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Aula 11 Direito de Acrescer e Substituições Testamentárias

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Direito de Acrescer e Substituições Testamentárias 
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Direito de Acrescer 
O art. 1941 do CC dispões sobre o direito de acrescer, estabelecendo que “quando vários herdeiros, pela mesma disposição testamentária, forem conjuntamente chamados à herança em quinhões não determinados, e qualquer deles não puder ou não quiser aceitá-la, a sua parte acresceria à dos coerdeiros, salvo o direito do substituto. 
O direito de acrescer também ocorrer nas seguintes situações: morte de um dos herdeiros nomeados antes do testador, renúncia da herança ou legado, exclusão da herança por indignidade ou deserdação, não ocorrencia de condição (art. 1943 do CC). 
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Direito de Acrescer 
Em qualquer desses casos, o quinhão do herdeiro faltante acrescerá aos demais, salvo se nomeado substituto no testamento, para haver aquela parte da herança. 
A mesma regra aplica-se aos colegatários, quando nomeados conjuntamente sobre uma só coisa, determinada e certa, ou quando não se possa dividir o objeto legado sem risco de desvalorização (art. 1942 do CC). 
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Direito de Acrescer 
Não se verificando o direito de acrescer entre coerdeiros, porque falte o requisito da disposição conjunta, então a quota vaga será transmitida aos herdeiros legítimos, salvo direito de eventual substituto. 
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Substituição Testamentária 
Ao testador é dado indicar um ou mais substitutos para o herdeiro ou legatário nomeado, no caso de um ou outro não querer ou não poder aceitar a herança ou o legado. Isso ocorre nos casos de sua morte antes do testador, renúncia da herança ou legado, exclusão da herança por indignidade ou deserdação, não ocorrência da condição ou não cumprimento do encargo previsto no testamento. Caberá ao substituto, em tais casos, receber a quota vaga da herança ou do legado, no lugar do beneficiário faltante. 
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Espécies de Substituição Testamentária 
A) Substituição Simples ou vulgar, que pode ser singular ou coletiva, conforme sejam nomeadas uma ou mais pessoas para recebimento da quota vaga (exemplo: Legado em favor de A, ou, na sua Falta de B, ou de B e C); 
B) Substituição recíproca, quando os substitutos sejam os próprios herdeiros ou legatários nomeados para certos bens conjuntamente (exemplo: legado de um imóvel em favor de A, e de outra em favor de B, sendo que cada substituirá o outro que faltar) 
C) Substituição fideicomissária, mediante a instituição do fideicomisso (exemplo: legado de um imóvel em favor de A, para que, depois de sua morte, certo tempo ou condição, transmita-se a propriedade do bem para B) 
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Fideicomisso 
Trata-se de uma das formas de substituição por disposição testamentária, regulada nos artigos 1951 a 1960 do Código Civil. 
Pode o testador instituir herdeiros ou legatários por meio de fideicomisso, impondo a um deles, o gravado ou fiduciário, a obrigação de, por sua morte, a certo tempo, ou sob certa condição, transmitir ao outro, que se qualifica de fideicomissário, a herança ou legado. 
 
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Fideicomisso
Elementos Básicos:
A) Dupla vocação de herdeiros ou legatários; 
B) Ordem sucessiva; 
C) Ônus de conservar para restituir; 
 O Código Civil trouxe substancial alteração à substituição fideicomissária, restringindo o âmbito de sua aplicação. Mantém-se a possibilidade de o testador “instituir herdeiros ou legatários, estabelecendo que, por ocasião de sua morte, a herança ou o legado se transmita ao fiduciário, resolvendo-se o direito deste, por sua morte, a certo tempo ou sob certa condição, em favor de outrem, que se qualifica fideicomissário” (art. 1951) 
 
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Fideicomisso 
Mas a substituição do fideicomissário somente se permite, nos termos do artigo 1952 do mesmo Código, em dos não concebidos ao tempo da morte do testador.
Importa dizem que o fideicomisso fica restrito ao favorecimento de prole eventual do próprio testador ou de terceiro. Se já houver nascido o fideicomissário ao tempo da morte do testador, adquirirá a propriedade dos bens fideicometidos, convertendo-se em usufruto o direito do fiduciário.
O fiduciário é titular de propriedade restrita e resolúvel, uma vez que lhe incumbe conservar a herança ou a coisa legada, para transmiti-la ao fideicomissário. 
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Fideicomisso 
Caduca o fideicomisso nos casos de renúncia do fideicomissário (art. 1955 do CC) ou de sua morte antes do fiduciário ou antes de realizar-se a condição resolutória do direito desse ultimo (art. 1958 do CC). 
Mas, também pode ser causas de caducidade a incapacidade do fideicomissário, sua exclusão da sucessão e o perecimento da coisa gravada, sem culpa do fiduciário. 
Ocorrendo renúncia da herança pelo fiduciário, salvo disposição em contrário do testador, defere-se ao fideicomissário o poder de aceitar (art. 1953 do CC). 
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Fideicomisso
É expressamente vedado o fideicomisso de segundo grau (art. 1959 do CC). Ou seja, a transmissão sucessiva somente se admite a favor do fideicomissário se o substituto, o qual deve receber os bens fideicometidos sem a obrigação de restituí-los, ou de transmiti-los a terceiros. Bem por isso é nula a cláusula que estabeleça usufruto em relação aos bens de herança do fideicomissário. 
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Fideicomisso 
A extinção do fideicomisso, com a transmissão dos bens ao fideicomissário,pode ser requerida ao mesmo juiz do inventário, processando-se em autos apensados, basta que se comprove o motivo: 
Morte do fiduciário;
Decorrência de certo prazo ou satisfação da condição prevista no testamento.

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