AULA 2 SLIDE 1 Ciência Política a ciência do poder 05Ago17

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06/08/2017
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Ciência Política: 
a ciência do poder
Objeto e Método da Ciência Política
Estado e Política: visões sociológica e jurídica
Ciência Política
Profa. Ms. Rita Andrade
2017.2
ESTÁCIO – FAL NATAL
Curso de Direito
“O que você pode imaginar 
depende daquilo que você sabe.”
Daniel Clement Dennett III 
(1942) 
é um filósofo, escritor e 
cientista americano.
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Disciplinas de FORMAÇÃO – para além dos conteúdos temáticos estudados desenvolve 
habilidades de reflexão, analise e julgamento.
Relativismo Cultural
Ciência Política: compõe as Ciências 
Sociais
Ciência Política: a ciência do poder
FORÇA
(coação, coerção)
� Física
� Econômica
� Psicológica
� Religiosa / Crenças
POLÍTICA
Forma de Poder
� Tomada de 
decisãoPODER
ESTADO
� Sistema de Justiça
� Poder de Polícia
� Adm. Financeira
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Ciência Política: a ciência do poder
(RES) PÚBLICA
(para todos)
DEMOCRACIA
(dar Voz)
CIÊNCIA 
POLÍTICA
Ciência 
do 
ESTADO
(não só) 
ESTADO 
DE 
DIREITO
� Ideais Políticos
� Fenômenos Políticos
� Atividade Política
� Comportamento Político
Ciência Política e Teoria Geral do Estado
� Finalidade
� “Preparar o profissional do Direito para ser mais do 
que um manipulador de um processo técnico, 
formalista e limitado a fins imediatos.” (DALARI, 1998, p. 13)
� Conhecer bem as instituições, em particular o 
Estado, e os problemas da sociedade 
contemporânea;
� As instituições – como está organizada e qual papel exercemos 
nela;
� As formas e métodos que podem tornar os problemas sociais 
conhecidos e como buscar as respectivas soluções – conforme 
a realidade social de cada tempo;
� Os aspectos que vão além dos conteúdos jurídicos e que 
influenciam na própria elaboração do Direito.
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Ciência Política e Teoria Geral do Estado
� Disciplina de síntese –
conhecimentos: 
� filosóficos, sociológicos, 
políticos, históricos, 
antropológicos, econômicos, 
psicológicos e jurídicos.
� ESTADO como um FATO 
SOCIAL
� O ESTADO: formas e espaço -
ORDEM que procura atingir
determinados FINS com
EFICÁCIA e JUSTIÇA.
Ciência Política e Teoria Geral do Estado
� Seus conteúdos - resultado de uma evolução 
histórica.
� Antiguidade greco-romana – PLATÃO, ARISTÓTELES, 
CÍCERO.
� Não havia separação nítica entre a realidade observada e a 
realidade idealizada.
� Idade Média – SANTO 
AGOSTINHO e SÃO TOMÁS 
DE AQUINO
� Justificação da ordem existente 
a partir da TEOLOGIA.
� 1324 – MARCÍLIO DE PÁDUA –
preconiza a separação entre 
Estado e Igreja.
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Ciência Política e Teoria Geral do Estado
� Seus conteúdos - resultado de uma evolução histórica.
� Cria a possibilidade de uma 
ciência da Política.
� Século XVI – MAQUIAVEL –
dotado de grande cultura 
humanista, sistematiza sua 
observação sobre a organização 
e atuação do Estado e sobre o 
exercício do PODER.
� Investiga e revela os verdadeiros 
fundamentos do poder.
Ciência Política e Teoria Geral do Estado
� Séculos XVII e XVIII – HOBBES, LOCKE, 
MONTESQUIEU E ROUSSEAU.
� Ideia do DIREITO NATURAL e seus 
fundamentos, organização social e o poder 
políticos como inerentes à NATUREZA 
HUMANA.
� Seus conteúdos - resultado de uma evolução histórica
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Ciência Política e Teoria Geral do Estado
� Seus conteúdos - resultado de uma evolução 
histórica.
� Século XIX – Escola Alemã – GERBER, JELLINEK
� A Teoria Geral do Estado (TGE) como disciplina autônoma.
� Na atualidade – Ciência Política abrange os 
conteúdos da Teoria Geral do Estado.
� Conteúdo essencial - conhecimento e compreensão do 
ESTADO e suas funções jurídicas e políticas.
� MAX WEBER - Conceito de Política se confunde com o 
próprio conceito de Estado.
“A Ciência Política, em sentido lato, tem por
objeto o estudo dos acontecimentos, das
instituições e das idéias políticas, tanto em
sentido teórico (doutrina) como em sentido
prático (arte), referido ao passado, ao presente e
às possibilidades futuras.”
(BONAVIDES, 2010 [1994], p. 40).
Para Paulo Bonavides…
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O objeto da Ciência Política
� Abordagem proposta por Dallari (2012)
� Culturalismo Realista de Miguel Reale – síntese 
dinâmica – ESTADO: um todo dinâmico, uma unidade 
indissociável.
� Dimensão tridimensional de análise:
� Doutrina Sociológica – gênese do Estado e sua Evolução -
FATO.
� Doutrina Justificativa – cuida dos fundamentos e fins do 
Estado - VALOR.
� Doutrina Jurídica – organização formal e personificação do 
Estado – suas estruturas - NORMA.
O objeto da Ciência Política
� Estudo do ESTADO sob todos os seus aspectos
� Origem, organização, funcionamento, finalidades e 
suas influências (filosóficas e ideológicas).
� Três orientações/abordagens de estudo:
� Filosofia do Estado – ênfase nos valores éticos da 
pessoa humana – abstrata, distante da realidade 
concreta;
� Sociologia do Estado – preponderância da análide a 
partir de fatos concretos;
� Jurídico-normativa – Estado como realidade 
normativa, criado pelo Direito para fins Jurídicos –
formalismo jurídico – É e cumpre o que diz a Lei. 
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O que é o ESTADO?
Não há uma única maneira de responder…
O Estado na Ciência Política
� O ESTADO é um ente POLÍTICO abstrato …
� Universalmente reconhecido como PESSOA 
JURÍDICA;
� Sujeito de direitos e de obrigações jurídicas – detém 
o PODER JURÍDICO.
� A CIÊNCIA POLÍTICA estuda…
� A organização política – principalmente (mas não 
exclusivamente) do ESTADO;
� Os comportamentos políticos – dentro e fora do 
Estado e na relação com a Sociedade.
� As estruturas, origens, sujeitos e funcionamento do 
ESTADO e da POLÍTICA.
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O Estado na Ciência Política
� Para Max Weber … o Estado moderno…seus MEIOS de 
ação.
� “… é uma comunidade humana que pretende, com êxito, 
o monopólio do uso legítimo da força física dentro de um 
determinado território.” 
(WEBER, 1972, P. 98 apud FERREIRA, et all , 2009, P. 2)
� Concentra os domínios do exército, a administração 
financeira e o poder jurídico - monopólio da força física.
� Ideia de LEGITIMIDADE…
� Explica e justifica a obediência e aceitação de 
determinada ordem política;
� “Nenhuma ordem estatal é capaz de sobreviver por longo 
prazo apenas com base na força física.” (FERREIRA, et all , 2009, P. 3).
� Tipos de deminação: tradicional, carismática e racional-legal.
� Atualmente domínio racional-legal – fundado em ato 
legislativo.
O Estado na Ciência Política
� Para Karl Marx … o Estado moderno… RELAÇÕES SOCIAIS
� “… o governo [Estado] moderno não é senão um comitê para gerir os
negócios comuns de toda a classe burguesa.”
(MARX e ENGELS 1985, P. 41 apud FERREIRA, et all , 2009, P. 5)
� Relação instrumental entre o Estado e a Classe Dominante.
� Meio de garantia das relações de EXPLORAÇÃO …
� Não via possibilidade de que o Estado pudesse beneficiar a todos –
manutemção do sistema capitalista;
� “…o Estado é nada mais do que a forma de organização que os burgueses
necessariamente adotam, tanto no interior quanto no exterior, para a garantia
recíproca de sua propriedde e de seus interesses.” (MARX e ENGELS 1993, p. 96
apud FERREIRA, et all , 2009, p. 6)
� Não serve aos “interesses gerais” como preconizou Rousseau.
� Função é deter e reprimir os movimentos revolucionários do proletariado.
� A instauração do COMUNISMO – sociedade sem classes e sem Estado.
� Admite alguma autonomia do Estado, quando nenhuma classe reunir poder 
suficiente para governar sozinha através do Estado, mas não há mudança das 
relações de produção capitalistas – exceções ao Estado burguês “normal”.
� O APARELHO DO ESTADO é capitalista e é necessária sua destruição poisnão 
pode servir à Classe Trabalhadora.
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O Estado na Ciência Política
� Para Emile Durkheim … o Estado moderno… CENTRO 
ORGANIZADOR…
� “… o Estado é um órgão especial encarregado de elaborar certas
representações que valem para a coletividade… representações
coletivas por [com] grau mais alto de consciência … para dirigir a
conduta coletiva.”
(MARX e ENGELS 1985, P. 41 apud FERREIRA, et all , 2009, P. 5)
� Funções mais amplas, não apenas as mínimas do pensamento 
liberal (séc. XIX).
� Os direitos dos individuos não são produtos apenas de sua prórpia 
obra, mas de uma instituição do Estado 
� Garantidor dos direitos e das liberdades.
� Polo irradiador da moral 
� “O Estado não está, pois, destinado a tornar-se, nem como o querem os
economistas, simples expectador da vida social, em cujo funcionamento só
interviria negativamente, nem como querem os socialistas, simples peça da
máquina econômica. É antes do mais, o órgão por excelência da disciplina
moral.” (DURKHEIM 1983, p. 66 apud FERREIRA, et all , 2009, p. 10)
O Estado na Ciência Política
� A visão JURÍDICA … o Estado moderno… é produto do DIREITO…
� “… o Estado e o Direito não devem ser separados como se fossem
duas realidades isoladas, pois estão inseridos em apenas uma única
realidade: a normativa.” (FERREIRA, et all , 2009, p. 11)
� Hans Kelsen busca metodologia essencialmente jurídica para a análise 
dos fenômenos jurídicos. Busca o distanciamento das teprias 
sociológicas e históricas.
� O Estado na perspectiva kelseniana é reduzido à esfera normativa -
elemento produtor da ordem; detentor do monopólio da violência 
legítima. 
� Para Kelsen …
� o Estado é uma sociedade politicamente organizada porque é uma
comunidade constituída por uma ordem coercitiva, e essa ordem
coercitiva é o Direito. (FERREIRA, et all , 2009, p. 11)
� Crítica – Desvincula o Estado da Política
� “…Kelsen isso o Estado (= ordenamento jurídico) da Política, pois a
política é a doutrina do Estado justo, ideal, distinguindo-se da tepria
do Estado, que é a doutrina do Estado possível, concreto e real que é o
direito positivo.” (BERCOVICI, 2007, p. 145, apud FERREIRA, et all, 2009, p. 13)
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Referências
� BONAVIDES, Paulo. Ciência política. In: ______. Ciência 
política.17ª Ed. São Paulo: Malheiros, 2010. Cap 1, p. 25-47.
� DALLARI, Dalmo de Abreu. Teoria Geral do Estado: Noção, 
Objeto e Método – Ciência Política. In: ______. Elementos de 
teoria geral do Estado. 31 ed. São Paulo: Saraiva, 2012. 
Introdução, p. 13-20.
� GUANABARA, Ricardo. Estado e Política. In: FERREIRA, Lier
Pires; GUANABARA, Ricardo; JORGE, Vladimyr Lombardo. 
(Orgs.) Curso de Teoria Geral do Estado. Rio de Janeiro: 
Elsevier, 2009. p. 1-25.