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A LÓGICA DA MÍDIA NO SISTEMA DE PODER MUNDIAL

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Universidade Federal de Juiz de Fora 
Faculdade de Serviço Social 
Resenha 01 
Disciplina: Comunicação Social 
Docente: Paulo Roberto
Discente: Gabriela Lourenço de Sá Reis 
______________________________________________________________________ 
A LÓGICA DA MÍDIA NO SISTEMA DE PODER MUNDIAL
Na contemporaneidade a mídia é considerada como sendo uma potencia planetária, de fato as instituições de informação e entretenimento desempenham um duplo papel no processo de reprodução do capitalismo. Eles não apenas transmitem conteúdos como transferem uma visão de mundo e modos de vida que modificam a regulação das demandas coletivas para o mercado.
A globalização destaca o consumo como sendo o valor universal, responsável por transformar necessidades em bens anexados à espera da produção, compreende como se só o mercado fosse capaz de satisfazer os desejos da organização societária.
As instituições de informação e entretenimento opera sobre o discurso da vida e da produção enquanto o avanço do neoliberalismo no campo político cultural repousa. A mídia se destacado no posto das relações sociais, mas é na comunicação que marcam as formar ideológicas e se busca diminuir o espaço onde circula as possibilidades e contestações. A meta principal e destruir o pensamento crítico, palavras são utilizadas para direcionar e iludir o telespectador ao que se pretende promover em função de interesses particulares.
A mídia atua ideologicamente à globalização capitalista quanto por impedir a capacidade de interligar o planeta, através de suas transmissões via satélite, redes de telefone etc. O sistema tecnológico rege a vida, e relaciona as partes da totalidade unificando-as através de significados. Por exemplo um canal que possui o maior publico em vários países, com uma programação de 24 horas no ar, consegue estipular uma linguagem que direciona seus interesses estratégicos, comunicação e informação e o modo de produção capitalista alimenta a acumulação de capital financeiro e concede ao capital flexibilidade para manter a rede sobre formas produtivas e inovadoras, assim como assume uma fonte nutritiva para alcançar a hegemonia do capital. A cada dia a produtividade e a competitividade dependem da capacidade dos agentes econômicos de conceder informações pautadas no conhecimento. Diante do mercado a disponibilidade de dados a velocidade com que eles são acessados se tornam um trunfo para a diminuição do prazo de retorno de investimentos e especulações.
Ter controle de informações se torna um a peça chave para um governo e esta relacionado a diversas razões e injunções geopolíticas e econômicas um percentual considerável e utilizado pelo governo para investir em tecnologia. O sistema tecnológico incorpora ao capitalismo sua lógica expansiva que se caracterizam pela relação entre os fluxos de informação em alta velocidade a um custo pequeno, se introduz tecnologia mas empresas e reduz assim a força de trabalho, assim fica fácil garantir o monopólio de acesso ao conhecimento indispensável a inconstância das transações financeiras e a competitividade. Somente grandes empresas tem o privilégio de utiliza-la em função se interesses pessoais.
A indústria de comunicação é o setor com maior crescimento na economia norte americana com média de 7,3% entre os anos de 1999 e 2004 segundo o banco de investimentos Veronis Suhler. As desregulamentações neoliberais dos anos 80 e 90 contribuíram muito para alcançar esse resultado.
Durante a década de 1990, a indústria de comunicação adequa-se as linhas da corporação-rede, explorando outras tecnologias e diminuindo os custos. Os lucros alcançados são reaplicados em setores diferentes com o objetivo de minas antigas supremacias e instituir sempre que possível novos monopólios. As corporações de mídia projetam-se como agentes discursivos com o objetivo de coesão ideológica ao redor da globalização, e com agentes econômicos relevantes nos mercados mundiais, comercializando seus próprios produtos e aumentando a visibilidade dos comerciantes, controlando um pedaço do mundo.
A linguagem digital favorece a ligação de redes e plataformas. A capacidade de transmissão das tecnologias digitais possui uma dimensão maior do que o estágio atual na geração de material, planejando com que os novos canais e estruturas multiplicam os fluxos informativos, financeiros, culturais e comerciais. As mudanças no mundo digital favorecem não só as empresas de telecomunicação como também os consumidores com uma diversidade de serviços e produtos ofertados , em um mesmo aparelho móvel por exemplo atualmente você consegue além de realizar ligações, tirar fotos enviar e-mail, acessar uma conta bancária entre outras funções.
Na concorrência digital acumulam-se diversos interesses em diversos setores da economia, com o objetivo em aumentar seus negócios no universo digital. Um único produto pode ser aproveitado por outros diferentes suportes tecnológicos gerando a mais valia.
Para atender as exigências de uma economia globalizada, o mercado tecnológico ajusta-se ao novo padrão tecnoprodutivo, as associações de mídia passaram a gerir seus empreendimentos através de um centro de inteligências – Holding, polo de planejamento e decisão que remetem as estratégias locais, nacionais e regionais , ela organiza e supervisiona a instituição de cima pra baixo – com o trabalho de estabelecer preferencias , planos de inovação e parâmetros de rentabilidade para repassar para subsidiarias e filiais.
O sucesso da corporação vincula-se ao aprimoramento de tecnologias que favoreçam o comando à distancia. Existe uma relação bem próxima entre a desterritorialização da produção e a velocidade que circula o capital. As corporações executam politicas de ,produção, e consomem determinadas particularidades socioculturais dos países onde operam. Para os gigantes da mídia e entretenimento o que importa é explorar os potenciais de consumo existentes ali, mesmo que isso cause desemprego, miséria, desigualdade social entre outras mazelas.
Os consumidores agora são considerados não apenas pela renda, classe ou escolaridade, mas agora em função de estilos de vida e gostos comuns, que sobressaem as identidades clássicas. É preciso adaptar os alvos do mercado com traços peculiares, para causar a impressão de o produto é superior fazendo aumentar a vontade de consumir e assim fidelizar as marcas. As empresas buscam combinar preferencias locais com programações padronizadas, fato de muita importância no campo da competitividade, O foco das politicas de comercialização é diminuir os custos industriais.
Existem algumas formas que a mídia utiliza como domínio, dois terços das informações e conteúdos culturais disponíveis no mundo estão nas mãos de duas dezenas de grupos. São donos de estúdios, produtoras, exibidoras de filmes, jornais, TVs , telefonia celular etc. Existem oito empresas no mundo que estão no ranking de mídia e entretenimento, que possuem ambições parecidas de domínio: estar em toda parte, de qualquer maneira a qualquer custo exercendo hegemonia.
De um total de 40 mil empresas transnacionais, as 100 maiores detém um terço do estoque de capital, onde 32 são norte americanas e 19 japonesas. Algumas empresas escolhem por estratégias de colaboração, e as corporações objetivam o aumento do lucro, através da divisão de despesas e perdas ou contornando fatores de risco. Ao escolher participar de corporação a vantagem competitiva só é valida enquanto ela demonstrar capacidade de criatividade e conhecimento sobre os diversos setores e atividades. Mas ao mesmo tempo diminui a participação de empresas menores em negócios de ponta, assim elas se tornam fornecedora de insumos e serviços para as maiores empresas pois para essas é mais vantajoso terceirizar a produção de itens que para elas seriam oneroso.
Outro fator que vem ocorrendo são as gigantescas empresas engolindo as grandes, com isso acontece uma onda de demissões e redução do quadro de funcionários, com o único objetivo de extraira mais-valia, desprezando os custos sociais, além de causar impactos da precarização de emprego e perdas de direitos trabalhistas com as reformas neoliberais. A retração da concorrência causada por empresas que decidem por se fundir, em busca da rentabilidade perdida durante crises econômicas, como vantagem há um aumento do poder de negociação comercial com fornecedores, diminuição de despesas e divisão de dividas e soma de ativos. A contra mão disso o monopólio reduz a para nós consumidores opções de escolha. Nas industrias culturais essa concentração alcança níveis maiores, existe uma visão de cultura diretamente relacionada a economia e a economia a cultura.
A convergência digital se introduz lado a lado a oligopolização de suportes e serviços ainda que o neoliberalismo insista na suposição dos benefícios tecnológicos. Essa miscigenação de meios de difusão esta longe de acabar com a desigualdade no acesso aos conhecimentos e inovações, pelo contrario ela devolve tensões entre as classes hierárquicas.
A concentração da mídia se da de um jeito desordenado, sem que haja qualquer tipo de regulação e há omissão dos poderes públicos e de organismos multilaterais. A instabilidade comercial e as diferenças tecnológicas favorecem as corporações norte-americanas, São as matrizes norte-americanas e britânicas responsáveis por definir quais são os artistas, gêneros musicais que serão comercializados. As filiais são subordinadas a políticas gerenciais que conciliam os gêneros e artistas globais com fenômenos musicais regionais.
À medida que clareia essa configuração, diminui o campo de manobra para um desenvolvimento mais equilibrado e instável das redes de informação. Por não haver uma legislação especifica, a televisão digital via satélite no brasil esta sob gestão de grupos estrangeiros. A autenticação do acordo de proteção reciproco de investimentos com os EUA firmou o ingresso de capitais estrangeiros em empresas de mídia. O acordo possibilitou que programas de televisão cheguem a qualquer dos dois países, por satélites argentinos e norte-americano.
A oferta de mercadorias cresce, para todos os tipos de públicos, mas não para de se concentrar a propriedade dos meios, sob a perspectiva flexível ou associado aos poderes públicos. Os canais pertencem as mesmas corporações que se apropriam do entretenimento. As principais organizações de mídia possuem tratados e joint Ventures com agrupamentos transnacionais. Além de centralizar os mercados nacionais, auxiliam na rentabilidade dos negócios dos sócios globais com importação de royalties de diversos produtos. A falta de investimentos pelos governos, torna a dependências aos carteis um problema maior pois reduzem as condições de competitividade dos produtos regionais. Cresce as informações e entretenimento originados de fontes de emissão por superempresas que se movimentam pela terra sem dar satisfações a ninguém.
Se por um lado amplificam as alternativas de canais de Tv paga, de outro o sistema de programação desejam os lucros sem se importarem com o que os conteúdo transmitido ira causar na formação educacional e cultural dos usuários. Se é desejo de todos que exista a livre circulação de informação, é hora de reivindicar a sociedade civil responsável por gerir esses setores de fazer valer as políticas direcionadas aos mesmo, no que se refere cumprir com o que manda a lei.
Néstor García Canclini identifica quatro medidas para salvar as empresas culturais na América Latina: Os governos precisam preservar o patrimônio, incentivar a geração de conteúdos que ampliam as ofertas de entretenimento, 2- ações coordenadas envolvendo a sociedade civil e o avanço da tecnologia, 3- politicas publicas devem apoiar e desonerar a produção cultural nacional, aumentando a competitividade nos mercados interno e externo, 4- proteger legalmente as singularidades culturais através de mecanismos consistentes de regulação dos fluxos de programação e imagens.
O capitalismo tem a habilidades de se adaptar as circunstancias da luta de classe e de gerar oposição a si próprio. Com a volta ao discurso politico , surgem junções de movimentos contra hegemônicos. Os Fóruns Sociais Mundiais evidenciam os nexos e interdependências entre organizações não-governamentais de mais de 130 países, representando 210 etnias e 186 línguas. Uma das opções para a mundialização das lutas sociais é a expansão de redes que adaptem visões de mundo e campanhas pelos direitos da cidadania. Rede transforma em um conceito intencional, na medida que desfaz a hierarquização do poder entre os participantes e instala relações mais participativas. 
Sobre a Internet vale ressaltar que ela é de baixo custo e rapidez, e favorece a propagação descentralizada de informações e conhecimentos, sem sujeitar as hierarquias de juízo da mídia convencional. A internet institui uma vertente complementar de mobilização e articulação, pois é no território físico que se constrói o imaginário do futuro. Sendo um produto de inteligência humana, ela esta na linha de fogo das contradições e paradoxo de onde vivemos.
Existe o risco de a concentração das riquezas e da exclusão social repetir-se em escala digital diz Ignacio Ramonet, pois 19% dos habitantes da terra representam 91% dos usuários da internet. Se nenhuma medida for realizada, a explosão de novas tecnologias desconectara os habitantes dos países menos adiantados. 
É fundamental a criação de politicas e investimentos públicos em relação a universalizar o acesso e enriquecer os usos sociais, culturais, educativos e políticos das tecnologias. É preciso aplicar melhor as ferramentas da comunicação virtual, melhorar a divulgação de publicações eletrônicas, tornando procedimentos da informáticas mais simples de serem utilizados. O uso de software gratuito pode ajudar a reduzir a exclusão digital, principalmente em países periféricos que não possuem acesso .
É necessário reconhecer que não é e nem será fácil o processo de acumulação de forças e de consolidação de resistência às logicas do poder e diante desse desafio existem dois que se destacam: 1- como impulsionar o caráter propositivo dessa confederação reivindicando, respeitando as diferenças culturais e projetos nacionais; 2- como conciliar horizontes estratégicos e raios de abrangência. 
O novo internacionalismo não pode dispensar formas criativas de enfrentamento da lógica financeira globalizante e da obsessão por lucro de qualquer forma. É preciso garantir no campo da cultura o pluralismo cultural e a diversidade informativa, além de frustrar que as tecnologias continue sendo benefícios exclusivos do capital oligopólio. Portanto é indispensável mobilizar movimentos antineoliberais e anticapilistas, organizando ações que compreendam a luta pela emancipação a todos os quadrantes. 
Bibliografia
__________ Revista de Economia Política de Las Tecnologias de La infomación y Comunicación. A lógica da mídia no sistema de poder mundial. Vol. VI, n.2, Mayo – Ago.2004. Disponível em WWW.eptic.com.br,

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