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Aula 4 Civil II (alterada)

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DIREITO CIVIL II - Obrigações
Obrigações de Dar Coisa Incerta;
de Fazer e de Não Fazer. 
Professor: Alexandre Bento
alexalbuquerque@hotmail.com
DAR COISA INCERTA (Genéricas) 
“Art. 243. A coisa incerta será indicada, ao menos, pelo gênero e pela quantidade.”
CONCEITO: 
Tipo de obrigação na qual há uma indicação prévia de gênero e quantidade, no entanto a espécie não é definida, havendo liberdade quanto à qualidade do bem a ser entregue.
Há uma indicação prévia de gênero/quantidade;
GÊNERO: 
GENERALIDADE, item que não pode ser identificado num primeiro momento.
Espécie não definida;
Há liberdade quanto a qualidade da coisa a ser entregue;
Sabe-se que deve entregar alguma coisa, mas não se pode afirmar qual.
INTERESSE  CONTRATO  ESCOLHA  TRADIÇÃO
Nasce numa incerteza, mas em algum momento deve ocorrer a CONCENTRAÇÃO (momento em que é determinada a prestação a ser entregue).
REGRAS
1) ESCOLHA:
Silêncio das partes => a escolha é do DEVEDOR;
Contrato prévio => aquele que o contrato apontar;
Obs: As partes podem escolher um terceiro determinado por elas.
2) QUE ITENS ENTREGAR?
O credor não pode ser obrigado a receber o pior, mas também não obrigado que receba o melhor. Deve-se procurar um meio-termo.
“Art. 244. Nas coisas determinadas pelo gênero e pela quantidade, a escolha pertence ao devedor, se o contrário não resultar do título da obrigação; mas não poderá dar a coisa pior, nem será obrigado a prestar a melhor.”
3) APÓS A ESCOLHA?
O que era incerto, transforma-se em CERTO (dar coisa certa)
“Art. 245. Cientificado da escolha o credor, vigorará o disposto na Seção antecedente (Dar Coisa Certa).”
4)PERDA ANTES DA ESCOLHA?
A obrigação NÃO se resolve. “genus nuquam perit” => gênero nunca perece
Art. 246. Antes da escolha, não poderá o devedor alegar perda ou deterioração da coisa, ainda que por força maior ou caso fortuito.
OBRIGAÇÃO DE FAZER
Conceito: “É o trabalho do devedor em proporcionar determinada atividade ou serviço ao credor.”
Em alguns casos, a Obrigação de Dar é consequência da obrigação de Fazer.
Ex.1: alguém chega em uma padaria e compra um bolo que está exposto no balcão. (OBRIGAÇÃO DE DAR)
Ex.2: alguém chega em uma padaria e encomenda certo tipo de bolo para entrega daqui a 5 dias. (OBRIGAÇÃO DE FAZER)
Na Obrigação de Fazer há especificação, o objeto é determinado.
* TÉCNICA E CAPACIDADE DO DEVEDOR
* FUNGIBILIDADE
* OBRIGAÇÃO DE DAR E A OBRIGAÇÃO DE FAZER
2. Tipos: 
 2.1 – FUNGÍVEL: quando o serviço puder ser prestado por uma terceira pessoa, diferente do devedor, ou seja, quando o devedor for facilmente substituível, sem prejuízo para o credor As obrigações de dar são sempre fungíveis pois visam a uma coisa, não importa quem seja o devedor (304).
2.2 – INFUNGÍVEL: ao credor só interessa que o devedor, pelas suas qualidades pessoais, faça o serviço). Chama-se esta espécie de obrigação de personalíssima ou intuitu personae ( = em razão da pessoa). São as circunstâncias do caso e a vontade do credor que tornarão a obrigação de fazer fungível ou não.
De prestar declaração ou pactos in contrahendo=>  tem por objetivo garantir a realização de um contrato definitivo. Tal contrato possui caráter provisório, interino e apenas é celebrado quando as partes se comprometem a convencionar, posteriormente, um contrato definitivo.
3. PROBLEMA DA FUNGIBILIDADE
Intuito personae (Clínica e médico)
Nemo potest precise cogi ad factum
Astreintes (VER 499 c/c 500, CPC)
Art. 499. A obrigação somente será convertida em perdas e danos se o autor o requerer ou se impossível a tutela específica ou a obtenção de tutela pelo resultado prático equivalente.	
Art. 500. A indenização por perdas e danos dar-se-á sem prejuízo da multa fixada periodicamente para compelir o réu ao cumprimento específico da obrigação.
4. NÃO CUMPRIMENTO DA OBRIGAÇÃO
INADIMPLEMENTO POR CULPA - 247 
IMPOSSIBILIDADE – 248
	- SEM CULPA (caput)
	- COM CULPA (in fine)
5. EXECUÇÃO POR TERCEIRO 
Art. 249. Se o fato puder ser executado por terceiro, será livre ao credor mandá-lo executar à custa do devedor, havendo recusa ou mora deste, sem prejuízo da indenização cabível.
Parágrafo único. Em caso de urgência, pode o credor, independentemente de autorização judicial, executar ou mandar executar o fato, sendo depois ressarcido.
VI – OBRIGAÇÃO DE NÃO FAZER
1. Tipo de obrigação na qual se impõe uma abstenção. Conduta exigida moralmente, juridicamente, pela lei ou convenção.
EXEMPLOS: Concorrência e 1285 CC
Fonte http://eduardoaugusto-irib.blogspot.com.br/2013/05/descricao-de-imovel-que-em-seu-interior_24.html 
7
2. Extinção – sem culpa – 250
3. Momento do cumprimento
4. Realizado o ato – 251 – EXIGIR / DESFAZER
 Art. 497. Na ação que tenha por objeto a prestação de fazer ou de não fazer, o juiz, se procedente o pedido, concederá a tutela específica ou determinará providências que assegurem a obtenção de tutela pelo resultado prático equivalente.(CPC)
5. Multa por descumprimento
Art. 500. A indenização por perdas e danos dar-se-á sem prejuízo da multa fixada periodicamente para compelir o réu ao cumprimento específico da obrigação. (CPC)
Caso Concreto 1
Pedro compromete-se com a confecção Radial, em razão de um contrato de publicidade, a só aparecer em público utilizando as roupas pela empresa fornecidas. O contrato foi firmado pelo período de um ano e com remuneração mensal fixada em R$ 5.000,00 (cinco mil reais). Com relação à cláusula proibitiva contida no contrato, identifique:
a. Accipiense; Solvens; Objeto Imediato e Objeto Mediato.
b. Imagine que no primeiro dia de vigência do contrato a empresa Radial não encaminhou as roupas a Pedro que,necessitando ir à farmácia, aparece em público com roupa não pertencente à empresa contratante. Pedro foi fotografado por importante revista de moda. Pode, nesse caso, a empresa contratante resolver o contrato alegando inadimplemento e ainda pedir perdas e danos? Justifique sua resposta
.
Questão Objetiva
(OAB/PR - 2003) Assinale a alternativa INCORRETA:
a) Obrigação é a relação jurídica na qual um determinado sujeito se obriga a realizar uma prestação em favor de outro, e o conteúdo desta prestação não é necessariamente patrimonial, pois existem obrigações cuja prestação não é de caráter patrimonial.
b) Nas obrigações de dar a coisa certa, se esta se perder por culpa do devedor, este responderá pelo equivalente, mais perdas e danos.
c) A solidariedade não se presume; resulta da lei ou da vontade das partes.
d) A obrigação de fazer é aquela que vincula o devedor à prestação de um serviço ou à realização de um ato positivo, material ou imaterial, seu ou de terceiro, em beneficio do credor ou de terceira pessoa. Trata-se de uma obrigação positiva.

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