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recemserimportantesparaasobrevivênciae crescimentodefolículospré-antraisbovinos isolados.Osprincipaisresultadosconcemen- tesaodesenvolvimentodefolículospré-an- traisbovinosinvitronapresençaouausência desoro,hormônios,peptídiose fatoresde crescimentoserãomostradosa seguir. NuttincketaI. (1993a)mostraramque os folículospré-antraisde vacasisolados mecanicamentee cultivadospor 7 diasso- bre uma monocamadade fibroblastosde embriõesdecamufldongosirradiados,utili- zando-seum meiosuplementadocom 10% deNCS (newbomcalíserum),foramcapa- zesdesobreviveremedesenvolvereminvitro. Essesautores~bservaramque73%dosfolí- culossobreviveram,mostrandoumaumen- to do diâmetrofolicularde5 a 30 /lm e no conteúdodeDNA de 1% a 72%. Hulshofetalo(1995)avaliaramo efeito dohFSH (FSH-humano)e/ou17~-estradiol nocrescimentoin vitrodefolículospré-an- traisdevaca,mecanicamenteisolados.Eles tambémdemonstraramquepequenosfolícu- lospré-antraisbovinospodemsercultivados por 7 diasnaausênciadesoroehormônios, aumentandoo seudiâmetro.Tambémfoies- tabelecidoqueo FSH aumentaa prolifera- çãocelulareo estradiolécapazdeinduziro aumentonotamanhodascélulas.Quandoos folículosforamestimuladoscomFSH e es- tradiol,foi observadaa combinaçãodeseus efeitos,aumentandoo crescimentofolicular. Wandjietalo(1996a)estudaramo efeito dooFSH (FSH-ovino),EGF,bFGF eTGF~ no desenvolvimentoeatividadeesteroidogê- nicadefolículospré-antraisdefetosbovinos isoladosenzimaticamente.Elesdemonstra- ramqueaproliferaçãodascélulasdagranu- losadefolículospré-antraisbovinospodeser estimuladapelobFGF,FSH eEGF, enquan- to o TGF~ inibeo seucrescimento.O FGF bovinoeoTGF~antagonizamaestimulação deFSH naproduçãodeesteróidepelascélu- Iasdagranulosacultivadasdefolículospré- antraisbovinos.Gutierrezetal (2000)mos- traramque19%defolículosbovinoscultiva- dosemumsistemadesenvolvidoparacélulas dagranulosabovinassemFSH oufatoresde crescimentoatingirame estádioantral.Por outrolado,aadiçãodeEGF ouFSH aumen- toupara55%ataxadedesenvolvimentoaté o antro(GutierrezetaI.,2000).Outroexpe- rimentorevelouqueo FSH eo EGF adicio- nadodoFSH podeserrecomendadoparao cultivoin vitrodefolículosbovinosmenores (40,60e 80/lm- Sahaetal.,2000). Wandjietalo(1996b)demonstraram,pela primeiravezquefolículosprimordiaisbovi- nospresentesemfragmentossuperficiaisdo córtexovarianodefetossobrevivem,e ini- ciamo crescimentoin vitroemaltastaxas' (94%)emmeiodeculturasemsoro.Além disso,relataramquea expressãodo PCNA (proliferatingcellnuclearantigen)pelascé- lulasdagranulosaeoócitoestáintimamen- teassociadacomo iníciodocrescimentodo folículoprimordial. Os efeitosdoVIP eativinaA napresença ouausênciadehFSH (Hulshof,1995)sobre o desenvolvimentodefolículospré-antraisde vacasisoladosmecanicamentetambémforam investigados.Osresultadosdessesestudosre- velaramqueoVIP estimulaodesenvolvimen- todefolículospré-antraisbovinos.A ativinae receptoresparaativinaforamimunohistologi- camentelocalizadosemfolículospré-antrais bovinos.O papeldaativinanodesenvolvimento defolículospré-antraiséconfirmadopeloseu efeitoestimulatórionocrescimentofoliculare proliferaçãodascélulasdagranulosa,efeitode- pendentedesuaconcentração.A ativinatam- bémtemumaaçãosinérgicacomo FSH no desenvolvimentofolicular. Katska& Rynska(1998)relataramque folículospré-antraisbovinoscultivadosem TCM 199 suplementadocom FSH, 17~- estradiol,insulina,trasferrinae selênio,pi- 245 ruvatode sódio, glutaminae hipoxantina apresentaramviabilidadee crescimentofo- licularsuperiorquandocomparadoaomeio semsuplementação. Contrariamenteaosefeitosbenéficosdo FSH sobreo desenvolvimentoin vitrodefo- lículospré-antraisbovinosdescritosanterior- mente,Nuttincketalo(1996)mostraramque opFSH (FSH-porcino)induzadegeneração empequenosfolículospré-antraisbovinose queessadegeneraçãopareceseratenuada peloFGF-2. Essetrabalhotambémdemons- trouqueo FGF-2levaaoaumentodasíntese deDNA folicular,aqualnãoéobservadana presençado pFSH. A discordânciaentreos resultadosobtidosporNuttincketalo(1996) e o dosautoresmencionadosacima,no to- canteao efeitodo FSH sobreo desenvolvi- mentodeFOPAbovinoin vitroé,provavel- mente,devidoàsdiferençasnosprocedimen- tosde isolamentofolicular,bemcomo,nos diferentessistemasdecultivosempregados. A influênciade diferenteshormônios, fatoresde crescimentoe outrospeptídios sobrea ativaçãoe crescimentoin vitrode FOPA bovinosé ilustradana figura11.11. CriopreservaçãodeOócitosImaturos Oriundosde FolículosPré-Antrais ~ PrincipaisAvanços A criopreservaçãodeoócitoséumaalter- nativaparaconservaro materialgenéticode espéciesouraçasdeanimaisdomésticosque sãoutilizadoscomercialmente,bemcomode mamíferossilvestres.Essatécnicatambémé importantena medicinahumanaparaesto- caroócitosdemulherescomproblemasre- produtivosousubmetidasatratamentoradio e/~uquimioterápico(nocasodecânceres), reduzindoassimosproblemaséticos,legaise moraisquegeralmenteestãoassociadoscom aestocagemdeembriões(Shawetal.,2000). Os oócitosutilizadosparaacriopreservação podemserimaturos(origináriosdefolículos pré-antraisou terciários)e maturos,oriun- dosdepunçãodefolículospré-ovulatóriosou obtidosapósmaturaçãoin vitro.A despeito daconsiderávelpesquisarealizadaduranteos últimos15anos,o progressoobtidonacrio- preservaçãode oócitosmaturostemsido muitolimitado(Parks& Ruffings,1992).Os oócitosmaturostêmsidocriopreservadosuti- lizando-seosprotocolosdecongelaçãolenta erápida,bemcomodevitrificação.Entretan- Figura11.11. Influênciadoscomponentesdo meiodecultivosobrea ativaçãoe crescimentode FOPAbovino in vi/ro. 246 Nuttinck etaI., 1993 Figueiredo etaI., 1994 Hulshof etaI., 1995 20% de Soro 10% de FCS VIP e ativina + + + + I TI PRIMORDIAIS t+ t+ t- t+t+ t+ t- t+ t- Meio semsoro FSH eE2 Hulshof FSH, EGF, FGF eTGF - f3 FGF eFSH WandjietaI.,1996 etaI.,1996 WandjietaI.,1996 NuttincketaI.,1996 to,astaxasdefecundaçãoedesenvolvimento invitrosãomuitoinferioresasdeoócitosnão criopreservados.Apesardosoócitosmaturos seremparticularmentesensíveisaosprocedi- mentosdecriopreservação,algunsprogres- sostêmsidoobtidosinicialmentecomaadap- taçãodeprotocolosempregadosemembriões (Parks& Ruffings,1992).Resultadosfavo- ráveistêmsidorelatadosemcamundongos (CarrolletaI.,1993;Men etal., 1997),coe- lhos(Vincentetal.,1989)ehumanos(Gook etaI., 1995).Todavia,tantoemanimaisde produçãoquantoemhun:anos,estatécnica aindanão foi completamentedesenvolvida. Especificamenteemruminantes,a maioria dostrabalhossobrecriopreservaçãodeoóci- tosmaturostemsidorealizadaembovinos (Fukuetal.,1992,1995),utilizando-se,prin- cipalmente,oDMSO eo PROH, comocrio- protetoresemprocedimentosdecongelação lenta(Um etal.,1999;DemircietaI.,2001) e rápida(GooketaI.,2000). Característicascitológicasespeciaisdos oócitosmaturos,taiscomofuso meiótico, grânuloscorticaise citoesqueletotêm se mostradosusceptíveisadanosduranteo res- friamentoe a exposiçãoaoscrioprotetores (Rall, 1992).Essaexposiçãoe a posterior criopreservaçãoestãoimplicadosnoaumen- to da incidênciadeanormalidadesno fuso meiótico,noiníciodaativaçãopartenogené- ticaeno estímulodaliberaçãodosgrânulos corticais.A criopreservaçãopodetambém aumentaraincidênciadeperdacromossômi- cano fusomeióticoe,nessescasos,nãose podeobterresultadosfavoráveisnafecunda- ção (WoodetaI., 1997).Em experimentos defecundaçãoinvitro,ocitoesqueletodeoó- citos maturosde camundongassofreram rupturadarededeftlamentosedesorganiza- çãodofuso,levandoàdispersãodoscromos- somos(ErogluetaI., 1996). Maisrecentemente,acriopreservaçãode folículospré-antraisvemsendoconsidera- dacomoumagrandealternativaparaaesto- cagemdeumgrandenúmerodeoócitosima- turosobtidosa partirdeum únicoanimal. Os oócitosinclusosemfolículospré-antrais possuemváriascaracterísticasqueostornam menossuscetíveisà crioinjúriado queos oócitosmaturos(GosdenetaI.,1994;Shaw etaI.,2000).Dentreelas,asmaisimportan- tessão:o menortamanhodo oócito,bem comodassuascélulasdesuporte(célulasdagranulosa),suabaixataxametabólica,está- diodociclocelular(núcleonoestadodepró- fasedaprimeiradivisãomeiótica),número restritodecélulasdagranulosa,ausênciade zonapelúcidaedegrânuloscorticaisperifé- ricoseapequenaquantidadedelipídiosin- tracitoplasmáticossensíveisàsbaixastempe- raturas.Todasessascaracterísticassãopo~ tencialmentebenéficasparaa criopreserva- ção.Umavezqueagrandemaioriadosoóci- tosencontra-seinclusaemfolículospré-an- traise queessesoócitosnãopossuemum fuso meiótico,os riscos citogenéticossão menoresnasdivisõessubseqüentes(Oktay etal.,1998).Portanto,elessãopoucosusce- tíveisàsaberraçõescromossômicas(Candy etaI., 1994)e,conseqüentemente,maisre- sistentesaosprocedimentosdecongelação. Alémdisso,diferentementedosoócitosma- turos,osfolículosprimordiaispossuemtem- poparareparardanossubletaisnasorgane- Iaseemoutrasestruturasduranteasuapro- longadafasedecrescimento,queocorreria duranteo cultivoin vitro.Entretanto,ainda nãoháumnúmerosuficientedeexperimen- tosnestaáreaparacomprovaressasuposi- ção(OktayetaI.,1998). Os oócitosinclusosemfolículospré-an- traispodemsercongeladosinsitu,istoé,no interiordo própriotecidoovariano(Coxet. al., 1996;NewtonetaI.,1996;Candyetal., 1997)ouapósisolamento(Cortvrindtetal., 1996;Jewgenowetal.,1998).Atualmente,a criopreservaçãodo córtexovariano,paraa 247 medicinahumana,temsidoumaalternativa promissoraparaapreservaçãodafertilidade (Oktayetal.,1998,Newton,1998).Alémda perdanatural(atresia)defolículospré-antrais queocorrein vivo,emhumanosdepara-se comosproblemasdeinfertilidadeprematura comoresultadodotratamentodecertoscân- ceres,incluindoaltasdosesquimioterápicas eirradiaçãoabdominal(Nugentetal.,1997). Na medicinahumana(Newtonetal., 1996; Newton,1998;Newtonetal.,1998)eemani- maisdelaboratório(Coxetal.,1996;Guana- senaetal., 1997a,b),os pesquisadorestêm concentradoseusesforçosparaacriopreser- vaçãodefolículospré-antraisinsituoEsseses- tudostêmdemonstradopor análisehistoló- gica,quefolículospré-antraispresentesnote- cidoovarianoapósacongelaçãoedescongela- çãoapresentam-semorfologicamentenormais (Hovattaetal.,1996;Candyetal.,1997).Des- saforma,o tecidoovarianocongelado,con- tendoosfolículospré-antrais,podeserutili- . zadoposteriormenteparatransplantes.Ca- mundongasovariectomizadase auto-trans- plantadascomtecidoovarianofrescooucon- geladoe descongelado,apresentaramciclos estraisregularespós-transplanteem75e80% dosanimais,respectivamente(Harp et aI., 1994).Tecidoovarianodesagüiscriopreser- vadotambémtemsidotransplantadosoba cápsularenalde camundongasimunodefi- cientes.Nos enxertosrecuperados21 a 32 diasdepois,observaram-sefolículosemtodos osestádiosdafoliculogênese,incluindofolí- culosantraisde1a2mmdediâmetro(Candy etal., 1995).Resultadossimilarestambém foramobtidospor Hovattaetalo(1996)em humanos,utilizando-seo DMSO eo PROH comocrioprotetores.Cox etaI. (1996)de- monstraramqueováriosfetaiscongeladose descongeladosquandotransplantadosrecu- peraramafertilidadeemcamundongas,mos- trandoque73a86%dosanimaismostraram- segestantes.O transplanteparaumambien- 248 tediferentein vivopodeserumaalternativa paraaconstituiçãodebancosdetecidoova- rianocongelado(Newton,1998).Fragmen- tosdeovárioovino(GosdenetaI., 1994)e primatanãohumano(Candyetal.,1995)en- xertadossobacápsularenaldecamundongos imunodeficientes,demonstrourevasculariza- çãoecrescimentofolicular.Ademais,folículos presentesnotecidoovarianohumanocresce- ramatéoestádioantral(maisde5mmdediâ- metro)apósseissemanasdeestimulaçãoexó- genaeomFSH (Oktayetal.,1998).Embora, atéomomento,nãotenhasidodemonstrado queo tecidoovarianocriopreservadopossa restaurara fertilidadeemhumanos,o nasci- mentodeanimaisviáveistemsidoobtidoa partirdeenxertodetecidoovarianocongelado edescongeladoemcamundongos(Carroll& Gosden,.1993;Gunasenaetal.,1997a,b).Em animaisdomésticoscomoosovinos,aviabili- dadefoliculartambémjá foi demonstrada atravésdaanálisehistológicadetecidoovaria- no congeladoe descongelado(Salleet aI., 1998).Bairdetalo(1999)realizaramauto- transplantede tecidoovarianoem ovelhas apósdescongelaçãoe observaramaumento nosníveisdeprogesteronaquatrosemanas apóso enxerto.Porém,nessaespécie,osresul- tadosmaisencorajadoresforamreportados porGosdenetalo(1994),osquaisrelataram nascimentoapóso transplantedetecidoova- rianocongeladoedescongelado. Emboraresultadossatisfatóriosreferentes àcongelaçãodetecidoovarianojátenhamsi- doobtidosemalgunsanimaiscomocamun- dongas(Candyetal.,1997;GuanasenaetaI., 1997a,b),coelhas(Danieletal.,1983),ove- lhas(Gosdenetal.,1994;Salleetal.,1999)e atémesmoemmulheres(Newtonetal.,1996, 1998),a formaçãodegelointracelularainda . poderepresentaremalgunscasos,umentrave parao sucessodacriotecnologia.Em tecido, aformaçãodegelointracelulartemmostrado sermuitomaisprevalentee podeocorrera umataxasignificativamentemaiordoquepo- de ser atingidanascélulasem suspensão (Acker& McGann,1998).A criopreservação detecidoésubstancialmentediferentedacrio- preservaçãodecélulasemsuspensão,como osfolículospré-antraisisolados,porexemplo. Emumtecidoorgaf\Ízado,adifusãodeágua ecrioprotetoresnãoéfacilitada.Váriostipos celularesemum tecidodesempenhamuma contribuiçãoparaa funçãodo mesmo.Por- tanto,asobrevivênciadecadatipocelularpós- descongelaçãoé extremamenteimportante (Harpetal.,1994).O tecidodoestromaova- rianoémuitoricoemcélulas,asquaisestão juntamenteposicionadas.Portanto,a forma- çãodegelonoespaçointercelularpodedani- ficarfacilmenteascélulasequebraracomu- nicaçãointercelularnecessáriaparaaintegri- dadedotecido(Sugimotoetal., 1996). Umapossívelalternativaparareduziras injúriascausadaspelaformaçãodegeloin- tracelularseriaacongelaçãodefolículospré- antraisisolados.No entanto,esseprocedi- mentotemsidoestudadoapenasemcamun- dongosefelinos.Utilizandofolículosprimor- diaisdecamundongosisoladosenzimatica- mente,que foramcongeladoslentamente comDMSO,CarrolletaI.(1990)consegui- ramo nascimentodeumanimalvivoapósa fecundaçãodooócitocultivadoin vitro.Em umoutrotrabalho,CarrolletaI. (1991b)re- lataramquea criopreservaçãonãoafetao crescimentoeo desenvolvimentodofolículo e nema habilidadedo oócitoderetomara meiose,demonstrandoassim,queépossível estocarumgrandenúmerodefolículospara oseusubseqüentedesenvolvimentoin vitro. Em umaprimeiratentativadecongelarfolí- culospré-antraisdegatas,JewgenowetaI. (1995),utilizandoumprocedimentodecon- gelaçãolenta,empregandooDMSO, relata- ramqueapenascercade 12%dosfolículos queforamcongelados,encontravam-sein- tactosapósadescongelação.Posteriormente, Jewgenowetalo(1998)testaramdiferentes crioprotetores(DMSO, PROH, EG eglice- rol) tambémparaa congelaçãolentadefo- lículospré-antraisfelinoseobservaramque somentequandoo glicerolfoi empregado, houveumadiminuiçãononúmerodefolícu- loscomoócitoecélulasdagranulosaintactos quandocomparadocomfolículosnãocon- gelados(controle).A percentagemdefolícu- losviáveisutilizandoosdemaiscrioproteto- resfoi similarao controle. ~ Protocolode Criopreservaçãode FOPA Caprinos A títulodeinformação,aseguirseráapre- sentadooprotocolodecriopreservaçãodefo- lículospré-antraiscaprinosutilizadonolabo- ratóriodeManipulaçãodeOócitoseFolículos OvarianosPré-antrais(IAM OFOPA).Os ová- rios caprinosobtidosem abatedourossão transportadosatéaolaboratórioaumatempe- raturade20°C.No laboratório,oovárioédi- vididoempequenosfragmentos(3a5mm)e equilibradosa 20°C por um períodode20 minnapresençadeumasoluçãocrioprotetora compostapor MEM adicionado1,5M de DMSO e 10%deFCS. Ao términodos20 min,osfragmentosovarianossãotransferidos paraum freezerprogramável,previamente resfriadoa20°Ceresfriadosaumavelocidade de2°C/mina-7°C. O tecidoovarianoéen- tãomantidonessatemperaturaduranteain- duçãodaformaçãodecristaisdegelo(see- ding).O seedingérealizadomanualmente,uti- lizando-seumapinçapré-resfriadaemnitro- gêniolíquido.Em seguida,a temperaturaé reduzidaa0,3°C/minatéatingir-33°Cquan- doentão,osfragmentosovarianossãoremo-vidosdofreezeremergulhadosemnitrogênio líquidoa -196°C. Paraadescongelação,osfragmentosova- rianossãorapidamenteexpostosàtempera- turaambientepor 1mineentãoimersosem banho-mariaa 37°C por um períodosufi- 249 cienteparaocorrera descongelaçãototal. Apósadescongelaçãoérealizadaaremoção do crioprotetor.Paraisso,cadafragmento ovarianoésubmetido,separadamente,atrês lavagenssucessivasemMEM, realizadasa intervalosde5minoApósaremoçãodocrio- protetor,os fragmentosovarianospoderão sersubmetidosao isolamentofolicular. No casodacriopreservaçãodefolículos pré-antraisisolados,oprotocoloutilizadono lAMOFOPA é,resumidamente,o seguinte: amostrasdesuspensãofolicular,de0,9 mI sãoadicionadasdamesmaquantidade(0,9 mI) desoluçãocrioprotetorae transferidas paratuboseppendorfeequilibradasa20°C porumperíodode20minutos.Apósoperío- dodeequilíbrio,osfolículospré-antraisiso- ladossãocongeladosutilizando-seo proto- colodescritoanteriormentedescritoparaos folículospré-antraisinsituoParaadesconge- lação,ostuboseppendorfcontendoosfolícu- losisoladoscriopreservadossãorapidamente aquecidosà temperaturaambientepor um minutoe entãoimersosembanho-mariaa 37°Cporumperíodosuficienteparaocorrer adescongelaçãototal.Emseguida,érealiza- daa remoçãodocrioprotetor.Paraaremo- çãodocrioprotetor,asuspensãodefolículos é submetidaa trêslavagenssucessivasem meioMEM suplementadocom10%deFCS à temperaturaambiente,realizadasa interva- losdecincominutos.Apósesseprocedimento, osfolículospré-antraispoderãosersubme- tidos,posteriormente,ao cultivoin vitro. EstadoAtualda BiotécnicadeManipulação in vitrode FOPA Superadaa etapadedesenvolvimentode métodoseficazesparao resgatedeFOPA a partirdosovários,o grandedesafiodospes- quisadoresconsisteno desenvolvimentode sistemasdecultivoespeciaisqueproporcio- nemcondiçõesadequadasparaodesenvolvi- mentoótimodeFOPA in vitro.Na literatura, 250 umavariedadedeexperimentosrealizadosem animaisdomésticoscomo:gatas(Jewgenow, 1996;Jewgenowet aI., 1998),marsupiais (Butcher& Ulman,1996),cabra(Huanrnin ~Yong,2000),ovelha(CecconietaI.,1999) evaca(Figueiredoetal.,1994a,b;Hulshofet al.,1995;Wandjietal.,1996a;Gutierrezetal., 2000)demonstraramahabilidadedefolículos pré-antraisisoladosmecânicaouenzimatica- menteaodesenvolvimentoin vitro.Embovi- nos,Figueiredoetalo(1994c)mostraramque FOPA podemsercultivadoscomsucessona presençadeFCS, enquantoqueoutrostraba- lhosmostraramos efeitospositivosdo FSH (HulshofetaI., 1995;WandjietaI., 1996a), VIp, ativina(Hulshof, 1995),bFGF, EGF (Wandjietal.,1996a)nocrescimentoin vitro defolículospré-antraisconformemostrado anteriormente.Folículospré-antraisfelinos tambémjá foramcultivadosin vitro(Jewge- now& Stolte,1996).Nessaespécie,obser- vou-sequeEGF e ITS foramresponsáveis pelapreservaçãodaestruturadefolículospré- antraiscultivadosinvitro(JewgenoweGõritz, 1995)equeo FSH estimulouo crescimento de folículospré-antrais(Jewgenowe Pitra, 1993).Emanimaissilvestres,Jewgenowetalo (1997)compararamodesenvolvimentodefo- lículospré-antraisoriundosdeováriosdefelí- deosdomésticos(gata)esilvestres(leoaeti- gresa).A taxadedesenvolvimentodefolículos pré-antraisdeleoaapresentou-seequivalente àobservadaemgata,entretanto,folículospré- antraisdetigresaapresentarambaixastaxas deviabilidadeinvitro.Emmarsupiais,Butcher & unman(1996)mostraramqueoFSH teve efeitopositivosobreocrescimentoinvitrode folículospré-antraisdegambássul-america- nos.Nas espécieshumana(Roy & Treacy, 1993),ovina(Cecconnietal.,1999),caprina (Huanmin& Yona,2001)e,inclusivebovina (McCafferyetal.,2000),folículospré-antrais isoladossedesenvolveraminvitroatéoestádio antral.Em suínos,HiraoetaI. (1994)obtive- rama ovulaçãoin vitroa partirde folículos pré-antraisisoladosquecresceramematura- ramiIJ vitro.Entretanto,amaioriadostraba- lhosreferentesaocultivodefolículospré-an- traisinvitrofoirealizadaemanimaisdelabo- ratório.Em ratos,relatou-sea produçãoin vitrodeembriões,a partirdafecundaçãode oócitosoriundosdefolículospré-antraiscul- tivadosin vitro(DanieletaI.,1989).Em ca- mundongos,odesenvolvimentoinvitrodefo- lículospré-antraisfoidescritoporváriosauto- res(Qvistetal.,1990;CarrolletaI.,1991a,b; Nayüdu& Osborn,1992;Cortvrindt& Smitz, 1998).Resultadosespetacularesforamrelata- dosporEppig& Schroeder(1989),queobti- veramonascimentodecamundongosapartir defolículospré-antraisquecresceram,matu- rarame foramfecundadosin vitro.No ano seguinte,Carrolletalo(1990)publicaramum artigoquerepresentouumgrandemarcona biotécnicadeMOIFOPA. Essesautoresobti- veramprodutosviáveisapartirdodesenvol- vimentoinvitrodefolículospré-antraisdeca- mundongosqueforamsubmetidosprevia- menteaprocedimentosdecongelaçãoedes- congelação.A figura11.12mostradeforma resumidao estadoatualda biotécnicade MOIFOPA emdiferentesanimais. ConsideraçõesFinaise Perspectivas Conformemostradoanteriormente,abio- técnicadeMOIFOPAapresentouumavanço significativonosúltimos10anos.Folículos pré-antraisoriundosdeováriosdesereshu- manos,animaisdomésticos,silvestrese de laboratóriopodemserisoladosecultivados invitroemmeiosespeciaisquetêmpermitido umaumentodataxadedesenvolvimentofo- licularin vitro.Alémdisso,a viabilidadede folículospré-antraisoriundosdeanimaisde laboratório(camundongo)efelinospôdeser preservadaapósprocedimentosdecongela- çãoe descongelação. Atualmente,a biotécnicade MOIFOPA vemsendoutilizadasomenteempesquisafun- damental,nãopodendoserutilizadaainda paramultiplicaçãodeanimais.Entretanto,o rápidoavançodaciência,associadoàsfaci- lidadescrescentesdetrocasdeinformações entrelaboratóriosdomundointeiro,poderão resultar,no futuro,no desenvolvimentode sistemadecultivoquepermitamumexcelen- tecrescimentofolicularcomapreservaçãoda viabilidadefolicular.Isso possibilitará,pos- teriormente,autilizaçãodeoócitosoriundos danumerosapopulaçãodefolículospré-an- traisisoladosecrescidosinvitro,emprogra- mas de fecundaçãoin vitro, clonageme transferênciade embriões,contribuindoa longoprazoparaamultiplicaçãodeanimais dealtovalorzootécnicoemesmoaquelesem viadeextinção.A curtoprazo,paralelamen- teaoestudodecrescimentofolicularinvitro, umaalternativaseriadedesenvolverproce- dimentosdeisolamentoecongelaçãodefo- lículospré-antraisin vitrovisando-seàutili- zaçãofuturaemsistemasdecultivoqueapre- sentaremcondiçõesótimasparao completo desenvolvimentofolicularin vitro.Futura- mente,coma utilização,naprática,dabio- técnicade MOIFOPA, seráfactívelo res- tabelecimentode populaçõesde animais ameaçadosdeextinçãoapartirdepequenos númerosdefêmeas. No sentidodefinalizarestecapítulofare- mosabaixoumaprojeçãodecomoseráare- produçãoanimalquandoa biotécnicade MOIFOPA estiverfrancamentedesenvolvida eintegradaaoutrasbiotécnicasdareprodu- ção,conformemostradonafigura11.13.No futuro,animaisdealtovalorzootécnicoou emperigodeextinção,estejamelesvivosou mortos (fetos,recém-nascidosou animais adultos)atuarãocomodoadoresdeovários paraabiotécnicadeMOIFOPA. A partirde um único ovário,milharesde FOPA serão 251 . ovÁRIo 1 . Isolamentofolicular . Fragmentosovarianos Folículosisolados EQUILÍBRIO (20°C/20min) .. 20°C(freezerprogramável) 2"C/min~ -7°C(seedinx) O,3"C/min. -33°C . Curvadecongelação -196°C(NL2- períodom/Rimo24h) . Descongelacão(1minTemperaturaambiente/ banho-maria37°C) . . Fragmentosovarianos . Remoçãocrioprotetor(3 lavagensemMEM - 5min) I ~ Folículosisolados Isolamentofolicular + Folículosisolado$ CULTIVOIN VITRO Figura 11.12.Protocolode criopreservação de folículospré-antraiscaprinos, in sifue isolados. 252 Animal NacimentoCrescimento Antro Ovulação Embrião felino (lewgenowet01.,1997) Morsupia (Butcher& Ullmon,1996) Babuíno (Fortuneeta/.,1998) Mulher (Roye Treacy,1993) Ovelha ([ecconi,et011999). Vaca (Gutie{{ezet01.,2000) Cabra (Huanmin& rong,2000) Porca (Hiraoetal.,1994) Rata (Oonielet 01.,1989) Camundonga(EppigSchoedeç1989) Camundonga ([a{{olletaI.,1990)* Figura11.13. EstadoatualdabiotécnicadeMOIFOPAemdiferentesanimais.* Utilizaçãodefolículospré-antrais isoladoscongelados/descongelados. isoladosepoderãosercriopreservados,cons- tituindobancosdegermoplasmaanimale/ ouseremcultivadosin vitro,permitindoo crescimentoematuraçãodosoócitosneles inclusos.Os oócitosmaturospoderãoser entãofecundadoseosembriõesobtidospo- derãotertrêsdestinos:a) o cultivoinvitro atémórulaeblastocistoeposteriortransfe- rênciaembrionária,sendosubmetidosou nãoàcriopresevarção,b)seremmodifica- dospelatécnicadetransgênesenoestádio pronucleare,posteriormente,submetidosà transferênciaembrionáriaouainda,c) se- remmultiplicadospelatécnicadeclonagem portransferêncianuclear.Destaforma,mi- lharesdeindivíduospoderiamserprodu- zidosa partirdeumúnicoovário,contri- buindo,assim,paraamultiplicaçãodeani- maisdealtovalorzootécnicoe/ouemperi- godeextinção(Figura11.14). 253 Animais -Altovalorzootécnico -Emviasdeextinção Mortosouvivos(feto,neonato,adulto) a . Ovário tPerformancereprodutiva Produçãodemilharesdeanimais U Clonagem TE ~ I Transgênese MN~FIV ~ Isolamento a MilharesdeFOPA a ~Criopreservação MIV D Culturain vitro»> Maturação Figura11.14. Integraçãofuturada biotécnicadeMOIFOPAcomoutrasbiotécnicasda reprodução.MIV- maturação in vi/To;FIV- fecundaçãoin vi/To;TE- transferênciade embriões. Referências Bibliográficas ACKERT.P.,McGANNLE. Theroleofcell-cell contactonintracellulariceformation.Cryo- Letters,v.19,p.367-374,1998. AMORIM,C.A.,RODRIGUES,AP.R.,LUCCI, C.M.,etaI.Desenvolvimentoeotimizaçãode ummétododeummétodomecânicoparao isolamentodefolículosovarianospré-antrais ovinos:resultadospreliminares.In: 11EN- CONTRO DE PESQUISADORES DA UECE, 1996,Fortaleza,CE.Anais...,1996, v.I. p.47I. AMORIM,C.A.,RODRIGUES,AP.R.,LUCCI, C.M., et aI. Mechanicalmethodfor the isolationofpreantralfolliclesframadultovine 254 avaries.In: XIII REUNIÃO ANUAL DA SOCIEDADEBRASILEIRADETRANSFE- RÊNCIADEEMBRIÕES,1998,Atibaia,SP. Anais...1998,v.26p.21S. 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Capítulo12 Marcadores Moleculares em'Reprodução An]'mal JoãoFranciscoCpelhodeOliveira,~",izErnaniHenkes " UmPoucode História Desdea domesticaçãodasprimeirases- péciesanimais,há cercade 12.000anos atrás,a seleçãoparadeterminadascaracte- rísticastemdespertadoo interessedo ho- mem.A identificaçãodeindivíduosmanifes- tandofenótiposespecíficos,queos diferen- ciavamdeseuscontemporâneos,foi prova- velmenteabasedosprimeiros"programasde seleçãoanimal"desenvolvidospelohomem primitivo.Até hoje,a essênciadosprogra- masde seleçãoanimaltemsido a mesma: observarpopulações,identificarindivíduos demaior,ou melhorexpressãodecaracte- rísticasimportantes,acasalamentode indi- víduosexcelentesedisseminaçãodessesge- nótiposnos rebanhos.Tomandopor exem- plo a espéciebovina,nosúltimos500anos foramdesenvolvidasraçastaurinas(Bostau- rustaurus)comgrandecapacidadedetra- balhooualtamenteprodutorasdeleiteoude carne.Do mesmomodo,emperíodosmais recentesforamdesenvolvidaseaprimoradas váriasraçasbovinas.Inicialmente,fenótipos comocoloraçãodapelagem,ganhodepeso, produçãode leite,tamanhodoschifresfo- ramconsideradosparaa seleção.Posterior- mente,foramincorporadasobservaçõesmais sofisticadascomopesoemdiferentesidades eaoabate,característicasdacarcaça,quali- dadedo leite(teorprotéicoedegordura)e circunferênciaescrotal.Diferentesraçasde eqüinostambémforamdesenvolvidascom basenessesprincípios,levandoemcontao pa- drãodecoloraçãodapelagem,musculatura eaptidãoparacorridas,sendoexemplostípi- cosasraçasApaloosa,QuartodeMilhaePu- ro-sangueInglês,respectivamente.Demanei- ra geral,a maioriaabsolutadasespéciesdo- mésticaspassouporalgumprocessodesele- çãoapartirdesuadomesticaçãopelohomem, principalmentecomousodeduasferramen- tassubjetivas:observaçãoeintuição. Comodesenvolvimentodemétodoscien- tíficosdeanotação,processamentoeanálise, foi possívelracionalizaros sistemasdesele- çãoparao melhoramentodasespéciesera- ças.Nessemomento,surgiramdiversosmo- delosparaa seleçãoanimal,quesebaseiam naobservaçãoenaanotaçãodediferentespa- râmetroszootécnicos.Aanálisedessespa- râmetroszootécnicossobmodelosmatemá- ticos,permiteaclassificaçãoserialdosindiví- duosdeumapopulação,conseqüentemente fornecendosubsídiosparaaseleçãomal\>o\))e- tivadosmelhoresanimais.Atravésdaanálise 261 dosparâmetrosdosascendentesedescenden- tes,.essesmodelospermitempredizero de- sempenhodeumfuturoreprodutor(a),quan- docomparado(a)aseuscontemporâneos. Subseqüentementeao desenvolvimento de sistemasmatemáticosdeanálise,foram desenvolvidastecnologiasdeacessoaoutros níveisde variaçãobiológica.Inicialmente, técnicasimunogenéticaspermitiramadeter- minaçãodosdiferentessistemasdegrupos sangüíneose,posteriormente,comadesco- bertadaeletroforese,foipossívelacaracte- rizaçãodospolimorfismosdeproteínas.Isso deuacessoà caracterizaçãodeumavaliosa gamadevariaçõesgenéticasemnívelmole- cular.Essessistemaspassaramaserempre- gadosnatentativadecorrelacionarsuasva- riações(polimorfismos)comcaracterísticas zootécnicasdeinteresseeconômico. A publicaçãodeinúmerostrabalhoscientí- ficosnessaárea,nasdécadasde60a80,ge- rouumaassociaçãodecientistasqueresultou nafundaçãodaEuropeanSocietyforAnimal BloodGroupResearch(ESABGR), quepas- soua editara revistalmmunogeneticLetter (1964),posteriormenteAnimalBloodGroups andBiochemicalGenetics(1970).Em 1972, aESABGRpassouadenominar-selntematio- nalSocietyforAnimalBloodGroupResearch (ISABGR)e,fmalmenteem1988,lntematio- nalSocietyofAnimalGenetics(ISAG), que atualmentepublicaarevistaAnimalGenetics. A partirdadécadade80, o desenvolvi- mentoepopularizaçãodastécnicasdebio- logiamolecularpermitiramaanálisedosáci- dosdesoxirribonucléicos(DNA) e ribonu- cléicos(RNA) emtodaasuaextensão.Con- seqüentemente,o empregode marcadores genético-bioquímicosperdeupartedesuare- levânciaeaidentificaçãoeutilizaçãodemar- cadoresmolecularesdeDNA, transformou- senoprincipalobjetodeestudodacomuni- dadecientíficaenvolvidacom essaárea. Atualmente,empregam-sediferentestécni- 262 casdebiologiamolecularnapesquisadege- nesresponsáveispelaexpressãodecaracte- rísticaszootécnicas,ouderegiõesdogeno- maqueestejamrelacionadascomamanifes- taçãodestascaracterísticas.As estratégiasde identificaçãoe caracterizaçãodemarcado- resmolecularespodemserdivididasemduas abordagens: 1.Mapeamentogenético(do inglêsgene mapping)quevisaidentificar,comoem- pregodemarcadoresmoleculares(geral- mentedotipomicrossatélite),locusrela- cionadosàscaracterísticasdeinteresse. 2. Metodologiadogenecandidato(doin- glêsmajorgeneapproach) queobjetiva identificaros genesresponsáveispor etapasfisiológicascruciaisenvolvidas namanifestaçãodecaracterísticasim- portantestaiscomo,produçãodeleite, desenvolvimentocorporal,etc. ~ Organização do DNA no Genoma dos Eucariotes O DNA éumamacromoléculaftlamentar muitolonga,constituídaporumgrandenú- merodedesoxirribonucleotídeos,cada um compostodeumabase,umaoseeumfosfato. As basesdasmoléculasdeDNA sãorespon- sáveispelainformaçãogenética,enquanto seusgrupamentososeefosfatotemumpapel estrutural.Em 1953,JamesWatson,Francis CrickeMauriceH. F.Wilkins,coma inesti- mávelcolaboraçãodeRosalindFranklindedu- zirama estruturatridimensionaldo DNA e logoaseguiro seumecanismodereplicação (Watson& Crick,1953).Essabrilhantedes- cobertalevouà compreensãodo funciona- mentodosgenesemtermosmoleculares. A estruturatridimensionaldamoléculade DNA éconstituídapor duascadeiaspolinu- cleotídicashelicoidaisenroladasemtornode umeixocomum.Ascadeiascorrememsenti- do opostoe sãomantidasjuntaspor pontes dehidrogênioentreosparesdebases.As bases
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