Buscar

Surdez e Linguagem Um breve histórico da educação de surdos

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 8 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 8 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

07/04/2017 Surdez e Linguagem: Um breve histórico da educação de surdos
http://surdezelinguagem.blogspot.com.br/2010/11/um­breve­historico­da­educacao­de.html 1/8
Surdez e Linguagem
DOMINGO, 7 DE NOVEMBRO DE 2010
Um breve histórico da educação de surdos
A  educação  do  surdo  foi  constituída  historicamente  por  teorias,  filosofias,
políticas e ideologias. Diversos personagens fizeram parte dessa história que
até  hoje  traz  conseqüências  para  a  vida  do  surdo.  Abordaremos  de  forma
resumida o contexto histórico da educação do surdo, desde a antiguidade até
a idade contemporânea, que perpassa os dias atuais.
Antiguidade
No  Egito,  os  surdos  eram  vistos  como  indivíduos  não  educáveis.  Os
sacerdotes  tratavam  as  dores  de  ouvidos  com  preparados  e  soluções  de
variados produtos. ¹
 
 
 
SÓCRATES  (c.  470­399  AC)  afirmava  que  os
surdos tinham que usar o gesto (Fig. 1).¹,²
 
 
 
 
 
 
HIPÓCRATES (c. 460­ c. 377 AC), o pai
da  medicina,  pensava  que  os  fluidos
formados  no  cérebro  se  escoavam  pelo
canal  auditivo  e  formava  purulência  no
ouvido (Fig. 2).¹
                                                                                                                                         
                                                                                                                                                                      
                    
Os  ouvintes  greco­romanos  consideravam  que  os  surdos  não  eram  seres
humanos  competentes,  pois  para  eles  o  pensamento  não  podia  se
desenvolver  sem  linguagem  e  que  esta  não  se  desenvolvia  sem  a  fala.  E
nessa época os surdos sacrificados.²
Fig.1 ­ Sócrates
Fig. 2 ­ Hipócrates
▼  2010 (13)
▼  Novembro (12)
Escolas para
surdos em
Salvador
Um breve
histórico da
educação de
surdos
LEIS
FEDERAIS
 LEI Nº
10.436, DE
24 DE ABRIL
DE ...
LEIS
ESTADUAIS
PORTARIA
Nº 1.793, DE
DEZEMBRO
DE...
LEIS
MUNICIPAIS
LEI Nº 5477
DE 29 DE
DEZEMBRO
DE ...
Links
Intérprete de
Língua de
sinais: O que
é? O Intér...
Regulamentaçã
o da
Profissão de
Intérprete de
Língu...
Onde
encontrar? 
Há em todo o
país
associações
de...
Contatos de
Intérpretes
na Bahia:
 Sessão
Entrevista   
Thalita
Chagas Silva
Araújo ...
  Um pouco das
Filosofias
Educacionais
para
Surdos...
►  Outubro (1)
ARQUIVO DO BLOG
Surdez e
Linguagem
Somos alunas do 6°
semestre (2010.2) de
Fonoaudiologia da
Universidade Federal
da Bahia (UFBa),
cursando a matéria
Surdez e Linguagem,
ministrada pela
Professora Doutora
Desirée Begrow. Este
Blog tem como
objetivo trazer dados,
notícias e
informações
pertinentes e claras
sobre a surdez,
linguagem e
comunidade surda
para pessoas que se
interessam pelo tema
da surdez, assim
como para pais de
crianças surdas e os
próprios surdos.
Visualizar meu perfil
completo
QUEM SOU EU
Seguidores (11)
Seguir
SEGUIDORES
6   mais    Próximo blog» carloseduardocc477@gmail.com   Painel   Sair
07/04/2017 Surdez e Linguagem: Um breve histórico da educação de surdos
http://surdezelinguagem.blogspot.com.br/2010/11/um­breve­historico­da­educacao­de.html 2/8
 
 
 
 
ARISTÓTELES considerava os surdos também
mudos,  e  acreditava  que  a  linguagem  dava
condição de humano para o indivíduo, sendo o
surdo considerado não­humano se não  tivesse
a linguagem (Fig. 3).¹
         
 
Os romanos privavam os surdos que não podiam falar de seus direitos legais.
Este fato pôde ser observado também no Brasil até o ano de 2001, enquanto
esteve  vigente  o  antigo  Código  Civil  Brasileiro,  que  considerava  os  surdos
absolutamente  incapazes.  Apenas  em  janeiro  de  2002,  com  a  vigência  do
novo Código Civil Brasileiro,  os  surdos passaram a ser  reconhecidos como
plenamente capazes.²
Idade Média
Na  Idade  Média  a  igreja  condenava  o  infanticídio  e  atribuía  a  causas
sobrenaturais as anormalidades que as pessoas apresentavam. O holandês
Rodolfo Agrícola (1443­1485) escreveu em De Inventione Dialectica a história
de  um  surdo  que  aprendeu  a  escrever  e  mostrava  os  seus  pensamentos,
sendo  esse  o  primeiro  relato  que  testemunha  a  educação  de  uma  pessoa
surda.¹
A igreja católica também considerava que os surdos não podiam ser imortais,
pois  não  podiam  falar  os  sacramentos.  Somente  ao  final  da  Idade  Média
iniciou­se um caminho para a educação do surdo: um professor se dedicava
ao aluno e ensinava­o a  falar,  ler e escrever para que eles pudessem ter o
direito de herdar os títulos e os bens familiares.²
Idade Moderna
Na  Idade Moderna  começou a  haver  notícias  de experiências  educacionais
com crianças surdas.
GIROLANO  CARDANO  (1501­1576),  médico,
contradiz  o  sábio  Aristóteles  teorizando  que  a
audição  e  o  uso  da  fala  não  são  essenciais  à
compreensão  das  idéias  e  que  a  surdez  é mais
uma  barreira  à  aprendizagem  do  que  uma
condição mental (Fig. 4).¹,²   
                                                  
PEDRO  PONCE  DE  LEÓN  (1520­1584),
monge  beneditino,  dedicou­se  à  educação  de
crianças surdas da nobreza castelhana. O seu
método  incluía  a  datilologia,  a  escrita  e  a  fala.
Aos  alunos  falava­se  por  meio  de  gestos  e
escrita e pedia­se que respondessem de forma
oral.  Podiam  também  participar  na  missa  e
confessar­se,  falavam  grego,  latim  e  italiano  e
discutiam  física  e  astronomia.  Isto  é,  estavam
Fig. 3 ­ Aristóteles
Fig. 4 – Girolano Cardano
07/04/2017 Surdez e Linguagem: Um breve histórico da educação de surdos
http://surdezelinguagem.blogspot.com.br/2010/11/um­breve­historico­da­educacao­de.html 3/8
aptos a conservar a herança paterna. Por estes
feitos,  Pedro  Ponce  de  León  é  considerado  o
primeiro  professor  de  surdos  na  história.  Ele  conseguiu  demonstrar  a
falsidade das crenças existentes até aquele momento sobre os surdos. E sua
fama é motivada principalmente pelo interesse das famílias nobres que seus
dependentes  pudessem  ter  acesso  ao  direito  de  herança  foi  reforçando  o
reconhecimento do surdo como capaz sendo, a força do poder econômico da
nobreza o peso considerável como impulsionador do oralismo que começava
a se estabelecer e que se estenderia até os dias de hoje (Fig. 5).¹,²
JUAN PABLO BONET  (1579­1633), que  também
se  ocupou  da  educação  de  surdos  da  corte
espanhola, publicou Reducción de las letras y arte
para enseñar a hablar a los mudos (O inventor da
arte de ensinar o surdo a  falar). É possível que o
seu  trabalho  tenha  sido  inspirado  em  Ponce  de
León  e  também  em  Ramirez  de  Carrión  (1579­
1652).  Sendo  considerado  um  dos  mais  antigos
defensores  da  metodologia  oralista,  ensinando  a
leitura  ao  surdo,  e  por  meio  de  manipulação  de
órgãos  fonoarticulatórios  ensinava  a  falar.  O
processo se  iniciava pela aprendizagem das letras
do alfabeto manual, passando ao  treino auditivo, à pronúncia dos sons das
letras, depois as sílabas sem sentido, as palavras concretas e as abstratas,
para terminar com as estruturas gramaticais (Fig. 6).¹,²
                                                      
JOHANN  KONRAD  AMMAN  (1698­1774),
médico,  publica  A  Dissertation  Speech.  Ele  foi
importante  no  movimento  oralista  alemão  que
estabelecia  a  crença  na  possibilidade  de  fala  do
indivíduo.  O  seu  livro  foi  a  semente  para  a
construção do modelo alemão para a educação do
surdo  em  nível  institucional.  Interessa­se  pelo
ensino  de  surdos  e  descobre  que  eles  podem
sentir  as  vibrações  da  voz  quando  colocava  as
mãos  na  garganta  enquanto  ensinava.  Também
utilizava  os  sinais  e  o  alfabeto  digital  como
instrumentopara  atingir  a  fala,  abandonando­os
quando não consideravam mais necessários (Fig. 7).²
JONH  WALLIS  (1616­1703)  escreveu  o  primeiro  livro  inglês  sobre  a
educação  do  surdo  na  linha  oral.  Apesar  de  ser  considerado  elemento
fundador do oralismo na Inglaterra, ele desistiu de ensinar os surdos a falar.²
O trabalho com os sinais teve início apenas
no  século  XVIII  com  CHARLES  MICHEL
DE L’EPÉE. Fundador do Instituto Nacional
para Surdos­Mudos em Paris construiu um
sistema  baseado  na  língua  de  sinais,
criando  outros  sinais  para  as  palavras
francesas. Ele ensinava os surdos a ler e a
escrever  qualquer  texto  de  forma
gramaticalmente  correta.  Para  ele,  o
treinamento  da  fala  despendia  de  muito
tempo,  e  este  deveria  ser  usado  para  a
educação, por esse motivo, foi criticado por
outros educadores surdos.
Essa  foi  a  época de ouro  para  os  surdos,
pois estes puderam demonstrar suas habilidades em diversos campos, antes
dominado apenas por ouvintes (Fig. 8).²
Fig. 5 – Pedro Ponce de León
 Fig. 6 – Juan Pablo Bonet
Fig. 7 – Johann Konrad Amman
Fig. 8 ­ Charles Michel DE L'EPÉE
07/04/2017 Surdez e Linguagem: Um breve histórico da educação de surdos
http://surdezelinguagem.blogspot.com.br/2010/11/um­breve­historico­da­educacao­de.html 4/8
                                                                                           
Idade Contemporânea
LAURENT  CLERC  (1785­1869)  e
THOMAS GALLAUDET (1787­1851),
o  francês  e  o  americano  foram  os
responsáveis  pela  introdução  dos
sinais  e  pela  educação
institucionalizada  para  surdos  nos
Estados  Unidos.  O  americano,
interessado na educação de surdos e
em  aprender  um  método  que
permitisse  que  ele  implantasse  um
ensino especializado para surdos nos
EUA, então viajou para a Europa. Ele
não conseguiu as informações, uma vez que Braidwood se negou a revelar o
seu método (oralista), por conta de interesses financeiros (Fig. 9).¹,²
Em 1816, Gallaudet foi até a França e realizou um
estágio  no  Instituto  Nacional  para  surdos­mudos
(L’Epée), no qual Clerc (brilhante ex­aluno (surdo)
daquela  escola)  foi  o  seu  instrutor.  Clerc  foi
contratado por Gallaudet e eles foram juntos pra os
EUA naquele mesmo ano (Fig. 10).¹
 
 
 
1817­ Em abril deste ano foi fundada a primeira escola pública para surdos,
em  Hartford,  Connecticut,  com  o  nome  de  Connecticut  Ayslum  for  the
Education and Instruction of the Deaf and Dumb Persons (Asilo Connecticut
para a Educação e Instrução das Pessoas Surdas e Mudas). Posteriormente
a escola recebeu o nome de Hartford School.¹
A  língua  de  sinais  francesa  foi  aos  poucos  sendo  substituída  pelos  alunos,
começando então a se  formar a Língua de Sinais Americana – no  início os
professores  contratados  aprenderam  a  Língua  de  Sinais  Francesa,  os
próprios alunos  traziam os  sinais,  alguns sinais metódicos  foram adaptados
para o  inglês – visto que até hoje a Língua de Sinais Americana apresenta
semelhanças com a francesa.²
Depois,  foram  sendo  fundadas  outras  escolas  nos  mesmos  moldes  da  de
Hartford,  todas  eram  residenciais,  tinham  como  objetivo  a  educação  dos
surdos  por  meio  da  língua  de  sinais  e  a  difusão  de  conhecimentos  que
permitissem a independência e o trabalho de surdos na comunidade.²
1864 ­  funciona a primeira faculdade para
surdos  fundada  por  Edwuard  Gallaudet,
filho de Thomas Gallaudet, autorizada pelo
Congresso  americano  e  localizada  em
Washington  (National  Deaf­Mute  College,
atualmente Gallaudet University) (Fig. 11).²
            
Na metade do século XIX, a utilização da língua de sinais nos EUA passou a
Fig. 9 ­ Laurent Clerc
Fig. 10 ­ Thomas Gallaudet
Fig. 11 ­ National Deaf­Mute College 
07/04/2017 Surdez e Linguagem: Um breve histórico da educação de surdos
http://surdezelinguagem.blogspot.com.br/2010/11/um­breve­historico­da­educacao­de.html 5/8
sofrer uma pressão contrária por conta da onda nacionalista que aconteceu
após a Guerra de Secessão. A partir disso, houve um desejo de reunificação
do país e manutenção da própria língua: alegando­se que a língua de sinais
não  era  uma  versão  do  inglês,  então  esta  começou  a  ser  rejeitada  e  foi
forçada a ser substituída pelo inglês oral.² 
HORACE MANN (1796­1859) e SAMUEL HOWE
(1801­  1876):  responsáveis  por  esta  modificação,
sendo que o primeiro era um político e realizador de
reformas  na  educação  em  geral  nos  EUA
influenciado pelo segundo o filantropo e adversário
do suo de sinais que desejava montar uma escola
oralista  para  surdos.  Mann  desarraigou  o  uso  de
sinais  da  educação do  surdo nos EUA,  com base
na visão oralista dos países germânicos (Fig. 12).¹,²
 
                                                                                                              
                       
Visando  a  unificação  da  língua  alemã  e  a  não­formação  de  grupos
minoritários  que  ameaçassem  a  sua  unidade  enquanto  país,  a  Alemanha
tentava  desde  o  século  XVIII  desalojar  o  lugar  que  os  sinais  tinham  na
educação  do  surdo.  Vários  educadores  alemães  haviam  tentado  a
implantação de um modelo oralista sem a utilização de sinais e alguns deles
concluíram  que  isso  não  era  possível,  o  objetivo  continuava  sendo,  neste
país, a oralização do sujeito surdo, mas sem liminar o uso de sinais.²
O relatório de Mann, fez com que o conselho da escola de Hartford enviasse
um  representante,  Lewis  Weld,  à  Europa  para  verificar  a  situação  da
educação do surdo em alguns países. De volta, Weld concluiu que Mann não
tinha razão e que não havia motivos para eliminar os sinais. Então sugeriu a
realização  de  treinamento  de  fala  para  os  semi­surdos  (aqueles  que
pudessem se beneficiar deste treinamento) e propôs também treinamento em
leitura orofacial.²
ALEXANDER  GRAHAN  BELL  (1847­1922)  um
dos  maiores  defensores  para  a  implantação  do
oralismo nos EUA (Fig. 13).²
1880  –  O  Congresso  de  Milão  aconteceu  como  resultado  de  esforços  de
educadores de surdos oralistas, principalmente da França e da Itália. Após o
Congresso o oralismo puro invadiu a Europa.¹,²
Fig. 12 ­ Samuel Howe
Fig. 13 ­ Alexander Grahan Bell
07/04/2017 Surdez e Linguagem: Um breve histórico da educação de surdos
http://surdezelinguagem.blogspot.com.br/2010/11/um­breve­historico­da­educacao­de.html 6/8
O Oralismo
No  decorrer  do  século  XX,  o  oralismo  adotou  novas  técnicas.  Com  o
desenvolvimento de novas tecnologias – aparelhos de amplificação sonora –,
investigações na  reabilitação da afasia e dos  trabalhos na clínica  foniátrica,
houve uma grande expectativa para a transformação do surdo num "ouvinte".
Todos se fundamentavam na necessidade de oralizar o surdo, não permitindo
a utilização de sinais.²
Algumas  das  principais  formas  de  trabalhos  orais  são:  oralismo  puro  ou
estimulação  auditiva,  método  multissensorial/unidade  silábica,  método  de
linguagem  por  associação  de  elementos  ou  método  da  “língua  natural”  e
método unissensorial ou abordagem aural.²
A comunicação total
Na década de 1960, era grande a insatisfação com os resultados do trabalho
de  reabilitação dos  surdos numa  linha oralista  nos Estados Unidos. Com a
desenvolução de novos conhecimentos teóricos e a realização de pesquisas,
o  trabalho  feito até aquele momento começou a  ser questionado, pois este
não  levava  ao  desenvolvimento  esperado  de  fala,  de  leitura  orofacial,  de
linguagem e de habilidades de leitura e escrita.²
Uma nova filosofia foi criada, os sinais retornavam, portanto, à educação do
surdo, mas não era utilizada a língua de sinais e sim uma forma semelhante
àquela utilizada por L’epée e Edward Gallaudet nos séculos XVIII e XIX.²A língua de sinais e o bilingüismo
Foi por meio da publicação do primeiro estudo sobre uma  língua de sinais,
feito por Willian Stokoe (1960), descrevendo a estrutura da língua americana
de sinais (ASL) a partir de seus elementos constituintes, que posteriormente,
diversas  línguas de  sinais  passassem a  ser  descritas  e  reconhecidas  como
tal.  No  que  se  refere  a  língua  brasileira  de  sinais  (LIBRAS),  seus  estudos
tiveram início na década de 1990.²
O bilingüismo foi  implantado inicialmente na Suécia, com amplo respaldo do
Estado. É garantida a educação bilíngue da Educação Infantil ao término do
Ensino Médio, sendo que aqueles que passam a  frequentar a Universidade
têm  direito  a  um  intérprete  na  sala  de  aula.  Outros  países  também
implantaram o biliguismo no ensino público, como a Dinamarca, o Uruguai e a
Venezuela, mas nestes dois últimos a proposta não sofreu continuidade. Em
outros  países,  o  bilinguismo  foi  aplicado  em  nível  experimental,  como  na
França, Argentina, Inglaterra, Itália e nos Estados Unidos.²         
Referências
1. CABRAL, E. Para uma cronologia da educação dos surdos. Porto,
2001.  Disponível  em:  <
http://www.sj.cefetsc.edu.br/~nepes/docs/Midiateca_artigos/historia_ed
ucacao_sur dos/texto59.pdf >. Acesso em: 20 out. 2010.
2. MOURA,  M.  C.;  LODI,  A.  C.  B.;  HANRISON,  K.  M.  P.  História  e
educação: o surdo, a oralidade e o uso de sinais. In.: LOPES FILHO,
O.; CAMPIOTTO, A. R. (Org.). Tratado de Fonoaudiologia. Ribeirão
Preto: Tecmedd, 2005. P. 341­363.
07/04/2017 Surdez e Linguagem: Um breve histórico da educação de surdos
http://surdezelinguagem.blogspot.com.br/2010/11/um­breve­historico­da­educacao­de.html 7/8
Postado por Surdez e Linguagem às 20:15 
                                                                                                                 
+6   Recomende isto no Google
Respostas
Responder
13 comentários:
Educando Para A Liberdade 1 de abril de 2016 04:51
Muito  interessante,  bela  descrição,  ótimo  ponto  de  partida  para  um
aprofundamento sobre libras.
Responder
Cida moria 10 de abril de 2016 15:40
Responder
Este comentário foi removido pelo autor.
Cida moria 10 de abril de 2016 15:44
Muito  interessante!Jamais  imaginei que os greco­romanos sacrificavam
as  crianças  surdas.Que  os  as  consideravam  incompetentes  por  não
falarem e, por conseguinte, não apresentar uma linguagem.
Responder
Cida moria 10 de abril de 2016 15:47
Muito  interessante!Jamais  imaginei que os greco­romanos sacrificavam
as  crianças  surdas.Que  os  as  consideravam  incompetentes  por  não
falarem e, por conseguinte, não apresentar uma linguagem.
Responder
Júllio Machado 12 de abril de 2016 18:30
E o Aristóteles hein, que pensamento mais idiota.
Responder
Eclézio Lopes Santana 19 de abril de 2016 12:11
Ao contrario de Sócrates, que com sua genialidade apontou
logo o caminho mais correto.
Unknown 23 de fevereiro de 2017 14:25
Não é um pensamento "tão idiota" para a época. Aristóteles é
um  observador  excelentíssimo.  Ele  se  esforça  ao  máximo
para descrever aquilo que percebe.  
Meiri Fanti 17 de abril de 2016 07:18
pensadores com aristotes não deveria ser citado em nossos como bom
exemplo quem é que pensava que era Deus não conseque resolver a
própria vida quer tirar o direito dos outros álias quem é o surdo aaaan é
o Aristoteles
Responder
07/04/2017 Surdez e Linguagem: Um breve histórico da educação de surdos
http://surdezelinguagem.blogspot.com.br/2010/11/um­breve­historico­da­educacao­de.html 8/8
Postagem mais recente Postagem mais antigaPágina inicial
Assinar: Postar comentários (Atom)
Sair
  Notifique­me
Digite seu comentário...
Comentar como:  Unknown (Google)
Publicar   Visualizar
Eclézio Lopes Santana 19 de abril de 2016 12:12
Uma árdua e longa história de lutas,mas com êxitos também...
Seria uma boa o Brasil adotar o bilinguismos nos ensinos: fundamental
e médio.
Responder
Unknown 23 de abril de 2016 17:52
Responder
Este comentário foi removido pelo autor.
Unknown 4 de maio de 2016 11:43
É muito bom ver que apesar de todo preconceito existente nos séculos
passados, tenha havido tão importante avanço em relação aos direitos
das pessoas com deficiencia auditiva,  tanto no campo social como na
área da educação.
Responder
roinuj 00 semog 6 de abril de 2017 11:14
outrora a vida dos surdos eram horríveis,pois eles ficaram ''presos'' ate
alguem  ver  que  os  mesmos  tinha  uma  capacidade  que  deveria  ser
aprofundada,so precisariam saber como que iam resolver.O preconceito
é notório desde o inicio de tudo
Responder
Games e Desenhos 6 de abril de 2017 17:48
Quem esta aqui por causa da Uninter, e quiser criar um grupo no wpp
com  os  alunos  do  curso  de  história,  entre  em  contato  por  email
deixando seu numero.
cristianodamascenoluiz@gmail.com
Responder
Tema Janela de imagem. Tecnologia do Blogger.

Outros materiais