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TEORIA DA AÇÃO COMUNICATIVA DE HABERMAS 1

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MARCEL GONÇALVES R.A 8012569
TEORIA DA AÇÃO COMUNICATIVA DE HABERMAS 
O trabalho intelectual é tomado como um fim em si mesmo, adequado a restritas aspirações profissionalizantes, desvinculados das causas, sentidos e compromissos que poderiam orientá-lo. Esta constatação quebra a ilusão de que o trabalho em educação seria “mais humano”. A atividade educacional, nas condições em que corriqueiramente ocorre, é pura alienação.
O professor por ser o articulador em sala de aula corre-se o risco de se atribuir ao nele toda a responsabilidade do fracasso escolar, não se percebendo que o que acontece na sala é reflexo - não mecânico, todavia – do leque de determinações a que a escola está sujeita. Ou seja, falta aí, quem consiga perceber essas distorções, por conta de uma visão reducionista da razão imposta pela racionalidade instrumental da maioria dos elementos que se poderia contar para eliminação dessas patologias.
 A vinculação da emancipação da humanidade à razão¹ instrumental, expressa pela utilização da categoria trabalho como recurso para a realização de tal projeto, não tem sido confirmada no desenrolar da história. A categoria trabalho e todas as outras categorias a ela inerentes têm-se mostrado insuficientes para fundamentar um projeto de libertação.
Em sua obra Teoria da Ação Comunicativa (1992), Habermas revela sua preocupação em desenvolver uma teoria de racionalidade. Ele também busca reabilitar a ideias de que existe um sentido universalista de razão que se aplica à dimensão moral-prática e que pode levar a superar as limitações impostas pela visão reducionista da racionalidade instrumental, restabelecendo o seu poder emancipador.
Ele assume a tarefa de explicitar as regras inerentes à linguagem que tornam os sujeitos universalmente competentes para interagirem comunicativamente e, assim, chegarem a um entendimento racional.
 O conhecimento humano constitui-se pela ação linguístico comunicativa, a linguagem passa a assumir a função central no processo de constituição do conhecimento e da própria realidade vital, como práxis interativas.
Habermas transcende o conceito de razão que se baseia na relação sujeito-objeto, defendendo a relação entre sujeitos: a razão comunicativa.
O modelo da relação sujeito-objeto só permite pensar o aspecto cognitivo e instrumental do processo comunicativo. Ora, todo ato comunicativo inclui dois outros aspectos: o normativo e o estético-expressivo. Com efeito, no momento em que se comunica com outro sujeito, pela mediação da linguagem, visando ao entendimento mútuo, cada locutor invoca pretensões de validade com relação a três tipos de proposições: as que se referem ao mundo objetivos das coisas (trabalho), ao mundo social das coisas (sociedade) e ao mundo subjetivo das vivências e emoções (personalidade). Ou seja, Habermas diferencia três áreas cognitivas primárias nas quais o interesse humano gera conhecimento. Estas áreas determinam categorias relevantes para o que nós interpretamos como conhecimentos. Quer dizer, eles são denominados conhecimentos constitutivos, que determinam o modo de descobrir o conhecimento. Estas áreas definem os interesses cognitivos ou os domínios de conhecimento, que são fundamentados em aspectos diferenciados da existência social: trabalho, interação e poder.
Habermas (1989) desafia educadores e educandos a repensarem e mudarem sua visão sobre o poder e o papel da educação e do próprio conhecimento. O autor acredita que todo o produto de uma produção deve ser concebido como um saber que lhe dá sustentação. As legitimidades devem provir da aprovação pública, pela participação livre e indiscriminada de todos os concernidos.
 Para a educação atual, o desafio é a crítica radical à linguagem e à comunicação, é nelas que o potencial de emancipação ainda se mantém intacto, a educação poderá reassumir seu papel crítico, libertador. Para isso a educação precisa rearticular seu vínculo com a racionalidade comunicativa e com o mundo da vida,
 A educação, mesmo não se desvinculando totalmente do mundo da vida transforma-se, em instância determinada por critérios sistêmicos, e nela confluem a do mundo da vida e a do sistema. 
Para Habermas (1982), a luta da educação deve ser contra o processo de inculcação ideológica da indústria cultural, é preciso que a cultura originária do mundo da vida de cada indivíduo torne-se referência primeira no contexto escolar.
Espera-se, que o cidadão forme sua competência pela instrumentação obtida numa educação de qualidade. Isto é, construção de conhecimento. Transformando-se em agente central da qualidade e da competitividade.
A escola deve ser um espaço em que prevaleçam ações estabelecidas comunicativamente; a legitimidade do agir pedagógico sedimenta-se no agir comunicativo a ação pedagógica deve ser desburocratizada, os currículos devem ser minimamente regulamentados; a interferência sistêmica deve ser reduzida. A escola deve primar pela preocupação com a democratização de suas estruturas de decisão e evitar que as interferências sistêmicas neutralizem o papel dos cidadãos de decidirem, com autonomia, a condução do seu processo de formação. 
REFERÊNCIAS
CARDOSO, Ézio João. Teoria da Ação Comunicativa: uma possibilidade para a
práxis pedagógica? Dissertação de Mestrado em Educação – Presidente
Prudente-SP: [s.n.], 2005. 211P.:il
HABERMAS, Jurgen. Conhecimento e Interesse. Trad. José N. Heck, Rio de
Janeiro:Zahar, 1982.
HABERMAS, Jurgen. Pensamento pós-Metafísico. Trad. Flávio B. Siebeneichler.
Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 1990.
HABERMAS, Jurgen. Técnica e Ciência como Ideologia. Porto:Edições 70, 1994.
HABERMAS, Jurgen. A Crise de Legitimação no Capitalismo Tardio. Trad.
PLANO DE AULA DE FILOSOFIA 
Esta aula tem como público alvo alunos do Ensino Médio que não têm muito conhecimento com TEMA- Cidadania e Participação
HABILIDADES:
• Ler textos filosóficos de modo significativo;
• Ampliar gradativamente o alcance da leitura filosófica;
• Participar ativamente das atividades políticas de sua comunidade e país;
• Compreender claramente quais são os direitos e deveres do cidadão.
Possibilitar aos alunos um contato direto com um texto filosófico. 
OBJETIVOS ESPECÍFICOS- 
Entender a política como instrumento de intervenção social.
1- Compreender a definição do termo Política.
2- Compreender a ideias de participação .
CRONOGRAMA :
Tempo estimado 4 aulas 
METODOLOGIA 
Começar com uma aula teórica, onde será explicitado o surgimento do termo Processos Cidadania e Participação e em seguida dois textos de apoio relacionados com o assunto.
Cidadania
Na sociedade moderna, nascida das transformações que culminaram na Revolução Francesa, o indivíduo é visto como homem (pessoa privada) e como cidadão (pessoa pública). O termo cidadão designava originalmente o habitante da cidade. Com a consolidação da sociedade burguesa, passa a indicar a ação política e a participação do sujeito na vida da sociedade.
Cidadão é o indivíduo que possuem direitos e deveres para com a coletividade da qual participa — existem interesses comuns que o cidadão precisa respeitar e defender por meio da atuação na vida pública. A desigualdade social não permite a efetivação das liberdades constitutivas da sociedade civil, entre elas a liberdade política de participação nos assuntos públicos, que não se realiza para todos os membros da sociedade. Nesse sentido, a República brasileira, em mais de um século de existência, ainda não conseguiu realizar uma política democrática. Os princípios básicos das democracias modernas, como o direito de todos os indivíduos à liberdade de pensamento, associação, credo, locomoção, manifestação da opinião por intermédio da imprensa e da propaganda, são garantidos por lei. Tais princípios, são a base necessária para a participarão do cidadão na sociedade capitalista. Porém, o acesso a esses mecanismos é restrito.
Questionar o caráter excludente de nosso modelo económico e, ao mesmo tempo, efetivar e aprimorar a democracia. Necessitamos de uma política democrática queviabilize mudanças econômicas para resolver os nossos graves problemas sociais, reconhecer e defender os direitos de todos os cidadãos e garantir o pluralismo e os direitos das minorias.
É preciso criar espaços de manifestação na sociedade civil, onde os interesses comuns possam ser defendidos e os indivíduos possam tomar consciência do papel que desempenham na sociedade.
Cidadania: reflexo da participação política
Nos últimos tempos, usamos com frequência o termo cidadania em qualquer discurso ou diálogo trivial, pois consiste, este vocábulo, devido ao seu significado abrangente, a designação que tende a ser oportuna e adequada em inúmeras situações.
Todos experimentamos o exercício da cidadania ou o seu desrespeito na vida e, assim, acabamos perfeitamente aptos para apontar a existência ou a falta da mesma sem dificuldades. Esta realidade permite alcançar o conteúdo que aquele termo designa a partir de um cem número de direitos que o integram. Tais direitos, seguindo a moral de vida de uma sociedade e de seus interesses, vão sendo estendidos e ampliados, favorecendo, por conseguinte, a identificação do significado e conteúdo da cidadania em uma quase infinita variedade de situações.
Cidadania, palavra derivada de cidade, estudada por Aristóteles, é melhor compreendida se pensarmos a cidade como o Estado. Desse modo entendida cidadania, é possível dizer que, todo cidadão, que integra a sociedade pluralista do Estado democrático, é senhor do exercício da cidadania, a qual, em síntese, é vocábulo que expressa um extenso conjunto de direitos e de deveres. Estas ideias, de exercício de um vasto conjunto de direitos e de deveres, consiste o conceito amplo de cidadania, cujo conteúdo, superior ao conceito estrito de cidadania, o qual é percebido unicamente como o exercício do direito e dever políticos de votar e de ser votado, só adquire pleno significado, no mundo contemporâneo, num Estado democrático de direito. E, normalmente, na atualidade, quando fazemos referência à cidadania, estamos falando de seu sentido ampliado.
Como se disse há pouco, perceber o pleno alcance do conceito amplo de cidadania, hoje, exige, necessariamente, o ambiente de vida e de convívio entre os homens típico e próprio de um Estado democrático de direito. Em sua acepção ampla, cidadania constitui o fundamento da primordial finalidade daquele Estado, que é possibilitar aos indivíduos habitantes de um país o seu pleno desenvolvimento através do alcance de uma igual dignidade social e econômica.
O ambiente de vida social do Estado democrático, cujos pilares de sustentação encontram-se na admissão, na garantia e na efetividade dos direitos fundamentais da pessoa humana, em uma sociedade solidária, é tornado real através da observação de vários postulados que lhe são essenciais. São pressupostos do Estado democrático: 1) a valorização e atualidade da dignidade do homem e o reconhecimento da importância de dispensar a todos tratamento fraternal, igualitário e não discriminativo; 2) a confiança nos talentos e possibilidades latentes dos homens; 3) a segurança e o crédito nos valores institucionalizados pelas massas, como fundamentos para o progresso do bem comum e o alcance da justiça; 4) a aceitação da legitimidade das decisões tomadas por meio de processos racionais e participativos de deliberação, com o consenso da maioria, que constitui o reflexo, o resultado de debates livres entre todos; 5) o respeito aos grupos minoritários; 6) e, a compreensão de que todo o interesse geral é a síntese dos diversos interesses e ideias dos indivíduos e dos grupos, diferentes centros de poder, que integram a sociedade pluralista.
Diante disso, percebe-se que, o conceito amplo de cidadania, está conectado e conjugado, porque encontra aí seus princípios básicos estruturantes, aos conceitos de democracia e de igualdade.
O princípio de igualdade disciplina todas as atividades públicas e tem aplicação direta nas relações privadas, que ocorrem entre os particulares, impondo, para torná-lo real, a proibição de discriminações e a eliminação das desigualdades fáticas nos planos social e econômico, proporcionando a todos os cidadãos igual condição de vida e mesma posição perante o Estado democrático.
E, também para a realização da cidadania, o princípio democrático torna indispensável a participação popular nas tomadas de decisão.
A cidadania, no Estado democrático de direito, efetivada, oferece aos cidadãos, como iguais condições de existência, o gozo atual de direitos e a obrigação do cumprimento de deveres, que, resumidamente, podem ser assim apresentados: exercício de direitos fundamentais e participação; e, os deveres de colaboração e solidariedade.
Sabendo-se que todo cidadão tem sua existência acompanhada do exercício de direitos fundamentais e do direito de participação.
Sobre a participação, cumpre asseverar que este direito significa a capacidade de ser consultado para as tomadas de decisão que dizem respeito à direção da sociedade em que vive o cidadão e que, dentre os direitos de participação política, tais como a igualdade de sufrágio, o direito de voto e de elegibilidade, e o direito de petição, ainda importa recordar outro que também a integra, é o direito de iniciativa popular.
A iniciativa popular de leis, que cabe aos cidadãos (o 2o parágrafo do artigo 61 da Constituição da República brasileira), o referendo e o plebiscito, correspondem a alternativas de participação política (o referendo e o plebiscito devem ser determinados, para que se verifiquem, pelo Congresso Nacional). O exercício de todos os direitos inerentes ao Estado democrático e do direito de participação, é acompanhado do respeito aos deveres de contribuir para o progresso social e de acatar e respeitar o resultado final obtido em cada consulta coletiva.
A respeito dos direitos fundamentais, os quais representam, na verdade, situações reconhecidas juridicamente sem as quais o homem é incapaz de alcançar sua própria realização e desenvolvimento plenamente, consistindo o resultado da luta dos homens por um direito ideal, justo e humano, que foram e vão sendo aperfeiçoados e estendidos ao longo do tempo, resta dizer que os mesmos estabelecem faculdades da pessoa humana que permitem sua breve classificação do seguinte modo: 1) os direitos de liberdade, como por exemplo, a liberdade de consciência, de propriedade, de manifestação do pensamento, de associação, etc.; 2) os direitos de participação política, tais como a igualdade de sufrágio, o direito de voto e de elegibilidade, o direito de petição, e os direitos de participação política; 3) os direitos sociais, que abrangem os direitos de natureza econômica, como por exemplo, o direito ao trabalho, de assistência à saúde, à educação. 4) os direitos chamados de quarta geração, por exemplo, o direito à preservação do meio ambiente e à qualidade de vida.
Recursos- Textos, Cartazes ,Recortes, Datashow
Avaliação 
Processual e contínua através das atividades desenvolvidas em sala de aula.
Referências bibliográficas: 
MARTINEZ, Paulo. Direitos de Cidadania: um lugar ao sol. São Paulo: Scipione, 1996. Da coleção PRIMEIROS PASSOS, da Editora Brasiliense (São Paulo)
• O que é cidadania - Maria de Lourdes Manzini Covre
• O que e democracia - Denis L Rosenfield
• O que são partidos políticos – Francisco Weffort
• O que é participação política – Dalmo de Abreu Dallari

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