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RESUMO NEUROFISIOLOGIA

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RESUMO NEUROFISIOLOGIA – AV1 – 2016.2 
Layla Shpielman 
 
SISTEMA NERVOSO AUTÔNOMO 
O SNA regula as funções involuntárias da vísceras, como o batimento do coração, a 
digestão e a respiração. Além disso, o SNA também dá estabilidade ao corpo, 
permitindo que o organismo se adapte à diferentes temperaturas rapidamente, 
permitindo também que o corpo se defenda mesmo que involuntariamente, além de 
outras atividades fisiológicas que mantém o equilíbrio do corpo. 
O SISTEMA NERVOSO e o SISTEMA ENDÓCRINO são chamados de SISTEMAS DE 
INTEGRAÇÃO, pois promovem conexões entre diferentes áreas do organismo. O 
SISTEMA NERVOSO promove a Integração Neural, onde a transmissão de informações 
é feita através de impulsos nervosos, se fazendo necessária quando é preciso uma 
resposta mais imediata. O SISTEMA ENDÓCRINO promove a Integração Hormonal, 
liberando hormônios na corrente sanguínea quando há algum estímulo. Os hormônios, 
ao contrário dos impulsos nervosos, não são respostas tão imediatas. 
 
CÉLULAS NERVOSAS – Possibilitam a integração entre as diversas estruturas do 
organismo. Os neurônios são as principais células do sistema nervoso. São eles que 
permitem a transmissão de informações entre as diversas partes do corpo. 
IMPULSO NERVOSO – Fenômeno elétrico de potencial de ação que ocorre na 
membrana do neurônio, sendo a sua unidade de transmissão de informações. Pode se 
propagar pelo Sistema Nervoso Central ou pelo Sistema Nervoso Periférico. 
Os neurônios estão associados de tal forma que não é possível que o impulso nervoso 
siga em direções aleatórias, de forma que se uma informação vem do Sistema Nervoso 
Central em direção ao músculo, por exemplo, os neurônios estão dispostos de maneira 
a impedir que o impulso retorne de onde veio, se anulando. O impulso continua 
sempre seguindo seu caminho. 
SINAPSES – Transmissões entre os neurônios. Causam um retardo no impulso nervoso, 
e por isso alguns neurônios tem prolongamentos muito longos, evitando a pausa das 
sinapses, e consequentemente o retardo da informação. O espaço entre um neurônio 
e outro, que causa esse retardo, é chamado de FENDA SINÁPTICA. As sinapses 
também impedem a passagem do impulso em nervoso em direções opostas. 
SINAPSE QUÍMICA – Ocorre quando o impulso nervoso é transmitido através de um 
mensageiro químico, ou seja, NEUROTRANSMISSORES. Eles se ligam à um receptor 
proteico na membrana pós sináptica e o impulso é transmitido em uma única direção. 
É a sinapse mais lenta. 
SINAPSE ELÉTRICA – As células possuem junções do tipo GAP, que permitem o livre 
trânsito de íons de uma membrana para outra, permitindo que o impulso se transmita 
de forma muito mais rápida. 
 
NERVOS AFERENTES – Feixes de fibras compostas por neurônios que recebem os 
estímulos nervosos do ambiente, da pele, ou dos órgãos dos sentidos, e levam para o 
Sistema Nervoso Central. VÃO para o SNC. 
NERVOS EFERENTES – Feixes de fibras compostas por neurônios que conduzem sinais 
estimulatórios do Sistema Nervoso Central para os órgãos efetores, como músculos e 
glândulas. VEM do SNC. 
 
NEURÔNIOS DE ASSOCIAÇÃO – Constituem a maior parte dos neurônios. São aqueles 
que estão entre um neurônio aferente e um neurônio eferente. São responsáveis pela 
decodificação e o gerenciamento de informações provenientes dos neurônios 
aferentes, assim como todo o processo de comunicação com o neurônio eferente. 
NEURÔNIO PRÉ-SINÁPTICO vem antes da sinapse e produz neurotransmissores. 
Quando o impulso nervoso chega até ele, os neurotransmissores são liberados e vão 
atuar na membrana do NEURÔNIO PÓS-SINÁPTICO, aquele que vem após a sinapse. 
NEUROTRANSMISSORES – Produzidos no neurônio pré-sináptico, são armazenados em 
vesículas para evitar a diluição da sua concentração. Enquanto se propaga pela 
membrana, o impulso nervoso vai abrindo canais, permitindo a passagem desses 
neurotransmissores até o neurônio pós-sináptico. 
 
RECEPTORES – O estímulo irá atuar nos receptores, que são os órgãos dos sentidos, 
ativando impulsos nervosos no neurônio aferente, e através das sinapses, esses 
impulsos vão passando pelos neurônios, até chegar em um neurônio eferente que 
levará o impulso até o órgão efetor, que realizará a resposta. 
 
 
TIPOS BÁSICOS DE REFLEXOS SOMÁTICOS 
REFLEXO DE FLEXÃO – Estímulos que chegam na pele provocam alterações nos 
receptores, que podem ser de variadas naturezas, e induzem uma resposta imediata 
do membro provocado. 
REFLEXO MIOTÁTICO – Também conhecido como REFLEXO DE DISTENSÃO, é uma 
resposta contrátil do músculo. O estímulo que desencadeia o reflexo é o próprio 
estiramento natural do músculo. O reflexo miotático ajusta o tônus muscular e possui 
uma importância anti-gravitária, se opondo à força da gravidade, permitindo que o 
animal se mantenha de pé. 
REFLEXO MIOTÁTICO INVERTIDO – Evita o rompimento das fibras musculares, 
protegendo-as contra a contração excessiva dos músculos. Ocorre imediatamente 
após o reflexo miotático comum. 
 
REGULAÇÃO DAS FUNÇÕES VISCERAIS 
SISTEMA NERVOSO SIMPÁTICO – Faz parte do SNA. Estimula ações de resposta à 
situações de estresse, como a aceleração dos batimentos cardíacos, o aumento da 
pressão arterial, o aumento da adrenalina, de açúcar no sangue, etc. É formado por 
neurônios pré e pós ganglionares. Seu principal neurotransmissor nas fibras pré-
ganglionares é a ACETILCOLINA, e nas fibras pós-ganglionares, a NORADRENALINA. O 
nervo simpático se origina nas porções torácica e lombar da medula, por isso diz-se 
que é a PORÇÃO TORACO-LOMBAR do SNA. 
SISTEMA NERVOSO PARASSIMPÁTICO – Também faz parte do SNA. Estimula ações de 
resposta à situações de relaxamento, como desaceleração dos batimentos cardíacos, 
diminuição da pressão arterial, diminuição de adrenalina e açúcar no sangue, etc. 
Também é formado por neurônios pré e pós ganglionares. Entretanto, o principal 
neurotransmissor nas fibras pré-ganglionares, assim como nas pós-ganglionares, é a 
ACETILCOLINA. O nervo parassimpático se origina no encéfalo, tendo continuidade na 
medula sacral. Por isso, diz-se que é a PORÇÃO CRANIO-SACRAL do SNA. 
 
NORADRENALINA – Liberada por neurônios ADRENÉRGICOS. 
A substância precursora da Noradrenalina é a TIROSINA. Ela é levada para dentro dos 
terminais adrenérgicos, e em funções de enzimas é transformada em DOPA 
(Deoxifenilalamina), que depois é transformada em DOPAMINA, e finalmente é 
modificada em NORADRENALINA. 
Essa Noradrenalina é estocada em vesículas, para que não seja liberada na sua forma 
mais diluída. Nas sinapses, essas vesículas são liberadas e a Noradrenalina estará 
suficientemente concentrada para agir no órgão efetor. 
 
SINAL PARA LIBERAÇÃO 
O próprio impulso nervoso é o sinal para liberação da Noradrenalina. Quando o 
impulso chega nos terminais adrenérgicos, ele abre canais de cálcio, agindo nas 
vesículas sinápticas, provocando o rompimento de suas membranas e fazendo com 
que a Noradrenalina seja liberada até alcançar seus receptores do órgão efetor. 
A vesícula que se rompeu ficou vazia, mas consegue se reciclar, sendo reaproveitada e 
servindo de novo como recipiente para as moléculas de Noradrenalina. 
 
SINAL PARA INIBIÇÃO 
Duas enzimas agem inativando a Noradrenalina. Estão tanto nos terminais 
adrenérgicos como nos tecidos dos órgãos efetores. 
MAO – MONOAMINOXIDASE CONTI – CATECOLAXIMETIL-TRANSFERASE 
A Noradrenalina precisa ser inativada, pois não pode ficar atuando indefinidamente, 
pois começará a despolarizar a região do órgão efetor, impedindo que novos impulsos 
nervosos cheguem até lá. 
 
 
ACETILCOLINA (ACH) – Liberada por neurônios COLINÉRGICOS. 
A substância precursora da Acetilcolina é aCOLINA, que é transportada para dentro do 
terminal colinérgico, onde tem ACETATO. Colina, quando combinada com Acetato, 
formará ACETILCOLINA. Assim, pode-se dizer que Colina e Acetato são os substratos 
na reação que forma ACH. Essa reação dependerá de uma enzima, a COLINA-ACETIL-
TRANSFERASE, ou apenas CAT. 
As moléculas de ACH são transferidas para dentro de vesículas, que migram para a 
membrana do terminal aguardando o momento da sua liberação. 
 
 
SINAL PARA LIBERAÇÃO 
O start é dado pelos impulsos nervosos que se propagam, modificando a membrana do 
terminal colinérgico. São abertos canais de cálcio, que penetra na célula e rompe as 
vesículas, liberando Acetilcolina. 
 
RECEPTORES AUTÔNOMOS – Estruturas localizadas nas vísceras que irão interagir 
com os neurotransmissores. 
Podem ser referentes aos terminais ADRENÉRGICOS, e serão dos tipos α ou β, além 
dos subtipos α1, α2, β1 e β2. Quase nunca todos os tipos estarão presentes na 
mesma estrutura, mas dependendo do tipo ou subtipo, a Noradrenalina irá atuar de 
diferentes formas. 
Podem ser também referentes aos terminais COLINÉRGICOS, e serão dos tipos M ou N, 
além dos subtipos N1 (ou NN), N2 (ou NM), M1, M2 e M3. Os receptores do tipo M 
são MUSCARÍNICOS, enquanto os do tipo N são NICOTÍNICOS. N1 ou NN são os 
NICOTÍNICOS NEURAIS, e N2 ou NM são os NICOTÍNICOS MUSCULARES. Além disso, 
M1 estão localizados no SNC, M2 estão no coração, e M3 nas glândulas secretoras e 
musculatura lisa das vísceras. 
 
 
INTERAÇÃO ENTRE RECEPTORES E NEUROTRANSMISSORES 
 
 RECEPTORES IONOTRÓFICOS – Estão relacionados às alterações nos canais iônicos, e 
seus neurotransmissores se ligam à proteínas receptoras integradas à esses canais, 
gerando abertura e fechamento dos mesmos. Essa interação caracteriza uma alteração 
rápida e de duração reduzida. Aparecem em gânglios antônomos e junções 
neuromusculares. 
 
RECEPTORES METABOTRÓFICOS – Necessitam da Proteína G para ativação dos canais 
iônicos. A ligação dos neurotransmissores com esses receptores, ativa a proteína G, 
que liberará sua subunidade α, migrando para a membrana e ativando a enzima 
ADENILATO CICLASE, produzindo AMP cíclico, que é o segundo mensageiro. O efeito 
gerado nessa interação é mais lento e duradouro. O receptor adrenérgico é um tipo de 
receptor metabotrófico. 
SIMPÁTICO E PARASSIMPÁTICO – EFEITOS NAS VÍSCERAS 
 
CORAÇÃO 
BLOQUEIO ÁTRIO-VENTRICULAR – O impulso nervoso chega na parede do átrio e 
produz a SÍSTOLE ATRIAL (contração dos átrios). Só que ele sofre um retardo, 
demorando um espaço de tempo para passar do átrio para o ventrículo. Isso é bom, 
pois impede que átrios e ventrículos se contraiam ao mesmo tempo. O nervo 
PARASSIMPÁTICO aumenta o tempo da sístole atrial para a sístole ventricular. Um 
segundo impulso pode proporcionar uma contração no átrio antes que o primeiro 
impulso tenha passado para o ventrículo, resultando no BLOQUEIO ÁTRIO-
VENTRICULAR. Isso ocorre quando o parassimpático descarrega o impulso com um 
espaço muito grande de tempo – DESCARGA VOGAL. 
 
VASOS SANGUÍNEOS 
O nervo SIMPÁTICO atua nos receptores α, e o resultado é a VASO-CONSTRIÇÃO, ou 
seja, a redução do fluxo sanguíneo resultante da diminuição do calibre do vaso. A 
musculatura estriada precisa de um fluxo sanguíneo maior, então neste caso, o nervo 
parassimpático atuará nos receptores β, causando a VASO-DILATAÇÃO. 
*Vaso dilatação peniana constante – PRIAPISMO. 
FORMAÇÃO DO ÓXIDO NÍTRICO – Dentro da célula endotelial, a liberação de ACH 
resulta na liberação do cálcio, que ativará uma substância chamada CALMODULINA. É 
ela quem ativa uma enzima chamada ON-sintase, precursora do óxido nítrico. Na 
membrana das células musculares lisas, o óxido nítrico ativa uma enzima chamada 
GUANILATO CICLASE (GC), que transformará o GTP (guanidina trifosfato) em GMP 
cíclico (guanidina monofosfato). É esse GMPc que relaxará a musculatura lisa da 
parede dos vasos, resultando na vaso-dilatação. 
No caso dos vasos penianos, a vaso-dilatação significa ereção. 
O óxido nítrico é uma substância que se forma e se inativa muito rapidamente. A 
enzima que o inativa é a FOSFODIESTERASE (PD5). Quando muito ativa, essa enzima 
resulta na disfunção erétil, já que reduz a vaso-dilatação, causada pelo óxido nítrico. 
 
 
 
BRÔNQUIOS 
O nervo PARASSIMPÁTICO inerva as glândulas bronquiais e a musculatura dos 
brônquios. Ele contrai a musculatura bronquial, causando BRÔNQUIO-CONSTRIÇÃO, 
que é a diminuição do fluxo de ar, prejudicando a ventilação dos brônquios e causando 
falta de ar. Esse é um mecanismo de proteção do aparelho respiratório. O simpático 
não tem inervação nessa região, mas tem glândulas que liberam adrenalina. Em 
situações de estresse, a adrenalina é liberada em grandes quantidades, produzindo o 
relaxamento da musculatura lisa dos brônquios. 
 
TRATO GASTRO-INTESTINAL 
A parte do sistema nervoso que estimula a digestão é o PARASSIMPÁTICO. A parte que 
inibe a função digestiva é o SIMPÁTICO. Em determinados momentos de alto gasto de 
energia, a função digestiva deve ser inibida, não devendo ocorrer ao mesmo tempo. 
MOTILIDADE – responsável pela mistura e progressão do conteúdo. Parassimpático 
estimula e simpático inibe. 
ESFINCTERS – regulam a passagem do conteúdo de um ponto ao outro. O 
parassimpático é quem os inibe. 
SECREÇÕES – atuam sobre o conteúdo, alterando seu pH e consistência. O 
parassimpático estimula a liberação de secreções. 
*Os movimentos de progressão do conteúdo do trato gastro-intestinal são chamados 
de MOVIMENTOS PERISTÁLTICOS. 
 
ÚTERO 
No caso de um útero grávido, o SIMPÁTICO atuará nos receptores β, produzindo a 
contração. Se for um útero não-grávido, o simpático atuará nos receptores α, 
causando o relaxamento. Neste caso, o PARASSIMPÁTICO tem efeitos variáveis. 
 
GLOBO OCULAR 
A pupila é a passagem dos raios luminosos que se projetarão na retina. Entretanto, é 
preciso haver um controle na luminosidade que penetra o globo ocular. Esse controle 
ocorre graças à variação do diâmetro da pupila, que em muita luz, diminui, e em pouca 
luz, aumenta. Essa variação depende do SNA. 
Na íris, tem dois músculos lisos que se comportam como músculos somáticos. Se 
dispõe de maneira radial e circular ao mesmo tempo. São os músculos radiais e 
músculos circulares da íris. 
 
Quando os músculos radiais se contraem, aumentam o 
orifício da pupila, provocando sua dilatação (MIDRÍASE). 
Quem provoca isso é o SIMPÁTICO. 
Quando os músculos circulares se contraem, produzem 
uma constrição da pupila, diminuindo o orifício (MIOSE). 
Quem provoca isso é o PARASSIMPÁTICO.

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