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A Dança que Dança na Educação Física Escolar

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Introdução
Este trabalho se propõe a discutir sobre três temas básicos, a partir de textos que abordam demandas do ensino da Educação Física Escolar, o primeiro, trata da questão do envolvimento da dança como parte do currículo das aulas desta disciplina, propomos analisar como ela está ou não contemplada no ambiente escolar e as implicações pedagógicas da mesma.
Num segundo momento, apresentamos um texto sobre a participação de alunos com Síndrome de Down nas aulas de Educação Física, refletindo acerca do que significa lidar com este grupo de alunos especiais, especificamente, no ambiente escolar.
E, por fim, construímos um texto analisando as respostas de entrevistas cedidas pelos professores, envolvendo suas experiências e práticas que envolvem pessoas com necessidades especiais e o preparo deles para cuidar e integrar estes alunos nos seus trabalhos.
Desta maneira constituímos um pequeno mosaico do que é a realidade do professor de Educação Física Escolar com relação às práticas de dança, cuidado com alunos de necessidades especiais, responsabilidades e competências que estes profissionais desenvolvem para executarem um bom atendimento nas escolas.
A Dança que Dança na Educação Física Escolar
Temos no Brasil um problema extremamente acentuado com relação ao ensino ou envolvimento da dança como conteúdo da educação física escolar, na grande maioria das escolas de nosso país, não encontra um espaço para que seja desenvolvida, apesar de estar inserida no currículo das escolas brasileiras.
Na escola, a dança está presente como uma atividade predominantemente extracurricular e em momentos festivos, há uma falta de experiência e de domínio do conteúdo, juntamente com a baixa receptividade dos alunos, cerca de 71% dos professores não incluem a dança em suas aulas. 
Muitas vezes as aulas se resumem a exercícios de preparação física e a prática esportiva de um número limitado de modalidades, tais como vôlei, futsal, handebol e basquete. Assim, a dança é renegada significativamente pelos professores. A origem dessa deficiência parece estar na falta de formação exitosa nessa área profissional, que sem o domínio do conteúdo, o educador não se acha apto a desenvolvê-lo. O presente estudo busca investigar a atuação da dança no universo escolar e sua presença como conteúdo da Educação Física.
Segundo Lima, Rissi e Frota (2005) os resultados inexpressivos da aplicação da dança pelos profissionais de Educação Física nas escolas, se deve a baixa carga horária destinada aos conteúdos rítmicos na graduação, visto que o conteúdo a ser explorado é abundante e complexo. 
O trabalho com a dança requer que o professor de Educação Física apresente o contexto social em que a dança é executada, e isso dar ao professor muitas alternativas para o trabalho com os alunos. Nessa perspectiva, é proposta o enriquecimento e o aprendizado sobre o que desta a muito tempo vem se modernizando, a dança. Trabalhar com dança como conteúdo da Educação Física escolar é uma maneira de privilegiar o homem e sua produção cultural.
A dança é muito útil para o aluno, pois ela pode criar condições que se estabeleçam relações interativas, proporcionando o conhecimento do próprio corpo e de suas possibilidades, tendo uma compreensão de modo crítico do mundo em sua volta. Ao vivenciar a dança, seja ela em expressão artística, recreativa, expressão humana, de sentimento entre outras, tais expressões levam ao enriquecimento das aulas de Educação Física. Segundo SARAIVA (2009), é preciso uma vivência da dança, pois ela afirma:
O professor de Educação Física é preparado para exercer uma prática desportiva, pois retém conhecimentos específicos sobre a anatomia, fisiologia e limites do corpo, podendo assim desempenhar seu trabalho de forma mais eficaz com seus objetivos. O respeito às características de cada aluno é condescendente, pois o excesso físico pode trazer prejuízos ao invés de benefícios como proferi Kunz (2000, p.50): 
O profissional de Educação Física deve conhecer as fases de desenvolvimento psicomotor e disponibilizar outras formas de brincadeiras, jogos lúdicos apropriados não somente a idade e a fase que cada criança se encontra, mas também fazer a inicialização do indivíduo ao esporte. Oportunizando ao futuro e possível atleta o interesse de envolver-se com práticas esportivas e não mais como antigamente era compreendida a educação física, de forma obrigatória, instrumental e competitiva. Ou seja, a competência do professor de Educação Física é colocada a prova no cotidiano escolar. 
"a formação da imagem corporal já ocorre dentro de um conflito. De um lado, os pais não incentivam o contato com o meio, limitam esse contato através dos brinquedos e das proibições. Por outro lado, incentivam a nossa curiosidade, mas limitam a nossa experiência corporal, querendo que façamos as coisas do jeito deles". (IWANOWICZ, 1989, p. 69).
É muito importante que a dança para as crianças na escola seja tratada de forma consciente como um meio de expressão e comunicação. São grandes os seus benefícios, pois é uma atividade que prioriza a educação motora consciente e global, não visando apenas a uma ação pedagógica, mas também à psicológica, ao comportamento da criança e suas atitudes, além de ser entendida como um movimento histórico cultural que contribui com autonomia para a vida da criança desenvolvendo sua criatividade, sensibilidade, expressão e corporeidade (FREIRE, 2001; SANTOS; LUCAREVSKI; SILVA, 2005; SOARES; SARAIVA, 1999).
A dança na escola não deve ter a intenção de formar profissionais, bailarinos, e sim de possibilitar um contato mais efetivo de se expressar criativamente com o movimento. Porém, a dança descontextualizada passa a ser dançada por dançar, sem um objetivo, sem um contexto, como uma mera oportunidade de reprodução de movimentos rítmicos, por isso deve sempre ser trabalhada de maneira crítica, sem ignorar o papel social, político e cultural do corpo na sociedade (CARBONERA; CARBONERA, 2008; EHRENBERG; GALLARDO, 2005; MARQUES, 1997).
Outro fator importante no trabalho da disciplina de Educação Física direcionado para a dança e música na sala de aula é a interação professor aluno partindo do cotidiano do aluno. Parafraseando Tavares (2008, p. 73) “não pode perder de vista o fato de que os alunos têm suas vivências e experiências musicais e que estas devem ser sempre levadas em consideração”. A autora evidenciada ainda enfatiza que: “Na dança, a música funciona como elemento de união e integração entre os dançarinos, que trabalharem em grupo precisa estar sincronizado. O estimulo sonoro normalmente determina o ritmo e a mudança nas sequências de movimentos de uma dança”. (TAVARES, 2006, p. 49).
Assim, podemos enfatizar que para o professor de Educação Física é necessária que este busque proporcionar experiências artísticas, fazendo com que o aluno tenha relação direta não só com os conteúdos de dança, mas com a música e dança. No entanto, é necessário também que esses métodos/estratégicos estejam associados, tanto com os aspectos formais, quanto àqueles relativos aos conteúdos. O que significa que o trabalho em sala de aula deve ser direcionado para o desenvolvimento da aprendizagem e para a formação do indivíduo de acordo as exigências sociais, consequentemente para o exercício da cidadania.
Como podemos observar a dança pode ser trabalhada em diferentes áreas do conhecimento. Porém é de fundamental importância que o professor tenha conhecimento da metodologia utilizada no trabalho com a dança. É preciso antes de tudo, conhecer o cotidiano de seus alunos fazer com que o indivíduo deixe transparecer suas próprias ideias sobre os métodos apresentados, é necessário ainda confrontá-los com a realidade social o que facilitara a percepção do que significa o trabalho com Educação Física.
Alunos com Síndrome de Down nas Aulas de Educação Física
De modo geral, as escolas e os profissionais de Educação Física, lidam muito pouco com alunos especiais de modo geral, portanto quando devem fazê-lo apresentam limitações,até pelo pouco preparo que eles têm para isso. Neste texto queremos expor como se dá o contato destes profissionais, especificamente, com portadores de Síndrome de Down.
A síndrome de Down é causada pela presença de três cromossomos 21 em todas ou na maior parte das células de um indivíduo. Isso ocorre na hora da concepção de uma criança. As pessoas com síndrome de Down, ou trissomia do cromossomo 21, têm 47 cromossomos em suas células em vez de 46, como a maior parte da população.
As crianças, os jovens e os adultos com síndrome de Down podem ter algumas características semelhantes e estar sujeitos a uma maior incidência de doenças, mas apresentam personalidades e características diferentes e únicas.
As pessoas com síndrome de Down têm muito mais em comum com o resto da população do que diferenças. O mais importante é descobrir que seu filho pode alcançar um bom desenvolvimento de suas capacidades pessoais e avançará com crescentes níveis de realização e autonomia. Ele é capaz de sentir, amar, aprender, se divertir e trabalhar. Poderá ler e escrever, deverá ir à escola como qualquer outra criança e levar uma vida autônoma. Em resumo, ele poderá ocupar um lugar próprio e digno na sociedade.
 A escola por sua vez é um importante veículo de formação de cidadania e de inclusão social. É garantida por lei, a inserção de portadores de deficiência mental na rede regular de ensino, sendo assistido por profissionais capacitados, para que haja a integração e desenvolvam sua independência e autonomia, tornando-os indivíduos atuantes na sociedade. Nesse sentido, corrobora-se com Nader (2003) quando afirma que o exercício da liberdade e autonomia proporciona no deficiente, situações de inserção no grupo que se encontra, interagindo com outras crianças, longe da superproteção, imposta pela família. Quando isso acontece, é possível desenvolver-se a partir das próprias limitações o senso de autonomia.
A proposta da Educação Física Escolar é inserir a criança em meio à cultura corporal do movimento, para que ela possa compreender, aprender e desenvolver suas habilidades, percebendo o meio ambiente e as adaptações que o mundo oferece. A disciplina tem o dever de proporcionar ao aluno práticas que desenvolvam suas dimensões cognitivas, afetivas, motoras e socioculturais.
A educação é um direito para todos os alunos com ou sem qualquer tipo de deficiência. Quanto ao que se refere à Inclusão Escolar de crianças com algum tipo de deficiência, independente de qual seja, é dever do professor fazer todo o possível para que todos os alunos aprendam e progridam.
 A inclusão não pode e nem deve ser encarada como uma forma negativa de desafio e, sim apenas como uma consciência sobre as diferenças individuais de cada criança, tal como explica Flórez (1997, p.6), “[...] a dificuldade para aprender não deve ser considerada como algo generalizável a todo tipo de aprendizagem, mas parcelável”. Isto significa -como afirma Mazzotta (1982, p.15), “que nem todas as condutas são afetadas pela deficiência. Para isso, é preciso procurar e esgotar todos os métodos e meios de ensino que permitam aos alunos aprender e alcançar os objetivos educativos, motivando-os a sempre buscar seu melhor”.
A criança com SD, apesar de ter várias de suas características físicas e psicológicas limitadas, tem uma comprovada capacidade de aprender. A adaptação educativa dos métodos e avaliações faz com que haja progresso dentro do contexto educacional. A criança com SD tem uma maior facilidade de aprendizado, quando há repetições de atividades antes de modificá-las. As imitações também facilitam, pois além de serem divertidas para as crianças elas acabam por copiarem os movimentos.
É fundamental, que ao se iniciar um processo de atividades para crianças com SD, seja considerado todo o seu contexto sociocultural, suas deficiências corporais, enfim, suas potencialidades. Para que seja construído um trabalho focado no desenvolvimento individual, garantindo o direito ao aprendizado e a cidadania.
 Portanto, o professor de Educação Física pode buscar atividades que sejam compatíveis para o desenvolvimento das crianças com SD, junto às outras crianças, para que haja a socialização e um bom desempenho no aprendizado cognitivo e corporal das mesmas, sem que tenha maiores problemas.
Algumas problemáticas são encontradas nas crianças com SD, segue alguns cuidados que se deve tomar ao aplicar algumas atividades:
Instabilidade atlanto-axial (IAA) – É o aumento da distância entre duas vértebras da coluna cervical (C1 e C2), localizada na parte superior do pescoço, que deve ter uma distância entre 1 a 4 mm, para ser considerada dentro da normalidade, acima de 5 mm , o mesmo deverá ter maiores cuidados pois suas funções básicas não serão exercidas com eficiência, na qual será a proteção medular. Neste caso o docente deverá estar atento aos possíveis sintomas como: torcicolos frequentes, postura anormal da cabeça, dor localizada, em casos mais graves deteriorização motora progressiva, que pode levar o aluno a ter dificuldades para andar e posteriormente se tornar dependente para todas as atividades. Atividades contraindicadas seriam: alguns estilos de natação, como borboleta e peito; ginástica artística, por causa dos rolamentos, saltos de aparelhos e quaisquer outros exercícios que coloquem sobre pressão a cabeça e/ou pescoço. Devendo ressaltar que o indivíduo de IAA, deverá fazer atividades físicas tendo como exceção somente as atividades acima citadas.
A Educação Física, através da utilização de atividades físicas, exercícios, jogos recreativos e esportivos, auxilia significativamente na formação do indivíduo, apoiando-se em bases cientificas do conhecimento biológico, pedagógico e psicológico para atingir seus objetivos (RODRIGUES, 1993).
Existem grupos de indivíduos que necessitam de uma Educação Física “Especial”, ou seja, adaptada às suas necessidades e dificuldades. Contrariando essa visão acredita-se que não existem muitas diferenças entre a Educação Física para os ditos “normais” e aquela oferecida aos “deficientes”. Fazemos adaptações para muitas outras coisas e nem por isso temos necessidades “especiais”.
Assim, podemos considerar que os objetivos da Educação Física são vários, como estimular o crescimento e o desenvolvimento, hipertrofia muscular, flexibilidade, melhoria na capacidade cardiorrespiratória, além de promover muitas descobertas dos próprios movimentos, alegria, motivação, sem esquecer da formação para relacionamento social do indivíduo.
Essa visão deixa evidente que o ensino da Educação Física para crianças com necessidades especiais visa a educação, o fortalecimento físico, a adaptação social e acaba funcionando como exercícios terapêuticos, a fim de possibilitar às crianças a base para a escolaridade.
Análise da Entrevista de Professores de Educação Física
Realizamos quatro entrevistas com professores que atuam na escola e instituições com crianças que estão nas séries iniciais e que trabalham ou trabalharam com alunos com necessidades especiais e detalhamos suas condições de atuação e com as competências com as quais operam. Perguntas e respostas estão em anexo.
Na graduação a formação dos professores para o trabalho com deficiência foi bastante debilitada para uns e completa para outro. Um dos professores entrevistados teve orientação desde o 1º ano até o último, porém os demais tiveram a orientação parcialmente durante, no máximo, 02 semestres e houve profissional que não teve nenhuma disciplina específica, apenas abordagens durante a sua formação.
Apesar disso, todos os professores consideraram muito importante a prática da Educação Física na vida dos alunos com deficiência por causa da integração e desenvolvimento que promovem nas diferentes limitações que os alunos tenham, desenvolve o cooperativismo e o acolhimento por parte dos demais educandos e, principalmente, ajuda a estimular o raciocínio e melhora as habilidades físicas deles.
Os profissionais, de modo geral, já lidaram com diferentes tipos de deficiências,relataram que atenderam deficiente auditivo, deficiente mental, deficiente intelectual, paraplegia cerebral, tetraplegia mista motora e Síndrome de Down. Por causa da limitação da formação, para alguns foi muito difícil lidar com todas as situações porque acabaram aprendendo com a prática do dia a dia. Para todos, porém, é um trabalho muito significativo devido ao aprendizado, à experiência e a integração que promoveram entre os alunos. Uma entrevista, inclusive, destaca que, durante este envolvimento, chegaram a refletir a própria vida.
A dificuldade maior dos professores é a falta de maior do poder público que coloca as crianças sem a devida estrutura para cuidar das diversas deficiências em meio a tantas crianças. Há falta de acessibilidade nas escolas e os profissionais se vem desamparados de outros atendimentos que seriam necessários nas unidades escolares. Alguns superaram estas dificuldades no cotidiano e um dos professores disse que não tem dificuldade porque se apoia na sua formação constante.
Este professor, justamente é aquele que recebeu o conhecimento em todos os semestres da sua faculdade, quanto os demais responderam que também se sentem preparados, porém, defendem maior necessidade de preparo para lidar com todas as demandas que os alunos com deficiência representam, principalmente porque, às vezes, têm que atender crianças com necessidades diferentes numa mesma turma. Um dos professores disse que após dezesseis anos de atuação sente-se preparado para atender alunos com deficiência.
Quanto ao tema primeiros socorros para atender melhor, os professores receberam formação adequada na graduação, aprenderam usar os recursos em situações de emergência durante as suas aulas, além disso receberam ensino com relação às atitudes necessárias para lidar com diversas situações, inclusive fazer reanimações nos casos mais complicados.
No caso dos professores entrevistados, as situações mais comuns que exigem atendimento deles são alunos que sofrem pequenas quedas, sofrem pequenos acidentes e escoriações. Nem todos eles têm os kits de primeiro socorro à disposição, mas há uma singularidade, na cidade em que trabalham, como ela é pequena, a unidade de saúde básica é próxima e é só ligar que presta socorro para os alunos.
Conclusão
Percebemos, através deste trabalho que, os professores de Educação Física, tem procurado atender ao máximo o currículo que recebem, inclusive, envolvendo a dança como conteúdo, mas encontram dificuldades em desenvolver esta atividade na escola, por falta de prepara e também pela restrição cultural dos alunos, principalmente, meninos que apresentam preconceito com relação à dança.
Por outro, no que se refere a atender os alunos com Síndrome de Down, apesar de algumas limitações, todos tem tido maior preparo e tem construído um caminho de atuação mais tranquila porque as restrições são correlação à acessibilidade e despreparo das escolas, mas eles colhem bons frutos na interação e acolhimento destes alunos.
Também atendem adequadamente os alunos que necessitam de primeiros socorros, porque todos de alguma maneira tiveram orientações na sua graduação.
Referências Bibliográficas
RODRIGUES. Daiane Borges, A Competência do Professor de Educação Física. Disponível em: http://www.webartigos.com/artigos/a-competencia-do-professor-de-educacao-fisica/35493/#ixzz4O3luze31, acesso em 25 out. 2016.
LISBOA, G. S. A Importância das Aulas de Educação Física na Escola. Disponível em
http://bdm.unb.br/bitstream/10483/5457/1/2012_GilvandaSilvaLisboa.pdf, acesso 26 out.2016.
A IMPORTÃNCIA da Dança nas Aulas de Educação Física. Disponível em: http://editorarevistas.mackenzie.br/index.php/remef/article/viewFile/3310/3788, acesso em 27 out. 2016.
A INCLUSÃO de crianças com Síndrome de Down na Educação Física Escolar. Disponível em http://www.efdeportes.com/efd180/sindrome-de-down-na-educacao-fisica.htm, acesso 27 out. 2016.
ANEXOS
TRANSCRIÇÃO DE ENTREVISTAS
Professor(a): Rolangelo Kemparski da Rocha
Escola: Professora Judith dos Reis Espíndola
Turma em que atua: Ensino fundamental séries iniciais
Na sua graduação, você teve alguma disciplina que abordasse o trabalho com alunos com deficiência?
Tive a disciplina de educação física especial, que teve a duração de 2 semestres, mas foi pouco, porque abordava diferentes deficiências da mesma maneira, hoje eu sei que cada situação requer um tipo diferente de abordagem.
Qual a importância da educação física no processo de desenvolvimento desses alunos?
Os alunos têm oportunidade de se integrar e desenvolver as habilidades que precisam, muitos têm necessidades de mobilidade e as aulas ajudam bastante, mas o maior ganho é que podem se sentir acolhidos e integrados com os demais alunos.
Você tem ou já teve alunos com deficiência em suas aulas? Quais foram as deficiências com as quais você trabalhou? (Caso a resposta seja sim). Fale um pouco sobre essa experiência.
Já trabalhei com alunos especiais de várias diferenças, física é a mais comum e também mais simples, já mental e DA (surdez) requer uma qualificação a mais que eu não tenho, mas tive que correr atrás de conhecimento e adaptação, hoje com 16 anos de experiência já estou adaptado, mas no início tive muita dificuldade.
Quais as maiores dificuldades encontradas em sua prática pedagógica realizada com alunos com deficiência?
A falta de apoio maior do poder público que coloca as crianças na escola e a gente tem que que virar, e também a falta de preparo maior para atender diversas deficiências, principalmente, o deficiente mental e auditivo.
Você se sente preparado para trabalhar com alunos com deficiência?
Hoje com 16 anos de experiência já estou adaptado, mas no início tive muita dificuldade por falta de maior preparo e estrutura para atender os alunos.
Quais as situações mais comuns que necessitam de primeiros socorros durante a aula de educação física?
Os casos mais comuns são as quedas e escoriações, como relatei acima, apenas uma vez houve uma queda mais forte que a criança perdeu os sentidos.
Quando ocorre, na escola, uma situação que é necessária prestar primeiros socorros, quem realiza esse atendimento? A escola dispõe de um kit de materiais para este fim?
A escola tem kit de primeiro socorro, além do mais está muito próximo da Unidade de Saúde, então o atendimento de qualquer situação é muito rápido.
Durante a graduação teve alguma disciplina sobre primeiros socorros?
Em relação aos primeiros socorros também tive uma disciplina na faculdade (Unigran) que foi boa, aprendi que não se deve agravar um problema decorrente de um acidente, principalmente devido a traumatismos, mas o mais importante diante de uma situação crítica é o equilíbrio emocional, esse eu achei que tinha e me decepcionei quando aconteceu e graças a Deus eu não estava só quando aconteceu, é muito importante o profissional de educação física atuar na prevenção de problemas como sol forte,quadra molhada e com buracos.
Professor(a): Melissa Mara Jacobi Espíndola
Escola: Professora Judith dos Reis Espíndola
Turma em que atua: Ensino fundamental séries iniciais
Na sua graduação, você teve alguma disciplina que abordasse o trabalho com alunos com deficiência? 
Sim. Educação Física Adaptada.
Qual a importância da educação física no processo de desenvolvimento desses alunos?
A maior importância é mostrar para o aluno que ele pode realizar as aulas do seu jeito e é igual a qualquer outro aluno, o tornando capaz introduzindo-o na sociedade. 
Você tem ou já teve alunos com deficiência em suas aulas? Quais foram as deficiências com as quais você trabalhou? (Caso a resposta seja sim). Fale um pouco sobre essa experiência.
Sim. A aluno tinha paraplegia cerebral e tetraplegia mista motora. Ela conseguia se locomover com andador, mas usava a cadeira de rodas com mais frequência. Foi um trabalho muito prazeroso ver os alunos interagindo sem preconceito e ajudando sempre sua colega, a chamando para jogar e participar da aula, principalmente nas aulas de tênis de mesa. E elacomeçou a se destacar nisso.
Quais as maiores dificuldades encontradas em sua prática pedagógica realizada com alunos com deficiência?
A falta de acessibilidade na escola.
Você se sente preparado para trabalhar com alunos com deficiência?
Sim.
Quais as situações mais comuns que necessitam de primeiros socorros durante a aula de educação física?
São as escoriações causadas por acidentes no decorrer das aulas, como os famosos “tombos”.
Quando ocorre, na escola, uma situação que é necessária prestar primeiros socorros, quem realiza esse atendimento? A escola dispõe de um kit de materiais para este fim?
O professor. Sim.
Durante a graduação teve alguma disciplina sobre primeiros socorros?
Sim.
Professor(a): Leomar Vega Ximenez
Escola: Projeto Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculo
Turma em que atua: crianças, séries iniciais até o 9º ano
Na sua graduação, você teve alguma disciplina que abordasse o trabalho com alunos com deficiência? 
Uma disciplina específica, não, mas os professores abordavam o tema.
Qual a importância da educação física no processo de desenvolvimento desses alunos?
É de fundamental importância para o desenvolvimento da criança, tanto motora como na ajuda de estimular o raciocínio, desenvolvendo e melhorando suas habilidades físicas.
Você tem ou já teve alunos com deficiência em suas aulas? Quais foram as deficiências com as quais você trabalhou? (Caso a resposta seja sim). Fale um pouco sobre essa experiência.
Sim, aluno com Síndrome de Down e com deficiência ou distúrbio mental leve. É uma realidade totalmente diferente tem que ter uma atenção especial para com esses alunos.
Quais as maiores dificuldades encontradas em sua prática pedagógica realizada com alunos com deficiência?
Em uma classe com vários alunos fica um pouco difícil trabalhar com essas crianças pelo fato que elas precisam de mais atenção e cuidados.
Você se sente preparado para trabalhar com alunos com deficiência?
Sim e não ao mesmo tempo. Sim porque com a nossa graduação temos noção de como trabalhar com essas deficiências, mas deve se fazer uma especialização para melhor trabalhar com estas crianças.
Quais as situações mais comuns que necessitam de primeiros socorros durante a aula de educação física?
São as escoriações causadas por pequenos acidentes.
 Quando ocorre, na escola, uma situação que é necessária prestar primeiros socorros, quem realiza esse atendimento? A escola dispõe de um kit de materiais para este fim?
Não, é avaliado a situação do caso e é encaminhado ao médico.
Durante a graduação teve alguma disciplina sobre primeiros socorros?
Não.
Professor(a): Rufino Aquino Duarte
Escola: APAE
Turma em que atua: Jovens e adultos
Na sua graduação, você teve alguma disciplina que abordasse o trabalho com alunos com deficiência? 
Sim, desde o primeiro ano até o último ano.
Qual a importância da educação física no processo de desenvolvimento desses alunos?
Interação, socialização e cooperativismo no esporte e até para seu bem estar, atividade física e importante para a vida de qualquer cidadão.
Você tem ou já teve alunos com deficiência em suas aulas? Quais foram as deficiências com as quais você trabalhou? (Caso a resposta seja sim). Fale um pouco sobre essa experiência.
Sim. DA, DI, PC, é uma experiência única que o docente adquiri, até mesmo uma reflexão da própria vida.
Quais as maiores dificuldades encontradas em sua prática pedagógica realizada com alunos com deficiência?
Não tenho dificuldade, pois a maior suporte para superar dificuldades e a qualificação.
Você se sente preparado para trabalhar com alunos com deficiência?
Sim, o professor tem que se especializar no caso for trabalhar.
Quais as situações mais comuns que necessitam de primeiros socorros durante a aula de educação física?
Muitas vezes e o despreparo. De repente surgir uma emergência e não saber lidar com a situação, principalmente, afogamento.
Quando ocorre, na escola, uma situação que é necessária prestar primeiros socorros, quem realiza esse atendimento? A escola dispõe de um kit de materiais para este fim?
O professor de Ed. Física, não.
Durante a graduação teve alguma disciplina sobre primeiros socorros?
Sim.

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