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AO EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO P ERTENCENTE À V ARA CÍVEL Nº__DA COMARCA DE ARAÇATUB A-SP
MARIA, viúva e representante legítima do Sr. Marcos, brasileira, residente e domiciliada na Rua Bérgamo, nº 123, apt. 205, na cidade de Araçatuba – SP, inscrita no registro geral sob o correspondente número:______ e no cadastr o nacional de pessoas f ísicas sob o Nº___________, vem, mu i resp eitosamente, através de seu advogado devidamente qualificado em procuração a costada aos autos, PROPOR, PELO RITO COMUM, AÇÃO INDENIZATÓRIA DE REPARAÇÃO DE DANOS MORAIS E MATERI AIS, CUMUL ADO COM PENSÃO POR MORTE, EM FACE DE ROBE RTO, comerciante, b rasileiro, residente na Rua dos Diamantes, n° 123, Recife – PE, cujo cadastro nos registros gerais de pessoas físicas é ignorado, PE LOS SEGUINTES FATOS E FUNDAMENTOS JURÍDICOS QUE SE PASSA A EXPOR:
I. DAS PRELIMINARES
 I.II. DA GRATUIDADE JUDICI ÁRIA 
Requer a Autora, sob o arrimo do que expressa a lei nº 1.060 de 1950, do artigo 98 e seguintes do CPC e do artigo 5º, LXXIV da CF, que lhe seja deferido os benefícios da justiça Gratuita, tendo em vista de que a mesma não pode arcar com as custas processuais e com os hono rários advocatícios sem o prejuízo do sustento próprio
Art. 53. É competente o foro: (...) IV - do lugar do ato ou fato para a ação: a) de reparação de dano; V - de domicílio do autor ou do local do fato, para a ação de reparação de dano sofrido em razão de delito ou acidente de veículos, inclusive aeronaves. (CPC/2015)
II. DOS FATOS 
O presente caso tem como tem como início o f ato de que o Sr. Marcos, esposo da Senhora Maria, ora Autora, enquanto caminhava por uma Rua na cidade de Recife – PE, fora a tingido por um aparelho de ar -condicionado que era manejado pelo S r. Roberto, ora Réu, que é com erciante e proprietário de uma padaria localizada no loca l aludido. O Sr. Marcos, ainda vivo, mas gravemente ferido, fora encaminhado a um hospital particular. Contudo, em virtude da gravidade dos ferimentos, o mesmo veio a falecer após e star internado por um dia. A senhora Maria, esposa de Marcos, profundamente abalada pela perda repentina e trágica do seu esposo, tivera que se deslocar até a cidade de Recife – PE para poder efetivar o translado do corpo de volt a para casa, na cidade de Araçatuba – SP, onde ocorrera o sepultamento. O fa lecido não de ixou f ilhos, sendo que o mesmo já possuía 50 anos de idade , era o único responsável pelo seu sustento e de sua esposa, com uma renda nunca superior a um salário mínimo, obtida através de muita valentia com serviços de pedreiro. Todo o desenrolar do caso resultou em gastos h ospitalares que somaram o total de R$ 3.000,00, junto com os gastos com tran sporte do corpo e fu neral cujo valor consolidou -se em mais R$ 3.000,00. Cum pre relatar que no desfecho do inquérito policial que fora in staurado por ocasião do fato, o laudo da perícia técnica apontou como causa da morte o traumatismo craniano decorrente da queda do aparelho de ar-condicionado. O Senhor Paulo fora indiciado, sendo posteriormente denunciado e condenado em primeira instância como autor de homicídio culposo. É a suma dos fa tos, passa -se agora à exposição d os f undamentos do direito material. 
III. DO MÉRITO 
 III. I. DA OBRIG AÇÃO DE INDENIZ AR
 Excelência, n o caso exposto, há uma inequívoca respon sabilidade do Sr. Paulo sobre o oco rrido, quando deixou de manejar com p rudência seu aparelho de ar-condicionado. Sendo um objeto sabidamente pesado, que a depender da a ltura em que caia, pode d e to do ce rto machucar gravemente a quem atingir. E este fora o evento trágico qu e ocorrera. Por exclusiva culpa do Réu, o referido objeto veio a despencar de uma altura co nsiderável, atingindo em cheio o Sr. Marcos, que por um triste e infe liz aca so do destino vinha passando n aquele exato momento. Aqui se demon stra o ato ilícito em qu e incorreu o réu , nos termos do artigo 186 do código civil brasileiro , valend o ainda ressaltar o teor d as disposições nos a rtigos 927 e 938 do mesmo regramento, vejamos
: Art. 186. Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito. 
 Art. 927. Aquele que, por ato ilícito ( arts. 186 e 187), causar dano a outrem, fica obrigado a repará-lo. 
 Art. 938. Aquele que habitar prédio, ou parte dele, responde pelo dano proveniente das coisas que dele caírem ou forem lançadas em lugar indevido. (CC) 
O f ato é extremame nte triste e toma contornos ainda mais lamentáveis quando a vítima, um senhor já de 50 anos, era o único provedor financeiro de sua companheira, a Sra. Maria. O parco d inheiro que conseguia, que jamais ultrapassava o valor de um salário m ínimo, f ruto de muito esforço de trabalhos como pedreiro, n ão trouxe qualquer luxo ou conforto na vida do casal. E naquele momento, depois de ter perdido tão repentinamente o seu marido, a Senhora Maria vira-se devedora de u m valor de R$. 6.000,00, já se i ncluindo os gastos com funeral e translado do corpo.
Cabe lembrar que o episódio do caso em tela fo ra objeto de ação penal, quando se d eu por sentença o reconhecimento da responsabilidade culposa do Réu no ocorrido, isto é, este fora condenado como au tor de homicídio culposo . A vista disso, de modo feliz, o código civil traz os reflexos que a condenação penal tem em uma eventual indenização em ação civil reparatória. A disposição é expressa no artigo 948 do có digo civil brasileiro, ao n itidamente aduzir sobre o que consiste indenização. Veja-se: 
Art. 948. No caso de homicídio, a indenização consiste, sem excluir outras reparações: I - no pagamento das despesas com o tratamento da vítima, seu funeral e o luto da família; II - na prestação de alimentos às pessoas a quem o morto os devia, levando-se em conta a duração provável da vida da vítima. (CC) 
Deste modo, ínclito Julgador, n ota-se que o caso é passível de indenização afim de que m itigue as despesas que a Senho ra Maria sofrera, e que a mesma não é capaz de saldar. Não tão somente são de vidos os valores do s gastos referentes ao funeral e translado do corpo, de ordem de seis mil reais, mas também se resta cabido uma reparação contínua, do luto e das graves dificuldades que a Autora certamente virá a sofrer ao continuar , a gora sozinha, sua vida. Dito isto, requer-se, por oca sião de to dos os danos sofridos e vindouros, a concessão d e pensão de caráter alimentício a viúva po r p eríodo proporcional a duração de vida que a vítima teria, qual se ja 74 anos de idade como média de vida no Brasil, segundo dados do IBGE , em prestação de valor e quivalente ao salário mínimo ou, como vossa Excelência julgar, mostre-se adequado a senhora Maria para manter-se em uma vida digna. 
IV. DOS PEDIDOS 
Por todo o exposto, juntamente com a efetiva cond enação do réu, desde logo, a Autora requer: 
 I. O ressarcimento das despes as sofridas no valor de R$ 6.000,00, nos termos do a rtigo 948 do CC, devidamente corrigidos com juros e correção monetária, acrescido com o estabelecimento de obrigação de indenizá-la pelas perdas e danos materiais suportados;II. A concessão de pensão alimentícia em valor equivalente ao salário mínimo ou conforme o Magistrado julgar adequado, contanto que este n ão chegue a se r menor; que a pensão deva permanecer até a data em que o falecido co mpletaria 7 4 an os d e idade, qual seja no dia em q ue seria o seu aniversário no ano 2041; 
III. Protestar em prova r o alegado por to dos os meios de provas em direito admitidos;
 IV. Deixar expresso a não possibilidade para audiência de mediação e conciliação; 
V. Condenação ao pagamento dos Honorários advocatícios em 20% sob re o valor da causa (art. 85 do CPC), b em como nas custas processuais a serem fixadas.
 VI. O deferimento do pedido d e justiça gratuita, visto que a mesma é pobre na forma da lei. 
 Dar-se-á o valor da causa em R$ 6.000,00 (seis mil reais). 
 Nestes termos, pede e espera deferimento. 
Nestes termos pede deferimento 
 local data 
 ADVOGADO 
 						OAB

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