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Técnico dos Tribunais PIRLAM Direito Penal Profº Rodrigo Pardal Aula 072 (1)

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CARREIRAS PÚBLICAS 
Damásio Educacional 
TÉCNICO DOS TRIBUNAIS 
 
Disciplina: Direito Penal | Professor: Rodrigo Pardal 
Aula: 07 
 
 
ANOTAÇÃO DE AULA 
 
EMENTA DA AULA 
1. Teoria do Crime 
2. Concurso de Pessoas 
 
GUIA DE ESTUDO 
1. Teoria do Crime – continuação 
 Legitima Defesa 
 É a repulsa proporcional a uma agressão injusta. 
Requisitos: 
 Agressão: deve vir de uma conduta humana. Se o sujeito reage ao ataque de um animal, incide o estado de 
necessidade. No entanto, se o animal ataca a mando de seu dono, como um instrumento deste, há legítima 
defesa. 
 Agressão atual ou iminente. 
 Injusta: ilícita 
 Ao revidar a agressão, o sujeito deve se valer do meio necessário. (Menos lesivo e eficaz para afastar a 
agressão). 
 Uso moderado do meio: é o empregado da reação até o momento em que cessar a agressão. 
A legítima defesa também pode tutelar direito próprio ou alheio. 
Estrito Cumprimento do Dever Legal: 
Sujeito que pratica fato cumprindo dever imposto por lei, não comete crime. Ex: 
 Agente público que executa pena de morte legalmente pelo Estado; 
 Policial que prende em flagrante; 
 Carcereiro que mantém o sujeito preso. 
Prevalece que essa excludente só é aplicada em agentes públicos. 
Exercício Regular do Direito: 
 
 
CARREIRAS PÚBLICAS 
Damásio Educacional 
TÉCNICO DOS TRIBUNAIS 
 
 
O exercício regular de um Direito não pode ser ao mesmo tempo proibido pela ordem jurídica. Ex.: 
 Violência desportiva; 
 Defesa da posse no direito civil (por meio de autotutela) 
*Ofendículos* 
São mecanismos voltados à defesa do patrimônio. Ex.: cacos de vidros nos muros das casas; cercas elétricas... 
 Legítima Defesa preordenada: Damásio de Jesus 
 Exercício regular do Direito 
 
 Culpabilidade 
É um juízo de reprovação sobre o agente que poderia ter agido conforme a norma e não o fez. 
Elementos da Culpabilidade: 
 Imputabilidade: É a capacidade de ser culpável. 
Causas da Imputabilidade: 
 Doença mental e incapacidade de discernimento – artigo 26. 
Não basta que o sujeito seja doente mental para que se considere inimputável. Deve ele também ser incapaz 
de compreender o caráter ilícito do fato ou se autodeterminar de acordo com esse entendimento. Quanto a esta 
causa de inimputabilidade foi adotada o critério BIOPISICOLÓGICO. 
Ao sujeito inimputável por doença mental, aplica-se medida de segurança por meio de sentença absolutória 
imprópria. 
Semi-imputável? O juiz reduz a pena de 1/3 a 2/3 ou é substituída por medida de segurança. 
Não é possível aplicação simultânea de pena e medida de segurança, devendo o juiz aplicar um ou outro; vez 
que foi adotado com a reforma de 84, o sistema vicariante, abandona-se o duplo binário. 
Menoridade – art. 27, CP e 228 da CF 
 Maioridade penal: 18 anos 
 Se menor, ECA é aplicado 
 Critério biológico 
 Se adolescente, são aplicadas medidas de proteção e sócio-educativas (103, ECA) 
 
 
CARREIRAS PÚBLICAS 
Damásio Educacional 
TÉCNICO DOS TRIBUNAIS 
 
 
 Se criança, são aplicadas medidas de proteção (101, ECA) 
Embriaguez acidental e completa – caso fortuito ou força maior: 
 Embriaguez é ingestão de álcool ou substâncias de efeito análogo. Ex.: 
 Sujeito cai dentro do barril de pinga 
 Sujeito tem uma arma apontada para si e está sob ameaça de beber ou morrerá. 
*Embriaguez* 
 Culposa: Não toma cautelas devidas 
 Preordenada: Para cometer o crime 
Nestes casos ainda que quando da conduta criminosa, o agente não tenha mais capacidade de discernimento, 
ele será punido com base na teoria da actio libera in causa pela qual analisa-se a culpabilidade do agente no 
momento em que decidiu se embriagar. Já que a ação era livre na causa. Na Alemanha, existe como culpabilidade 
prévia. 
 Potencial Consciência da Ilicitude: possibilidade de conhecer o caráter ilícito do fato. Trata-se de uma 
análise cultural. Verifica-se aqui se o sujeito tinha condições de saber se o fato era proibido. Caso se 
verifique que não tinha tais condições, incorre em ERRO DE PROIBIÇÃO – art. 21, CP. 
 Inevitável / Escusável: o sujeito não responde 
 Evitável / Inexcusável: pena reduzida de 1/3 a 1/6 
 Ex.: Turista holandês que vem ao Brasil e fuma maconha; indígena que subtrai objetos de particulares (prop. 
Coletiva x prop. Privada); sujeito muito simples e analfabeto que mantém em cativeiro pássaros silvestres 
sem a autorização do órgão competente. 
 Exigibilidade de Conduta Adversa – art. 22, CP 
É a possibilidade de se exigir do sujeito conduta diferente da tomada. 
Coação moral irresistível: 
É a promessa de mau injusto e grave. O sujeito coagido não responde por nada, devendo ser responsabilizado 
o autor da coação. “Homem detrás”. 
Obediência Hierárquica: 
Requisitos: 
a) Relação de hierarquia 
b) Ordem superior 
 
 
CARREIRAS PÚBLICAS 
Damásio Educacional 
TÉCNICO DOS TRIBUNAIS 
 
 
c) Ordem ilegal (se a ordem for legal, o sujeito está amparado pelo estreito cumprimento do dever legal) 
d) Ilegalidade não manifesta. 
 
2. Concurso de Pessoas – Art. 29 E Segmentos: 
Em havendo concurso de agentes, como se dará a responsabilidade de um dos participantes? 
Teorias: 
 Pluralistas: Haverá tantas infrações penais quantos forem os participantes. Cada um responde por uma 
teoria penal diferente. 
 Dualistas: Os autores praticam um crime e os partícipes praticam outro. 
 Monistas / Unitárias: Foi esta a teoria adotada pelo Código Penal Brasileiro. 
Embora o crime seja praticado por várias pessoas, permanece único e indivisível, de modo que todos respondem 
pelo mesmo crime na medida da sua culpabilidade.

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