Buscar

DIREITO EMPRESARIAL III 7º SEMESTRE 2017

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 47 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 47 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 47 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

CASOS CONCRETOS 
7º semestre – EMPRESARIAL III 
1.2017 – TITULO DE CRÉDITO 
 
 
 
Centro Universitário Estácio Radial de São Paulo - Conceição 
Av. Engenheiro Armando de Arruda Pereira, 673 
Jabaquara (Metrô Conceição) - CEP: 04309-010 
jonasfs.juridico@gmail.com 
DIREITO 2017 
 
Página 1 de 47 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PARA MELHOR REDAÇÃO, ACONSELHO 
REESCREVER OS CASOS PARA ASSIMILAÇÃO E 
INTERPRETAÇÃO ADEQUANDO A RESPOSTA 
QUESTIONADA. 
 
LEI UNIFORME DE GENEBRA – Dec. n° 57.663/66 (após casos concretos) 
 
 
 
CASOS CONCRETOS 
7º semestre – EMPRESARIAL III 
1.2017 – TITULO DE CRÉDITO 
 
 
 
Centro Universitário Estácio Radial de São Paulo - Conceição 
Av. Engenheiro Armando de Arruda Pereira, 673 
Jabaquara (Metrô Conceição) - CEP: 04309-010 
jonasfs.juridico@gmail.com 
DIREITO 2017 
 
Página 2 de 47 
 
PLANO DE AULA - 1 TITULOS DE CREDITO. NATUREZA JURIDICA. CONCEITO 
CASO CONCRETO 1 
QUESTÃO 
Carolina emitiu três cheques nominais, em favor de Móveis Nova Iorque 
Ltda. Os títulos foram endossados pelo tomador em favor de Bacuri 
Fomento Mercantil Ltda. Vinte dias após a emissão dos títulos, a 
faturizadora apresentou os cheques ao sacado e este informou que havia 
ordem de sustação promovida pela emitente dentro do prazo de 
apresentação, fato este que impossibilitava o pagamento. Tentando uma 
cobrança amigável da devedora, o advogado da faturizadora procurou-a 
para receber o pagamento ou obter o cancelamento da ordem de 
sustação. Carolina se recusou a efetuar o pagamento ou cancelar a 
sustação, argumentando que os cheques foram emitidos em razão da 
aquisição de móveis, mas como não ficou satisfeita com a qualidade do 
produto, resolveu sustar o pagamento, sendo tal justificativa eficaz tanto 
para o endossante quanto para o endossatário. O advogado da 
faturizadora, insatisfeito com os argumentos da emitente do cheque, 
prepara petição inicial de ação executiva por título extrajudicial e, nas 
razões jurídicas da peça, tecerá argumentos para sustentar a legalidade 
da pretensão de seu cliente com base na teoria e legislação sobre títulos 
de crédito. Com base na hipótese apresentada, responda: 
considerando os princípios da cartularidade, literalidade, autonomia e 
abstração, presentes nos títulos de crédito, qual deles pode ser utilizado 
pelo advogado para refutar o argumento apresentado por Carolina para o 
NÃO pagamento dos cheques? Justifique. 
RESPOSTA 1 
Na transferência dos cheques por endosso, opera-se a abstração quanto 
à causa de emissão ou àquela que determinou a transferência anterior. 
Passando o título ao endossatário, os vícios ou questões relativos aos 
negócios entre as partes anteriores, inclusive o emitente, não podem ser 
opostos ao portador atual do título, exceto se estiver de má fé ou se tratar 
de vício de forma. Estas considerações sobre a teoria dos títulos de 
crédito devem ser aplicadas no caso proposto, em especial à 
argumentação de Carolina, emitente do cheque, para embasar o direito da 
faturizadora, na condição de endossatária. Para refutar o argumento 
apresentado por Carolina para não efetuar o pagamento ou cancelar a 
sustação dos cheques, o advogado poderá invocar a característica da 
abstração dos títulos de crédito à ordem em relação ao negócio ou causa 
anterior à atual transferência. Com isto, a insatisfação de Carolina com a 
qualidade do produto é uma exceção pessoal oponível apenas ao 
vendedor, que não pode ser alegada perante o faturizador, diante da 
abstração dos cheques em relação à causa de sua emissão no momento 
do endosso, com base no Art. 25 da Lei nº 7.357/85. 
 
Resposta simplificada: O advogado deverá invocar a característica da 
abstração dos títulos de crédito à ordem em relação ao negócio ou causa 
anterior à atual transferência. A insatisfação de Carolina com a qualidade 
do produto é uma exceção pessoal oponível apenas ao vendedor, com 
base no Art. 25 da Lei nº 7.357/85 
 
 
 
CASOS CONCRETOS 
7º semestre – EMPRESARIAL III 
1.2017 – TITULO DE CRÉDITO 
 
 
 
Centro Universitário Estácio Radial de São Paulo - Conceição 
Av. Engenheiro Armando de Arruda Pereira, 673 
Jabaquara (Metrô Conceição) - CEP: 04309-010 
jonasfs.juridico@gmail.com 
DIREITO 2017 
 
Página 3 de 47 
 
QUESTÃO OBJETIVA 
As principais características de um título de crédito cambial são: 
a) Literalidade, forma, causa. 
b) Forma, causa, abstração. 
c) Negociabilidade, autonomia e literalidade. 
d) Modelo, cártula, autonomia. 
 
 
 
CASOS CONCRETOS 
7º semestre – EMPRESARIAL III 
1.2017 – TITULO DE CRÉDITO 
 
 
 
Centro Universitário Estácio Radial de São Paulo - Conceição 
Av. Engenheiro Armando de Arruda Pereira, 673 
Jabaquara (Metrô Conceição) - CEP: 04309-010 
jonasfs.juridico@gmail.com 
DIREITO 2017 
 
Página 4 de 47 
 
PLANO DE AULA - 2 ENDOSSOS 
CASO CONCRETO 1 
QUESTÃO 
Pedro emitiu uma nota promissória em favor de Carlos, que circulou 
através de diversos endossos até chegar ao atual portador, que decidiu 
executar um dos endossantes, face à inadimplência do devedor 
original. Uma vez executado, o endossante apresentou exceção de pré-
executividade, para demonstrar sua total incapacidade processual, já que 
ele teve o título transferido de um incapaz, o que prejudicaria a cadeia 
de endossos. 
RESPOSTA 1 
A defesa deve ser acolhida pelo Juiz da causa? 
Não. Tendo em vista o art.7 do DEC. 57.663/66 no qual diz “se a letra 
contém assinaturas de pessoas incapazes de se obrigarem por letras, 
assinaturas falsas, assinaturas de pessoas fictícias, ou assinaturas que 
por qualquer outra razão não poderiam obrigar as pessoas que assinaram 
a letra, ou em nome das quais ela foi assinada, as obrigações dos outros 
signatários nem por isso deixam de ser validas”. 
RESPOSTA 2 
Determine o princípio cambiário aplicável ao caso em tela? 
Princípio da Autonomia, no qual, as relações cambiárias NÃO 
apresentam dependência na ocorrência de eventual vício. 
 
QUESTÃO OBJETIVA 
Assinale a assertiva correta sobre títulos de crédito. 
a) Pelo princípio da abstração, os direitos decorrentes do título são independentes 
do negócio que deu lugar ao seu nascimento, a partir do momento em que ele é 
posto em circulação; 
b) Pelo princípio da abstração, os direitos decorentes do título de crédito não se vinculam 
ao negócio que deu lugar ao seu nascimento, independentemente de sua circulação; 
c) Pelo princípio da autonomia, o cumprimento da obrigação assumida por alguém no 
título não está vinculado a outra obrigação, a menos que o título tenha circulado. 
d) Pelo princípio da autonomia, vale nos títulos somente o que neles está escrito. 
 
 
 
CASOS CONCRETOS 
7º semestre – EMPRESARIAL III 
1.2017 – TITULO DE CRÉDITO 
 
 
 
Centro Universitário Estácio Radial de São Paulo - Conceição 
Av. Engenheiro Armando de Arruda Pereira, 673 
Jabaquara (Metrô Conceição) - CEP: 04309-010 
jonasfs.juridico@gmail.com 
DIREITO 2017 
 
Página 5 de 47 
 
PLANO DE AULA - 3 OPERAÇÃO DE CRÉDITO 
CASO CONCRETO 1 
QUESTÃO 
Um empresário que trabalha no ramo de venda a varejo pretende utilizar, 
nas suas operações a crédito, duplicatas ao invés de cheques, em virtude 
da alta taxa de inadimplência. Procura você para consulta acerca das 
diferenças básicas entre tais títulos. Responda ao consulente de acordo 
com as classificações dos títulos de crédito. 
RESPOSTA 
Ambos quanto ao modelo são vinculados, e quanto a estrutura, ambos 
são ordem de pagamento. 
 
Enquanto a Duplicata é CAUSAL E NOMINATIVA; 
O Cheque é NÃO CAUSAL E NOMINATIVO apenas nos valores acima 
de R$ 100,00. 
 
CLASSIFICAÇÃO DUPLICATA CHEQUE 
Quanto a titulo de crédito É um titulo de crédito próprio, poise na sua 
essência uma relação de credito. É um título de credito impróprio, pois na 
sua essência e uma ordem de pagamento à vista. 
 
Quanto a emissão Causal – por que a lei determina que a causa 
mantenha vinculo com a emissão do título Abstrato – pois a causa da 
emissão do título se desvincula dele no momento de sua emissão. 
 
Quanto à estrutura Ordem de pagamento, onde existem três figuras 
jurídicas envolvidas; Sacador – Sacado –Beneficiário. Ordem de 
pagamento, onde existem três figuras jurídicas envolvidas; Sacador – 
Sacado –Beneficiário. 
 
Quanto ao modelo Vinculado – pois são títulos que adotam um padrão 
especial de acordo com o previsto em lei. Vinculado – pois são títulos que 
adotam um padrão especial de acordo com o previsto em lei. 
 
Quanto à circulação Nominativo – sempre por endosso Portador, nos 
casos de cheque ate R$ 100,00/ Nominativo (à ordem/ não a ordem) 
QUESTÃO OBJETIVA (TJP R 2008) 
São títulos de crédito que contêm ordem de pagamento: 
a) Nota promissória e duplicata. 
b) Warrant e partes beneficiárias. 
c) Nota promissória e debênture. 
d) Letra de câmbio e cheque 
 
 
 
CASOS CONCRETOS 
7º semestre – EMPRESARIAL III 
1.2017 – TITULO DE CRÉDITO 
 
 
 
Centro Universitário Estácio Radial de São Paulo - Conceição 
Av. Engenheiro Armando de Arruda Pereira, 673 
Jabaquara (Metrô Conceição) - CEP: 04309-010 
jonasfs.juridico@gmail.com 
DIREITO 2017 
 
Página 6 de 47 
 
PLANO DE AULA - 4 TÍTULO VINCULATIVO 
CASO CONCRETO 1 
QUESTÃO 
Mário comprou de Fernanda um apartamento no valor de R$ 300.000,00 
(trezentos mil reais) que, com o crédito venda de seu imóvel, também 
comprou um apartamento, pelo mesmo valor, de seu amigo Carlos. Por 
ter ouvido falar em um título capaz de vincular todas as partes, 
Fernanda lhe procura para prestar as seguintes orientações: 
RESPOSTA 1 
É possível a emissão de uma letra de câmbio, a fim de vincular augusto 
ao pagamento e ainda assim dar garantia a Cardoso? 
SIM. Indicando Mario como sacado, na letra de cambio para que ele 
pague a Carlos, ao invés de pagar a Fernanda, ou seja, Mario na 
primeira relação jurídica compra o apartamento de Fernanda, passando 
a ser seu devedor. 
 
Na outra relação jurídica, Fernanda compra o apartamento de Carlos, 
pelo mesmo valor que vendeu seu apartamento para Mario. Nessa 
relação Fernanda é devedor de Carlos. 
 
Desta forma para unir as duas relações, Fernanda (Bernardo) irá emitir 
um título, a (Carlos) Cardoso, indicando como sacado Mario (Augusto). 
A – Sacador (Fernanda) – B – Sacado (Mario) -- C -- beneficiário 
(Carlos) 
RESPOSTA 2 
Por nunca ter visto uma letra de câmbio, questiona acerca dos requisitos 
necessários para validade do título em tela? 
 
Os requisitos necessários para letra de cambio estão elencados no 
artigo 1° da lei única de genebra, no entanto deve ser observado o artigo 
2°, no qual se demonstra que a ausência de alguns desses elementos 
não retirará a validade da letra de cambio, são esse requisitos 
acessórios. 
Art. 1º - A letra contém: 
1 - A palavra "letra" inserta no próprio texto do título é expressa na 
língua empregada para a redação desse título; 
2 - O mandato puro e simples de pagar uma quantia determinada; 
3 - O nome daquele que deve pagar (sacado); 
4 - A época do pagamento; 
5 - A indicação do lugar em que se deve efetuar o pagamento; 
6 - O nome da pessoa a quem ou a ordem de quem deve ser paga; 
7 - A indicação da data em que, e do lugar onde a letra é passada; 
8 - A assinatura de quem passa a letra (sacador). 
 
Art. 2º - O escrito em que faltar algum dos requisitos indicados no artigo 
anterior não produzirá efeito como letra, salvo nos casos determinados 
nas alíneas seguintes: 
A letra em que se não indique a época do pagamento entende-se 
pagável à vista. 
Na falta de indicação especial, a lugar designado ao lado do nome do 
sacado considera-se como sendo o lugar do pagamento e, ao mesmo 
tempo, o lugar do domicílio do sacado. 
A letra sem indicação do lugar onde foi passada considera-se como 
tendo-o sido no lugar designado, ao lado do nome do sacador. 
 
Os elementos essenciais serão: 
1 - A palavra "LETRA" inserta no próprio texto do título é expressa na 
língua empregada para a redação desse título; 
 
 
CASOS CONCRETOS 
7º semestre – EMPRESARIAL III 
1.2017 – TITULO DE CRÉDITO 
 
 
 
Centro Universitário Estácio Radial de São Paulo - Conceição 
Av. Engenheiro Armando de Arruda Pereira, 673 
Jabaquara (Metrô Conceição) - CEP: 04309-010 
jonasfs.juridico@gmail.com 
DIREITO 2017 
 
Página 7 de 47 
2 - O mandato puro e simples de pagar uma quantia determinada; 
3 - O nome daquele que deve pagar (sacado); 
6 - O nome da pessoa a quem ou a ordem de quem deve ser paga; 
8 - A assinatura de quem passa a letra (sacador). 
 
Os elementos acessórios serão: 
4 - A época do pagamento; 
5 - A indicação do lugar em que se deve efetuar o pagamento; 
7 - A indicação da data em que, e do lugar onde a letra é passada; 
 
QUESTÃO OBJETIVA 1 - (EXAME DE ORDEM UNIFICADO – FGV) 
Fontoura Xavier sacou letra de câmbio à ordem no valor de R$ 20.000,00 (vinte mil reais) em 
face de Sales Oliveira, pagável à vista na Praça de Itaocara, indicando como beneficiário 
Rezende Costa. Com base nos dados apresentados e na legislação sobre letra de câmbio, 
assinale a afirmativa INCORRETA. 
a) O vencimento da letra de câmbio ocorrerá na data de sua apresentação pelo 
beneficiário ao sacado, Sales Oliveira. 
b) Se o sacador, Fontoura Xavier, inserir a cláusula “sem despesas” será facultativo o 
protesto por falta de pagamento. 
c) O beneficiário e portador, Rezende Costa, pode inserir no título a cláusula “não à 
ordem” antes de transferi-lo a terceiro. 
d) Se o sacador, Fontoura Xavier, inserir na letra de câmbio cláusula de juros e sua taxa, 
essa estipulação será considerada válida. 
 
 
 
CASOS CONCRETOS 
7º semestre – EMPRESARIAL III 
1.2017 – TITULO DE CRÉDITO 
 
 
 
Centro Universitário Estácio Radial de São Paulo - Conceição 
Av. Engenheiro Armando de Arruda Pereira, 673 
Jabaquara (Metrô Conceição) - CEP: 04309-010 
jonasfs.juridico@gmail.com 
DIREITO 2017 
 
Página 8 de 47 
 
PLANO DE AULA - 5 TÍTULO SEM DATA DE VENCIMENTO 
CASO CONCRETO 1 
QUESTÃO 
João Garcia emite, em 17/10/2010, uma Letra de Câmbio contra José 
Amaro, em favor de Maria Cardoso, que a endossa a Pedro Barros. O 
título não tem data de seu vencimento. Diante do caso apresentado, na 
condição de advogado, responda aos itens a seguir, empregando os 
argumentos jurídicos apropriados e a fundamentação legal pertinente ao 
caso. 
RESPOSTA 1 
Pedro poderá exigir o pagamento da letra de câmbio em face da omissão 
da data do seu vencimento? 
SIM. A letra de câmbio que NÃO contém data de vencimento é 
considerada emitida à vista e é pagável contra apresentação. A figura 
da letra de câmbio que não possui data de vencimento é considerada à 
vista (artigo 2º, alínea 2º do Decreto 57.663/66 - LUG), e pagável à 
apresentação (artigo 34 do Decreto 57.663/66 - LUG). 
 
Tendo em vista que já foi ultrapassado o prazo de apresentação do título 
(um ano – art. 34 da LUG, Decreto 57.663/66), o portador perdeu o 
direito de ação contra os devedores indiretos (art. 53 da LUG). 
RESPOSTA 2 
Que efeitos podem ser verificados com a transmissão do título por meio 
do endosso? 
O endosso, em princípio, transmite não só a propriedade, mas também 
todos os direitos emergentes da Letra (artigo 14 do Decreto 57.663/66 
- LUG), mas como foi ultrapassado o prazo de apresentação de 1 (um) 
ano desde 17/10/2011 (a prova foi realizada em 04/12/2011), o portador 
apenas terá direito de ação contra o devedor principal (artigo 53 do 
Decreto 57.663/66 – LUG). 
 
QUESTÃO OBJETIVA 1– (EXAME DE ORDEM UNIFICADO – FGV) 
Sobre a distinção entre endosso e cessão de crédito, assinale a afirmativa correta. 
a) A cessão de crédito é a forma de transmissão dos ordem, enquanto o endosso é a 
forma de transmissão dos títulos não à ordem. 
b) A cessão de crédito ao cessionário pode ser parcial ou total, enquanto o endosso 
deve ser feito pelo valor integral do título, sob pena de nulidade. 
c) A eficácia do endosso em relação aos devedores do título depende de sua notificação; 
na cessão de crédito, a eficácia decorre da simples assinatura do cedente no anverso 
do título. 
d) O direito de crédito do endossatário é dependente das relações do devedor com 
portadores anteriores do cessionário é literal e autônomo em relação aos portadores 
anteriores. 
 
 
 
CASOS CONCRETOS 
7º semestre – EMPRESARIAL III 
1.2017 – TITULO DE CRÉDITO 
 
 
 
Centro Universitário Estácio Radial de São Paulo - Conceição 
Av. Engenheiro Armando de Arruda Pereira, 673 
Jabaquara (Metrô Conceição) - CEP: 04309-010 
jonasfs.juridico@gmail.com 
DIREITO 2017 
 
Página 9 de 47 
 
 
QUESTÃO OBJETIVA 2 – (EXAME DE ORDEM UNIFICADO – FGV) 
Glória vendeu um automóvel a prazo para Valente. O pagamento foi realizado em quatro 
notas promissórias, com vencimentos em 30, 60, 90 e 120 dias da data de emissão. Os títulos 
foram endossados em branco para Paulo Afonso, mas foram extraviados antes dos 
respectivos vencimentos. Sobre a responsabilidade do emitente e do endossante das notas 
promissórias, assinale a afirmativa correta. 
a) Apenas o emitente responde pelo pagamento dos títulos porque o endossante não é 
coobrigado, salvo cláusula em contrário inserida na nota promissória. 
b) A responsabilidade do emitente e do endossante perante o portador subsiste 
ainda que os títulos tenham sido perdidos ou extraviados involuntariamente. 
c) O endossante e o emitente não respondem perante o portador pelo pagamento das 
notas promissórias em razão do desapossamento involuntário. 
d) O emitente e o endossante não respondem pelo pagamento dos títulos porque só é 
permitido ao vendedor sacar duplicata em uma compra e venda. 
 
QUESTÃO OBJETIVA 3 - (EXAME DE ORDEM UNIFICADO – FGV) 
Fontoura Xavier sacou letra de câmbio à ordem no valor de R$ 20.000,00 (vinte mil reais) em 
face de Sales Oliveira, pagável à vista na Praça de Itaocara, indicando como beneficiário 
Rezende Costa. Com base nos dados apresentados e na legislação sobre letra de câmbio, 
assinale a afirmativa INCORRETA. 
e) O vencimento da letra de câmbio ocorrerá na data de sua apresentação pelo 
beneficiário ao sacado, Sales Oliveira. 
f) Se o sacador, Fontoura Xavier, inserir a cláusula “sem despesas” será facultativo o 
protesto por falta de pagamento. 
g) O beneficiário e portador, Rezende Costa, pode inserir no título a cláusula “não à 
ordem” antes de transferi-lo a terceiro. 
h) Se o sacador, Fontoura Xavier, inserir na letra de câmbio cláusula de juros e sua taxa, 
essa estipulação será considerada válida. 
 
QUESTÃO OBJETIVA 4 – (EXAME DE ORDEM UNIFICADO – FGV) 
Com relação aos títulos de crédito, assinale a afirmativa correta. 
a) No endosso de letra de câmbio após o protesto por falta de pagamento, o portador tem 
ação cambiária contra o seu endossante. 
b) A cláusula não à ordem inserida no cheque impede sua circulação tanto por endosso 
quanto por cessão de crédito. 
c) O endosso de cheque poderá ser realizado pelo sacado ou por mandatário deste com 
poderes especiais. 
d) A duplicata pode ser apresentada para aceite do sacado pelo próprio sacador ou 
por instituição financeira. 
 
 
 
 
CASOS CONCRETOS 
7º semestre – EMPRESARIAL III 
1.2017 – TITULO DE CRÉDITO 
 
 
 
Centro Universitário Estácio Radial de São Paulo - Conceição 
Av. Engenheiro Armando de Arruda Pereira, 673 
Jabaquara (Metrô Conceição) - CEP: 04309-010 
jonasfs.juridico@gmail.com 
DIREITO 2017 
 
Página 10 de 47 
 
PLANO DE AULA - 6 VÁLIDADE. LIMITAÇÃO DO ACEITE. GARANTIA 
CASO CONCRETO 1 
QUESTÃO 
Em 9 de novembro de 2010, João da Silva adquiriu, de Maria de Souza, 
uma TV de 32 polegadas usada, mas em perfeito funcionamento, 
acertando, pelo negócio, o preço de R$ 1.280,00. Sem ter como pagar o 
valor integral imediatamente, lembrou-se de ser beneficiário de uma Letra 
de Câmbio, emitida por seu irmão, José da Silva, no valor de R$ 1.000,00, 
com vencimento para 27 de dezembro do mesmo ano. Desse modo, João 
ofereceu pagar, no ato e em espécie, o valor de R$ 280,00 a Maria, bem 
como endossar a aludida cártula, ressalvando que Maria deveria, ainda, 
na qualidade de endossatária, procurar Mário Sérgio, o sacado, para o 
aceite do título. Ansiosa para fechar negócio, Maria concordou com as 
condições oferecidas e, uma semana depois, em 16 de novembro de 
2010, dirigiu-se ao domicílio de Mário Sérgio, conforme orientação de 
João da Silva. Após a vista, porém, Maria ficou aturdida ao constatar que 
Mário Sérgio só aceitou o pagamento de R$ 750,00, justificando que esse 
era o valor devido a José. Sem saber como proceder dali em diante, Maria 
o(a) procura, como advogado(a), com algumas indagações. Com base no 
cenário acima, responda aos itens a seguir, empregando os argumentos 
jurídicos apropriados e a fundamentação legal pertinente ao caso. 
RESPOSTA A 
É válida a limitação do aceite feita por Mário Sérgio ou estará ele obrigado 
a pagar o valor total da letra de câmbio? 
SIM. A possibilidade de limitação do aceite na letra de câmbio, ficando o 
aceitante responsável dentro desse limite (artigo 26º do Decreto 
57.663/66 LUG): “o aceite é puro e simples, mas o sacado pode limitá-lo a 
uma parte da importância sacada”. 
RESPOSTA B 
Qual é o limite da responsabilidade do emitente do título? 
O limite é total (garantia) do emitente à aceitação e ao pagamento do 
título (art. 9º da LUG), respondendo este por todo o valor do título, ou 
seja, pelos R$ 1.000,00: “o sacador é garante tanto da aceitação como do 
pagamento de letra. O sacador pode exonerar-se da garantia da 
aceitação; toda e qualquer cláusula pela qual ele se exonere da garantia 
do pagamento considera-se como não escrita”. 
RESPOSTA C 
Quais as condições por lei exigidas para que ele fique obrigado ao 
pagamento? 
Necessidade do protesto para cobrança judicial do emitente – art. 44, 
LUG: 
“a recusa de aceite ou de pagamento deve ser comprovada por um ato 
formal (protesto por falta de aceite ou falta de pagamento). 
O protesto por falta de aceite deve ser feito nos prazos fixados para a 
apresentação ao aceite. Se, no caso previsto na alínea 1ª do artigo 24, a 
primeira apresentação da letra tiver sido feita no último dia do prazo, pode 
fazer-se ainda o protesto no dia seguinte. 
O protesto por falta de pagamento de uma letra pagável em dia fixo ou a 
certo termo de data ou de vista deve ser feito num dos 2 (dois) dias úteis 
seguintes àquele em que a letra é pagável. Se se trata de uma letra 
pagável à vista, o protesto deve ser feito nas condições indicadas na 
alínea precedente para o protesto por falta de aceite. 
O protesto por falta de aceite dispensa a apresentação a pagamento e o 
protesto por falta de pagamento. 
No caso de suspensão de pagamentos do sacado, quer seja aceitante, 
 
 
CASOS CONCRETOS 
7º semestre – EMPRESARIAL III 
1.2017 – TITULO DE CRÉDITO 
 
 
 
Centro Universitário Estácio Radial de São Paulo - Conceição 
Av. Engenheiro Armando de Arruda Pereira, 673 
Jabaquara (Metrô Conceição) - CEP: 04309-010 
jonasfs.juridico@gmail.com 
DIREITO 2017 
 
Página 11 de 47 
quer não, ou no caso de lhe ter sido promovida, sem resultado, execução 
dos bens, o portador da letra só pode exercer o seu direito de ação após 
apresentação da mesma ao sacado para pagamento e depois de feito o 
protesto.No caso de falência declarada do sacado, quer seja aceitante, quer não, 
bem como no caso de falência declarada do sacador de uma letra não 
aceitável, a apresentação da sentença de declaração de falência é 
suficiente para que o portador da letra possa exercer o seu direito de 
ação. 
 
Requisitos legais para a coobrigação do Sacado (Aceite) – arts. 21 e 
seguintes, LUG. 
 
QUESTÃO OBJETIVA 1 – (EXAME DE ORDEM UNIFICADO – FGV) 
Com relação ao instituto do aceite de títulos de crédito, assinale a alternativa correta. 
a) A duplicata pode não ser aceita, sem qualquer fundamentação pelo sacado; neste caso, 
ele não será responsável pelo pagamento do título. 
b) Para a cobrança de uma duplicata não aceita, é necessária apenas a realização de seu 
protesto. 
c) O aceite de cheque é condição essencial para que o beneficiário possa executar o 
sacado. 
d) O aceite de uma letra de câmbio torna o sacado devedor direto do título. 
 
 
 
CASOS CONCRETOS 
7º semestre – EMPRESARIAL III 
1.2017 – TITULO DE CRÉDITO 
 
 
 
Centro Universitário Estácio Radial de São Paulo - Conceição 
Av. Engenheiro Armando de Arruda Pereira, 673 
Jabaquara (Metrô Conceição) - CEP: 04309-010 
jonasfs.juridico@gmail.com 
DIREITO 2017 
 
Página 12 de 47 
 
PLANO DE AULA - 7 
CASO CONCRETO 1 
QUESTÃO 
Alan saca uma letra de câmbio contra Bernardo, tendo como beneficiário 
Carlos. Antes do vencimento e da apresentação para aceite, Carlos 
endossa em preto a letra para Eduardo, que, na mesma data, a endossa 
em preto para Fabiana. De posse do título, Fabiana verifica que na face 
anterior da letra há a assinatura de Gabriel, sem que seja discriminada a 
sua responsabilidade cambiária. Com base nessa questão, responda aos 
itens a seguir. 
RESPOSTA A 
Gabriel poderá ser considerado devedor cambiário? 
SIM. O aval em branco dado por Gabriel é considerado outorgado ao 
sacador (Art. 31, última alínea da LUG). 
RESPOSTA B 
Caso Fabiana venha a cobrar o título de Gabriel e ele lhe pague, poderia 
este demandar Eduardo em ação cambial regressiva? Responda 
justificadamente, empregando os argumentos jurídicos apropriados e a 
fundamentação legal pertinente ao caso. 
NÃO. Porque Eduardo é endossante, portanto obrigado posterior ao 
avalista do sacador, Gabriel. O pagamento feito pelo avalista do sacador 
desonera os coobrigados posteriores, dentre eles os endossantes, com 
base no Art. 24, caput, do Decreto nº 2.044/1908. 
 
QUESTÃO OBJETIVA 1 – (EXAME DE ORDEM UNIFICADO – FGV) 
Em relação ao Direito Cambiário, é correto afirmar que 
a) O aceite no cheque é dado pelo banco ou instituição financeira a ele equivalente, 
devendo ser firmado no verso do título. 
b) A duplicata, quando de prestação de serviços, pode ser emitida com vencimento a 
tempo certo da vista. 
c) O protesto é necessário para garantir o direito de regresso contra o(s) endossante(s) e 
o(s) avalista(s) do aceitante de uma letra de câmbio. 
d) O aval dado em uma nota promissória pode ser parcial, ainda que sucessivo. 
 
QUESTÃO OBJETIVA 2 – (EXAME DE ORDEM UNIFICADO – FGV) 
Em relação aos Títulos de Crédito, é correto afirmar que, quando 
a) Presente na letra de câmbio, a cláusula “não à ordem” impede a circulação do crédito. 
b) Insuficientes os fundos disponíveis, o portador de um cheque pode requerer a 
responsabilidade cambiária do banco sacado pelo seu não pagamento. 
c) Firmado em branco, o aval na nota promissória é entendido como dado em favor 
do sacador. 
d) Não aceita a duplicata, o protesto do título é a providência suficiente para o ajuizamento 
da ação de execução contra o sacado. 
 
 
 
 
CASOS CONCRETOS 
7º semestre – EMPRESARIAL III 
1.2017 – TITULO DE CRÉDITO 
 
 
 
Centro Universitário Estácio Radial de São Paulo - Conceição 
Av. Engenheiro Armando de Arruda Pereira, 673 
Jabaquara (Metrô Conceição) - CEP: 04309-010 
jonasfs.juridico@gmail.com 
DIREITO 2017 
 
Página 13 de 47 
 
PLANO DE AULA - 8 AÇÃO CAMBIAL 
CASO CONCRETO 1 
QUESTÃO 
Na cidade de Malta, uma nota promissória foi emitida por João em 
benefício de Maria. A beneficiária, Maria, transfere o título para Pedro, 
inserindo no endosso a cláusula proibitiva de novo endosso. Em função 
de acordos empresariais, Pedro realiza novo endosso para Henrique, e 
este um último endosso, sem garantia, para Júlia. Com base no caso 
apresentado, responda aos questionamentos a seguir, indicando os 
fundamentos e dispositivos legais pertinentes. 
RESPOSTA A 
Júlia poderia ajuizar ação cambial para receber o valor contido na nota 
promissória? Em caso positivo, quais seriam os legitimados passivos na 
ação cambial? 
SIM. Porque a cláusula de proibição de novo endosso não impede a 
circulação ulterior da nota promissória, sendo possível seu endosso a 
terceiros pelo endossatário, mas afasta a responsabilidade cambiária do 
endossante que a apos em relação aos portadores subsequentes ao seu 
endossatário (artigo 15, alínea 2ª do Decreto n. 57.663 – LUG). 
 
Dessa forma, os endossos realizados por Maria e Pedro são válidos: Júlia 
poderá cobrar dos demais devedores (João e Pedro) com base no art. 47, 
alínea 1ª ou no art. 43, alínea 1º do Decreto n. 57.663 – LUG, exceto de 
Maria, pois esta só responderá perante o seu endossatário, no caso 
Pedro. Júlia não poderá cobrar de Henrique, pois este realizou um 
endosso sem garantia (art.15, alínea 1ª do Decreto n. 57.663/66). 
RESPOSTA B 
Caso Pedro pague o valor da nota promissória a Henrique e receba o 
título quitado deste, como e de quem Pedro poderá exigir o valor pago? 
Caso pague a Henrique, Pedro poderá ajuizar ação por falta de 
pagamento, regressivamente, contra Maria e João (artigo 47, alínea 3ª do 
Decreto n. 57.663 – LUG). 
 
A simples menção ou transcrição do dispositivo legal apontado na 
distribuição de pontos não atribui pontuação. 
 
QUESTÃO OBJETIVA 1 – (EXAME DE ORDEM UNIFICADO – FGV) 
Uma letra de câmbio no valor de R$ 13.000,00 (treze mil reais) foi endossada por Pilar com 
cláusula de mandato para o Banco Poxim S/A. Não tendo havido pagamento no vencimento, a 
cambial foi apresentada a protesto pelo endossatário mandatário, tendo sido lavrado e 
registrado o protesto pelo tabelião. Dez dias após o protesto, Rui Palmeira, aceitante da letra 
de câmbio, compareceu ao tabelionato e apresentou declaração de anuência firmada apenas 
pelo endossante da letra de câmbio, com identificação do título e firma reconhecida. Não 
houve apresentação do título no original ou em sua cópia. À luz das disposições da Lei nº 
9.492/97 sobre o cancelamento do protesto, é correto afirmar que o tabelião: 
a) Não poderá realizar o cancelamento do protesto por faltar no documento apresentado a 
anuência do endossatário mandatário. 
b) Não poderá realizar o cancelamento do protesto, porque esse ato é privativo do juiz, 
diferentemente da sustação do protesto. 
c) Poderá realizar o cancelamento do protesto, porque é suficiente a declaração de 
anuência firmada pelo endossante-mandante. 
d) Poderá realizar o cancelamento do protesto, porque o pedido foi feito no prazo legal (30 
dias) e pelo aceitante, obrigado principal. 
 
 
 
CASOS CONCRETOS 
7º semestre – EMPRESARIAL III 
1.2017 – TITULO DE CRÉDITO 
 
 
 
Centro Universitário Estácio Radial de São Paulo - Conceição 
Av. Engenheiro Armando de Arruda Pereira, 673 
Jabaquara (Metrô Conceição) - CEP: 04309-010 
jonasfs.juridico@gmail.com 
DIREITO 2017 
 
Página 14 de 47 
 
PLANO DE AULA - 9 NOTA PROMISSÓRIA COM VENCIMENTO A DIA CERTO 
CASO CONCRETO 1 
QUESTÃO 
Lauro emitiu uma nota promissória com vencimento a dia certo em favor 
da sociedade empresária W Corretora de Imóveis Ltda. Embora o título 
esteja assinado pelo emitente, nele não constam a data e o lugar deemissão. Há cláusula de juros remuneratórios, com fixação de taxa anual 
de 12%. Antes do vencimento, o título recebeu aval em branco prestado 
por Pedro, irmão de Lauro. Sendo certo que os dados omitidos na nota 
promissória não foram preenchidos pela sociedade empresária antes da 
cobrança judicial. Analise a questão com base no estudo do Direito 
Cambiário. 
RESPOSTA 
O avalista em branco poderá alegar vício de forma como exceção ao 
pagamento perante a sociedade empresária 
Nota promissória é um título de crédito caracterizado por ser uma 
promessa de pagamento de certa quantia em dinheiro, feita por escrito 
por uma pessoa, devedor, em favor de outra pessoa, credor. O emitente é 
quem assina a nota promissória e é o que prometeu pagar e o principal 
devedor, a pessoa que vai ser o titular da nota é chamado de beneficiário 
e é o credor. É um título de crédito regido pela Lei Uniforme de Genebra 
que dita as regras das letras de câmbio e das notas promissórias e que 
embasaram a resposta da questão. E ainda supletivamente podemos 
utilizar o Decreto 2.044 de 1908. 
 
================ 
 
A nota promissória é um título que, para ser considerado como tal, 
precisa ser feita de acordo com os requisitos previstos na lei e com o 
conteúdo exigido pela LUG. 
 
LUG - Artigo 75: A nota promissória contém: 
1. denominação "nota promissória" inserta no próprio texto do título e 
expressa na língua empregada para a redação desse título; 
2. a promessa pura e simples de pagar uma quantia determinada; 
3. a época do pagamento; 
4. a indicação do lugar em que se deve efetuar o pagamento; 
5. o nome da pessoa a quem ou à ordem de quem deve ser paga; 
6. a indicação da data em que e do lugar onde a nota promissória é 
passada; 
7. a assinatura de quem passa a nota promissória (subscritor). 
 
A regra deve ser a de que a nota promissória seja emitida com todos os 
elementos acima transcritos. O artigo 76 estabelece a regra de que a 
FALTAR de qualquer desses requisitos descaracteriza o título como uma 
nota promissória, porém, o mesmo artigo prevê algumas exceções, 
estipulando que a falta de alguns desses requisitos pode acontecer, sem 
que o título deixe de ser uma nota promissória. Exemplo: se faltar na nota 
o vencimento, não tem problema, pois a nota será considerada à vista. Se 
faltar o lugar de emissão, como na nota da questão, pode ser 
considerado outro local como no artigo abaixo. 
 
Assim sendo, não há problema no fato de o título da questão ter sido 
emitido sem a indicação do lugar da emissão, porém, há problema sim, 
em ter sido a nota promissória emitida sem a previsão da DATA DE 
 
 
CASOS CONCRETOS 
7º semestre – EMPRESARIAL III 
1.2017 – TITULO DE CRÉDITO 
 
 
 
Centro Universitário Estácio Radial de São Paulo - Conceição 
Av. Engenheiro Armando de Arruda Pereira, 673 
Jabaquara (Metrô Conceição) - CEP: 04309-010 
jonasfs.juridico@gmail.com 
DIREITO 2017 
 
Página 15 de 47 
EMISSÃO, já que ela consta como uma cláusula obrigatória (item 6 do 
artigo 75). Então, a nota promissória emitida sem a data da emissão é um 
título emitido com um vício formal. 
 
Artigo 76 - O título em que faltar algum dos requisitos indicados no artigo 
anterior não produzirá efeito como nota promissória, salvo nos casos 
determinados das alíneas seguintes. 
A nota promissória em que se não indique a época do pagamento será 
considerada à vista. 
Na falta de indicação especial, o lugar onde o título foi passado 
considera-se como sendo o lugar do pagamento e, ao mesmo tempo, o 
lugar do domicílio do subscritor da nota promissória. 
A nota promissória que não contenha indicação do lugar onde foi passada 
considera-se como tendo-o sido no lugar designado ao lado do nome do 
subscritor. 
 
O avalista é o garantidor do pagamento do título de crédito e por ser uma 
responsabilidade autônoma, o avalista responde da mesma maneira que 
a pessoa por ele garantida, que no caso da questão é o emitente do 
título, e além disso a obrigação do avalista é mantida mesmo que a 
obrigação resultante da nota promissório seja nula. Entretanto, se a 
nulidade da obrigação for decorrente de um vício de forma no título, o 
avalista não será obrigado pelo título. Nós já concluímos que a nota 
promissória foi emitida com vício de forma, então, o avalista da questão 
pode alegar vício de forma para se eximir da obrigação perante a 
sociedade empresária que é a credora do título. 
 
Artigo 32: O dador de aval é responsável da mesma maneira que a 
pessoa por ele afiançada. 
A sua obrigação mantém-se, mesmo no caso de a obrigação que ele 
garantiu ser nula por qualquer razão que não seja um vício de forma. 
 
QUESTÃO OBJETIVA 1 – (EXAME DE ORDEM UNIFICADO – FGV) 
Nanci, empresária individual, contraiu empréstimo com instituição financeira, formalizado em 
contrato de abertura de crédito. A esse contrato foi vinculada nota promissória avalizada, 
emitida pela mutuária em favor da mutuante. Em relação à obrigação firmada pelo avalista, 
assinale a afirmativa correta. 
a) A nota promissória vinculada ao contrato de abertura de crédito não goza de 
autonomia em razão da iliquidez do título que a originou. 
b) A nota promissória vinculada ao contrato de abertura de crédito goza de autonomia em 
razão do contrato de abertura de crédito ser título executivo extrajudicial. 
c) O avalista poderá arguir exceção de pré-executividade em razão da iliquidez do título 
que originou a nota promissória, mesmo que esta tenha força executiva e autonomia. 
d) A nota promissória gozará de autonomia somente com a anuência do avalista no 
contrato de abertura de crédito, além da sua assinatura no título. 
 
 
 
CASOS CONCRETOS 
7º semestre – EMPRESARIAL III 
1.2017 – TITULO DE CRÉDITO 
 
 
 
Centro Universitário Estácio Radial de São Paulo - Conceição 
Av. Engenheiro Armando de Arruda Pereira, 673 
Jabaquara (Metrô Conceição) - CEP: 04309-010 
jonasfs.juridico@gmail.com 
DIREITO 2017 
 
Página 16 de 47 
 
PLANO DE AULA - 10 CHEQUE 
CASO CONCRETO 1 
QUESTÃO 
João da Silva sacou um cheque no valor de R$ 60.000,00 (sessenta mil 
reais), em 26 de março de 2012, para pagar a última parcela de um 
empréstimo feito por seu primo Benedito Souza, beneficiário da cártula. A 
praça de emissão é a cidade “X”, Estado de Santa Catarina, e a praça de 
pagamento a cidade “Y”, Estado do Rio Grande do Sul. O beneficiário 
endossou o cheque para Dilermando de Aguiar, no dia 15 de agosto de 
2012, tendo lançado no endosso, além de sua assinatura, a data e a 
menção de que se tratava de pagamento “pro solvendo”, isto é, sem 
efeito novativo do negócio que motivou a transferência. No dia 25 de 
agosto de 2012 o cheque foi apresentado ao sacado, mas o pagamento 
não foi feito em razão do encerramento da conta do sacador em 20 de 
agosto de 2012. Considerando os fatos e as informações acima, 
responda aos seguintes itens. 
RESPOSTA A 
O endossatário pode promover a execução do cheque em face de João 
da Silva e de Benedito Souza? Justifique com amparo legal 
O endossatário pode promover a execução do cheque em face do 
sacador João da Silva, com fundamento no Art. 47, I, da Lei n. 7.357/85 
e/ou Súmula n. 600 do STF (“Cabe ação executiva contra o emitente e 
seus avalistas, ainda que não apresentado o cheque ao sacado no prazo 
legal, desde que não prescrita a ação cambiária”). 
 
O endossatário não pode promover a execução em face de Benedito 
Souza uma vez que o endosso para Dilermando de Aguiar ocorreu após o 
prazo de apresentação e, como tal, tem efeito de cessão de crédito, com 
fundamento no Art. 27, da Lei n. 7.357/85 (“O endosso posterior [...] à 
expiração do prazo de apresentação produz apenas os efeitos de 
cessão”). 
 
Alternativamente poderá o candidato fundamentar a ilegitimidade passiva 
de Benedito Souza no Art. 47,II, da Lei n. 7.357/85, a contrario sensu. 
Como o cheque não foi apresentado a pagamento no prazo legal (60 
dias, Art. 33 da Lei n. 7.375/85), o portador não poderá promover a 
execução em face do endossante. 
RESPOSTA B 
Diante da prova do não pagamento do cheque é possível ao endossatário 
promover ação fundada no negócio que motivou a transferência do 
cheque por Benedito Souza? Justifique com amparo legal. 
SIM. É possível ao endossatário promover ação fundada no negócio que 
motivou a transferência do cheque por Benedito Souza (ação causal, 
extracambial), uma vez que o endosso foi em caráter “pro solvendo”, ou 
seja, sem efeito novativo do negócio que motivou a transferência. Nos 
termos do Art. 62 da Lei n. 7.357/85, “Salvo prova de novação, a emissão 
ou a transferência do cheque não exclui a ação fundada na relação 
causal, feita a prova do não-pagamento”. 
 
QUESTÃO OBJETIVA 1 – (EXAME DE ORDEM UNIFICADO – FGV) 
Um cheque no valor de R$ 3.000,00 (três mil reais) foi sacado em 15 de agosto de 2012, na 
praça de Santana, Estado do Amapá, para pagamento no mesmo local de emissão. Dez dias 
após o saque, o beneficiário endossou o título para Ferreira Gomes. Este, no mesmo dia, 
apresentou o cheque ao sacado para pagamento, mas houve devolução ao apresentante por 
insuficiência de fundos, mediante declaração do sacado no verso do cheque. Com base nas 
informações contidas no enunciado e nas disposições da Lei n. 7.357/85 (Lei do Cheque), 
 
 
CASOS CONCRETOS 
7º semestre – EMPRESARIAL III 
1.2017 – TITULO DE CRÉDITO 
 
 
 
Centro Universitário Estácio Radial de São Paulo - Conceição 
Av. Engenheiro Armando de Arruda Pereira, 673 
Jabaquara (Metrô Conceição) - CEP: 04309-010 
jonasfs.juridico@gmail.com 
DIREITO 2017 
 
Página 17 de 47 
assinale a afirmativa incorreta. 
a) O apresentante, diante da devolução do cheque, deverá levar o título a protesto 
por falta de pagamento, requisito essencial à propositura da ação executiva em 
face do endossante. 
b) O emitente do cheque, durante ou após o prazo de apresentação, poderá fazer sustar 
seu pagamento mediante aviso escrito dirigido ao sacado, fundado em relevante razão 
de direito. 
c) O prazo de apresentação do cheque ao sacado para pagamento é de 30 (trinta) dias, 
contados da data de emissão, quando o lugar de emissão for o mesmo do de 
pagamento. 
d) O portador, apresentado o cheque e não realizado seu pagamento, deverá promover a 
ação executiva em face do emitente em até 6 (seis) meses após a expiração do prazo 
de apresentação. 
 
QUESTÃO OBJETIVA 2 – (EXAME DE ORDEM UNIFICADO – FGV) 
Laurentino recebeu um cheque nominal sacado na praça de “Z” no valor de R$ 20.000,00 
(vinte mil reais) e pagável na praça de “A”. Vinte dias após a emissão e antes da apresentação 
ao sacado foram furtados vários documentos da residência do tomador, dentre eles o referido 
cheque. Com base nestas informações, assinale a afirmativa correta. 
a) A medida judicial cabível para impedir o pagamento do cheque pelo sacado é a contra-
ordem ou oposição, que produz efeito durante o prazo de apresentação. 
b) A medida extrajudicial cabível para impedir o pagamento do cheque pelo sacado é a 
sustação ou oposição, que depende da prova da existência de fundos disponíveis. 
c) A medida judicial cabível para impedir o pagamento do cheque pelo sacado é a 
sustação ou oposição, que produz efeito apenas após o prazo de apresentação. 
d) A medida extrajudicial cabível para impedir o pagamento do cheque pelo sacado é 
a sustação ou oposição, que está fundada em relevante razão de direito. 
 
QUESTÃO OBJETIVA 3 – (EXAME DE ORDEM UNIFICADO – FGV) 
Com relação ao instituto do cheque, assinale a afirmativa correta. 
a) O cheque pode ser sacado contra pessoa jurídica, instituições financeiras e instituições 
equiparadas. 
b) O portador não pode recusar o pagamento parcial do cheque. 
c) O cheque pode consubstanciar ordem de pagamento à vista ou a prazo. 
d) A ação de execução do cheque contra o sacador prescreve em 1 (um) ano contado do 
prazo final para sua apresentação 
 
QUESTÃO OBJETIVA 4 – (EXAME DE ORDEM UNIFICADO – FGV) 
A sociedade empresária Congelados da Vovó Ltda., com sede na cidade de Montanha, 
realizou o pagamento a um fornecedor por meio de cheque administrativo. Sobre esta espécie 
de cheque, assinale a afirmativa correta. 
a) É aquele sacado para ser creditado em conta, podendo ser emitido ao portador até o 
valor de R$ 100,00 (cem reais). 
b) É aquele que contém visto em seu verso, atestando a existência de fundos durante o 
prazo de apresentação. 
c) É aquele sacado contra o próprio banco sacador, sendo necessariamente nominal 
qualquer que seja seu valor. 
d) É aquele sacado em favor de órgão ou entidade da administração pública para 
pagamento de taxa ou emolumento. 
 
 
 
 
CASOS CONCRETOS 
7º semestre – EMPRESARIAL III 
1.2017 – TITULO DE CRÉDITO 
 
 
 
Centro Universitário Estácio Radial de São Paulo - Conceição 
Av. Engenheiro Armando de Arruda Pereira, 673 
Jabaquara (Metrô Conceição) - CEP: 04309-010 
jonasfs.juridico@gmail.com 
DIREITO 2017 
 
Página 18 de 47 
 
PLANO DE AULA - 11 DUPLICATA 
CASO CONCRETO 1 
QUESTÃO 
Aragominas Jardinagem e Paisagismo Ltda. EPP sacou duplicata de 
prestação de serviços à vista em face de Bernardo Sayão no valor de R$ 
12.000,00 (doze mil reais). O título foi endossado antes da apresentação 
a pagamento para o Banco Filadélfia S.A. Na data da apresentação ao 
sacado, para pagamento, este solicitou prorrogação da apresentação por 
dois meses, o que foi aceito pelo credor. Foi firmada declaração escrita na 
duplicata, assinada por mandatário do endossatário com poderes 
especiais, concedendo a referida prorrogação. O sacado não efetuou o 
pagamento da duplicata na data acordada. O endossatário exigiu o 
pagamento do endossante, que se recusou a fazê-lo alegando que não 
anuiu com a prorrogação do vencimento, fato inconteste. 
RESPOSTA A 
Sendo certo que o endosso em favor do Banco Filadélfia é translativo e 
não houve aposição de cláusula sem garantia, é cabível a exceção ao 
pagamento apresentada? 
SIM. Porque em caso de prorrogação do prazo de vencimento, para 
manter a coobrigação do endossante é preciso anuência expressa deste, 
o que não se verificou, com base no Art. 20, § 3º, c/c o Art. 11, parágrafo 
único, ambos da Lei nº 5.474 /68. 
RESPOSTA B 
A anuência com a prorrogação do prazo de vencimento da duplicata, 
firmada por mandatário com poderes especiais, poderia ser invalidada por 
não ter sido dada pelo próprio credor? 
NÃO. Porque a declaração autorizando a prorrogação do prazo de 
vencimento também pode ser firmada pelo representante com poderes 
especiais do endossatário, com base no Art. 11, caput, da Lei nº 5.474/68. 
 
QUESTÃO OBJETIVA 1 – (EXAME DE ORDEM UNIFICADO – FGV) 
Na duplicata de compra e venda, entende-se por protesto por indicações do portador aquele 
que é lavrado pelo tabelião de protestos 
a) Em caso de recusa ao aceite e devolução do título ao apresentante pelo sacado, dentro 
do prazo legal. 
b) Quando o sacado retiver a duplicata enviada para aceite e não proceder à 
devolução dentro do prazo legal. 
c) Na falta de pagamento do título pelo aceitante ou pelo endossante dentro do prazo 
legal. 
d) Em caso de revogação da decisão judicial que determinou a sustação do protesto. 
 
 
 
CASOS CONCRETOS 
7º semestre – EMPRESARIAL III 
1.2017 – TITULO DE CRÉDITO 
 
 
 
Centro Universitário Estácio Radial de São Paulo - Conceição 
Av. Engenheiro Armando de Arruda Pereira, 673 
Jabaquara (Metrô Conceição) - CEP: 04309-010 
jonasfs.juridico@gmail.com 
DIREITO 2017 
 
Página 19 de 47 
 
PLANO DE AULA - 12 ALTERNATIVA 
QUESTÃO OBJETIVA 1 
Quanto a contratosmercantis, Julgue os itens abaixo: 
a) Os contratos serão considerados mercantis quando pelo menos um dos contratantes for 
empresário. Esses contratos podem ser regulados por dois regimes jurídicos, o Código 
Civil, quando as duas partes estiverem em posição de igualdade, ou o CDC, quando 
uma das partes estiver em situação de vulnerabilidade econômica em relação à outra. 
b) No contrato de prestação de serviços, se o serviço for prestado por quem não possua 
título de habilitação ou não satisfaça requisitos estabelecidos em lei, não poderá o 
prestador cobrar a retribuição normalmente correspondente ao trabalho executado, 
mas, se da prestação dos serviços resultar benefício para a parte contratante, o juiz 
atribuirá a quem o prestou uma compensação razoável, ainda que tenha ocultado 
dolosamente sua falta de habilitação. Isso ocorre porque o direito repudia o 
enriquecimento sem causa. 
c) No contrato de compra e venda mercantil, é defeso às partes fixar o preço em função de 
índices ou parâmetros, ainda que estes sejam suscetíveis de determinação objetiva. 
d) No contrato de leasing, uma pessoa jurídica é proprietária de um bem de interesse 
de seu cliente e, em seguida, transfere a posse direta desse bem ao interessado 
mediante pagamento periódico de certo valor, por um prazo previamente 
determinado. Ao final desse prazo, aquele que usufrui o bem pode optar por 
renovar o contrato por igual prazo, adquirir o bem em definitivo, mediante 
pagamento de certo valor residual previamente definido, ou simplesmente 
devolver o bem. 
 
 
 
 
CASOS CONCRETOS 
7º semestre – EMPRESARIAL III 
1.2017 – TITULO DE CRÉDITO 
 
 
 
Centro Universitário Estácio Radial de São Paulo - Conceição 
Av. Engenheiro Armando de Arruda Pereira, 673 
Jabaquara (Metrô Conceição) - CEP: 04309-010 
jonasfs.juridico@gmail.com 
DIREITO 2017 
 
Página 20 de 47 
 
PLANO DE AULA - 13 REPRESENTAÇÃO COMERCIAL 
CASO CONCRETO 1 
QUESTÃO 
Contrato oneroso, em que alguém assume, em caráter profissional e sem 
vínculo de dependência, a obrigação de promover, em nome de outrem, 
mediante retribuição, a efetivação de certos negócios, em determinado 
território ou zona de mercado. A definição acima corresponde a que tipo 
de contrato empresarial? Analise de acordo com a Legislação vigente. 
RESPOSTA 
AGÊNCIA, conforme dispõe o caput do art. 710 do CC/02: “pelo contrato 
de agência, uma pessoa assume, em caráter não eventual e sem 
vínculos de dependência, a obrigação de promover, à conta de outra, 
mediante retribuição, a realização de certos negócios, em zona 
determinada, caracterizando-se a distribuição quando o agente tiver à sua 
disposição a coisa a ser negociada”. O contrato de agência também é 
conhecido como contrato de representação comercial. 
 
QUESTÃO OBJETIVA 1 
É uma cláusula acessória ao contrato de comissão, no qual o comissário assume o gravame 
de responder solidariamente pela insolvência das pessoas com quem contratar em nome do 
comitente. Essa cláusula é denominada 
a) Del credere. 
b) Pacto comissório. 
c) Venda com reserva de domínio. 
d) Hedge. 
 
 
 
CASOS CONCRETOS 
7º semestre – EMPRESARIAL III 
1.2017 – TITULO DE CRÉDITO 
 
 
 
Centro Universitário Estácio Radial de São Paulo - Conceição 
Av. Engenheiro Armando de Arruda Pereira, 673 
Jabaquara (Metrô Conceição) - CEP: 04309-010 
jonasfs.juridico@gmail.com 
DIREITO 2017 
 
Página 21 de 47 
 
PLANO DE AULA - 14 SOCIEDADE EMPRESÁRIA 
CASO CONCRETO 1 
QUESTÃO 
Uma sociedade empresária, com problemas em capital de giro, celebra 
com uma outra sociedade empresária, financeira não banco, contrato de 
antecipação de crédito, mediante entrega dos títulos emitidos a seu favor, 
e recebimento antecipado de um percentual do valor de emissão de cada 
cambial. 
RESPOSTA 1 
Determine a modalidade de contrato celebrado? 
Contrato de Fomento Mercantil (FACTORING) 
RESPOSTA 2 
Em caso de inadimplência do título pelo devedor principal, a financeira 
poderá cobrar o valor da sociedade empresária? 
NÃO. A Faturizadora deve assumir o risco do negócio, e cobrar apenas 
do devedor principal, sob o risco de assumir operação bancária de forma 
ilegal. 
 
QUESTÃO OBJETIVA 
Com relação ao contrato bancário: 
a) Para que se considere um contrato como bancário, é necessário é necessário que as 
duas partes envolvidas sejam instituições financeiras; 
b) Não cabe indenização quando a instituição financeira envia para seus clientes faturas 
de cartão de crédito sem que este tenha sido soclitado 
c) As empresas administradoras de cartão de crédito são equiparadas ás 
instituições financeiras e, por tal motivo, os juros remuneratórios por elas 
cobrados não sofrem limitações 
d) As operações bancárias ativas são as de captação de recursos, nas quais os bancos se 
tornam devedores de seus clientes, enquanto que nas passivas o banco assume a 
posição de credor. 
 
 
 
CASOS CONCRETOS 
7º semestre – EMPRESARIAL III 
1.2017 – TITULO DE CRÉDITO 
 
 
 
Centro Universitário Estácio Radial de São Paulo - Conceição 
Av. Engenheiro Armando de Arruda Pereira, 673 
Jabaquara (Metrô Conceição) - CEP: 04309-010 
jonasfs.juridico@gmail.com 
DIREITO 2017 
 
Página 22 de 47 
 
PLANO DE AULA - 15 SOCIEDADE EMPRESÁRIA 
CASO CONCRETO 1 
QUESTÃO 
Silva Jardim é sócio minoritário da Companhia Saquarema de 
Transportes de Carga, com sede em Volta Redonda/RJ. Em razão de 
dificuldades financeiras, a sociedade empresária recebeu empréstimo no 
valor de R$ 500.000,00 (quinhentos mil reais) de Silva Jardim, com 
pagamento integral após dois anos da data da transferência do crédito. A 
taxa de juros remuneratórios pactuada é de 12% ao ano. 
Com escopo de garantia do pagamento do mútuo, a companhia transferiu 
ao credor dois caminhões de sua propriedade, sob condição resolutiva do 
adimplemento. Também foi estabelecido pacto comissório em favor de 
Silva Jardim, em caso de não pagamento da dívida no vencimento. Ao 
tomar conhecimento da celebração do contrato, o sócio Cardoso suscita a 
nulidade do pacto comissório em assembleia geral ordinária da 
companhia. Com base na hipótese narrada, responda aos itens a seguir. 
RESPOSTA A 
Tem razão o sócio Cardoso em considerar nulo o pacto comissório? 
SIM. O pacto comissório consiste em cláusula que autoriza o credor a 
ficar com o bem (apreendê-lo para promover sua venda 
independentemente de qualquer ato judicial ou extrajudicial) se a dívida 
não for paga no vencimento. Tratando-se de propriedade fiduciária 
disciplinada pelo Código Civil, é nula tal cláusula, de acordo com o Art. 
1.365 do Código Civil. O fiduciário deverá vender, judicial ou 
extrajudicialmente, a coisa a terceiros, aplicar o preço no pagamento de 
seu crédito e das despesas de cobrança, e entregar o saldo, se houver, 
ao fiduciante, como determina o Art. 1.364 do Código Civil. 
RESPOSTA B 
O contrato que instituiu o gravame sobre os caminhões em favor do 
credor deve ser levado ao Registro de Títulos e Documentos do domicílio 
do devedor para sua validade? 
NÃO. O registro no Registro de Títulos e Documentos (RTD) do 
documento que instituiu o direito real de aquisição sobre os caminhões 
(propriedade fiduciária) não é requisito de validade do negócio jurídico, 
pois a eficácia erga omnes depende da anotação no certificado de 
registro do veículo perante a repartição competente para o licenciamento, 
com base no Art. 1.361, § 1º, do Código Civil e na Súmula 92 do STJ: “A 
terceiro de boa-fé não é oponível a alienação fiduciária não anotada no 
Certificado de Registro do veículo automotor”. 
 
QUESTÃO OBJETIVA 1 – (EXAME DE ORDEM UNIFICADO – FGV) 
A alienação fiduciária, regulada pela Lei n. 9.514/1997, é o negócio jurídico pelo qual o 
devedor, ou fiduciante,com o escopo de garantia, contrata a transferência ao credor, ou 
fiduciário, da propriedade resolúvel de coisa imóvel. Sobre este tipo de contrato, assinale a 
afirmativa correta. 
a) Constitui-se a propriedade fiduciária de coisa imóvel mediante registro do 
contrato que lhe serve de título no Registro de Imóveis competente. 
b) Somente poderá ser contratada por pessoa jurídica que integre o Sistema de 
Financiamento Imobiliário – SFI. 
c) Não pode ter como objeto a propriedade superficiária do imóvel do fiduciante. 
d) O fiduciante poderá transmitir os direitos de que seja titular sobre o imóvel objeto da 
alienação fiduciária independentemente da anuência do fiduciário. 
 
 
 
CASOS CONCRETOS 
7º semestre – EMPRESARIAL III 
1.2017 – TITULO DE CRÉDITO 
 
 
 
Centro Universitário Estácio Radial de São Paulo - Conceição 
Av. Engenheiro Armando de Arruda Pereira, 673 
Jabaquara (Metrô Conceição) - CEP: 04309-010 
jonasfs.juridico@gmail.com 
DIREITO 2017 
 
Página 23 de 47 
 
QUESTÃO OBJETIVA 2 – (EXAME DE ORDEM UNIFICADO – FGV) 
Sobre o contrato de arrendamento mercantil, assinale a afirmativa incorreta. 
a) No arrendamento mercantil na modalidade financeira, as despesas com a manutenção, 
assistência técnica e serviços correlatos à operacionalidade do bem arrendado são de 
responsabilidade da arrendatária. 
b) No arrendamento mercantil operacional, a manutenção, a assistência técnica e os 
serviços correlatos à operacionalidade do bem arrendado podem ser de 
responsabilidade da arrendadora ou da arrendatária. 
c) Os contratos de arrendamento mercantil devem conter, dentre outras cláusulas, a 
descrição dos bens que constituem o objeto do contrato, com todas as características 
que permitam sua perfeita identificação. 
d) A constituição e o funcionamento das pessoas jurídicas que têm como objeto 
principal a prática de operações de arrendamento mercantil dependem de 
autorização da Comissão de Valores Mobiliários (CVM). 
 
 
 
 
CASOS CONCRETOS 
7º semestre – EMPRESARIAL III 
1.2017 – TITULO DE CRÉDITO 
 
 
 
Centro Universitário Estácio Radial de São Paulo - Conceição 
Av. Engenheiro Armando de Arruda Pereira, 673 
Jabaquara (Metrô Conceição) - CEP: 04309-010 
jonasfs.juridico@gmail.com 
DIREITO 2017 
 
Página 24 de 47 
 
PLANO DE AULA - 16 ENDOSSO DE LETRA DE CAMBIO 
CASO CONCRETO 1 
QUESTÃO 
Uma letra de câmbio foi sacada tendo como beneficiário Carlos e foi 
aceita. Posteriormente, Carlos endossou a letra em preto para Débora, 
que, por sua vez, a endossou em branco para Fábio. Após seu 
recebimento, Fábio cedeu, mediante tradição, sua letra para Guilherme. 
Na data do vencimento, a letra não é paga e Guilherme exige o 
pagamento de Carlos, que se recusa a realizá-lo sob a alegação de que 
endossou a letra de câmbio para Débora e não para Guilherme e de que 
Débora é sua devedora, de modo que as dívidas se compensam. 
Com base situação hipotética, responda aos itens a seguir, indicando os 
fundamentos e dispositivos legais pertinentes. 
RESPOSTA A 
Guilherme é considerado portador legítimo do título e justifica seu 
direito pela série de endossos regular, ainda que um deles seja em 
branco (princípio da literalidade). Guilherme poderá promover ação 
cambial em face do sacador, do aceitante, de Carlos (endossante) e de 
Débora (endossante). 
 
Fábio não é legitimado passivo na ação cambial porque não endossou 
o título, apenas realizou a tradição do mesmo a Guilherme, autorizado 
pelo art. 14, 3º, da LUG. Por conseguinte, pelo princípio da literalidade, 
não se obriga como devedor cambiário. 
 
Guilherme poderá ser considerado portador legítimo da letra de câmbio? 
SIM. Porque Guilherme é considerado portador legítimo da letra de 
câmbio e justifica seu direito por uma série ininterrupta de endossos, 
mesmo que o último seja em branco, nos termos do Art. 16 da LUG. 
 
Contra quem Guilherme terá direito de ação cambiária? 
SIM. Guilherme poderá promover a ação cambial em face do sacador, do 
aceitante, de Carlos e de Débora, com fundamento no Art. 47 da LUG. 
RESPOSTA B 
A alegação de Carlos é correta? 
NÃO. Porque é fundada em exceção pessoal oponível a Débora, mas 
não em face do portador/endossatário Guilherme, com fundamento no 
Art. 17 da LUG. 
 
Portanto, a alegação de Carlos sobre a compensação de dívidas não é 
procedente, porque é fundada em exceção pessoal oponível a Débora, 
mas não em face do portador/endossatário Guilherme, com fundamento 
no Art. 17 da LUG. 
 
 
 
 
CASOS CONCRETOS 
7º semestre – EMPRESARIAL III 
1.2017 – TITULO DE CRÉDITO 
 
 
 
Centro Universitário Estácio Radial de São Paulo - Conceição 
Av. Engenheiro Armando de Arruda Pereira, 673 
Jabaquara (Metrô Conceição) - CEP: 04309-010 
jonasfs.juridico@gmail.com 
DIREITO 2017 
 
Página 25 de 47 
 
LEI UNIFORME DE GENEBRA 
Decreto n° 57.663 de 24 de janeiro de 1966 
 
Anexo I Anexo II 
DECRETO Nº 57.663, DE 24 DE JANEIRO DE 1966 (DOU 31.01.1966, ret. DOU 02.03.1966) 
Promulga as Convenções para adoção de uma Lei Uniforme em matéria de letras de câmbio e 
notas promissórias 
O Presidente da República: Havendo o Governo brasileiro, por nota da Legação em Berna, 
datada de 26 de agosto de 1942, ao secretário-geral da Liga das Nações, aderido às seguintes 
Convenções assinadas em Genebra, a 7 de junho de 1930: 
1ª) Convenção para adoção de uma Lei Uniforme sobre letras de câmbio e notas promissórias, 
anexos e protocolo, com reservas aos artigos 2, 3, 5, 6, 7, 9, 10, 13, 15, 16, 17, 19 e 20 do 
Anexo II; 
2ª) Convenção destinada a regular conflitos de leis em matéria de letras de câmbio e notas 
promissórias, com Protocolo; 
3ª) Convenção relativa ao Imposto do Selo, em matéria de letras de câmbio e de notas 
promissórias, com Protocolo; Havendo as referidas Convenções entrado em vigor para o Brasil 
90 (noventa) dias após a data do registro pela Secretaria-Geral da Liga das Nações, isto é, a 
26 de novembro de 1942; 
E havendo o Congresso Nacional aprovado pelo Decreto Legislativo nº 54, de 1964, as 
referidas Convenções; Decreta que as mesmas, apensas por cópia ao presente Decreto, sejam 
executadas e cumpridas tão inteiramente como nelas se contém, observadas as reservas feitas 
à Convenção relativa à Lei Uniforme sobre letras de câmbio e notas promissórias. 
Brasília, 24 de janeiro de 1966; 145º da Independência e 78º da República. H. CASTELLO 
BRANCO 
CONVENÇÃO PARA A ADOÇÃO DE UMA LEI UNIFORME SOBRE LETRAS DE CÂMBIO E 
NOTAS PROMISSÓRIAS 
O Presidente do Reich Alemão; o Presidente Federal da República Austríaca; Sua Majestade o 
Rei dos Belgas; o Presidente da República dos Estados Unidos do Brasil; o Presidente da 
República da Colômbia; Sua Majestade o Rei da Dinamarca; o Presidente da República da 
Polônia pela Cidade Livre de Dantzig; o Presidente da República do Equador; Sua Majestade o 
Rei da Espanha; o Presidente da República da Finlândia; o Presidente da República Francesa; 
o Presidente da República Helênica; Sua Alteza Sereníssima o Regente do Reino da Hungria; 
Sua Majestade o Rei da Itália; Sua Majestade o Imperador do Japão; Sua Alteza Real a Grã-
Duquesa do Luxemburgo; Sua Majestade o Rei da Noruega; Sua Majestade a Rainha da 
Holanda; o Presidente da República da Polônia; o Presidente da República Portuguesa; Sua 
Majestade o Rei da Suécia; o Conselho Federal Suíço; o Presidente da República da 
Tchecoslováquia; o Presidente da República da Turquia; Sua Majestade o Rei da Iugoslávia. 
Desejando evitar as dificuldades originadas pela diversidade de legislação nos vários países 
em que as letras circulam e aumentar assim a segurança e rapidez das relações do comércio 
internacional; Designaram como seus plenipotenciários:Os quais, depois de terem 
apresentado os seus plenos poderes, achados em boa e devida forma, acordaram nas 
disposições seguintes: 
 
 
CASOS CONCRETOS 
7º semestre – EMPRESARIAL III 
1.2017 – TITULO DE CRÉDITO 
 
 
 
Centro Universitário Estácio Radial de São Paulo - Conceição 
Av. Engenheiro Armando de Arruda Pereira, 673 
Jabaquara (Metrô Conceição) - CEP: 04309-010 
jonasfs.juridico@gmail.com 
DIREITO 2017 
 
Página 26 de 47 
Art. 1º. As Altas Partes Contratantes obrigam-se a adotar nos territórios respectivos, quer num 
dos textos originais, quer nas suas línguas nacionais, a Lei Uniforme que constitui o Anexo I da 
presente Convenção. Esta obrigação poderá ficar subordinada a certas reservas que deverão 
eventualmente ser formuladas por cada uma das Altas Partes Contratantes no momento da 
sua ratificação ou adesão. Estas reservas deverão ser recolhidas entre as mencionadas no 
Anexo II da presente Convenção. 
Todavia, as reservas a que se referem os artigos 8º, 12 e 18 do citado Anexo II poderão ser 
feitas posteriormente à ratificação ou adesão, desde que sejam notificadas ao secretário-geral 
da Sociedade das Nações, o qual imediatamente comunicará o seu texto aos membros da 
Sociedade das Nações e aos Estados não-membros em cujo nome tenha sido ratificada a 
presente Convenção ou que a ela tenham aderido. Essas reservas só produzirão efeitos 90 
(noventa) dias depois de o secretário-geral ter recebido a referida notificação. 
Qualquer das Altas Partes Contratantes poderá, em caso de urgência, fazer uso, depois da 
ratificação ou da adesão, das reservas indicadas nos artigos 7º e 22 do referido Anexo II. Neste 
caso deverá comunicar essas reservas direta e imediatamente a todas as outras Altas Partes 
Contratantes e ao secretário-geral da Sociedade das Nações. Esta notificação produzirá os 
seus efeitos 2 (dois) dias depois de recebida a dita comunicação pelas Altas Partes 
Contratantes. 
Art. 2º. A Lei Uniforme não será aplicável no território de cada uma das Altas Partes 
Contratantes às letras e notas promissórias já passadas à data da entrada em vigor da 
presente Convenção. 
Art. 3º. A presente Convenção, cujos textos francês e inglês farão, ambos, igualmente fé, terá a 
data de hoje. Poderá ser ulteriormente assinada, até 6 de setembro de 1930, em nome de 
qualquer membro da Sociedade das Nações e de qualquer Estado não-membro. 
Art. 4º. A presente Convenção será ratificada. Os instrumentos de ratificação serão 
transmitidos, antes de 1º de setembro de 1932, ao secretário-geral da Sociedade das Nações, 
que notificará imediatamente do seu depósito todos os membros da Sociedade das Nações e 
os Estados não-membros que sejam Partes na presente Convenção. 
Art. 5º. A partir de 6 de setembro de 1930, qualquer membro da Sociedade das Nações e 
qualquer Estado não-membro poderá aderir à presente Convenção. Esta adesão efetuar-se-á 
por meio de notificação ao secretário-geral da Sociedade das Nações, que será depositada nos 
arquivos do Secretariado. O secretário-geral notificará imediatamente desse depósito todos os 
Estados que tenham assinado ou aderido à presente Convenção. 
Art. 6º. A presente Convenção somente entrará em vigor depois de ter sido ratificada ou de a 
ela terem aderido sete membros da Sociedade das Nações ou Estados não-membros, entre os 
quais deverão figurar três dos membros da Sociedade das Nações com representação 
permanente no Conselho. Começará a vigorar 90 (noventa) dias depois de recebida pelo 
secretário-geral da Sociedade das Nações a 7ª ratificação ou adesão, em conformidade com o 
disposto na alínea primeira do presente artigo. O secretário-geral da Sociedade das Nações, 
nas notificações previstas nos artigos 4º e 5º, fará menção especial de terem sido recebidas as 
ratificações ou adesões a que se refere a alínea primeira do presente artigo. 
Art. 7º. As ratificações ou adesões após a entrada em vigor da presente Convenção em 
conformidade com o disposto no artigo 6º produzirão os seus efeitos 90 (noventa) dias depois 
da data da sua recepção pelo secretário-geral da Sociedade das Nações. Doutrina Vinculada 
 
 
CASOS CONCRETOS 
7º semestre – EMPRESARIAL III 
1.2017 – TITULO DE CRÉDITO 
 
 
 
Centro Universitário Estácio Radial de São Paulo - Conceição 
Av. Engenheiro Armando de Arruda Pereira, 673 
Jabaquara (Metrô Conceição) - CEP: 04309-010 
jonasfs.juridico@gmail.com 
DIREITO 2017 
 
Página 27 de 47 
Art. 8º. Exceto nos casos de urgência, a presente Convenção não poderá ser denunciada antes 
de decorrido um prazo de 2 (dois) anos a contar da data em que tiver começado a vigorar para 
o membro da Sociedade das Nações ou para o Estado não-membro que a denuncia; esta 
denúncia produzirá os seus efeitos 90 (noventa) dias depois de recebida pelo secretário-geral a 
respectiva notificação. 
Qualquer denúncia será imediatamente comunicada pelo secretário-geral da Sociedade das 
Nações a todas as outras Altas Partes Contratantes. Nos casos de urgência, a Alta Parte 
Contratante que efetuar a denúncia comunicará esse fato direta e imediatamente a todas as 
outras Altas Partes Contratantes, e a denúncia produzirá os seus efeitos 2 (dois) dias depois de 
recebida a dita comunicação pelas respectivas Altas Partes Contratantes. A Alta Parte 
Contratante que fizer a denúncia nestas condições dará igualmente conhecimento da sua 
decisão ao secretário-geral da Sociedade das Nações. Qualquer denúncia só produzirá efeitos 
em relação à Alta Parte Contratante em nome da qual ela tenha sido feita. Art. 
9º. Decorrido um prazo de 4 (quatro) anos da entrada em vigor da presente Convenção, 
qualquer membro da Sociedade das Nações ou Estado não-membro ligado à Convenção 
poderá formular ao secretário-geral da Sociedade das Nações um pedido de revisão de 
algumas ou de todas as suas disposições. Se este pedido, comunicado aos outros membros ou 
Estados não-membros para os quais a Convenção estiver em vigor, for apoiado dentro do 
prazo de 1 (um) ano por seis, pelo menos, dentre eles, o Conselho da Sociedade das Nações 
decidirá se deve ser convocada uma conferência para aquele fim. 
Art. 10. As Altas Partes Contratantes poderão declarar no momento da assinatura da 
ratificação ou da adesão que, aceitando a presente Convenção, não assumem nenhuma 
obrigação pelo que respeita a todas ou partes das suas colônias, protetorados ou territórios sob 
a sua soberania ou mandato, caso em que a presente Convenção se não aplicará aos 
territórios mencionados nessa declaração. As Altas Partes Contratantes poderão a todo o 
tempo mais tarde notificar o secretário-geral da Sociedade das Nações de que desejam que a 
presente Convenção se aplique a todos ou parte dos territórios que tenham sido objeto da 
declaração prevista na alínea precedente, e nesse caso a Convenção aplicar-se-á aos 
territórios mencionados na comunicação 90 (noventa) dias depois de esta ter sido recebida 
pelo secretário-geral da Sociedade das Nações. Da mesma forma, as Altas Partes 
Contratantes podem, nos termos do artigo 8º, denunciar a presente Convenção para todas ou 
parte das suas colônias, protetorados ou territórios sob a sua soberania ou mandato. 
Art. 11. A presente Convenção será registrada pelo secretário-geral da Sociedade das Nações 
desde que entre em vigor. Será publicada, logo que for possível, na "Coleção de Tratados" da 
Sociedade das Nações. Em fé do que os plenipotenciários acima designados assinaram a 
presente Convenção. Feito em Genebra, aos sete de junho de mil novecentos e trinta, num só 
exemplar, que será depositado nos arquivos do Secretariado da Sociedade das Nações. Será 
transmitida cópia autêntica a todosos membros da Sociedade das Nações e a todos os 
Estados não-membros representados na Conferência. Alemanha: Leo Quassowski, Dr. 
Albrecht, Dr. Ullmann; Áustria: Dr. Strobele; Bélgica: Vte. P. Poullert de la Vallée Poussin; 
Brasil: Deoclécio de Campos; Colômbia: A. J. Restrepo; Dinamarca: A. Helper, V. Eigtved; 
Cidade Livre de Dantzing: Sulkowski; Equador: Alej. Castolú; Espanha: Juan Gómez Monteio; 
Finlândia: F. Gronvall; França: J. Percerou; Grécia: R. Raphael; Hungria: Dr. Baranyai, Zoltán; 
Itália: Amedeo Giannini; Japão : M. Ohno, T. Shimada; Luxemburgo : Ch. C. Vermaire; 
Noruega: Stub Holmboe; Holanda: Molengraaff; Peru: J. M. Barreto; Polônia: SulKowski; 
Portugal: José Caieiro da Matta; Suécia: E. Marks von Wurtemberg, Birger Ekeberg; Suíça: 
 
 
CASOS CONCRETOS 
7º semestre – EMPRESARIAL III 
1.2017 – TITULO DE CRÉDITO 
 
 
 
Centro Universitário Estácio Radial de São Paulo - Conceição 
Av. Engenheiro Armando de Arruda Pereira, 673 
Jabaquara (Metrô Conceição) - CEP: 04309-010 
jonasfs.juridico@gmail.com 
DIREITO 2017 
 
Página 28 de 47 
Vischer; Tchecoslováquia: Prof. Dr. Karel Hermann-Otavsky; Turquia: Ad referendum, Mehmed 
Munir; Iugoslávia: I. Choumenkovitch. 
 
ANEXO I LEI UNIFORME RELATIVA ÀS LETRAS DE CÂMBIO E NOTAS PROMISSÓRIAS 
TÍTULO I DAS LETRAS CAPÍTULO 
I DA EMISSÃO E FORMA DA LETRA 
Art. 1º. A letra contém: 
1. a palavra "letra" inserta no próprio texto do título e expressa na língua empregada para a 
redação desse título; 
2. o mandato puro e simples de pagar uma quantia determinada; 
3. o nome daquele que deve pagar (sacado); 
4. a época do pagamento; 
5. a indicação do lugar em que se deve efetuar o pagamento; 
6. o nome da pessoa a quem ou à ordem de quem deve ser paga; 
7. a indicação da data em que, e do lugar onde a letra é passada; 
8. a assinatura de quem passa a letra (sacador). 
Observação: confira os requisitos arrolados neste artigo em um modelo de Letra de Câmbio 
Art. 2º. O escrito em que faltar algum dos requisitos indicados no artigo anterior não produzirá 
efeito como letra, salvo nos casos determinados nas alíneas seguintes: 
A letra em que se não indique a época do pagamento entende-se pagável à vista. 
Na falta de indicação especial, o lugar designado ao lado do nome do sacado considera-se 
como sendo o lugar do pagamento, e, ao mesmo tempo, o lugar do domicilio do sacado. 
A letra sem indicação do lugar onde foi passada considera-se como tendo-o sido no lugar 
designado, ao lado do nome do sacador. 
Art. 3º. A letra pode ser à ordem do próprio sacador. Pode ser sacada sobre o próprio sacador. 
Pode ser sacada por ordem e conta de terceiro. 
Art. 4º. A letra pode ser pagável no domicílio de terceiro, quer na localidade onde o sacado tem 
o seu domicílio, quer noutra localidade. 
Art. 5º. Numa letra pagável à vista ou a um certo termo de vista, pode o sacador estipular que a 
sua importância vencerá juros. Em qualquer outra espécie de letra a estipulação de juros será 
considerada como não escrita. A taxa de juros deve ser indicada na letra; na falta de indicação, 
a cláusula de juros é considerada como não escrita. Os juros contam-se da data da letra, se 
outra data não for indicada. 
Art. 6º. Se na letra a indicação da quantia a satisfazer se achar feita por extenso e em 
algarismos, e houver divergência entre uma e outra, prevalece a que estiver feita por extenso. 
Se na letra a indicação da quantia a satisfazer se achar feita por mais de uma vez, quer por 
extenso, quer em algarismos, e houver divergências entre as diversas indicações, prevalecerá 
a que se achar feita pela quantia inferior. 
Art. 7º. Se a letra contém assinaturas de pessoas incapazes de se obrigarem por letras, 
assinaturas falsas, assinaturas de pessoas fictícias, ou assinaturas que por qualquer outra 
razão não poderiam obrigar as pessoas que assinaram a letra, ou em nome das quais ela foi 
assinada, as obrigações dos outros signatários nem por isso deixam de ser válidas. Art. 
 
 
CASOS CONCRETOS 
7º semestre – EMPRESARIAL III 
1.2017 – TITULO DE CRÉDITO 
 
 
 
Centro Universitário Estácio Radial de São Paulo - Conceição 
Av. Engenheiro Armando de Arruda Pereira, 673 
Jabaquara (Metrô Conceição) - CEP: 04309-010 
jonasfs.juridico@gmail.com 
DIREITO 2017 
 
Página 29 de 47 
8º. Todo aquele que apuser a sua assinatura numa letra, como representante de uma pessoa, 
para representar a qual não tinha de fato poderes, fica obrigado em virtude da letra e, se a 
pagar, tem os mesmos direitos que o pretendido representado. A mesma regra se aplica ao 
representante que tenha excedido os seus poderes. 
Art. 9º. O sacador é garante tanto da aceitação como do pagamento de letra. O sacador pode 
exonerar-se da garantia da aceitação; toda e qualquer cláusula pela qual ele se exonere da 
garantia do pagamento considera-se como não escrita. 
Art. 10. Se uma letra incompleta no momento de ser passada tiver sido completada 
contrariamente aos acordos realizados, não pode a inobservância desses acordos ser motivo 
de oposição ao portador, salvo se este tiver adquirido a letra de má-fé ou, adquirindo-a, tenha 
cometido uma falta grave. 
 
CAPÍTULO II DO ENDOSSO 
Art. 11. Toda letra de câmbio, mesmo que não envolva expressamente a cláusula à ordem, é 
transmissível por via de endosso. 
Quando o sacador tiver inserido na letra as palavras "não à ordem", ou uma expressão 
equivalente, a letra só é transmissível pela forma e com os efeitos de uma cessão ordinária de 
créditos. 
O endosso pode ser feito mesmo a favor do sacado, aceitando ou não, do sacador, ou de 
qualquer outro coobrigado. Estas pessoas podem endossar novamente a letra. 
Art. 12. O endosso deve ser puro e simples. Qualquer condição a que ele seja subordinado 
considera-se como não escrita. 
O endosso parcial é nulo. 
O endosso ao portador vale como endosso em branco. 
Art. 13. O endosso deve ser escrito na letra ou numa folha ligada a esta (anexo). Deve ser 
assinado pelo endossante. 
O endosso pode não designar o benefício, ou consistir simplesmente na assinatura do 
endossante (endosso em branco). Neste último caso, o endosso para ser válido deve ser 
escrito no verso da letra ou na folha anexa. 
Art. 14. O endosso transmite todos os direitos emergentes da letra. Se o endosso for em 
branco, o portador pode: 
1º) preencher o espaço em branco, quer com o seu nome, quer com o nome de outra pessoa; 
2º) endossar de novo a letra em branco ou a favor de outra pessoa; 
3º) remeter a letra a um terceiro, sem preencher o espaço em branco e sem a endossar. 
Art. 15. O endossante, salvo cláusula em contrário, é garante tanto da aceitação como do 
pagamento da letra. O endossante pode proibir um novo endosso, e, neste caso, não garante o 
pagamento às pessoas a quem a letra for posteriormente endossada. 
Art. 16. O detentor de uma letra é considerado portador legitimo se justifica o seu direito por 
uma serie ininterrupta de endossos, mesmo se o último for em branco. Os endossos riscados 
consideram-se, para este efeito, como não escritos. 
Quando um endosso em branco é seguido de um outro endosso, presume-se que o signatário 
deste adquiriu a letra pelo endosso em branco. Se uma pessoa foi por qualquer maneira 
desapossada de uma letra, o portador dela, desde que justifique o seu direito pela maneira 
 
 
CASOS CONCRETOS 
7º semestre – EMPRESARIAL III 
1.2017 – TITULO DE CRÉDITO 
 
 
 
Centro Universitário Estácio Radial de São Paulo - Conceição 
Av. Engenheiro Armando de Arruda Pereira, 673 
Jabaquara (Metrô Conceição) - CEP: 04309-010 
jonasfs.juridico@gmail.com 
DIREITO 2017 
 
Página 30 de

Outros materiais