Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
O CUIDADO CENTRADO NA CRIANÇA E SUA FAMÍLIA Enf. Esp. Tailma Silva Lino O Foco do cuidado de enfermagem à criança vem sendo modificada ao longo dos últimos anos, transitando de uma abordagem mais tradicional , na qual o cuidado se fundamentava na excelência do funcionamento, para o cuidado centrado nas necessidades da criança, avançando com a inclusão da família. A experiência de doença e hospitalização de um filho pode vir a desencadear o sentimento de vulnerabilidade da família, ao se perceber afastada da criança, sem informações, não podendo participar do seu cuidado, aumenta à insegurança e ansiedade provocadas pela doença do filho e pelo distanciamento dos demais membros da família. INTRODUÇÃO Para ajudar a família a enfrentar a experiência de ter uma criança hospitalizada , o enfermeiro deve preocupar-se com questões que ultrapassam os aspectos físicos da unidade, o conhecimento da patologia e do tratamento da criança. COMPREENDER O QUE É FAMÍLIA Existem diferentes definições de família, atualmente, a definição proposta por Leahey, tem sido amplamente aplicada na prática “família é quem os sujeitos dizem que são, não caracterizando apenas por laços de consangüinidade” A Constituição Brasileira, em seu artigo 226, define a FAMÍLIA “como a base da sociedade, reconhece a união estável, entende que a entidade familiar pode ser formada por qualquer um dos pais e seus descendentes e estabelece que os direitos e deveres são igualmente exercidos pelo homem e pela mulher (BRASIL, 1988).” O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) define família como o "conjunto de pessoas ligadas por laços de parentesco, dependência doméstica ou normas de convivência, residente na mesma unidade domiciliar, ou pessoa que mora só em uma unidade domiciliar" RECONHECER A FAMÍLIA COMO CLIENTE Esse reconhecimento ainda é um desafio, porém é mister que seja superado quando se pretende realizar uma prática que a contemple. O atendimento à família deve ser orientado para a compreensão de experiência de doença e para a colaborativa entre enfermeiro e família, favorecendo uma reciprocidade entre ambos. Nesse novo paradigma , a família é considerada ativa nas definições e tomadas de decisões, para tanto ela precisa ter acesso a todas as informações: obter informações precisas e consistentes a respeito do diagnóstico, tratamento, comportamento e dos cuidados específicos; oportunidade de expor seus sentimentos sobre a doença e a hospitalização. COMPREENDER O SIGNIFICADO DA HOSPITALIZAÇÃO PARA A FAMÍLIA Para algumas famílias, a hospitalização da criança traz muito sofrimento, desorganizando seu cotidiano e as relações entre os seus membros. Para outras, no entanto, nem toda doença é uma crise. Cabe ao enfermeiro aproximar-se da família, conhecer o significado atribuído por ela à experiência, evitando julgamentos e preconceitos e respeitando suas demandas. Diversos estudos avançam no sentido de desenvolver modelos teóricos com proposições de intervenções que ajudem a criança e a família a enfrentar a crise provocada pela doença e hospitalização. AVALIAR A FAMÍLIA DA CRIANÇA HOSPITALIZADA Para trabalhar com a família da criança é preciso conhece – lá. Para isso existem inúmeros modelos de avaliação que auxiliam o enfermeiro nessa tarefa. Um que se destaca é Modelo Calgary de Avaliação da Família (MCAF) DEVE-SE AVALIAR A ESTRUTURA, O DESENVOLVIMENTO E O FUNCIONAMENTO DA FAMÍLIA, A FIM DE RECONHECER AS FORÇAS E FRAQUEZAS OU DEMANDAS DA FAMÍLIA QUE ENFRENTA UM MOMENTO DE CRISE. Deve-se compreender a dinâmica familiar, observando em relação seu desenvolvimento, compreendendo os estágios, tarefas e vínculos estabelecido entre os membros da família e a família com os supra-sistemas (pessoas significativas, instituições do convívio familiar). Dividi-se em duas estruturas: ESTRUTURA INTERNA – compreende a a composição familiar, gênero, ordem de nascimento e limites. ESTRURURA EXTERNA – envolve a família extensa e sistemas mais amplos, além do contexto da família pela etnia, classe social, religião, espiritualidade e ambiente. Para a realização dessa avaliação da família pelo enfermeiro, existem alguns instrumentos como GENOGRAMA e ECOMAPA. DESENHO OU DIAGRAMA DA ÁRVORE FAMILIAR, QUE AGREGA INFORMAÇÕES SOBRE OS MEMBROS DA FAMÍLIA E SEUS RELACIOMENTOS NAS ÚLTIMAS 3 GERAÇÕES. FORNECE DADOS SOBRE RELACIONAMENTOS, SAÚDE, RELIGIÃO, OCUPAÇÃO, ETNIA E MIGRAÇÃO, ASSIM COMO INFORMAÇÕES SOBRE DESENVOLVIMENTO E OUTRAS ÁREAS DE FUNCIONAMENTO DA FAMÍLIA É UM DIAGRAMA QUE REPRESENTA UMA VISÃO GERAL DA FAMÍLIA E DE SEUS RELACIONAMENTOS COM O MUNDO. APONTA OS PONTOS DE CONFLITOS E RECURSOS DA FAMÍLIA Nas unidades pediátricas, Elsen e Patrício identificaram três tipos de abordagens: centrada na patologia da criança; centrada na criança e centrada na criança e sua família. É uma filosofia de cuidado que inclui a criança e a família durante a hospitalização. Reconhecer a família como uma constante na vida da criança, de maneira que os sistemas de serviços e os profissionais devem apoiar, respeitar, encorajar e potencializar as forças e as competências da família. O enfermeiro pode ajudar essas famílias por meio de ações que busquem não apenas o tratamento da patologia ou o atendimento das necessidades físicas da criança, mas também às demandas biológicas, psicológicas, sociais e espirituais. ABORDAGEM CENTRADA NA CRIANÇA E SUA FAMÍLIA. Pressupostos da abordagem centrada na criança e em sua família • A criança é um ser cujas as condições física, mental e social estão diretamente relacionadas às características da família e da comunidade. • O planejamento da assistência deve basear-se não só no histórico colhido da criança, mas também nas informações referentes à composição e dinâmica familiar e social. (através da utilização de instrumentos como Genograma e Ecomapa) • Os profissionais compartilham com a família a identificação dos problemas, os recursos disponíveis, a determinação de objetivos e o plano de ação. • As decisões são tomadas por todos os membros e a responsabilidade é assumida pela equipe e pela família. • A família é incentivada a ter suas forças potencializadas, para tanto é imprescindível o estabelecimento de um relacionamento igualitário entre a família e os profissionais. • A função do enfermeiro pediatra ultrapassa a execução de cuidados físicos, técnicas e procedimentos relacionados ao tratamento da criança, inclui também assessoramento às famílias em suas dúvidas; a ajuda para a família exercer sua ação terapêutica junto à criança e o apoio para que se mantenha em equilíbrio para continuar atendendo suas demandas e cuidar da criança hospitalizada • O enfermeiro deve propor medidas para melhora o relacionamento pais-filho durante a hospitalização: • preparar a criança antes de qualquer tratamento ou procedimento não familiar • controlar a dor, • garantir a privacidade da criança, • oferecer atividades recreativas a fim de expressar seus medos e agressividade, minimizando a perda de controle e respeitar as diferenças culturais È preciso que a enfermeira reflita, discuta e realize pesquisas sobre a participação da família no cuidado da criança hospitalizada, a fim de estabelecer os limites de cada um no processo. Assim a família pode vir a torna-se co-participante do cuidado à criança hospitalizada, o que envolve ser ouvida em suas necessidades, ser atendida em suas demandas, participar do planejamento do cuidado e das tomadas de decisão e ser respeitada em suaautonomia. Ações do enfermeiro para realizar uma prática centrada na criança e na família Saber o significado de cuidado centrado na criança e sua família. Reconhecer as necessidades da criança e sua família: informação, apoio e presença. Integrar os valores da abordagem centrada na criança e sua família aos padrões e políticas da unidade, conscientizando os profissionais da equipe de saúde, membros da administração e pacientes. Integrar todos os recursos humanos do hospital para prover o cuidado centrado na criança e na família. Assegurar que as necessidades de informação da família sejam alcançadas: folhetos informativos sobre as equipes, o que esperar da unidade, das normas e do funcionamento. Oferecer material informativo para que a equipe de saúde acerca da abordagem centrada na criança e na família Ser consistente nas informações, de acordo com as políticas da unidade. O que não é cuidado centrado na criança e na família É importante ressaltar que somente a presença de uma pessoa significativa para a criança não é garantia de que a família está sendo considerada como cliente, e muito menos contemplada como unidade de cuidado. Há uma grande confusão acerca dos limites de atuação da família e dos profissionais, pois em algumas unidades de internação pediátrica a família está assumindo cuidados de enfermagem , como se estes fossem sua obrigação e a finalidade para a permanência na unidade. As tomadas de decisões devem ser compartilhadas pela equipe e pela família. Não cabe à equipe ceder à família a responsabilidade única pelas decisões, é preciso que a família seja incluída nesse processo. Como visto, a hospitalização de crianças ou adolescente pode ser um experiência traumática, muitas vezes com efeitos prejudiciais permanentes. Por a hospitalização ser muitas vezes uma experiência muito estressante para criança, ela poderá apresentar reações emocionais e regressões, com repercussões negativas para seu comportamento durante e após sua permanência no hospital. O período da hospitalização, proporciona uma ruptura dos vínculos familiares, implicando em uma privação parcial ou total dos cuidados maternos. REAÇÃO DA CRIANÇA E ADOLESCENTE FRENTE A HOSPITALIZAÇÃO Privação materna é a situação em que a criança mão encontra uma relação calorosa, íntima e contínua com sua mãe (biológica ou criação). Essa privação materna pode refletir-se em diferentes reações segundo a idade, o comportamento emocional anterior e a condição física no momento da internação CRIANÇA DE 6 MESES A 5 ANOS pode apresentar ansiedade de separação, manifestada em 3 fases PRIMEIRA FASE – PROTESTO a criança apresenta choro forte e contínuo, intensidade de movimentos físicos, chamando pela mãe insistentemente e espera ser atendida. SEGUNDA FASE – DESESPERO caracterizada por diminuição de movimentação físico, choro monótono e intermitente, apatia e aparente tranqüilidade e acredita que sua mãe a atenderá. TERCEIRA FASE – NEGAÇÃO a criança nega a necessidade da mãe e aceita os cuidados de outra pessoas, porem não estabelece vínculo. CRIANÇA DE 6 A 10 ANOS DE IDADE Apresenta ansiedade de separação, porem em menos intensidade que descrito anteriormente. ADOLESCENTES Apresentam manifestação de insegurança, rejeição aos procedimento, raiva, fobias, instabilidade emocional e uma maior dependência emocional para os pais ou profissionais que os assistem. Tendem a ter uma preocupação com as alterações de imagem corpórea, a restrição da independência e a separação com o grupo de amigos (isolamento, solidão e monotonia) além dessas reações, a doença e a hospitalização podem desencadear comportamento na criança que guardam relação com a situação de tensão vivenciada pelas experiências dolorosas ou difíceis. A resposta da criança ou do adolescente à doença e à hospitalização pode ser influenciada, de forma positiva ou negativa. Alguns fatores: informações recebidas, conduta da equipe de saúde, idade da criança ou adolescente e seu desenvolvimento, duração da hospitalização e atitude dos pais durante a internação. Para estabelecer relações afetivas com a criança ou o adolescente, pode-se ocupar a criança com brinquedos, evitar hospitalizações prolongadas, aplicar a técnica de maternagem, permitir a participação dos pais no cuidado, encorajá-los a tomar decisões. São ações recomendadas para favorecer a adaptação da criança ou do adolescente e de sua família no hospital, a fim de minimizar os efeitos negativos da hospitalização. GRUPO ETÁRIO MEDIDAS RECOMENDADAS Atender às necessidade de alimentação, higiene, eliminação, sono, estimulação e afeto. Manter um bom relacionamento com os pais Evitar rodízio da equipe de enf. No cuidado com as crianças. Abraçar, conversar, segurar as crianças de forma afetiva LACTENTE Incentivar a permanência de objetos transicionais com as crianças como chupetas, paninhos ou outros objetos preferidos. Encorajar os pais a estar presentes durante os procedimentos Envolver os pais no cuidado do filho, estimulando-os a participar dos cuidados prestados à criança Empregar todos os meios para dar segurança e conforto quando a criança for submetida a um procedimento doloroso. GRUPO ETÁRIO MEDIDAS RECOMENDADAS evitar procedimentos invasivos desnecessários Promover atividades recreacionais ao ar livre e na unidade de internação PRÉ-ESCOLAR Aceitar comportamentos de regressão (chupar dedo, solicitar mamadeira, uso de fraldas) e explicar para os pais os motivos da regressão. Dar tempo para a criança fazer perguntas e respondê-lo em uma linguagem simples (brinquedo, desenhos) Explicar os procedimentos hospitalares com o uso de brinquedo terapêutico. Elogiar a colaboração da criança GRUPO ETÁRIO MEDIDAS RECOMENDADAS Envolver a criança no planejamento dos cuidados Incentivar o auto-cuidado ESCOLAR Explicar os procedimentos e fazer uma pausa para a criança elaborar perguntas Orientar sobre as rotinas na unidade, informando a criança sobre os limites estabelecidos Encorajar a criança a manter seus pertences organizados Incentivar a verbalização Dar oportunidade para desenvolver atividades escolares. GRUPO ETÁRIO MEDIDAS RECOMENDADAS Respeitar a privacidade no atendimento de suas necessidades Permitir o uso de suas próprias roupas e a ingestão de alimentos favoritos respeitando as restrições nutricionais ADOLESCENTE Promover a independência (elogiar os pontos positivos, estimular a auto- cuidado) Promover o contato com os amigos Dar oportunidade para desenvolver e dar continuidade às atividades escolares Desenvolver programas de promoção à saúde (higiene pessoal, educação sexual e outros). SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM EM PEDIATRIA A sistematização da assistência de enfermagem (SAE) surgiu da preocupação das enfermeiras em sistematizar e documentar sua prática profissional, visando avaliar a qualidade da assistência prestada. Novas propostas surgiram possibilitando várias abordagens conforme as especialidades da área de atuação, características do paciente, a disponibilidade de recursos humanos, as características de atendimento da instituição, entre outros. Aos enfermeiros que atuam em pediatria cabe o desafio de adequar a SAE às necessidades das crianças e suas famílias. Pois existem algumas características particulares que devem ser consideradas no desenvolvimento de cada uma de suas etapas no atendimento à criança e ao adolescente. INTRODUÇÃO HISTÓRICO DE ENFERMAGEM Utilizando um guia sistematizado realizamos o levantamento de dados, por meio de entrevista e avaliação física. Oenfermeiro deve apresentar algumas habilidades, como a capacidade de observação, comunicação e interação com o paciente. Tópicos a serem abordados na elaboração do histórico de enfermagem em pediatria: a) Identificação b) Entrevista com a família ( queixa principal, doença atual, hábitos de vida, características comportamentais e familiares) c) Avaliação física (aparência geral, avaliação dos segmentos e do crescimento) d) Avaliação do desenvolvimento DIAGNÓTICO DE ENFERMAGEM Consiste no julgamento clínico sobre as respostas do indivíduo, família ou comunidade aos problemas de saúde, vai servir de base para a seleção de intervenções de enfermagem, visando o alcance de resultados pelo qual o enfermeiro é responsável. Para que o enfermeiro possa realizar o diagnóstico, faz-se necessário utilizar um sistema único de classificação. Espera-se que o enfermeiro possa intervir de forma a propiciar condições para que haja melhora ou resolução dos diagnósticos propostos. Diagnósticos reais mais utilizados freqüentemente na criança e no adolescente hospitalizados Proteção ineficaz Medo Ansiedade Comunicação verbal prejudicada Processos familiares interrompidos Mobilidade física prejudicada Padrão de sono prejudicado Conhecimento deficiente Atividades de recreação deficientes Tensão do papel do cuidador Diagnósticos de risco mais utilizados freqüentemente na criança e no adolescente hospitalizados Risco de infecção Risco de queda Risco de trauma Risco de desequilíbrio na temperatura corpórea Risco de volume de líquido deficientes Risco de integridade da pela prejudicada Risco de atraso no desenvolvimento Risco de comportamento infantil desorganizado Risco de vínculo pais/filhos prejudicado Risco de aspiração Risco de constipação As intervenções de enfermagem consistem-se em estratégias específicas que auxiliam tanto a criança como a família a chegar aos resultados. A prescrição de enfermagem em pediatria deve incluir itens relacionados: • Cuidados padronizados e comuns a todas as crianças (verificação de SSVV, peso) • Cuidados específicos aos problemas identificados ( curativos, sondas, manuseio de cateteres); • Atividades de estimulação neuropsicomotora de acordo com o estágio de desenvolvimento da criança; • Orientações a crianças, adolescentes e acompanhantes. INTERVEÇÕES DE ENFERMAGEM Normas para a execução da prescrição de enfermagem • Ser realizada exclusivamente pelo enfermeiro, a cada 24 horas e complementada sempre que necessário. • Explicitar o grau de dependência de cuidado da criança e família ( fazer, ajudar, orientar, supervisionar ou encaminhar), com o uso do verbo sempre no infinitivo. • Registrar preferencialmente em impresso próprio a seqüência (livre) de itens cumprida pelas diversas categorias de enfermagem. • O enfermeiro deve colocar horário em todas as prescrições, que devem ser checadas ou circuladas, caso não sejam executadas, justificando o motivo. È o registro realizado após a avaliação do estado geral da criança com o objetivo de nortear o planejamento da assistência a ser prestada e informar o resultado das condutas de enfermagem implementadas. Para que o enfermeiro realize uma evolução adequada, deve ter conhecimento sobre: as condições gerais da criança e os procedimentos realizados com ela, a patologia (considerando as particularidades da criança) e sua evolução, bem como as repercussões que trazem para o desenvolvimento infantil. EVOLUÇÃO DE ENFERMAGEM Para a realização da evolução de enfermagem em pacientes pediátricos alguns itens devem ser considerados: • Caracterização da criança quanto seu desenvolvimento (lactente, pré- escolar • Dias de internação • Diagnóstico médico • Ocorrências significativas (cirurgias, exames, medicamentos...) • Necessidades básicas (alimentação, eliminações, sono, higienização, atividades de recreação) • Dependência para auto cuidado • Avaliação dos sinais vitais • Exame físico • Reações emocionais observadas • Uso de brinquedos • Rituais Normas para a execução da evolução de enfermagem Ser realizada exclusivamente pelo enfermeiro que deve consultar: entrevista, exame físico, evolução e prescrição médica e de enfermagem anteriores, anotações de enfermagem, listagem de problemas, pedidos e resultados de exames. Ter conteúdo mínino de acordo com a especificidade de cada unidade, incluindo a identificação de problemas novos, respostas do paciente aos cuidados de enfermagem e resolução dos problemas abordados. Ser realizada todos os dias, preferencialmente em impresso próprio, precedida de data e hora e finalizada com a assinatura e o número do Conselho Regional de Enfermagem (COREN) do enfermeiro responsável por ela. Conter identificação de problemas novos, resposta do paciente e da família aos cuidados de enfermagem prestados e resoluções dos problemas abordados. A evolução de alta deve documentar a avaliação das condições gerais de criança ao sair do hospital, dando subsídio para a consulta de enfermagem em retorno ambulatorial. Cabe ao enfermeiro o desafio de adequar o conhecimento disponível sobre o uso da SAE à sua prática de assistência, considerando a participação da criança e do adolescente hospitalizado nas diferentes etapas do processo. Deve incentivar a participação da equipe de enfermagem, tanto no planejamento como na implementação da SAE, para que seu uso seja, de fato, efetivo na prática, com resultados positivos na qualidade da assistência. VAMOS PRATICAR!!!!!!! L.M.S. COM 50 DIAS DE VIDA FOI INTERNADO POR APRESENTAR TOSSE, FEBRE E OBSTRUÇÃO NASAL, SENDO DIAGNOSTICADO BRONQUIOLITE. FOI MEDICADO COM ANALGÉSICOS, INALAÇÃO COM BRONCODILATADORES E FISIOTERAPIA RESPIRATÓRIA. AO EXAME FÍSICO, A CRIANÇA APRESENTA-SE CHOROSA E IRRITADA, FONTÍCULAS ABERTAS E DEPRIMIDAS, MUCOSAS RECESSADAS E TURGOR CUTÂNEO DIMINUÍDO, PERDENDO 500GR DE PESO NA ÚLTIMA SEMANA. A MÃE DIZ QUE ESTÁ COM DIFICULDADES PARA AMAMENTAR POR QUE, SEGUNDO ELA, É SEU PRIMEIRO FILHO E NÃO TEM EXPERIÊNCIA. TAQUIDISPNÉICO, APRESENTA ESTERTORES CREPTANTES À AUSCULTA PULMONAR E CANSAÇO ÀS MAMADAS. • QUE ASPECTOS MERECEM ATENÇÃO ESPECIAL NA ELABORAÇÃO DO HISTÓRICO DE ENFERMAGEM PARA ESTE LACTENTE? • QUAIS OS DIAGNÓSTICOS DE ENFERMAGEM QUE PODERIAM SER DELINEADOS A PARTIR DAS INFORMAÇÕES OFERECIDAS? • QUAIS PRESCRIÇÕES DE ENFERMAGEM VOCE FARIA PARA CADA UM DOS DIANÓSTICOS IDENTIFICADOS?
Compartilhar