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tos.Equipamentosdefotoevídeodocumen- taçãopodemseressenciaisparaalgunstra- balhosdepesquisa. Capeladefluxolaminarérequeridapara asmanipulaçõesdemeioseplacasdeculti- vos,evitandoa contaminaçãoambiental.É importantealertareorientarparaqueseefe- tuem,sempreque necessário,trocasdas membranasfiltrantesdo fluxolaminar,po- dendoseravaliadasperiodicamenteporafe- riçõesdonúmerodepartículas.O osmôme- troeo medidordepH sãoaparelhosimpor- tantesno controleda qualidadedosmeios preparadosno laboratório.O laboratório devepossuirrefrigeradores,congeladores comcapacidadedetemperaturade-20°Ce de-70°C,bemcomobotijõesdenitrogênio líquidoquesãousadosparamantergame- taseembriõescongelados. Alémdessesequipamentos,sãotambém necessáriosmateriaispararotinalaboratorial, comorecipientesdevidroe deplástico,se- ringas,agulhas,balançasanalíticas,pipetado- res,centrífugas,platinasemesasaquecedo- ras,ponteirasparapipetagem,filtrosesterili- zantes,placasdepetridescartáveis,tubosde centrífugadescartáveisevidrarialaboratorial. A centrífugadeveestarinstaladaemlugarfir- meparaqueo desempenhonãosejaafetado, e separadadosmicroscópios,esteromicros- cópios,balançaseoutrosequipamentosque podemprovocarvibrações. Protocolo para PIV em Bovinos O protocoloparaPIV embovinosapre- sentadiferençaspeculiaresentrelaboratóri- os,masosprincípiosdametodologiasãoos mesmos.As variaçõesocorremquantoaos meiosdematuraçãodosoócitosededesen- volvimentoembrionário,processosdesepa- raçãodeespermatozóidesviáveis,concentra- çãoespermática,co-cultivocelularparade- senvolvimentoembrionário,maneirasdere- tirarascélulasdocumulus,entreoutrosse- guimentosdesteprocesso.Emtermosgerais, 218 todosessesmétodossãoaceitáveis,desdeque sejamobtidosíndicesmédiosacimade30% deblastocistos.A seguirseráapresentadoo protocoloutilizadono laboratóriodeBiotec- nologia€ ReproduçãoAnimal (BioRep)da UniversidadeFederaldeSantaMaria. DiaMenos2 emRelaçãoao Diada Fecundação Inicialmente,asplacasparamaturaçãode oócitos(modelopetride6Omm)sãoprepara- dascomquatrogotas,emvolumesde100!lI, deTCM 199modificado,cobertascomóleo desilicone50ctks.Asplacasparacultivoem- brionáriosãopreparadasdemaneirasimilar, utilizando-semeioKSOM contendo10%de SVE ou SFB. As placasparamaturaçãode oócitoseparacultivoembrionárioempresen- çadecélulasepiteliaisdoovidutosãoequili- bradasemestufaa 39°C,comatmosferade 5%deCOl emareumidadesaturada. Parapesquisa,os CCOs são obtidosa partirdeováriosoriundosdefrigoríficoseo materialnecessárioparaserutilizadonesse localdeveserorganizadonodiamenos2ou no diamenos1,devendoconter2 garrafas térmicas,1litrodesoluçãosalinaa0,9%de NaCl, 1 tesouracirúrgica,1frascode25 a 50 mlcomtampaparacolocarovidutos,em casodecultivoembrionárioemmonocama- dadecélulasdooviduto,1pardeluvascirúr- gicas,roupasebotasdecorbranca. 'DiaMenos1 No Frigorífico Os ováriosdevemserretiradosnamesa de inspeçãoe submetidosa umarápidala- vagemcomsoluçãosalinaa 0,9%deNaCl, devendoser,emseguida,colocadosemgar- rafatérmicacontendosoluçãosalinaestéril natemperaturade30°Cetransportadospara o laboratório.Todaamanipulaçãodosová- rioseoócitosnãodeveserrealizadaemtem- peraturainferiora25°C. ~ No Laboratório PreparaçãodosOváriose Punção Folicular Os ováriosdevemserlavadosatravésde duaspassagensemfrascoscontendosolu- çãosalinaesubmetidosàsecagemcomgaze oupapeltoalhaestéril,antesdapunçãofo- licular.Os folículosovarianoscomdiâme- troentre2 e 8 mmsãopuncionadoscom agulhadeduaspontas,comercializadaspara extraçãodesangueemtubosVacuntainer (21xl"),utilizandovácuocontínuoprovo- cadoporbombacalibradaparaaspirar1Oml delíquidoporminuto,oquecorrespondea umvácuoentre30a60mmdeHg.Termi- nadaaaspiração,otubodeensaiodeveper- maneceremposiçãoverticalpor10minu- tosparaemseguidaserretiradoosobrena- dantecomamu1iodeumpipetador.O sedi- mentoé colocadoemplacadepetride 1O0x15mmpararastreamentoeisolamen- todosCCOs,sendorecomendadoalavagem dotubo,porduasvezes,comaproximada- mente2mldemeioparaquenãopermane- çamCCOsnofundodotubodecolheita. Rastreamento,Isolamentoe Lavagemdos CCOs A placadepetrideveconternomáximo3I a4mldelíquidofolicular,quantidadessupe- rioresdificultamavisualizaçãoeo isolamen- todosCCOs. Os CCOs sãoretiradoscomo auxíliodemicropipetasdevidrocomdiâme- tro ligeiramentesuperioraosCCOs. Micro- pipetascomdiâmetroexatamentedo tama- nhoou inferioraoCCO danificamo oócito. Essapipetaéacopladaaodispositivodesuc- ção,podendoserummanguitocomovácuo epressãocontroladapelabocado operador ou aparelhosespeciaisparamicromanipula- ção.Assim,os CCOs sãotransferidospara umaplacacontendo3 mldeTCM 199para lavagemdosoócitos,aqualépreparadamo- mentosantesdouso.Apósaseleçãofinaldos CCOs, sãorealizadasmaisduaslavagensem outrasplacas,aproveitando-separacontaros CCOs e realizara estimativade quantos CCOs serãocolocadosemcadagrupo. MaturaçãodosOócitos Após a ultimalavagem,os CCOs são transferidosparaaplacadematuraçãopre- viamentepreparada.É importantesalientar que,emcasosdenecessidade,asplacasde maturaçãopodemserpreparadasdemanei- ra quepermitaum equilíbrioematmosfera contendo5%deCO2por,nomínimo,2ho- ras.ParacolocarosCCOs nagotadematu- ração,retira-seumpoucodolíquidodagota 1easpira-se,porexemplo,20CCOs dapla- cadelavagem,colocando-osnagota1,rea- lizandoleveagitaçãodaplaca.Posteriormen- te,osCCOs sãotransferidosparaagota2e, apósleveagitação,sãodivididosparaasou- trasgotas.Nesseexemplo,10CCOs paraa gota3 e 10paraagota4, realizando-seleve agitaçãoda placaparaquefiquemposicio- nadosnocentroda gota,devendosermanti- daumaproporçãoaproximadadeumCCO para10]LIdemeiodematuração.Posterior- mente,asplacasdematuraçãocomosCCOs sãotransferidasparaumaestufacomtempe- raturade39°C,atmosferade5%deCO2em areumidadesaturada,ondesãomantidaspor umperíodode24horas. Isolamentoe Lavagemdas Células Epiteliaisdo Oviduto Em casodeutilizaçãodemonocamadade célulasepiteliaisdo oviduto,processoem desusonoBioRep,omaterialnecessáriopara queascélulassejamobtidassãoagulhacom calibre25x8,seringade20 m!,pinçadecu- shing,tesouracirúrgicapequena,placadepe- tri,tubocênicode15ml,25mldeTCM 199 parapreparaçãodascélulasdooviduto,4ml deKSOM, gazeoupapeltoalhaesterilizada, pipetadoreponteirapara10]LI.Disseca-seo ovidutoretirando-seo mesosalpingepara 219 propiciarumalimpezaadequada,imediata- menteapós,éefetuadaalavageminternado ovidutocom4 rnldeTCM 199,utilizando- seumaagulhadecalibre25x8acopladaauma seringa.A lavagemexternadoovidutoérea- lizadacom3 rnldeTCM 199.Apósessasla- vagens,coloca-seoovidutosobregazeecom a pinçadecushingpressiona-setodoo ovi- dutoparadesprenderascélulasepiteliais.Em seguida,lava-seo interiordoovidutocom3 a4 rnldeTCM 199erecolhe-seomeiocom ascélulasemtubocônicode15rnl.Essetubo deveseragitadoem"vortex"a 80%davelo- cidade/5segundose,posteriormente,centri- fugadoa700xgpor3segundos.O sobrena- dantedeveserdesprezadoeascélulasepite- liaisdevemsercolocadasem3a4rnldeTCM 199.Esseprocessodeveserrepetidopormais 2 vezesemTCM 199e,naúltimalavagem, em3rnldeKSOM. Depoisdaúltimacentri- fugação,suspenderascélulasemaproxima- damente100~deKSOM. CultivodasCélulasEpiteliaisdo Oviduto Apósos processosdeisolamentoe lava- gem,aspiram-se10JLIdecélulasepiteliaisdi- retamentedopelletcontidonofundodotubo. Colocam-seaproximadamente4JLInagota1 da placade cultivoembrionário,a qualfoi estabilizadanaestufaporperíodomínimode 2horas.No sentidodeaumentaraindividua- lizaçãodascélulas,realiza-sea aspiraçãoe retomodascélulasàgota,repetidamente,com micropipetadevidro.A seguir,realiza-sea seleçãodosmenoresaglomeradosdecélulas dooviduto,emquantidadesuficienteparao cultivoemduasgotas.As célulasseleciona- dassãolavadasnagota2,divididasetransfe- ridasparaasgotas3 e4,emvolumedeaglo- meradosequivalentesa 5 CCOs. PreparaçãoparaFecundaçãodosOócitos 1.Preparare estabilizarem 5% de CO2 emar 2 placasdepetri (35mm)con- 220 tendo3 ml demeioFert-TALPsem adição-deheparinaparalavagemdosCCOsmaturos; 2.Prepararumtubocônico(15rnl)con- tendo3 rnldeFert-TALPsemadição deheparinaparaasegundasuspensão dosespermatozóides,recomendando- sepermanecersemi-abertonaestufa comatmosferade5%deCO2emar; 3.Preparare estabilizarem5%deCO2 emarasplacasdepetriparafecunda- ção (60 mm)contendo4 gotasde 100~(gotas1, 2, 3 e4) de Fert-TALP, contendo5 /lIdeheparinasoluçãoes- toque(10/lg/rnl)sobóleo. DiaO ~ SeparaçãodosEspermatozóidesem GradientedePercol Retira-se2,7rnldepercol,deumfrasco mantidoa 5°Cecoloca-seemfrascodevi- droestérilcomcapacidadepara5rnl.Adicio- nam-se300JLIdemeioSp-TALPlOx,resul- tandonogradientePercol90%.Transfere- se1rnldoPercol90%paraoutrofrasco,adi- cionando-se1mldeSp-TALPIx o quere- sultanogradientePercoI45%.Pararealizar ,ascolunas,transfere-se2rnldepercol90% paraofundodeumtubocônicode15mle, lentamente,comotuboinclinado,adiciona- se,sobreo Percol90%,2rnldoPercol45% (Figura10.8).Depoisdepreparadaacolu- )1adePercol,descongela-seumapalhetacom 0,5rnldesêmena 38°C,colocando-oem tubodeensaio.Emseguida,aspira-se1rnl dosêmen,comumpipetador,edeposita-se, vagarosamente,sobrea colunadepercol 45%comotuboinclinadoemângulode45°. O percolnãodeveseraquecido,sendone- cessáriopermaneceràtemperaturaambiente (aproximadamente25°C).O tubocontendo o percole o sêmené centrifugadopor30 minutosa 700xg. ~ PreparaçãodosOócitosMaturos para Fecundaçãoe CapacitaçãoEspermática No intervalode30minutosparacentri- fugaçãodosêmen,procede-sealaVagemdos ecos paradepositá-Iosnasgotasdomeio defecundação.Paraisso,noexemplo,os20 ecos sãoretiradosdasgotasdematuração, 10decadavez,utilizando-sepipetadorre- guladopara50JLl.Aspira-seumpoucode meioFert-TALPdaplacadelavageme,com amesmapipeta,sãoretiradososecos, pro- curandotransferir,juntocomeles,amenor quantidadepossíveldomeiodematuração. Inicialmente,osecos sãolavadosemduas placasdepetride35mmcontendo3mlde Fert-TALPsemheparinaedepoissãotrans- feridosparaa placadefecundação.Nessa placa,osecos sãolavados2vezeseime- diatamentetransferidosparaagota1dapla- cadefecundação.Seguindoumaleveagita- çãocomapontadaponteira,osecos são transferidosparaagota2,aqualélevemen- teagitada.A fecundaçãodeveocorrernagota 3 e 4. Paratransferiros ecos paraessas gotas,deve-setomarcuidadoparaqueagota finalpermaneçacom100JLl,tendoemvista aconcentraçãofinaldeespermatozóides.Na gota3,aponteiraépreenchidacom25JLl, enquantoquenagota2,solta-sequantida- desuficientedemeioparapossibilitaraas- piraçãodosecos enovamenteaponteiraé preenchidacom25JLI,sendotodooconteú- dodareferidaponteiracolocadonagota3, aqualconterá100JLIdemeio.Repete-seo procedimentoparaa gota4 coma metade restantedosecos. Os melhoresresultadossãoobservados comacapacitaçãorealizadanamesmagota defecundaçãocontendoo meioFert-TALP comheparina.A concentraçãodeheparina variaemrelaçãoao touroe ao métodode separaçãodosespermatozóides.Quandoa separaçãoespermáticaé realizadaemgra- dientede percol,a maioriadosejaculados dosdiferentestourosrespondea 10/Lgde heparina/mldemeio,masexistemtrabalhos utilizandoaté100JLgdeheparina/mldemeio quandosãoseparadospor swimup. ~ Suspensãodos Espermatozóidese Inseminação Apósoperíododecentrifugação,retira- seosobrenadanteeaopelletresultanteadi- ciona-se500JLIdeFert-TALPsemheparina. Paradeterminare ajustara concentração, retira-seumaamostrade10JLIparaserdiluída em90JLIdeágua(diluição1/10).Conta-seos espermatozóidesemcâmarade Neubauere ajusta-se,inicialmente,a concentraçãopara 1x107espermatozóides/rnl,objetivandoatin- giraconcentraçãofinalde2x106espermato- zóides/mlapósadicionar25JLIdeesperma- tozóidesnagotadefecundaçãocom100/LI. Paradeterminaronúmerodeespermatozói- desemcadaamostra,afórmulaabaixopode serutilizada. Espermatozóidescontadosx fatordediluiçãox fatorde N°d / 3 correçãodacâmara(4000)eesperm.mm = Númerodequadradoscontadosnacâmara Exemplo: Nocasodecontar80quadradospeque- nos (5quadradosgrandes)nacâmarade Neubauere encontrar50espermatozóides emumaamostradiluídaaI: 1O,o número deespermatozóidespormm3éo seguinte: 221 50x 10x4oo0 N°deesperm./mm3= 80 = 25.000esp/mm3 Ouseja,25.000esp/mm3x 1.000= 2,5x 107esp./ml Portantoéiguala1,25x 107esp.nos500p.l desêmendiluídocomFert-TALP Paraatingir1x 107esp./mldeveadicionar 750p.lFert-TALP,totalizando1250p.l Chega-seaessevolumedaseguintemaneira: 2,5x 107esp./ml+-1x 107esp./ml=2,5 500p.lx2,5=1250p.l 1250p.l- 500p.l=750p.l Demaneiramaisfácil,utilizandoomes- moexemplocomdiluiçãoaI: 10: 50espermatozóidescontadosnos80qua- dradospequenosx 500p.l=25.000 25.000+ 10.000=1.250p.l(deveserovo- lumetotal) 1.250p.l- 500p.l=750p.lquedeveser adicionadoaos500p.ldesêmen Apesardessecálculoparecerextremamen- tesimples,o seuentendimentoéfundamental nocasodousodeoutrofatordediluição.A inseminaçãodeveserrealizadacomumapon- teiraparacadagota,evitandoquesejatransfe- ridoóleodaponteiraparao frascocomos espermatozóides.O períododefecundação deveserentre18e24horas. ~ PreparaçãodasPlacaspara DesenvolvimentoEmbrionáriosem Monocamadade CélulasSomáticas. No casodeutilizaçãodecultivoembrio- nárionaausênciadecélulasepiteliaisdoovi- duto,asplacasparao desenvolvimentodos embriõesdevemserpreparadascomquatro gotas,emvolumesde 100!lI,deKSOM ou SOF,contendo10%deSVE ouSFB,4mgde BSNrnl ou 1mgdePVNrnl demeiocobertas comóleode silicone50 ctks.As placassão equilibradasemestufaa39°C,comatmosfera de5%deCOlo5%deOze90%deNzeumi- dadesaturada. 222 Dia 1 ~ RetiradadoCumuluseCultivoEmbrionário A retiradadocumulusquecircundaospre- sumíveiszigotospodeserrealizadautilizando o "vortex"ouatravésdesucessivasaspirações eliberaçõesdoszigotoscomumamicropipeta devidro.Paraa retiradado cumuluscomo "vortex",coloca-seoszigotosemumtubode 15ml, contendo500 !lI demeiodecultivo embrionário,eagita-seotubono"vortex"em 100%davelocidadepor2minutos.Apósessa agitação,lava-seo tubodeensaiocomKSOM etransfere-seoszigotosparaplacadepetri. O segundométodoconsisteno usodeuma pipetadevidro com diâmetroligeiramente superioraozigoto.Sãorealizadasaspirações sucessivascom10zigotosdecadaveznagota defecundaçãoatéa retiradatotaldascélulas somáticas.É importantesalientarqueseo diâmetrodapipetaficarmuitogrande,areti- radadascélulastorna-sedificultada,todavia, seodiâmetroformenordoqueozigoto,essa célulapoderáserdanificadaapontodecom- prometerseudesenvolvimento.Apósa reti- radadocumulus,oszigotossãolavadosem placacontendo3 rnldeKSOM com10%de soroou4mgdeBSNrnl ou 1mgdePVNrnl demeioe,posteriormente,transferidospara umagotanaplacadecultivo.Apósumapas- sagempelasegundagotademeiodecultivo, os zigotossãocultivadosnapresençaou na ausência(métodoatualmenteutilizadono BioRep)decélulasdeovidutoemgruposde 10a 12,nasgotas3e4daplacadecultivo.É importantemanterumaproporçãomínimade umembriãoparacada10p.ldemeionosen- tidodeobtercondiçõesideaisparao desen- volvimentoembrionário.A partirdessemo- mento,as placascontendoos zigotossão colocadasemcultivoemumaestufaa 39°C comatmosferade5%deCOzemareumida- desaturada,quandoutilizadamonocamada dascélulasepiteliaisdo oviduto,ouemuma atmosferacontendoumamisturagasosade 5%deCOz,5%de°z e90%deNz,quando 1 I I I oszigotossãocultivadosnaausênciadecé- lulassomáticas. Dia2 ~ AvaliaçãodaClivagem. Aavaliaçãodaclivagemérealizada48ho- rasapósainseminação.Nesseperíodo,en- contra-seembriõescom2,4 e8células.Os embriõescom2 célulasapresentammenor probabilidadedealcançaro estádiodeblas- tocisto.Duranteaavaliaçãodaclivagem,reti- ram-seasestruturasnãoclivadasdagota. Dia 7 e 9 ~ AvaliaçãodoDesenvolvimentoEmbrionário O númerodemórulas,blastocistos,blas- tocistosexpandidoseblastocistoseclodidos sãocomputadosentreosdias7 e 10apósa fecundação.É recomendadorealizarduas avaliações,umanodia7eoutranodia9 pa- raacompanharaformaçãodosblastocistose aporcentagemdeembriõesqueatingeo es- tádiodeeclosão.O índicedeblastocistoex- pandidoeeclodidoé indicativofundamentalparadeterminaraeficáciadosistemadema- turaçãodo oócito,fecundaçãoedesenvolvi- mentoembrionário. Preparaçãodos Meios Utilizadosna PIV ~ Solução salina para colheitade ovários em matadouro Preparaçãaem umbalãocomcapacidadepara2 litros: Componente Unidade QuanTIdade 18 2 NaCl Águoultrapuraq.S.p. g litro ~ Solução estoquede Antibiótico para os meios Componente Penicilina Estreptomicina Águaultrapuraq.s.p. Unidade UI mg ml QuanTIdade 100.000 50 1 Congelara-20°(. UTIlizar1JlI dasoluçãoestoquefmldemeio ~ Soluçãoestoquede Piruvatode Sódio para maturaçãode oócitos Componente Unidade PirlNatodesódio g Águaultrapuraq.s.p. JlI Congelar a -2(Jo(emalíquotasde3 j.1!. QuanTIdade 0,0075 300 ~ Soluçãoestoquede Piruvatode Sódio paradesenvolvimentoembrionário Componente Unidade QuanTIdade Piruvatodesódio g 0,00165 Águaultrapuraq.s.p. JlI 300 Congelar o -2Ü'C em alíquotas de3 JlI. ~ Solução estoquede heparina para fecundação Componente Heparina Fert.TALPq.S.p. Unidade QuanTIdade 0,0010 4 g ml Congelara-20°C emalíquotasde50JlI. 1.Fazergotasdefecundaçãocom95JlIdemeioFert-TALP+5JlI de heparína,totalizando100j.1!cadagota. ~ TCM 199 básico O TCM 199é comsaisdeEARLE eL- glutamina. ~ TCM 199 modificadopara lavagem dosoócitose preparaçãodascélulas do oviduto Ajustoro pH em 7,36.lmedio1omenteantesda u111ização,adicionar10% desoro. ~ TCM 199 modificadoparamaturação solução estoque Componente Unidade QuanTIdade HEPES BicorbonatodeSódio AnTIbióTICOsolução estoque TCM199básicoq.S.p. mM mM j.1! ml 25,00 26,19 100,00 100,00 223 Componente Unidade QuanTIdade HEPES mM 25,0 AnTIbióTICOsoluçãoestoque JlI 100,0 TeM199básicoq.S.p. ml 100,0 ~ Preparaçãofinaldomeiodematuração Componente Unidode Quontidode TCM199estoquemoturaçõo ml 2,7 SorodevocoemestIo ml 0,3 LHdoNHPP J-lg 15,0 " FSHdoNHPP J.l9 1,5 PiruvotodeSódiosoluçãoestoque J-l1 3 NHPP=NationalHormoneandPituitaryProgram ~ Sp-TAlP 1Ox Componente Unidade ro 9 NoCI 9 NaHlO. 9 l.octotodeSódio !li Hepes 9 Bicorbonatodesódio 9 Piruvotodesódio 9 CaC~.2~r 9 MgLlr6N20* 9 ~tibióticosoluçãoestoque J-l1 Aguaultrapuraq.s.p. ml *Adicionarporúltimo.Filtrare ormarenornageladeira. ~ Sp-TAlP1x Quantidade 0,1150 2,9200 0,0174 924,0 1,1900 1,0500 0,0050 0,1550 0,0400 50,0 50,0 Componente Sp-TAlP10x Antibióticosoluçãoestoque Águaultrapura Filtrarearmazenarnageladeira. Unidade ml !li ml ~ Fert-TAlP Quantidade 2 18 18 224 \ ~ PHEEstoque Componente Penicilinamina Hipotaurina Epinefrina Águaultrapuraq.S.p. Unidade Quantidade 0,0186 0,0055 0,0009 50 9 9 9 ml Fazeralíquotosde 1 mle congelara-2O'C. ~ KSOMsoluçãoestoque Componente MM NaCl 85,15 KCI 8,0 CaCI2.2H2O 2,0 MgCl2.6Hp 0,5 NaHCO3 25 l.octotodeSódio 5,0 Glucose 2,0 Glicina 4,9 Glutomina 0,1 Hepes* 25 Insulina 0,12Uljml Antibiótico solução estoque a.a. Essencial 50x a.a. Não essencial 1OOx Águaultrapuraq.S.p. Unidade Quantidade 9 0,4976 9 0,0596 9 0,0294 9 0,0101 9 0,2100 g/!li 0,0560g/ 42,79!li 9 0,0360 9 0,0368 9 0,0014 9 0,5957 UI 12 J-l1 100 ml 2 ml 1 ml 100 Armazenaremgeladeira.*Podeserretiradodafórmula. ~ KSOM paradesenvolvimentoembrionário Componente Unidade Quantidade KSOMsoluçãoestoque ml 2,7 5oro* ml 0,3 Piruvatosoluçãoestoque J-l1 3 Aoutilizarmeiodefinido,substituirosoropor1mgdePVA/mldemeio. ConsideraçõesFinaise Perspectivas Nestecapítulo,aproduçãodeembriões invitrofoiapresentadadeformaaoferecer subsídiosbásicosparaoentendimentodeto- doo processoerepassaraexperiênciados autoresacumuladaemmaisdedezanosno desenvolvimentodessametodologia.Noen- tanto,o objetivodestecapítulonãofoio de esgotartodososaspectosdasdiferenteseta- pasdaPIV queenvolvema maturaçãode Componente mM Unidade Quontidode NaCI 114 9 0,6660 KCI 3,2 9 0,0238 NaHlO. 0,4 9 0,0048 l.octotodeSódio 10 !li 85,57 M9C.7HP 0,5 9 0,0101 NaHO 25 9 0,2100 caC'r2f 2,0 9 0,0294 PiruvotoeSódio 0,2 9 0,0022 PHEestoque ml 1,0 Glicose 5 9 0,0900 Cafeína 5 9 0,0971 BSA 9 0,6000 ntibióticosoluçãoestoque J-l1 100,0 Agua ultrapuraq.s.p. ml 100,0 Armazenaremgeladeira. *60%dexaropede/actotodesódio("sodiumlactatesyrup"). ** BSAlivredeácidosgraxos("Fattyacidfree"J. oócitos,a fecundaçãoe o desenvolvimento invitrodeembriõesporseremassuntosam- plosecomplexos.Asregulaçõesbioquímicas ehormonaisenvolvidasnaproduçãofinalde embriõesnãoestãocompletamenteconheci- das,havendoanecessidadedecomprovação ouelucidaçãodemuitosmecanismosenvol- vidosnoprocessofisiológicocomoumtodo. Os métodosin vitrotêmsidoutilizadosna tentativadefacilitaro entendimentodesses mecanismos,porém,nemsempreseconse- gueobtercondiçõessimilaresde atividade celularedeseusfatoresregulatóriosencon- trados,fisiologicamente,invivo.Apesardes- saslimitações,osestudosin vitro têm sido deimensurávelvalianoesclarecimentodere- gulaçõesnamaturaçãodosgametasfemini- nos,fecundaçãoedesenvolvimentoembrio- nário precoce.Essesconhecimentostêm contribuídosignificativamenteparaapesqui- sa,aproduçãoanimaleaqualidadedevida dohomememváriosaspectospelaimportân- cia, tantonareproduçãohumanae animal quantofacilitandoaimplementaçãoedesen- volvimentodeoutrasbiotecnologias. Aproduçãoinvitrodeembriõesparamul- tiplicaçãodeanimaiscomproblemasrepro- dutivosoudefêmeasdeelevadopadrãozoo- técnicoecaracterísticasdesejáveistemcres- cidointernacionalenacionalmente.No en- tanto,onúmeroreduzidodeoócitoscompe- tentesparareinícioda meiosepresenteno ováriodeumafêmeanumdeterminadomo- mento,limitae tornaesseprocessolaborio- so.Por isso,essastécnicasserãoferramen- tasmaispoderosasquandoassociadasao crescimentodeoócitosin vitroinclusosem folículospré-antrais(Capítulo11)eaprodu- çãodeclones(Capítulo13)e transgênicos (Capítulo14). Referências Bibliográficas AVERILL, RLW, ADAMS,C.E., ROWSON, LE.A Transferof mammalianovabetween species.Nature,v. 176,p. 167-168,1955. BRACKETT,B.G., BOUSQUET,D., BOICE, M. L, etaI.Normaldevelopmentfollowing in vitrofertilizationin theeow.Biologyor Reproduction,v.27,p.147-158,1982. 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Capítulo 11 Manipulação de Oócitos Inclusosem FolículosOvarianos Pré-antrais- Moifopa JoséRicardodeFigueiredo,AnaPauloRibeiroRodrigues, ChristianiAndradeAmorim Introdução A utilizaçãoeo desenvolvimentodebio- técnicasdareproduçãoanimalsãocondições indispensáveisparao aumentodaeficiência produtivadosrebanhos.Nestesentido,espe- cialmentenotocantearuminantesdomésti- cos,biotécnicascomoainseminaçãoartificial eatransferênciadeembriõesvêmsendouti- lizadascomsucesso.Outrasbiotécnicaste- rãosuaaplicabilidadepráticaemlargaescala nofuturo.Nessegrupo,pode-seincluirafe- cundaçãoin vitro(FIV), clonagememani- pulaçãodeoócitosinclusosemfolículosova- rianospré-antrais(MOIFOPA). No intuitodefacilitara compreensãoda importânciadestanovabiotécnica,bemco- mo,demonstrarcomoelaseinseriránofutu- ro, no contextoda reproduçãoanimal,este capítuloserádivididoemduaspartes.A par- teI serádedicadaà umabreverevisãosobre osfolículosovarianos,enfatizandoasuafor- mação,classificaçãoedestinonointeriordos ovários.Na parte11seráabordadaa impor- tânciado estudoda populaçãode folículos ovarianospré-antrais(FOPA) isoladosin vitro,as principaistécnicasde isolamento, conservaçãoecultivodeFOPA,oestadoatual daMOIFOPA e,finalmente,serãodiscutidas asperspectivasdeutilizaçãodabiotécnicade MOIFOPA nareproduçãodeanimaisdomés- ticos,silvestreseemperigodeextinção. Parte I: FolículosOvarianos: Definição, Tipos, Origem População e Destino DefiniçãodeFolículoOvariano O folículoéaunidademorfofuncionaldo ovário,sendoconstituídoporumoócitocir- cundadoporcélulassomáticas(célulasda granulosae tecais).Eledesempenhaduas funçõesprincipaisquesãointerdependentes; umaendócrina(produçãoeliberaçãodehor- môniosesteróideseoutrospeptídios)eaou- traexócrinaougametogênica.Nestaúltima função,o folículoé umelementoessencial paraamanutençãodaviabilidadeoocitária, paraasseguraro crescimentoe maturação deoócitosprimáriosou imaturose,final- mente,paraliberarumoócitomadurono processodeovulação.Aorganizaçãodoová- riomamíferoilustrandosuasprincipaises- truturas,incluindoosfolículosovarianosé mostradanafigura11.1. Tiposde FolículosOvarianos A populaçãofoliculardoovárioébastante heterogêneae localiza-seno córtexovaria- 227 Folículopré-ovulatório Folículoterciário \ FolículosecundárioMO Folículoprimário Folículoprimordial Mesovário Ovulação Folículoatrésico Corpohemorrágico Figura11.1.Organizaçãodo ovárioilustrandosuasprincipaisestruturas. no. De acordocomo graudeevolução,os folículospodemserdivididosem:a) folícu- lospré-antraisounãocavitárioseb) folícu- los antraisou cavitários.A estruturahisto- lógicade folículospré-antraise antraisé mostradanafigura11.2.No tocanteà dis- tribuiçãoda populaçãofolicular,90-95% correspondeaos folículospré-antrais.Em outraspalavras,os folículospré-antraisar- mazenamemtornode90%dosoócitospre- sentesno ovário. ~ FolículosPré-antrais Os folículospré-antraissãoconstituí- dospelosfolículosprimordiais,primários e secundários(Figueiredo,1995).Eles podemserdiferenciadosentresipelafor- mae númerode camadasdecélulasda granulosaquecircundamo oócitoimatu- roouprimário. 228 Figura11.2.Estruturahistológicadefolículospré-antrais e antraisbovinos.A) folículoprimordial;B) folículoprimário;C) folículosecundário;DI folículoantral-(EO:estromaovariano;MB: membranabasal;00: oócito;CG: célula da granulosa;AT:antro;ZP:zona pelúci- da, CR:coronaradiata,CT:célulastecais. FoIículos Primordiais Sãoosmenoresfolículosencontradosno ovário.No bovino,o diâmetrodo folículo primordialbemcomodooócitonelecontido medem,respectivamente,30- 40JLme20- 25JLmdediâmetro(Beckersetal.,1996).Os folículosprimordiaissãoosprimeirosfolícu- los formadosno ovário(Eppig& O'brien, 1996)e consistemem um oócitoimaturo localizadono centrodo folículo,circundado porumaúnicacamadadecélulasdapré-gra- nulosadeformapavimentosademarcadapor umamembranabasal(Braw-Tal& Yossefi, 1997),queos separado estromaovariano (Gordon,1994).Emalgunsfolículosprimor- diaishácélulastantodeformatopavimento- so,quantocúbico(folículosdetransição-Van DenHurk etaI.,1997).Osfolículosprimor- diaisestãolocalizadosnaregiãoperiféricado córtexdoovário(Greenwald& Moor, 1989), constituemopooldereservadefolículosquies- centes(Beckersetal.,1996)ecompreendem 90%detodaa populaçãofolicularpresente noováriomamífero(Erickson,1986). FoIículos Primários Caracterizam-sepelapresençadeum oócitoimaturocentral,circundadoporuma camadadecélulasdagranulosadeforma cúbica(HulshofetaI.,1994).Nessetipode folículo,ascélulasdagranulosaaumentam emnúmeroe tornam-semaisvolumosas (VanDenHurketaI.,1997).Naespéciebo- vina,o folículoeo oócitonelecontidome- dem,respectivamente,40- 60JLme 30- 40JLmdediâmetro(BeckersetaI.,1996). FoIículos Secundários Caracterizam-sepela presençade um oócitoimaturocentral,sendocircundadopor duasoumaiscamadasdecélulasdagranulo- sadeformacúbica(Hulshofetal.,1994).Nos folículossecundáriosemestádiosmaisavan- çados,asfibrasdetecidoconjuntivoorgani- zam-separalelamenteàmembranabasalpara formaracamadadecélulastecais(VanDenHurk etal.,1997).Nessesfolículos,umaes- truturahialinizada,denominadazonapelúcida tambémjápodeserevidenciadaemcorteshis- tológicoscoradospelométododacoloração PAS-hematoxilina(Figueiredo,1995).Em bovinos,o folículosecundáriopodemedirde 60 a200/lmdediâmetro. ... FolículosAntrais A categoriadefolículosantraiscompreen- deosfolículosterciárioseosfolículosdeDe Graaf,estesúltimossãotambémdenomina- dosdefolículosmadurosoupré-ovulatórios oudominanteseforamdescritosnoCapítu- lo 3. SegundoFortune(1994),a formação da cavidadeantralemmamíferos(mulher, vacae rata)é observadaquandoo folículo atinge0,2a 0,4mmdediâmetro.Entretan- to,Lussieretalo(1987)observaramodesen- volvimentodacavidadeantralemvaca,emfo- lículoscomdiâmetroentre0,14a 0,28mm. OrigemdosFolículosOvarianos Especialmentenotocanteaosruminantes, a formaçãodosfolículosovarianose,conse- quentemente,dosoócitosnelescontidos,ini- cia-seno períodopré-natal.A liberaçãodo oócitopelo folículoou ovulaçãoé sempre precedidapor dois processosconsideravel- mentelentos:a oogêneseea foliculogênese. A relaçãoentreos processosdeoogênesee foliculogêneseé ilustradanafigura11.3. .. Oogênese A oogênesepodeserdefmidacomoocon- juntodeprocessosquecompreendeodesen- volvimentoediferenciaçãodascélulasgermi- nativasprimordiais(CGP) da fêmeaatéa formaçãodooócitohaplóidefecundado(Rüs- se,1983).Antesdeserinclusonofolículoova- riano,acélulaoocitáriaéprecedidadaevolu- çãodedoistiposcelularessucessivos,asaber: 229 , I I I CrescimentoI oocitário I I I I I I I I I I I I 2"Paradadameiose ) I Foliculogênese: II (Fim) FPO =~6caro.CGC + antro+ Ooe.2°(Nu-M2) ~ J Ovulação I Ooe.2°(Nu-M2)I~I S~T~I . .. 2"Retomaa melOse I Blastoeisto~ ~ IEndodermar-- Mitose Oogênese: (Inicio) ~ Mitose i" Paradada Meiose r----------- I FOIiCUIOgê~~(Início) FoI.Pnmordial= I eam.CGPav+ Ooe.1°(Nu-PI)I I I I I I I I I I I I I I FoI. Primário= I eam.CGC + Ooe. 1°(Nu-P I) FoI. Secundário=~2 eam.CGC + Ooe. 1°(Nu-PI) FoI. Terciário= ~6 eam.CGC + antro + Ooe. 1°(Nu-PI) PPO -LH-Puberdade Oogênese: (Fim) ~ Matnração oocitária Fecundação I Zigoto I Formaçãodosoócitose folículosdestacandoa relaçãodosprocessosde oogênesee foliculogênese: MCI; massacelularinterna;CGP - célulagerminativaprimordial;Ooe.-oócito;Nu-núcleo;Pl -prófase 1;CGPav-céluladagranulosapavimentosa;cam- camada;CGC- céluladagranulosacúbica;PPO - picopré-ovulatório;M 1- metófase1;A1- anófase1;Tl - telófase1; P2- prófase2; CP - corpúsculo polar;M2 - metófase2; FPO- folículopré-ovulatório;SPTZ- espermatozóide;A2 - anófase2;T2- teló- fase2; OHF - oócitohaplóidefecundado. Figura11.3. 230 asCGP easoogônias.As CGP têmorigem extragonadalesãoformadasduranteoperío- doembrionáriocomosesegue:apósafecun- daçãodo oócitopeloespermatozóideé for- madoozigotoqueevoluiráaoestádiodeblas- tocisto.Este,por suavez,é constituídopor duasestruturas,ou seja,o trofectodermaou trofoblastoe o botãoembrionário,também chamadode embrioblastoou massacelular interna.A partirdobotãoembrionário,três folhetosserãooriginados:oectoderma,ome- sodermaeoendoderma.Desteúltimofolheto seráformado,dentreváriasestruturas,o saco vitelínico,do qualserãooriginadasas CGp, asquaiscaracterizam-seporseremmóveise altamenteinvasivas(Hirshfield,1991).Ainda navidafetal,nasespéciesbovinaeovina,as CGP migramparao mesênquimada crista genitale colonizama gônadaindiferenciada (Wassarman,1994).Nesselocal,asCGPper- demasuacaracterísticamóvelemultiplicam- sepormitose,podendoatingirnobovino,em tornodedoismilhõesdecélulaspor animal (Erickson,1966b).Apósumprocessomarca- dopelocrescimentocelularepelaredistribui- ção de organelascitoplasmáticas,as CGp, dentrodoovário,multiplicam-seativamente e diferenciam-seemoogônias.As oogônias sofrerãosucessivasmitosese,posteriormente, entrarãonaprimeiradivisãomeiótica(estádio deprófaseI) e passarãoa serdenominadas deoócitosou ovócito.Os oócitoscujosnú- cleosencontram-senaprimeiradivisãomeió- ticasãodenominadosoócitosprimáriosou imaturos.O núcleooocitárioqueseencontra nafasedemeioseI passará,sucessivamente, porquasetodosestádiospertencentesàpró- faseI (leptóteno,zigóteno,paquítenoedipló- teno).Porém,oprocessomeióticoéinterrom- pido (primeiraparadadameiose)noestádio dediplóteno,tambémdenominadodeestá- diodedictiotenoou devesículagerminativa (VG). O núcleodooócitopermaneceránes- teestádiopelomenosatéqueo animalatinja a puberdade.Duranteo períodoemqueo núcleooocitárioseencontrarnafasedepró- faseI, o oócito,emíntimainter-relaçãocom ascélulassomáticasinclusasnocompartimen- tofolicularempreenderáumaintensafasede crescimento,caracterizadaporumaumento naatividadetranscripcional(síntesedeRNA), acúmulodelipídioseabsorçãoativae/oupas- sivadediferentesnutrientes.Quandoo ani- malatingeapuberdade,devidoàocorrência deliberaçõespré-ovulatóriasdeLH, algumas horasantesdaovulação,ameioseéretomada eonúcleooocitárioentraemdiacinese.Nesse momento,iniciao processoderompimento daVG queéseguidadasfasesdemetáfaseI, anáfaseI etelófaseI, quandoentãoocorrerá aexpulsãodoprimeirocorpúsculopolar,re- sultandonaformaçãodo oócitosecundário, assimdenominadopelofatodeseunúcleoen- contrar-senasegundadivisãomeiótica.Essa secaracterizaporumarápidae,àsvezes,ine- xistentefasedeprófase11,queprogrediráaté metáfase11,quandoentãoocorreasegunda paradadameiose.O oócitoretomaráameiose somenteseforfecundadopeloespermatozói- de.Nessecaso,o núcleodo oócitopassará, sucessivamente,pelosestádiosdeanáfase11 etelófase11,seguidodaexpulsãodosegundo corpúsculopolareformaçãodooócitohaplói- defecundado,marcandoassim,oflllldaoogê- nese(Figura11.3). .. Foliculogênese . A foliculogênesepodeserdefinidacomo oprocessodeformação,crescimentoema- turaçãofolicular,iniciandocomaformação dofolículoprimordialeculminandocomo estádiodefolículomaduro,tambémconhe- cidocomofolículodeDeGraafoupré-ovu- latóriooudominante(Saumande,1981). Conformemencionadoanteriormente,a funçãodofolículoéproporcionarumam- bienteidealparaamanutençãodaviabilida- de,bemcomo,o crescimentoematuração 231 oocitária.Desse modo, a foliculogênese ocorrerásimultaneamenteàoogênese,quan- doo oócitoestiverentreasfasesdeprófase I àmetáfase11,namaioriadasespécies.Em outraspalavras,a foliculogêneseiniciaapós eterminaantesdaoogênese(verFigura11.3). Nasespéciesbovinaeovina,respectivamen- te,emtornodo 130°e90°diasdegestação, umacamadadecélulassomáticasplanasou achatadas,conhecidascomocélulasdapré- granulosa,origináriasdo mesoderma,cir- cundamo oócitoprimárioou imaturo(nú- cleoemprófase1),formandoo primeiroe maisprimitivodosestádiosfoliculares,que é denominadofolículoprimordial.Após a formaçãodosfolículosprimordiais,ascé- lulasdapré-granulosaparamdemultipli- car-seeofolículoprimordialentranoperío- dodedormênciaouquiescência.A prolife- raçãocelularéretomadasomentequando o folículoprimordial(quiescente)começa acrescer,mesesouanosapósasuaforma- ção(Hirshfield,1991),passandosucessiva- mentepelosestádiosdefolículosprimários esecundários(folículospré-antrais)eter- ciário(folículoantral)atéchegaraoestádio defolículopré-ovulatório.A cronologiada oogêneseefoliculogênesenoperíodofetal nasespéciesbovinaeovinaémostradana tabela11.1. Tabelo11.1. Cronologiado oogênesee foliculogêneseem ováriosde fetosbovinose ovinos. Eventos Identificaçãodascélulasgerminativasprimordiais Daerencioçãosexualdogônado Desenvolvimentodosgruposdeoogônios Multiplicaçãodosoogônios:início fim Sincronização do mitose em: 4oogônios 8oogônios 16oogônios Início do meiose Início do separação dos folículos Surgimentodosfolículosprimordiais Surgimentodosfolículosprimários Surgimentodosfolículossecundários Surgimentodosfolículosterciários Nascimento Fonte-Erickson,19660-Rüsse,1983, *Smithet01.,1993. A grandemaioriadosoócitosnoovárioé armazenadanos folículosprimordiais.Este pooldefolículoséprogressivamentereduzi-doduranteavidareprodutivadafêmea(Gos- denetaI., 1983;Gougeonet al., 1994).A populaçãototalde folículosno ovárioma- míferoconsisteemumagrandereservadefo- lículosprimordiaisquiescenteseumnúmero 232 muitomenordefolículosemfasedecresci- mento(Cahill& Mauléon,1981).Algunsfo- lículosprimordiaisiniciamoseucrescimento tãologoelessejamformados,masoutrosper- manecemquiescentespormesesouanos.O mecanismoqueinfluenciaocrescimento,de- senvolvimentoediferenciaçãoespontâneosde algunsfolículosprimordiaisquiescentes,na Diasdegestação Bovino Ovino 35 23 39- 40 31 57 43 60 48 170 55 62 48 74 53 82 55 75-82 55 90 66 130 90* 140 95 210 103 230- 250 150 280 150 presençadefolículosremanescentesinativa- dos,não é conhecidoatéo momento.Na maioriadasespécies,ocrescimentofolicular começacomatransformaçãomorfológicade folículosprimordiais,noqualooócitocircun- dadoporumacamadadecélulasdapré-gra- nulosa pavimentosasevoluemparafolículos primários,nosquaisos oócitossãocircun- dadospor umacamadade célulasda gra- nulosadeformacubóide.Nos bovinos,en- tretanto,essasmudançasmorfológicasnão podemserusadasparadefiniraativaçãodos folículosquiescentesporqueosfolículospri- mordiaiscontêmalgumascélulasdagranulo- sadeformacubóidenasuaestruturacelular (VanWezeletal.,1996).No momentodaati- vaçãofolicular,inicia-se,dentreoutroseven- tos,aexpressãogênicaparaasíntesedepro- teínasparaformaçãodazonapelúcida(Ran- kinetal.,2000).Porproliferaçãodascélulas dagranulosa,sãoformadosos folículosse- cundários,comduasoumaiscamadasdecé- lulasdagranulosadeformacubóide.O ta- manhodosoócitosaumentae a zonapelú- cidapodeserobservadaentreo oócitoe as camadasde célulasdagranulosa.Especial- menteemgrandesfolículossecundários,oes- tromaquecircundaa membranabasalse desenvolveemumacamadatecalbemdefini- da.O mecanismoresponsávelpelocrescimen- to dosfolículospré-antraisé poucoconhe- cido.Entretanto,acredita-sequeodesenvol- vimentodosfolículospré-antraisépoucode- pendentedegonadoITofll1aseé,provavelmen- te, influenciadopor fatoresintraovarianos, como a ativina,EGF (EpidermalGrowth Factor),FGF (FibroblastGrowth Factor), TGFa (TransformingGrowthFactor-alfa), TGF~ (TransformingGrowthFactor-beta)e IGF-1 (Insulin-likeGrowthFactor1).Recen- temente,algunsITabalhostêmmostradoaim- plicaçãode doisfatoresde crescimentono processoqueregulaodesenvolvimentoecres- cimentodefolículospré-antrais.Um desses fatoreséo Kit-ligande(KL), tambémdeno- minadosteamcellfactorousteelfactor.O KL épredominantementeproduzidopelascélulas dapré-granulosaeéreconhecidopeloc-Kit, o qualéexpressopelooócitoecélulastecais (MayerhoferetaI., 1997).Ováriosfrescos, cultivadossemoucomadiçãodoKL apresen- taram,respectivamente,umapercentagemde 68%,60%e45%defolículosprimordiais,e 32%,40%e55%defolículosprimários.Estes resultadossugerem,portanto,queoKL pode induziro desenvolvimentodefolículospri- mordiaisduranteocultivodetecidoovariano oriundoderatasde4 diasde idade(Parrot & Skinner1999).Um outrofatorimportante é o fatordediferenciaçãodecrescimento"9 (GDF-9), oqualéproduzidoapenasnooóci- to (Mayerhoferet aI., 1997).Dong et aI. (1996)mostraramqueaausênciadoGDF- 9 previnea formaçãodosfolículossecundá- rios,levandoconseqüentementeàdegenera- ção dos oócitosinclusosemfolículospri- mários,demonstrandoqueo GDF-9 atua apenasnasfasesposterioresdo crescimento de folículospré-antrais(Mayerhoferet aI., 1997).Comocrescimentofolicular,umaca- vidaderepletadelíquidoéformadadentroda camadadecélulasdagranulosaeatecator- na-semaisestratificada.Essesfolículossão chamadosdefolículosterciáriosoufolículos antrais.Em ováriosbovinos,umacavidade antralpodedesenvolver-senosfolículoscujos diâmetrosvariamde0,14- 0,28mm(Lussier etaI.,1987).Osfolículosantraisirãocrescer emtamanhoe apenasum ou algunsdeles, dependendodaespécie,iráovular.Embovi- nos,o diâmetrofolicularaumentade0,020- 0,040mm (folículosprimordiais)paramais de10mmantesdaovulação(lreland,1987). Cálculosbaseadosnoíndicemitóticodascé- lulasda granulosadefolículosantraisindi- camqueum períodoequivalentea doisci- closestraisérequeridoparaumfolículocres- cerdoiníciodaformaçãodoantro,istoé,de 233 0,13mmaotamanhopré-ovulatório(Lussier etal.,1987). PopulaçãoFolicular A populaçãofolicularnoovárioaonasci- mentofoiestimadaem235.000folículosna vaca(Betteridgeetal.,1989),160.000naove- lha(Oriancourtetal.,1991),37.000nacabra (Bezerra,1998)e2.000.000namulher(Eri- ckson,1986).Entretanto,onúmerodefolícu- lospresentesno ovárioé marcadopor uma grandevariaçãoindividual (Cahill et aI., 1979).Embovinos,apopulaçãofolicularpo- devariardeOa 720.000folículosporovário (Erickson,1966b).A populaçãoedistribuição dosdiferentestiposfolicularesnosováriosde animaispodemserafetadasporváriosfatores, incluindoa raça(Cahill& Mauléon,1981), idade(Rüsse,1983;Erickson,1966a,b),ní- veishormonais(Peters,1976)eestadorepro- dutivo(Ericksonetal., 1976). Atresia Foliculare Seu Impactona Redução Massivado Capital Oocitário no Ovário Conformemencionadoanteriormente,o ováriomamíferocontémmilharesdeoócitos inclusosemfolículospré-antrais.Entretanto, agrandemaioriadestesfolículosnãochega atéàovulação,masaocontrário,éeliminada pormeiodeumprocessoconhecidoporatre- siafolicular.Evidênciasmorfológicasindicam queexistemdoistiposdeatresia:tipoA etipo B.NaatresiadotipoA. queéobservadamais comumenteemfolículospré-antrais,asalte- raçõesdegenerativasocorremprimariamente nooócito.No tocanteàatresiadotipoB,que ocorremaisfreqüentementenosfolículosan- trais,asprimeirasalteraçõesocorremnascé- lulasdagranulosa(Erickson,1986).A atresia éumprocessofisiológico,deduraçãodesco- nhecida,quepodeocorrerporviadegenera- tivae/ou apoptótica.SegundoHirshfield (1989),umfolículoatrésicopodeseridenti- ficadopelapresençadepicnosee/ouapopto- 234 senascélulasdagranulosae/ou alterações degenerativasdooócito.A apoptoseoumor- tecelularprogramada(Schwartzman& Ci- dlowski,1993)jáfoidemonstradaemfolícu- los (TillyetaI.,1991)eigualmentesugerida comosendoumdoselementosdaatresiafo- licular(Hughes& Gorospe,1991).Aatresia pareceserumdoselementosquecontrolao númerodefolículosselecionadosatéchegar à ovulação.A duraçãoprecisa(Henderson etaI.,1987),bemcomooestádionoqualos folículosovarianossãomaissusceptíveisde sofreratresia,nãosãoconhecidos.Váriashi- pótesesforamformuladasnotocanteaomo- mentoda fasededesenvolvimentofolicular noqualaatresiaocorre.Byskov(1978)sugere queaatresiapodeocorreremqualquermo- mentododesenvolvimentofolicular,incluin- doa fasepré-antral.Outrosautores(Grimes etal.,1987;Hendersonetal.,1987),parale- lamente,relatamqueaatresiaafetaprincipal- menteosfolículosantraisdegrandetamanho, especialmente,quandoestesatingemumestá- dionoqualadiferenciaçãoterminaldascélu- Iasdagranulosaedatecaocorre.Independen- tedafasenaqualocorree,apesardeserum fenômenonatural,aatresiareduzdemaneira significativao númerodeoócitospotencial- menteovuláveis,diminuindo,consequente- mente,aproduçãodeoócitosviáveisdurante avidareprodutivadeumanimal.Emresumo, o desenvolvimentodeumfolículopré-ovula- tórioinvivo,apartirdefolículospré-antrais, éumfenômenoraroporqueseconsideraque, embovinos,somenteumemcadamilfolículos primordiaisatingiráoestádiodefolículoma- durooupré-ovulatório. Parte 11:Manipulação de Oócitos Inclusosem FOPA - MOIFOPA Conceito A MOIFOPAéumabiotécnicaquecon- sisteno isolamentoouresgatedefolículos pré-antraisapartirdeovários,seguidodas / etapasdeconservação(resfriamentooucrio- preservação)e/oucultivofolicular,visando- sea estocagem,bemcomo,o crescimento, maturaçãoefecundaçãoin vitrodosoócitos previamenteinclusosemFOPA. Importância Aspectosanatômicoscomoforma,tama- nhoe localizaçãoovarianae a organização histológicadosovários,compreendendoas suasregiões(corticalemedular),bemcomo, asestruturasconstituintesdo estroma(por exemplo,tecidoconjuntivo,fibroblastos,vasos sangüíneos,vasoslinfáticos,nervos)edopa- rênquima(folículos,corpohemorrágico,cor-polúteo,corpoalbicans)têmsidoextensiva- mentedescritas(Ariyaratna& Gunawardana, 1997;Rodriguesetal.,1998).Damesmafor- ma,asduasprincipaisfunçõesgeraisdosová- rios,istoé,endócrinaegametogênica(produ- çãoeliberaçãodeumoócitoporocasiãoda ovulação)sãoigualmentedescritasemdiver- saspublicações(Saumande,1981;Pineda, 1989).Referenteàfunçãogametogênica,em- borasesaibaqueestaresultadainteraçãode doisprocessos,istoé,oogêneseefoliculogê- nese,muitopoucoéconhecidosobreosfato- resprecisosquecontrolamodesenvolvimen- to,bemcomo,aregressão(atresia)folicular. Apesardo desenvolvimentodefolículosan- trais,notadamenteembovinos,tersidoam- plamentedescrito,informaçõesconcementes à fisiolo~iados folículospré-antraissãoes- cassas.E sabidodeestudoshistológicos,que osfolículosprimordiaissãoativadosetrans- formam-se,sucessivamente,emfolículospri- máriosesecundários.Entretanto,nãosãoco- nhecidoscomexatidãoosmecanismosenvol- vidosna ativaçãodos folículosprimordiais, bemcomoaquelesimplicadosnocrescimento defolículosprimáriosesecundários.Emresu- mo,comparadaàfaseantral,afasepré-antral compreendeumperíodoobscuroepoucoco- nhecidoda foliculogênesesendo,portanto, umvastocampoparainvestigaçõescientíficas. Tendoemvistaqueasbiotécnicasligadas àreproduçãotêmcomofinalidadegeraloau- mentoda eficiênciareprodutivados reba- nhos,seráconsideradaagoraa eficáciado ováriocomouma "máquina"produtorae liberadoradeóvulos.Conformeabordadona parteI dopresentecapítulo,oováriomamí- ferocontémmilharesdeoócito&,inclusosem suamaioria(cercade90%)nosfolículospré- antrais.Apesardesteenormecapitaloocitário, umaínfmIaproporçãodestesoócitos(cercade 0,1%)seráovuladae,conseqüentemente,po- derãoteralgumapossibilidadedeseremfe- cundados.Conformeoexpostoacima,consi- derando-seo fatodequeaquasetotalidade dosoócitosseráeliminadapeloprocessode atresia,casoelespermaneçamnointeriordos ovários,abiotécnicadeMOIFOPA sefunda- mentaemdoisobjetivosprincipais,a saber: 1) resgatarou isolaros FOPA a partirdos ováriosantesqueelessetomematrésicose 2) cultivarosFOPAe, consequentemente,os oócitosimaturosnelesinclusos,atéoestádio dematuração,prevenindo-osdaatresia. A biotécnicade MOIFOPA é degrande importânciatantoparaapesquisafundamen- taloubásica,quantoparaa reproduçãoani- mal.No tocanteàpesquisafundamental,esta biotécnicapoderácontribuirparaelucidação dosmecanismos,hojedesconhecidos,impli- cadosna foliculogênesena fasepré-antral. Nessecaso,os FOPA isoladosdo ambiente ovariano,bemcomodainfluênciaendócrina, nutricionalesanitáriacomumnoorganismo animal,poderãosercultivadosinvitroempre- sençade diferentessubstânciasconhecidas (matrizextracelular,hormônios,fatoresde crescimento,carboidratos,aminoácidos,etc.), cujoefeitoindividualouassociadopoderáser avaliadoecontroladoemdiversosexperimen- tos.Osresultadosoriundosdessesexperimen- tospermitirãoaelucidaçãodosmecanismos envolvidostantonaativaçãodosfolículospri- mordiais,quantonocrescimentodefolículos primáriosesecundários. 235 Referenteà reproduçãoanimal,no futu- ro,o isolamentodemilharesdeFOPAa par- tir deumúnicoovárioe o posteriorcultivo in vitro dosoócitosnelesinclusosatéoestá- diodematuração,poderácontribuirparaa multiplicaçãodeanimaisdealtovalorzoo- técnicoouemviadeextinçãopormeiodo fornecimentodeumgrandenúmerodeoóci- tosoriundosdeummesmoanimal,quese- riamcrescidosematuradosin vitro,eutiliza- dosposteriormentenasbiotécnicasdeFIV eclonagem.O fornecimentodeumapopula- çãohomogêneadeoócitosoriundosdeum mesmoanimalproporcionadopelabiotécni- cadeMOIFOPA contribuirátambémparaa padronizaçãodetécnicas,comoaclonagem, FIV etransgênese,umavezqueserãodeuma populaçãodeoócitosemummesmoestádio de desenvolvimentoe de mesmaorigem. Dessaforma,abiotécnicadeMOIFOPA po- deráotimizara utilizaçãodeováriosdea) animaisjovens(fetos,recém-nascidoseani- maispré-púberes);b)animaiseliminadospor razõessanitárias,desdequenãohajacom- prometimentodoovário;c)animaisquenão respondemaostratamentosconvencionais desuperovulação;d) animaiscompatologias gravesnosovidutose/ou útero;e) animais mortos,desdequeacolheitadosováriosseja realizadaantesqueasuadegeneraçãoocor- ra.Umaoutraconseqüênciaimediatadesta novabiotécnicaéacriopreservaçãodeFOPA isoladosou insitu(nointeriordetecidoova- riano)a qualpoderiater umaimportância capitalnaconstituiçãodebancosdegermo- plasmaanimalquevisariaaconservaçãode oócitosdeanimaisdealtovalorzootécnico e/ouemperigodeextinção.A vantagemda criopreservaçãodeFOPA ésemelhanteado sêmen.Tendoemvistaaprevalênciadosfo- lículospré-antraissobreos folículosantrais (90%contra10%),milharesdeoócitosneles contidospoderiamserrecuperadosapartir 236 deumováriodeummesmoanimal,congela- doseestocadospor longosperíodos(meses aanos),preservandodestaformaomaterial genéticodaespécieemquestão.A criopre- servaçãodeFOPA tambémpodeserdegran- de importânciapara a medicinahumana, poispoderepresentarumaexcelentealterna- tivaparamulheresqueapresentamproble- masdeconcepção,ouquesãosubmetidasa tratamentoquimioe/ouradioterápico.Final- mente,outragrandeimportânciadabiotéc- nicadeMOIFOPA emcurtoprazorefere-se àformaçãoderecursoshumanos,poisno in- tuitodedesenvolverprotocoloseficientesde isolamento,congelaçãoe cultivode FOPA, váriasdissertaçõesetesespoderãoserreali- zadas.As vantagensdoempregoatuale/ou futurodabiotécnicadeMOIFOPA estãore- sumidasabaixo: .Aumentoda eficiênciareprodutivade animaisdealtovalorzootécnicoouem perigodeextinção;.Reduçãodo intervaloentregerações;.Recuperaçãoderebanhoseliminados porproblemassanitários;.Utilizaçãodeováriosdeanimaisque nãorespondematratamentosdesupe- rovulação;.Utilizaçãodeováriosdeanimaisporta- doresdepatologiasgravesdeovidutos e/ouútero; .Permitea obtençãode descendentesde umanimalmesmoapósa suamorte;.Otimizaçãodautilizaçãodebiotécnicas comoa FIV,clonagem,transgênesee transferênciadeembriões; .Padronizaçãodasbiotécnicasde FIV, clonageme transgênese;.Pesquisafundamental:fonteabundante deinformaçõesarespeitodafoliculogê- nesena fasepré-antral;.Formaçãoderecursoshumanos. Isolamento in vitrddeOócitosInclusosem FolículosOvarianosPré-antrais ~ BasesGeraisda Técnicade Isolamento Folicular A utilizaçãodapopulaçãodeFOPA para criopreservaçãoe/oucultivoin vitronoâm- bitodaspesquisasfundamentale aplicada (futuro)éprecedidadoempregodemétodos eficazesquepermitamo isolamentodeum grandenúmerodeFOPAa partirdosovários. Parao isolamentodeFOPA podemserutili- zadosmétodosmecânicose/ouenzimáticos. Naliteratura,osprimeirosregistrosdeestu- dosdeFOPA isolados,respectivamente,em animaisdelaboratório(Grob,1964- camun- dongo)edomésticos(Figueiredoetal.,1992 - bovinos)ocorreramnasdécadasde 60 e 90utilizando-seprocedimentosenzimáticos e mecânicos,respectivamente.O princípio dosmétodosdeisolamentofolicularconsiste na dissociaçãoou separaçãodos folículos pré-antraisdosdemaiscomponentesdoes- tromaovariano(fibroblastos,fibrascoláge- naseelásticas,fibronectina,etc.)utilizando- separaisto,instrumentosmecânicosassocia- dos ou não aosquímicosou enzimáticos. Nos procedimentosmecânicos,os equipa- mentosmais comumenteutilizadossãoo tissuechopper,míxer,tesourascirúrgicas,pe- BOVINO Wandjietai.,1996 50FOPA (feto) quenosfórcepseagulhasdissecantes.Refe- renteaosprocedimentosenzimáticos,asen- zimasproteolíticasmaisutilizadassãoacola- genase,tripsinaepronase,sendoaprimeira empregadanamaioriadostrabalhos. Métodosenzimáticosdeisolamentodefo- lículospré-antraisforamdescritosnãoapenas emanimaisdelaboratório(camundongo:Car- roil etal., 1991a,b;rato:Oanieletal., 1989; hamster:Roy& Greenwald,1985;coelho:Ni- cosiaet al., 1975),mastambémemsuínos (Greenwald& Moor, 1989;Hirao et aI., 1994),gatos(Jewgenow& Pitra,1993),fetos bovinos(Carambulaetal., 1996aefetosovi- nos (CarambulaetaI., 1996b)e humanos (Roy& Treacy,1993).Emcontrasteaospro- cedimentosenzimáticos,métodosmecânicos têmsidomaiscomumenteusadosparao iso- lamentodefolículospré-antraisdeováriosbo-vinos(Figueiredoetal.,1992;NuttincketaI., 1993b;Hulshofetal.,1994),emborapoucos trabalhosem caprinos (Rodrigueset aI., 1996),ovinos(Amorimetal.,1996)efelinos (Jewgenow& Pitra,1993)tenhamsidodes- critos.Os rendimentos(númeromédiode FOPA isoladosporovário)deprocedimentos enzimáticosemecânicosemováriosdedife- rentesespéciessãomostradosnasfiguras11.4 e 11.5,respectivamente.Conformepodeser BOVINO Carambulaetai.,1996 3470FOPA(feto) OVINO Carambulaetai.,1996 1084FOPA(feto) HUMANOS Roy & Treacy,1993 760FOPA (jovens) 544FOPA (adultas) " I CAMUNDONGO Eppig, 1976 Greenwald & Moor,1989 180.000FOPA HAMSTER Roy& Greenwald,1985 Figura11.4.Númeromédiodefolículosovarianospré-antraisisoladosemváriasespéciesutilizandoprocedimentoenzimático. 237 BOVINO FigueiredoetaI., 1992 2142(feto);512(novilha); 298(vaca) BOVINO \ Nuttincketal.,1993 90 FOPA (vaca) CAPRINO RodriguesetaI.,1996 1126FOPA (cabra) BOVINO HulshofetaI.,1994 2918FOPA(feto) BOVINO (ZEBU) deBemetaI.,1997 70075FOPA (vaca) SILVESTRES Jewgenow& Stolte,1996 1867FOPA. CAPRINO Lucci etaI.,1997 10140FOPA (cabra) OVINO AmorimetaI., 1998 6368FOPA (ovelha) Jewgenow& Stolte,1996 2892FOPA Figura11.5. Númeromédio de folículosovarianospré-üntraisisoladosemváriasespéciesutilizandoprocedimentomecânico. observado,independentedotipodeprocedi- mento(mecânicoouenzimático)podemser isoladosdedezenasamilharesdefolículospré- antraisporovário.Diantedoexposto,con- clui-seque,devidoàgrandeeficiênciadosmé- todosdisponíveis,aobtençãodeoócitosin- clusosemfolículospré-antraisisoladosnão constituiumempecilhoparaodesenvolvimen- todabiotécnicadeMOIFOPA. ~ Protocolode Isolamentode FOPA Bovinosin vitro A títulodeexemplopráticoreferenteao isolamentomecânicodeFOPA seráilustrado edetalhadoabaixooprocedimentomecânico simplesdesenvolvidoparabovinos(Figueire- doetaI.,1993a)queéempregadocomoro- tinaemdiferenteslaboratórios.Nesseproce- dimento,o isolamentomecânicode FOPA consisteemquatroetapas,descritasaseguir: 19 - Obtençãoe TratamentoPreliminardo Ovário: Os ováriosoriundosde animaismortos (obtidosemmatadouro)ouvivos(apósova- riectomia)sãocolocadosemmeiosapropria- dos(exemplos:soluçãodeNaCIa0,9%,PBS, M 199),transportadosaolaboratórioemre- 238 cipientestérmicosatemperaturasquevariam de4°Ca39°C.Osmeios,bemcomo,astem- peraturasutilizadasdependemdafmalidade doestudo.No laboratório,osfolículosantrais superficiaissãopuncionadoscomumapeque- naagulhaparaaeliminaçãodofluidofolicu- lar. Em seguida,os ováriossãoseccionados comumalâminadebisturidemodoaobter duasporçõesdoovário.Posteriormente,pro- cede-sea remoçãodasestruturasovarianas: corpoálbicans,corpolúteoecorpohemorrá- gico,visandoobterumamelhorfragmentação doováriono tissuechopper. 29- Fragmentaçãodo OvárionoTissue Chopper: Nestaetapa,asduasporçõesdecadaová- riosãoseccionadas(sentidocórtíco-medular) em pequenosfragmentosutilizando-seo tissuechopperpreviamentereguladoparaa realizaçãode cortesemintervalosseriados, deacordocoma espécie(bovino- 50 '..1m: Figueiredoetal.,1992;caprlno- 75J.lffi:Lucci etal.,1998;ovino- 87,5/lm:Amorimetal., 1998).Paraseobterumafragmentaçãomais eficiente,oovário,notissuechopper,éumidi- ficadocomM199 acrescidode 5%de soro sangüíneo(M 199+),e cortadonossentidos \ longitudinal,transversaleoblíquo.Emsegui- da,osfragmentosovarianosobtidossãotrans- feridosparatubosde50mI,contendo15mI deM 199+eressuspendidosnestemeio. 39- DissociaçãoMecãnicados FragmentosOvarianos: Paraotimizaro processode isolamento dosfolículospré-antrais,osfragmentosova- rianospresentesnasuspensãoobtidosnaeta- paanteriorsãodissociadosmecanicamente, atravésderepetidosmovimentosdesucçãoe ejeção,utilizando-sepipetasdePasteurcali- bradasa 160011me60011mdediâmetro. 49- Separaçãode FoIículosIsoladospor Meio de FiltraçãoSimples: Apósadissociaçãomecânicacompipetas dePasteur,asuspensãoobtidanaetapaante- rior é sucessivamenteftltradaemmalhasde náilonde50011me10011mdediâmetro,com afinalidadedesepararosfolículospré-antrais isoladosdosfragmentosdetecidoovariano > 100Jlill dediâmetro,retidosnasmalhasde 10011m.Logoapós,ofIltradoobtidoélevado ao microscópioinvertidovisandoa identifi- cação,contagem,classificaçãoemanipulação dosFOPA O procedimentomecânicosim- plesdeisolamentodefolículospré-antraisé ilustradonasfiguras11.6e 11.7.A figura 11.8ilustraosdiferentestiposdeFOPA bo- vinos(primordiais,primáriosesecundários) presentesnassuspensõesobtidasapósisola- mentomecânico. Cultivo ;n v;trode FOPA ~ BasesGeraisdoCultivodeFolículos Pré-antrais O objetivoprincipaldocultivoinvitrode FOPA é o depermitiro desenvolvimento folicularassegurandoocrescimentoematu- raçãodosoócitos,bemcomoamultiplicação eposteriordiferenciaçãodascélulasdagra- nulosainclusasnessesfolículos.O sistema Procedimentomecânicosimples (FigueiredoetaI.,1992) + Dissociaçãomecânica Filtração*OOllm) + Filtração(100Ilm) suspensãt<lOOllm + Contagem + Folículosisolados + i + Primordial Primário Secundário Figura 11 .6. Procedimento mecânico simples de isolamento de FOPA a partir de ovários bovinos. decultivoidealdevepreenchertrêsrequisi- tosbásicoseseqüenciais,a saber:preservar a viabilidadedos folículos,conservarsua aparênciamorfológicapré-existentein vivo e,finalmente,desdequemantidasascondi- çõesprecedentes,asseguraro crescimento ematuraçãofolicular.Especialmentenoto- cantea animaisdomésticos,os sistemasde cultivodisponíveispreenchemsomentepar- cialmenteosrequisitossupracitados.A com- 239
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