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ATIVIDADE ESTRUTURADA CIVIL VI

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O que é Reprodução Assistida e quais são os principais procedimentos utilizados.
De acordo com Silvana Chedid, ginecologista, especialista em reprodução humana e diretora do Instituto Valenciano de Infertilidade (IVI), a reprodução assistida pode ser a solução desse problema.
"Reprodução assistida é o nome que se dá para os tratamentos oferecidos a casais com problemas de infertilidade, desde os mais simples, que chamamos de baixa complexidade, como a inseminação intrauterina, até os mais complexos como a fertilização in vitro, mais conhecida como bebê de proveta", explica Silvana.
Ela conta que a técnica mais simples é o coito programado, na qual a ovulação da mulher é controlada, assim como o ciclo, e o casal passa a ter relações principalmente no período detectado como o mais fértil. Também há a inseminação intrauterina. "Fazemos o controle da ovulação e no momento mais fértil, ao invés de o casal ter a relação sexual, é colhido o esperma do homem e pré-preparado em laboratório. Em seguida, por meio de uma pequena sonda, o esperma é colocado no útero da mulher", explica. Outra forma de reprodução assistida é a fertilização in vitro, também chamada de proveta. Nela é feita uma estimulação da ovulação e os óvulos da mulher são aspirados. Enquanto isso é colhido o esperma do homem. "No laboratório se colocam os óvulos com os espermatozoides para ser realizada a fertilização. Nesse momento, os óvulos já são embriões, ficam em cultura e as células se multiplicam. Três dias depois da aspiração os embriões são recolocados no útero", diz.
Silvana afirma que cerca de metade das causas está relacionada ao homem, quando pode haver uma alteração no espermograma, ou seja, na composição do sêmen e suas condições físicas. No caso das mulheres pode ser por conta de alterações na ovulação, como a endometriose e o ovário policístico, além de outros fatores. Também é comum casos em que o casal é infértil.
"Nenhum dos tratamentos tem 100% de sucesso. Muitas vezes o casal precisa tentar vários meses com a mesma técnica para ter um resultado efetivo", diz Silvana. Ela afirma que a fertilização in vitro é a mais sofisticada, principalmente quando usada uma técnica denominada, em inglês, Intra Cytoplasmic Sperm Injection (ICSI), ou seja, quando o espermatozoide é injetado diretamente no óvulo da mulher.
http://www.vix.com/pt/bdm/bebe/planejamento/materia/medica-explica-como-funcionam-as-tecnicas-de-reproducao-assistida.
	No Brasil, o número de casais que procuram clínicas especializadas em Reprodução Assistida (R.A.) vem aumentando consideravelmente. Espera-se que um aumento ainda mais significativo ocorra em cidades que ofereçam, gratuitamente, em hospitais públicos este tipo de tratamento, como é o caso de São Paulo.
Reprodução Assistida é um conjunto de técnicas, utilizadas por médicos especializados, que tem como principal objetivo tentar viabilizar a gestação em mulheres com dificuldades de engravidar. Muitas vezes essas dificuldades, até mesmo a infertilidade do casal ou um de seus membros, podem trazer sérios prejuízos ao relacionamento conjugal. 
As diferentes variantes técnicas do conjunto da RA podem ser reunidas em dois grupos:
1. As mais antigas e mais simples - nas quais a fecundação se dá dentro do corpo da mulher - são chamadas de Inseminação Artificial. Caso os gametas utilizados na R.A. sejam do próprio casal, chamamos de inseminação HOMOLOGA; caso um ou ambos os gametas sejam obtidos a partir de doadores anônimos, chamamos de inseminação HETERÓLOGA.
	
ICSI - Injeção Intracitoplasmática de Espermatozóides
	2. E as técnicas mais modernas de RA - nas quais a fecundação se dá fora do corpo da mulher - que passam pelo procedimento de fertilização in vitro (FIV). Existem diversas variantes técnicas da FIV tais como o GIFT, o TV-TEST, o ICSI e o IAIU. As diferenças entre algumas dessas técnicas serão aqui descritas:
GIFT – Técnica que consiste na transferência do gameta masculino e feminino diretamente na tuba uterina da mulher. Essa técnica encontra o apoio da Igreja Católica, quando os gametas utilizados são do próprio casal;
TV-TEST – Técnica que transfere por via vaginal um embrião já formado, em estágio pré-nuclear, na altura das tubas uterinas;
ICSI – É talvez a técnica mais conhecida popularmente, trata da realização de uma fertilização in vitro através da inoculação de um espermatozóide no interior de um ovócito, seguida da transferência via vaginal do embrião (pré-embrião) formado;
O IAIU – Ocorre pela colocação via vaginal, de espermatozóides diretamente na altura da tuba uterina.
Outras técnicas complementares da RA são:
Doação de óvulos, sêmen, embriões; congelamento de material biológico reprodutivo e de embriões; diagnóstico genético pré-implantatório, entre outros.
Congelamento de Embriões
Quando a técnica empregada é a FIV, o médico produz um grande número de embriões a partir dos oócitos e espermatozóides doados. Somente alguns destes embriões serão implantados no útero materno, os demais serão mantidos congelados (criopreservados), para utilização posterior, caso seja necessário.
De acordo com a Resolução 1358/92 do Conselho Federal de Medicina (CFM), os embriões criopreservados não podem ser destruídos ou descartados, devendo permanecer congelados por tempo indeterminado. O destino a ser dado a esses embriões caso ocorra divórcio, doença grave ou morte de um ou ambos os cônjuges, deve ser anunciado previamente por escrito pelo casal.
Marilena C. D. V. Corrêa
mcorrea@ims.uerj.br
http://www.ghente.org/temas/reproducao/
2 – Há legislação especifica que regulamente a reprodução assistida no Brasil? 
Muito se tem discutido acerca das técnicas de reprodução humana assistida, principalmente pela falta de uma legislação que trate do assunto.
O ordenamento jurídico brasileiro conta apenas com Resoluções do Conselho Federal de Medicina que regula as normas éticas a respeito dos procedimentos médicos a serem utilizados na utilização dessas técnicas de reprodução assistida.
Hoje, muitos casais vêm se socorrendo cada vez mais a esse procedimento visto a impossibilidade de conceberem filhos de forma natural.
Embora a Constituição Federal de 1988 tenha reconhecido outros tipos de entidades familiares, o desejo pela procriação ainda é um aspecto bastante relevante na formação da família, sendo ligada não só a ideia de felicidade, continuidade da espécie, mas uma realização pessoal.
A sociedade brasileira quebra paradigmas e vem permitindo sobremaneira o acesso às técnicas de reprodução humana assistida. 
As técnicas de reprodução assistida vêm, nos últimos tempos, ganhando espaço no ordenamento jurídico brasileiro, inclusive objeto de discussões que desafiam a bioética.
As pessoas são livres para realizar escolhas, inclusive no que diz respeito à procriação de forma artificial, mas para isso precisam respeitar o princípio da dignidade da pessoa humana, bem como aos princípios norteadores da bioética.
Para compreender bem o assunto objeto do presente estudo é importante falar em dignidade que para Sarlet[3] :
“Assim sendo, temos por dignidade da pessoa humana a qualidade intrínseca e distintiva reconhecida em cada ser humano que o faz merecedor do mesmo respeito e consideração por parte do Estado e da comunidade, implicando, neste sentido, um complexo de direitos e deveres fundamentais que assegurem a pessoa tanto contra todo e qualquer ato de cunho degradante e desumano, como venham a lhe garantir as condições existenciais mínimas para uma vida saudável, além de propiciar e promover sua participação ativa e co-responsável nos destinos da própria existência e da vida em comunhão com os demais seres humanos”.
Pereira traz algumas explicações acerca das técnicas de reprodução humana assistida (2010, p. 11):
“Quando a ciência biológica anuncia processo de inseminação artificial, para proporcionar a gestação sem pressuposto fisiológico das relações sexuais, eclode uma série de implicações jurídicas, tais como, a indagação do status da filiação,a necessidade de autorização da mulher, a anuência do marido, o registro do filho, afora o problema da inseminação contra a vontade de qualquer dos cônjuges, ou a sua realização sem o conhecimento ou declaração da paternidade. Todos estes assuntos têm sido debatidos pelos civilistas em congressos, conferências, monografias, estudos publicados em revistas especializadas”.
Das palavras do autor, pode-se observar uma preocupação com a falta de legislação bem como os problemas de ordem ética, moral e jurídica que podem advir da utilização de técnicas de reprodução humana.
Há de se destacar dois marcos legais quanto aos primeiros indícios acerca das técnicas de engenharia humana no Brasil, conhecida como Lei de Biossegurança, Lei nº 8.974∕95, revogada pela Lei nº 11.105∕2005 que estabelece normas de segurança e mecanismos de fiscalização de atividades que envolvam organismos geneticamente modificados, cria o Conselho Nacional de Biossegurança, reestrutura a Comissão Técnica Nacional de Biossegurança, bem como dispõe sobre a Política Nacional de Biossegurança (BRASIL, 2005).
Infelizmente essa lei ainda é insuficiente porque não regulamentou a procriação realizada de forma artificial, o que ainda causa grande preocupação entre os operadores do direito, visto que é uma discussão que está longe de acabar.
O Código Civil Brasileiro fala em reprodução humana assistida apenas no art. 1.597 quando trata da presunção de filiação dos filhos concebidos a partir da utilização dessas técnicas:
“Art. 1.597. Presumem-se concebidos na constância do casamento os filhos:
I - nascidos cento e oitenta dias, pelo menos, depois de estabelecida a convivência conjugal;
II - nascidos nos trezentos dias subsequentes à dissolução da sociedade conjugal, por morte, separação judicial, nulidade e anulação do casamento;
III - havidos por fecundação artificial homóloga, mesmo que falecido o marido;
IV - havidos, a qualquer tempo, quando se tratar de embriões excedentários, decorrentes de concepção artificial homóloga;
V - havidos por inseminação artificial heteróloga, desde que tenha prévia autorização do marido.”
Esse artigo nada regulamenta de efetivo a respeito da utilização das técnicas de reprodução humana assistida. Assim diante dessa situação de inexistência de regulamentação legal restou ao Conselho Federal de Medicina editar resolução que regulou aos procedimentos a serem adotados e seguidos pelos médicos ao tratar e utilizar essas técnicas.
O Conselho Federal de Medicina editou uma Resolução CFM de nº 1.957∕10[8], de 1992, adotando Normas Éticas para a utilização das Técnicas de Reprodução Assistida, como dispositivo deontológico a ser seguido pelos médicos, dispondo que:
“As técnicas de Reprodução Assistida (RA) têm o papel de auxiliar na resolução dos problemas de infertilidade humana, facilitando o processo de procriação quando outras terapêuticas tenham se revelado ineficazes ou consideradas inapropriadas”.
Existe um conflito no direito sucessório quanto ao uso dessas técnicas após o falecimento do cônjuge ou do companheiro, quanto ao direito de herdar ou não. O Código Civil regula essa situação ao dispor em seu art. 1.798 que diz: “Legitimam-se a suceder as pessoas nascidas ou já concebidas no momento da abertura da sucessão” (BRASIL[14]).
Em sábias palavras DIAS esclarece que:
“O uso das técnicas de reprodução assistida é um direito fundamental, consequência do direito ao planejamento familiar que decorre do princípio da liberdade. Impensável cercear este direito pelo advento da morte de quem manifestou a vontade de ter filhos ao se submeter às técnicas de reprodução”.
Aqui há de se fazer ressalva ao Código Civil, art. 2º que diz: A personalidade civil do homem começa do nascimento com vida; mas a lei põe a salvo desde a concepção os direitos do nascituro.
Assim, no ventre materno, o nascituro já passa a ter proteção e alguns direitos já assegurados, conforme se pode observar quando Tavares cita: “Pacto de São José de Costa Rica, que em se art. 4, n.1, determina: Toda pessoa tem o direito de que se respeite sua vida. Esse direito deve ser protegido pela lei e, em geral, desde o momento da concepção”.
http://www.ambito-juridico.com.br/site
3- As técnicas de Reprodução Humanas Assistidas podem ser realizadas sem a anuência do marido?
Em caso de afirmativo , quais as consequências para a filiação?
 R: Há controvérsias, o ordenamento jurídico brasileiro é omisso quanto à necessidade ou não de prévia autorização do falecido para o uso de seu material genético em reprodução assistida post mortem. A Resolução nº 1.957, de 15 de dezembro de 2010, do Conselho Federal de Medicina, que aborda normas éticas para a utilização das técnicas de reprodução assistida, acerca do planejamento familiar e da paternidade responsável, previstas no artigo 227 da Constituição Federal de 1988, dispõe o seguinte:
 “VIII – REPRODUÇÃO ASSISTIDA POST MORTEM: Não constitui ilícito ético a reprodução assistida post mortem desde que haja autorização prévia específica do (a) falecido (a) para o uso do material biológico criopreservado, de acordo com a legislação vigente”. Além da previsão na Resolução nº 1.957/2010, que é um ato normativo do Conselho Federal de Medicina, a questão também encontra amparo, no mesmo sentido, no enunciado nº 106 da Jornada de Direito Civil I: “106 – Art. 1.597, inc. III: Para que seja presumida a paternidade do marido falecido, será obrigatório que a mulher, ao se submeter a uma das técnicas de reprodução assistida com o material genético do falecido, esteja na condição de viúva, sendo obrigatória, ainda, a autorização escrita do marido para que se utilize seu material genético após sua morte”.
4- Que fundamentos podem ter sido utilizados pelo juiz para conceder a liminar para Kátia? Você concorda com eles?
 R: A reprodução assistida homóloga post mortem é o meio artificial de reprodução em que a mulher se utiliza, para fecundar seu óvulo, dos gametas que foram doados, em vida, pelo marido ou companheiro. No Brasil, não existe legislação proibitiva sobre a inseminação post mortem, tal como acontece em países como Alemanha e Suécia. Desta forma, apesar de não se identificar expressa proibição do uso dessa técnica no Brasil, tampouco existe legislação permissiva.
 O que de fato há é omissão legislativa sobre a matéria em comento. A despeito da omissão legislativa no que tange à permissão de realização da citada técnica reprodutiva, considerando o pluralismo das entidades familiares e a plena liberdade de planejamento familiar vigentes no sistema jurídico brasileiro, verifica-se que a tendência doutrinária e jurisprudencial é no sentido de não privar o casal de seu direito de decidir o melhor momento e a melhor técnica reprodutiva a serem utilizados para atender aos interesses dos cônjuges e dos filhos. Concordo com a utilização da técnica, porém acredito necessitar melhor regulamentação, pois a utilização do material genético criopreservado do marido sem a sua aceitação, vai contra os princípios da dignidade humana e da paternidade responsável, tendo em vista ser inaceitável uma criança já nascer sem pai. 
5- Luiza Roberta é herdeira de Roberto? Explique sua resposta.
 R: Luiza Roberta não é herdeira de Roberto, uma vez disposto no artigo 1.798 do Código Civil de 2002:
 “Art. 1798. Legitimam-se a suceder as pessoas nascidas ou já concebidas no momento da abertura da sucessão.” Luiza Roberta ainda não teria sido ‘gerada’, sendo assim, não tendo direito à herança.
 Roberto, tendo ciência da situação poderia enquanto vivo ter garantido ‘direitos’ a Luiza Roberta por meio de testamento, para que a mesma fosse amparada após sua morte. O Código Civil de 2002 no Direito de Família atribui à presunção de filiação ao concebido post mortem, por outro lado, no Direito das Sucessões, há uma omissão, uma lacuna que necessita ser suprida. 
Direito Civil VI
ATIVIDADE
 ESTRUTURADA
Sucessões e União Estável (aula 6) 
	Márcia Cortes da Silva.

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