇO SOCIAL – EaD
Estudo Dirigido para as Provas 
Disciplina: Fundamentos de Filosofia. 
 Ao longo das aulas deste Módulo C, Fase I, em Fundamentos de Filosofia, vimos o conceito, formas e outros aspectos relacionados a utilidade da Filosofia, conceito de Filosofia, num sentido geral, e o que dizem os principais pensadores! 
Este roteiro de estudos dirigido, apresenta as principais ideias trabalhadas nas aulas, mas isto não significa que este deve seu ser o único material a ser estudado para as provas, também é preciso assistir às vídeo-aulas e ler o material para impressão completo. 
Então, vamos lá!?
 Filosofia significa “amor à sabedoria”, a busca pelo conhecimento. 
O sentido foi pela primeira vez utilizado por Pitágoras que viveu no século VI a.C. Segundo Pitágoras, três tipos de pessoas costumavam frequentar os jogos olímpicos da antiguidade: 
Os competidores: Seus objetivos eram disputar as provas e sagrarem-se campeões. Isso porque, quem saía vencedor, era recebido como herói pelos seus concidadãos. 
Os comerciantes Aqueles que iam para comerciar ou fechar acordos comerciais. O objetivo desses, nos jogos olímpicos, não era com as competições, mas, como outros comerciantes e o público em geral, potenciais compradores de suas mercadorias.
O público Aqueles que iam para incentivar e apoiar os competidores. Também fazia parte desse terceiro grupo, os juízes: aqueles que iam julgar os competidores e determinar quem era vencedor. 
Ao longo da História da Filosofia, vários pensadores definiram a Filosofia, a partir de como os mesmos desenvolviam seu pensamento filosófico. 
Para Sócrates, a função da Filosofia é descobrir a verdade, por meio de um método chamado maiêutica, combinada com a ironia. O método consistia no seguinte: diante de alguém que afirmasse categoricamente a verdade de algo, Sócrates fingia ignorar tal verdade (momento da ironia) e passava questionar seu interlocutor. Iniciava-se assim o segundo momento (maiêutica), por meio da qual, num encadeamento lógico de perguntas, acabava por colocar seu oponente em situação de admitir que suas “verdades” eram frágeis. 
Platão (século V/IV a.C.) partilhava das ideias de seu mestre. No Livro X, de A República, onde narra o Mito de Er, Platão atribui dois sentidos complementares à Filosofia: o primeiro é de servir de antídoto a toda forma de mímesis. Para Platão, as artes miméticas impediriam as pessoas de chegarem até a verdade, que são conceitos puros que se encontram no Mundo das Ideias.
Aristóteles - (séc. III a.C.). Sua concepção está expressa na obra Metafísica. Para o estagirita, filosofar é algo próprio dos seres humanos, pois aspiramos ao conhecimento. Essa aspiração nasce do espanto, que em grego se diz tó thaumázein. Esse espanto, no entanto, não é o mesmo de medo, pavor, mas de admiração: de querer saber aquilo que não se sabe. Movido por esse espanto original, o ser humano começa a investigar, a querer saber o porquê de cada uma das coisas.
Século XIX – Karl Marx No texto Teses sobre Feuerbach (filósofo alemão e seu contemporâneo), escrito em 1845, Marx afirma: “Os filósofos têm apenas interpretado o mundo de maneiras diferentes; a questão, porém, é transformá-lo”. Porém, a crítica de Marx é a um determinado tipo de Filosofia que se resume a investigar o mundo das ideias e não se compromete com a transformação do real. Marx dedicou grande parte de sua vida a entender e fazer entender como o sistema capitalista funcionava. Porém, não se contentava em apenas explicar seu funcionamento, mas, lutava por sua transformação.
No século XX, tomemos como referência quatro pensadores: Merleau Ponty, Adorno, Heller e Dussel. 
MerleauPonty - De certa forma, retoma o sentido original do tó thaumázein, que é espantar-se com aquilo que vê todo dia como se fosse algo completamente novo, original. É estranhar-se em relação à vida cotidiana. Suspeitar daquilo que se tornou corriqueiro. 
Adorno, afirma que “Quem pensa, opõe resistência”. Assim, pensar é uma forma de opor resistência a toda e qualquer forma de alienação, de ideologia, de enganação. Quem pensa, reage. Quem não pensa, aceita as coisas como se fossem inevitáveis. 
Agnes Heller nos diz que, com a Filosofia, devemos aprender a pensar, viver e agir. Destaca ela três dimensões de nossa existência: Dimensão epistemológica: aprender a pensar Dimensão ética: aprender a viver Dimensão política: aprender a agir . 
Enrique Dussel, filósofo argentino radicado no México, não chega a elaborar um conceito de Filosofia. Porém, ele elabora um sistema filosófico - Filosofia da Libertação. Entende que a Filosofia deve cumprir um papel de libertação dos excluídos do centro.
Origem da Filosofia
 Há o consenso entre os historiadores da Filosofia de que sua origem é grega, pelo menos em seu pensar racional, sistemático e de conjunto. Porém, o pensar filosófico não é exclusividade grega. Assim, o mais coerente e lógico é entendermos que a Filosofia é um tipo de conhecimento, até certo onto, criado pelos gregos, mas com a colaboração e participação – ainda que não reconhecida – de muitos outros povos e culturas.
Tipos de conhecimento 
Senso comum - Nós chamamos o nível de conhecimento mais básico do ser humano de senso comum. Como afirmam os gregos: é o nível da doxa; do “eu acho”. Trata-se de um conhecimento que é produzido por meio das experiências e vivências do cotidiano e que vai se acumulando de geração a geração, até se cristalizarem como saberes transmitidos quase sempre pelos mais velhos. 
Conhecimento teológico A sabedoria popular também é produtora de crenças que ultrapassam as religiões institucionalizadas. Um mesmo fiel pode frequentar diferentes manifestações religiosas, num sincretismo religioso no qual ele não vê contradição nenhuma. 
Saber científico - Já o saber científico, nosso terceiro nível de conhecimento, tem que atender dois pré-requisitos:
 Delimitar e caracterizar o assunto de que vai tratar. 
 Ter um método próprio de investigação. 
As verdades científicas não estão baseadas nem na crença, nem em argumento de autoridade, como é característico dos conhecimentos produzidos pelo senso comum e pelo teológico. Para a ciência, ao se afirmar alguma coisa, é preciso apresentar provas que sustentem tal afirmação. 
Saber filosófico - é um discurso racional e lógico, que defende uma tese a partir de argumentos sistemática e logicamente organizados, que devem ser coerentes. O conhecimento filosófico trabalha com conceitos. A partir de determinados conceitos procuramos explicar o que são as coisas. 
A filosofia é uma palavra de origem que grega composta de duas outras (filo = amor + sofia = sabedoria) significando, portanto, amor à sabedoria. Nesse sentido, o filósofo é aquele que ama a busca pelo saber. Quando Pitágoras comenta sobre aqueles que frequentavam os jogos olímpicos da antiguidade, apenas um tipo específico ele identifica com o filósofo. 
De acordo com os conhecimentos adquiridos durante as aulas e suas leituras, trata-se dos comerciantes, pois, estes objetivavam sempre obter lucro em suas transações comerciais, assim como o filósofo, que busca a sabedoria como forma de sempre sair ganhando. 
A relação entre mito e Filosofia tem capítulos bastante distintos. No seu nascimento, a Filosofia nega as narrativas míticas, buscando a sua superação; ainda que Platão, por exemplo, por vezes, faça uso de narrativas míticas. Mais recentemente, a Filosofia, como o auxílio da Psicologia, tem tratado os mitos como um mecanismo de compreensão de diversos elementos da realidade; seja pessoal, seja coletivamente. A principal diferença entre a narrativa mítica e o discurso filosófico é: Enquanto as narrativas míticas pressupõem uma certa dose de crença e têm sua validade certificada pela autoridade de quem conta, a verdade da Filosofia está garantida pela argumentação lógica e coerente. A filosofia grega nasce como um rompimento com a consciência mítica. Enquanto essa estavabaseada no argumento de autoridade de quem a contava (os poetas-rapsodo) e na combinação de elementos de fantasia e realidade, a filosofia busca uma explicação racional dos mesmos fatos, a partir da argumentação.
No que tange à área do conhecimento, duas perspectivas dividirão os filósofos, sendo elas: os empiristas e os idealistas. Diante desta perspectiva as ideias inatas, defendidas pelos pensadores ligados à concepção ideal, compreendem as ideias como ponto de partida do conhecimento e não a experiência, tendo em vista de que a experiência é considerada falha e enganadora.
No que diz respeito à compreensão de mundo de Platão, e com base em seus estudos, é correto afirmar que o mundo das ideias é alcançado pelo raciocínio e intuição intelectual. 
Desde as origens da filosofia o problema do conhecimento sempre ocupou a maioria dos filósofos. O tema já era tratado pelos pensadores pré-socráticos, os quais, dada a maneira como abordavam o assunto, se dividiam entre racionalistas e empiristas. O racionalismo e o empirismo representam visões opostas na maneira de explicar como o homem adquire conhecimentos” (Empirismo e Racionalismo. Ricardo Ernesto Rose. Aristóteles, discípulo de Platão e seu continuador, sistematizará o racionalismo inatista lançando as bases lógico-formais do racionalismo inatista. 
O que é conhecer? Poder-se-ia dizer que o conhecimento são as informações que assimilamos sobre determinado objeto ou fato; mas o conhecimento em si é também um processo, pois para que possamos conhecer precisamos investigar aquilo que se faz objeto. 
O ceticismo filosófico afirma a impossibilidade de conhecermos a verdade. Dogmatismo, em sentido filosófico, é diferente daquele que entendemos em nosso cotidiano, do senso comum. Nesse sentido, dogmático é todo sujeito que se agarra a uma verdade e não admite questioná-la. Já em sentido filosófico, significa dizer que podemos conhecer a verdade das coisas. O dogmatismo ingênuo é aquele que acredita plenamente nas possibilidades da razão conhecer tudo. Já o dogmatismo crítico acredita que isso somente é possível por meio de uma atitude da razão que seja orientada por um método científico. Já o ceticismo duvida da nossa capacidade de conhecermos as coisas, tendo em Pirro, um de seus maiores representantes. 
O trabalho é um conceito central de entendimento do mundo. Sob esse viés de análise e considerando seus estudos em aula, observe as questões abaixo. No sentido ontológico, trabalho é uma ação humana, intencional e sobre a natureza ou realidade, dispendendo energia física e intelectual, para extrair bens materiais e imateriais. 
O trabalho advém da natureza humana, de sua ação e intencionalidade. Sendo assim, por meio do trabalho o homem é capaz de transformar a natureza. Vale lembrar que, quanto à origem da palavra trabalho, esta encontra-se associada à ideia de sofrimento humano, pois é originada da palavra tripallium- instrumento de tortura da época do Império Romano, onde os escravos eram torturados. 
Sobre a ideologia, vimos que , em seu conceito “negativo”, é compreendido como instrumento de dominação de uma classe sobre outra, no espectro de uma sociedade de classes. Numa sociedade de classes e dividida deste modo, a ideologia possui um papel de manutenção de coesão social, evitando conflitos e questionamentos. 
Marx analisa o processo de alienação para além da perspectiva teórica; ele a associa à perspectiva prática. 
A alienação ocorre em dois momentos: o da objetivação e o da alienação.
Para Marx, o processo de alienação do indivíduo dá-se, no processo de produção das mercadorias, quando o mesmo vende sua força de trabalho ao capitalista.
O conceito de trabalho, para além da concepção ontológica, possui outras interpretações. Um dos sentidos atribuídos ao trabalho é o do trabalho abstrato. Observe a figura abaixo. 
No capitalismo, é por meio da exploração do trabalho de um terceiro, que se extrai, subtrai a riqueza de quem o produziu, transferindo-a ao dono do capital.
De acordo com o conteúdo estudado, o trabalho abstrato se faz de forma bastante presente no sistema capitalista. A exploração deste trabalho por parte de um terceiro, sendo que, a riqueza produzida é (re)direcionada ao dono do capital.
O positivismo é o movimento de pensamento que dominou parte da cultura europeia em suas expressões não só filosóficas, mas também políticas, pedagógicas e literárias (é este o período do verismo e do naturalismo) desde cerca de 1840 até os inícios da primeira guerra mundial. Os traços de fundo do ambiente sociocultural que o positivismo interpreta, exalta e favorece são: uma substancial estabilidade política, o processo de industrialização e desenvolvimentos por vezes portentosos da ciência e da tecnologia” (REALE, Giovanni. História da Filosofia. Vol. V. São Paulo: Paulus, 2005, p. 287). 
O Terceiro Estado – Positivo – é uma superação dos anteriores – Teológico e Metafísico. Nele, a ciência terá um papel supremo, na medida em que a mesma será a responsável pela explicação das leis da natureza.
O Positivismo é uma corrente filosófica e sociológica que vê na ciência o auge do progresso humano. Nesse sentido, defende que a ciência deve determinar o existir humano, pois que é perfeita e infalível. Afirma que a humanidade passou por três estágios: teológico, metafísico e positivo, sendo este último superior aos demais. Da mesma forma, acredita que uma sociedade, para progredir, precisa de ordem, que será dada pela ciência. No campo das ciências humanas, o Positivismo defende que se possa adotar as mesmas regras do método científico das ciências físicas, químicas e biológicas nas ciências humanas. Esse cientificismo levou a concepções como a frenologia, que afirma que é possível determinar nossa índole a partir das características morfológicas. 
Ao idealismo da primeira metade do século XIX se segue o positivismo, que ocupa, mais ou menos, a segunda metade do mesmo século, espalhado em todo o mundo civilizado. O positivismo representa uma reação contra o apriorismo, o formalismo, o idealismo, exigindo maior respeito para a experiência e os dados positivos. Entretanto, o positivismo fica no mesmo âmbito imanentista do idealismo e do pensamento moderno em geral, defendendo, mais ou menos, o absoluto do fenômeno. ‘O fato é divino’, dizia Ardigò. A diferença fundamental entre idealismo e positivismo é a seguinte: o primeiro procura uma interpretação, uma unificação da experiência mediante a razão; o segundo, ao contrário, quer limitar-se à experiência imediata, pura, sensível, como já fizera o empirismo. Para o Positivismo, a Filosofia, a partir da influência as ciências empíricas, poderá tornar-se em transformadora do mundo. 
O Positivismo é uma corrente filosófica racionalista empirista. Isso porque defende a supremacia da experiência como fonte de conhecimento. Afirma que existem três ordens de conhecimento: o teológico, metafísico e positivo ou científico. Esse último, aliás, é superior aos demais. Em sentido moral, tanto o hedonismo como o utilitarismo são incentivados, como também defende a organização científica da sociedade como forma de garantir que a mesma evolua, a partir da ordem que a mesma ciência deverá estabelecer. Percebe-se assim uma relação estreita do positivismo com a teoria evolucionista, ainda que deturpando o próprio evolucionismo, colocando-o a serviço de um projeto civilizatório.
O filósofo alemão Friedrich Hegel inaugura uma nova fase da filosofia, ao trazer elementos como cultura e história. Resgatando a ideia de movimento, de luta dos contrários desenvolvida por Heráclito, Hegel aprofunda o conceito de dialética, ainda que parta de uma concepção idealista. Para Hegel, são as ideias, o espírito absoluto que conduz a história humana. Já os teóricos discípulos de Hegel dividir-se-ão em dois: esquerda e direita hegeliana. Do primeiro grupo farão parte Marx e Engels, segundo os quais, o mestre havia interpretado o mundo de ponta cabeças, isto é, invertido, sendo necessário interpretar a realidadehistórica não a partir das suas ideias, mas, das suas condições políticas, econômicas.
Nas Teses contra Feuerbach, Marx afirma que a Filosofia já havia cumprido seu papel de interpretação da realidade e de sua respectiva transformação. Ainda que discípulo de Hegel, Marx irá desenvolver um pensamento oposto ao do mestre. Enquanto Hegel é idealista, Marx é materialista. Isto é, seu ponto de partido não são as ideias, mas, as condições materiais, a própria realidade. Ou seja, não são as ideias que transformam, movem os indivíduos, mas, estes que, agindo sobre a realidade, modificam-se a si mesmos e as suas ideias. Mantém do mestre, no entanto, a dialética como perspectiva de compreensão da realidade. Aliás, sobre o processo de interpretação da realidade, nas teses contra Feuerbach, Marx afirma que é hora da teoria começar a transformar o mu
Discípulo de Platão, Aristóteles irá fundar um pensamento completamente diferente do mestre. Primeiramente negará a necessidade de se criar dois mundos para explicar a mudança e a permanência no mundo. Em segundo lugar, Aristóteles fará uma sistematização do pensamento filosófico até então produzido. Para explicar o movimento, concebe os conceitos de ato e de potência. De acordo com aulas caracteriza o ato e a condição do Ser quando o mesmo atualiza uma potência. Potência é toda possibilidade que o Ser tem de ser alguma coisa em ato. Para explicar movimento e permanência, Aristóteles cria os conceitos de ato e potência. Segundo ele, todo ser está em ato ou em potência. Da mesma forma, o ser somente poderá se tornar aquilo que já está previsto em sua potência. Ato é a condição do ser que já atualizou sua potência e essa é tudo aquilo que um ser pode ou não vir a ser, dependendo das condições do mesmo. Assim, há uma certa relação de dependência entre um e outro
O existencialismo ou filosofia da existência é a vasta corrente filosófica contemporânea que se afirma na Europa logo depois da Primeira Guerra Mundial, impõe-se no período entre as duas guerras e se desenvolve ainda mais e se expande até tornar-se moda principalmente nas duas décadas posteriores à Segunda Guerra Mundial. Assim, se consideramos o tempo de seu nascimento e de seu crescimento, é fácil perceber que o existencialismo expressa e leva à conscientização a situação histórica de uma Europa dilacerada física e moralmente por duas guerras; de uma humanidade europeia que, entre as duas guerras, experimenta em muitas de suas populações a perda da liberdade, com regimes totalitários”. 
Quando ainda no século XIX, Soren Kierkegaard afirma que o ser humano é um ser singular, ele lança as bases do existencialismo. Ainda que suas bases tenham sido lançadas já no século XIX, o existencialismo ganhará importância ao longo do século XX, principalmente pelos acontecimentos históricos que marcaram esse século, coo, por exemplo, a Segunda Grande Guerra e o holocausto cometido contra os judeus. Segundo essa corrente filosófica, a existência precede a essência, que é determinada por aquela. Assim, não existe um Deus que me concebe; o que não significa que, com isso, tudo seja permitido em sentido moral. Mas que, ao agir, devo pensar que minha ação não interfere apenas na minha existência, mas, na de todos os seres que vivem comigo nesse momento. Da mesma forma, meu agir não imune às determinações históricas às quais estou submetido. Os principais nomes do existencialismo são Sartre e Simone de Beauvoir. Segunda essa, aliás, não nascemos nem homem, nem mulher, mas, nos definimos conforme vamos existindo.
Sobre o nascimento da filosofia. Atribui-se o nascimento da filosofia na Grécia Antiga aos seguintes acontecimentos históricos: invenção da escrita alfabética e da moeda, desenvolvimento urbano, comercial e marítimo, nascimento da política, invenção do calendário, criação da democracia como forma de governo em substituição às aristocracias e tiranias. Tais acontecimentos vão provocando a ruptura com a mentalidade mítica e desafiando os gregos antigos a buscarem explicações para as coisas, que não as baseadas na mitologia.
Sobre a ilusão ou a certeza da invisibilidade: Por meio da narrativa do Anel de Giges, exposta no Livro II de A República, Platão contesta nossa firmeza moral, ao afirmar que nossa predisposição para cometer atos ilícitos é maior do que imaginamos. Da mesma forma, que vemos muito mais vantagens em cometer injustiças, do que justiças. Em tempos de redes sociais virtuais, imaginamos que somos invisíveis e cometemos impropérios absurdos contra pessoas inclusive que não conhecemos, como também os realizamos em espaços públicos, quando estamos num grupo que, de certa forma, nos garante uma certa certeza de invisibilidade.
Em nossos estudos, vimos que Tales de Mileto considerava como causa final de todas as coisas: O elemento que ele considerava como causa final de todas as coisas era a água. Isso porque, segundo ele, todas as coisas, quando morrem, murcham. Da mesma forma, uma planta, aparentemente sem vida, ao ser molhada, revive. Da mesma forma, por condensação e rarefação, surgem não somente a terra, como também o ar e o fogo. 
Sobre os seres virtuosos em Aristóteles. O sujeito virtuoso não é aquele que age corretamente uma única vez, mas aquele que age dessa forma constantemente. Pois, somente a repetição de uma determinada ação nos leva à perfeição, isto é, à excelência.
Sobre a filosofia Ubuntu: Segundo a Filosofia Ubuntu, uma pessoa é uma pessoa, juntamente com outras pessoas. Nesse sentido, minha existência não tem sentido algum quando sou isolado, mas, na presença de outros seres iguais a mim. Da mesma forma pensa Buber, para quem o Eu só adquire sentido na presença de um Tu. Porém, quando substituo o Tu por um Isso, não somente transformo o Outro (Tu) em coisa, mas, também, transformo-me num Isso (coisa). Assim, ao proferir a palavra Eu-Tu afirmo não somente a dignidade do Outro, como também, a minha dignidade.
Sobre os pensadores latino americanos: Segundo Enrique Dussel, os pensadaores latino-americanos, ao apenas replicarem o pensamento dos filósofos indo-europeus, não realizaram uma filosofia original, autêntica, mas, inautêntica. Mesmo aqueles que eram críticos ou comentadores de filósofos que eram críticos da mentalidade europeia, aindas assim não realizaram uma filosofia legitimamente autêntica. Para Dussel, uma filosofia autêntica deveria pensar os problemas dos países e povos que estão fora do centro, a partir de categorias oriundas da periferia da geopolítica global.
Como afirma Kant: “o ponto de partida da filosofia não pode ser a realidade (seja interna, seja externa), e sim o estudo da própria faculdade de conhecer ou o estudo da razão”. Isto é, antes de buscarmos responder o que é a realidade, precisamos investigar sobre o que é conhecer, o que é pensar, o que é a verdade. Ao invés de colocarmos a realidade e o objeto do conhecimento no centro, fazendo o conhecimento se regular pelos mesmos, devemos fazer os objetos se regularem pelo nosso conhecimento. Como afirma Kant, “demonstremos, também de maneira universal e necessária, que os objetos se adaptam ao conhecimento, e não o conhecimento aos objetos
Sobre o dogmatismo ingênuo e o dogmatismo crítico: O dogmatismo ingênuo é a corrente filosófica que confia plenamente na possibilidade de que podemos conhecer as coisas como realmente são. Acredita que o mundo é tal e qual o percebemos. Já o dogmatismo crítico acredita que podemos conhecer a verdade, desde que conjuguemos nosso esforço com os nossos sentidos e nossa inteligência. E isso é possível mediante o uso de um método adequado, que seja racional e científico.
 Razões pela qual o conhecimento nos é impossibilitado, segundo Pirro: Segundo Pirro afirma que a impossibilidade de conhecermos as coisas está nas nossas duas fontes de conhecimento, que são também, de erro: dos sentidos – nossos órgãos dos sentidos são falhos, indignos de confiança e nos induzem ao erro; e da razão – como nossas opiniões.
Sobre a ideologia em marx: Para Marx, a ideologiaé um conjunto de ideias utilizado pela burguesia como forma de manter as classes trabalhadoras submetidas, dependentes. Já para Gramsci, ideologia é visão de mundo de uma determinada pessoa ou grupo social que orienta suas ações, individuais e/ou coletivas.
Sobre o conceito de alienação em alienação em marx: Diferentemente de Feuerbach e de Hegel, Marx analisará a alienação não somente como um processo teórico, mas, e principalmente, prático. Primeiramente, ele começa afirmando que a alienação ocorre em dois momentos: o da objetivação – quando o ser humano se exterioriza e se objetiva nos objetos e coisas que cria; e a alienação propriamente dita – quando o ser humano, deixando de identificar que as coisas que faz são de sua autoria, transfere a elas suas potencialidades. Tais criações não lhe pertencem mais, mas, pertence àqueles que pagaram pelo ser serviço. Para Marx, o processo de alienação do indivíduo dá-se, no processo de produção das mercadorias, quando o mesmo vende sua força de trabalho ao capitalista. 
Sobre a teoria dos três estados em Comte: 
Estado teológico – como o ser humano não consegue explicar os acontecimentos e fenômenos da natureza de maneira racional, busca no sobrenatural a explicação para os mesmos, atribuindo a divindades a causa de todos os acontecimentos;
Estado metafísico – rompendo com o estado teológico, surge o metafisico que atribui a forças abstratas a causa, ou as causas dos acontecimentos. Assim, enquanto no estado teológico, a queda de qualquer coisa é atribuída à vontade de alguma divindade, para Aristóteles, por exemplo, a queda de um corpo qualquer está relacionada ao peso do mesmo, cujo qual faz parte de sua essência. Isto é, por fazer parte da essência desse corpo ser pesado, é por causa dessa sua natureza que o mesmo tende a cair e não flutuar.
Estado positivo – como decorrência do desenvolvimento científico moderno, que se caracteriza pela compreensão racional do funcionamento da natureza, os estados teológico e metafísico são superados. Enquanto no primeiro, fica-se na dependência de uma divindade e, no segundo, na subjetividade de conceitos abstratos formulados pelos sujeitos, nesse terceiro estado, alcançam-se as leis universais e necessárias que explicam os acontecimentos.
Sobre a passagem do sistema econômico predominante na Europa Medieval – o feudalismo – para o capitalismo, a partir dos fundamentos marxistas: Segundo Marx, são as condições materiais, indivíduos reais e suas ações que determinam os acontecimentos históricos. Assim, a passagem do feudalismo para o capitalismo, primeiramente é um processo longo. No entanto, começa a partir de alguns acontecimentos: Cruzadas, que num primeiro momento eram expedições militares religiosas e, depois, transformam-se em expedições comerciais; renascimento comercial e urbano que faz surgir uma classe de pequenos comerciantes e que futuramente irão constituir a burguesia; essa classe social enriquecida, começará a reivindicar participação nas decisões políticas e o fim de privilégios das monarquias, da nobreza e do clero. Ao mesmo tempo, uma menor participação do Estado nas atividades econômicas. Por fim, essa classe social, a burguesia, entenderá o potencial das ciências no aperfeiçoamento das máquinas e na geração de mais riqueza, ao aumentar a capacidade produtiva de suas instalações.
Foucault e a expressão “docilização dos corpos”. Segundo Michel Foucault, a partir da Revolução Industrial, é criado todo um processo de tratar o corpo humano como uma máquina de produzir. Para essa ideia concorrem os esforços tanto dos exércitos, que transformam os corpos dos soldados em máquinas de guerra, como também as escola que, com seus métodos e processos, vão moldando os corpos das crianças para que, quando adultos, estejam plenamente adaptados à sociedade em que vivem, bem como aos processos produtivos. Assim, os corpos vão sendo tornados dóceis, obedientes, adaptados.
o que significa a expressão “a existência precede a essência”? Segundo o filósofo francês Jean-Paul Sartre, primeiro existimos e depois nos definimos. Não existe primeiro uma essência, pré-concebida por um ser superior e que, ao longo da nossa vida, vamos cumprindo-a. Mas, ao contrário. Nossa essência vai se definindo a partir do momento que vivemos. Da mesma forma, nesse processo de existir, não somos responsáveis apenas por nossa existência, mas, também, pela existência de todos os seres com os quais convivemos, como também com os que virão depois de nós. Esse existir também acontece a partir das nossas determinações históricas e sociais. 
Sobre o problema da liberdade para Sartre: Segundo Sartre, a diferença entre o ser humano e os demais seres é que, somente o ser humano é livre, porque, antes de ser, é nada e, enquanto nada, pode ser tudo aquilo que quiser ser, tudo aquilo que projetar ser e somente aquilo que projetar ser. Por outro lado, as demais coisas que existem, primeiramente foram definidas e, depois, passaram a existir. Sartre, inclusive, chega a ilustrar essa discussão da relação entre essência e existência, com a história do cortador de papel. Segundo ele, o sujeito que inventou o cortador de papel, imaginou, antes de sua existência, como o mesmo seria. Já definiu, inclusive, para que serviria. Isto é, já determinou sua existência previamente, definindo sua essência. Não é o caso dos seres humanos que, primeiro precisam existir para, somente depois, definirem-se.
Sobre a presença da filosofia no Brasil durante o Período Colonial: Essa tese de Cruz Costa não é despropositada. Desde que o pensamento filosófico desembarcou por essas terras, juntamente com os aventureiros portugueses nas caravelas comandadas por Cabral, esse foi, por muito tempo, um privilégio de uma minoria que podia dar-se o direito de, no tempo livre, dedicar-se às especulações filosóficas. Assim, nosso objetivo nessa unidade, é compreender um pouco desse pensamento e de que maneira o mesmo serviu como fundamento ontológico de um processo de dominação política e econômica.
Sobre as teses hipóteses que buscam explicar porque no Brasil, a filosofia não floresceu como na Europa ou tenha sido uma mera repetição, sem muita originalidade, do que se pensara na metrópole: Três são, basicamente, as teses que buscam explicar porque no Brasil, a filosofia não floresceu como na Europa ou tenha sido uma mera repetição, sem muita originalidade, do que se pensara na metrópole. A primeira delas parte de nossa herança lusitana, segundo a qual, também nossos colonizadores não eram afeitos às investigações filosóficas. Segundo Jorge Jaime, historiador da filosofia no Brasil, “Talvez se possa encontrar, assim, na herança portuguesa, a causa da ausência de um filósofo no Brasil”. Como decorrência dessa mentalidade, podemos concluir a segunda tese: a de que haveria um desinteresse do grande público pelas especulações filosóficas. Essa ideia encontra coro naqueles que consideravam o brasileiro como um povo malemolente, não afeito às atividades do espírito. Tobias Barreto, por exemplo, um de nossos pensadores chega a afirmar que “O Brasil não tem cabeça filosófica”. Pois, segundo ele, “Não há domínio algum da atividade intelectual em que o espírito brasileiro se mostre tão acanhado, tão frívolo e infecundo como no domínio filosófico”. A terceira tese busca sua explicação no ensino de filosofia no Brasil. Segundo Leonel Franca, outro importante historiador da filosofia no Brasil, “O estudo e o ensino de filosofia têm sido, entre nós, descurados e tratados quase sempre com supremo descaso. (...) É falta de estudos metódicos e profundos, feitos sob a direção de mestres abalizados, que atribuímos principalmente a inferioridade da cultura filosófica, no Brasil”. Disso decorre, segundo ele, que “Refletimos, mais ou menos passivamente, ideias alheias; naveguemos lentamente e a reboque nas grandes esteiras abertas por outros navegantes; reproduzimos, na arena filosófica, lutas estranhas e nelas combatemos com armas emprestadas”. Cruz Costa, nessa mesma linha de raciocínio afirmamais categoricamente: “O brasileiro é um homem (...) que tem medo da originalidade e que prefere sempre um defeito que nos confunda com toda a gente a uma virtude que nos distinga do resto do mundo”. Contemporâneo de Cruz Costa, o dramaturgo Nelson Rodrigues cunho o conceito complexo de vira-lata. Segundo ele, “Por ‘complexo de vira-lata’ entendo eu a inferioridade em que o brasileiro se coloca, voluntariamente, em face do resto do mundo. O brasileiro é um narciso às avessas, que cospe na própria imagem. Eis a verdade: não encontramos pretextos pessoais ou históricos para a autoestima”.
Os acontecimentos históricos provocaram essas mudanças no monopólio marxista na América Latina: No final da década de 1950, o XX Congresso do Partido Comunista da União Soviética e a Revolução Cubana provocarão um terremoto políticos no marxismo global. As denúncias das violências e culto à personalidade praticada por Stalin provocarão uma onda de revisionismos e/ou reformismos tanto dos intelectuais, quanto dos partidos políticos comunistas. Esses últimos, aliás, deixarão de ser os legítimos e únicos guardiões do pensamento marxista, abrindo espaço para a produção teórica de intelectuais da academia e autodidatas fora dos cânones ortodoxos marxistas. Nesse período, foi também decisiva a mudança de rota de parte importante da Igreja Católica na América Latina. A partir do pontificado de João XXIII e do Concílio Vaticano II, bem como do Conselho Episcopal Latino-Americano (CELAM), parte considerável da hierarquia episcopal rompe com a defesa do status quo e passa a assumir bandeiras e lutas tradicionalmente dos movimentos de esquerda. Teólogos como Comblin, Gutiérrez, Hugo Assmann, Leonardo e Clodovis Boff, Dussel, dentre outros, criam a Teologia da Libertação a partir dos cristãos que se engajam tanto nos partidos políticos, como nos movimentos sociais e sindicais de esquerda, tais como a JUC, a Ação Popular, a Frente Sandinista, as CEBs, as Ligas de Camponeses, dentre outros. 
Pessoal, tudo o que foi visto nesse Estudo Dirigido é o resumo do que foi passado a vocês ao longo de seis aulas, Mas, não se limite apenas a esse estudo dirigido, complete o aprendizado com a revisão das aulas, pois, com certeza o professor esclarece ainda mais, através de exemplos práticos cada ponto aqui mencionado. 
Bons Estudos e Boa Prova!!!

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