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* Prof. Enfermeiro Flávio Gomes FERIDAS E CURATIVOS * 1. INTRODUÇÃO: Pele: Barreira mecânica de proteção do corpo; Participação na termorregulação, excreção de água e eletrólitos; Percepções táteis de pressão, dor e temperatura. Camadas: Epiderme * 2. Derme: 3. Hipoderme: * Ferida Interrupção na continuidade da pele. Variam de acordo com a espessura. Cicatrização: conceito básico. Tratamento: evitar ou diminuir os riscos de complicações decorrentes; facilitar o processo de cicatrização Rigorosidade de uma análise detalhada da ferida: escolha do curativo adequado. * 2. CLASSIFICAÇÃO DAS FERIDAS: De acordo com: Mecanismo de lesão: Incisas: feitas por instrumento cortante; fechadas por sutura e limpas (normalmente). Contusas: feitas por objetos de rombo; traumatismo das partes moles, hemorragia e edema. Lacerantes: com margens irregulares (vidros e arames farpados). Perfurantes: “pequenas” aberturas na pele (FAF e FAB). * Cont. Grau de contaminação: Limpa: em áreas que não apresentam inflamação (pele). Potencialmente-contaminada: atingem os tratos respiratório e digestivo (em condições controladas). Contaminadas: feridas acidentais, recentes e abertas, em cirurgias com quebra na técnica asséptica. Infectadas: microorganismos já presentes antes da lesão. * Cont. Comprometimento tecidual: Estágio I: atinge epiderme (eritema-em pele íntegra-sem perda tecidual). Estágio II: úlcera ou abrasão (perda tecidual e comprometimento da epiderme e/ou derme). Estágio III: úlcera profunda (comprometimento total da pele e necrose do subcutâneo). Estágio IV: Extensa destruição do tecido (pode até ocorrer lesão óssea, muscular ou necrose tissular). * 3. FISIOLOGIA DA CICATRIZAÇÃO: Fase inflamatória: Presença de rubor, calor, edema e dor. Dura em torno de 3 dias. Plaquetas e leucócitos têm função importante no processo. * Fase proliferativa ou regenerativa: Ocorre a formação de granulação, de fina camada de epitélio, contração. Percebe-se um encolhimento da ferida. * Fase reparativa ou de maturação: Cicatriz contraída de início fina e pálida e posteriormente, madura hipo ou hiper pigmentada (de 3 semanas a alguns meses). * Esquema: * 4. TIPOS DE CICATRIZAÇÃO: 1ª intenção: as bordas da ferida estão aproximadas, há perda mínima de tecido, ausência de infecção e mínimo edema. * Cont. 2ª intenção: permanece aberta, com perda significante de tecido; as fases da cicatrização são bastante evidentes. * Cont. 3ª intenção: aberta (somente quando estiver com infecção) e que, posteriormente irá se fechar. * FATORES QUE AFETAM A CICATRIZAÇÃO Nutrição: proteína (formação do colágeno-fase de proliferação) Oxigenação: essencial para a destruição das bactérias pelos linfócitos e para a síntese do colágeno Infecção: à distância e localizada Idade: mudanças na pele com o envelhecimento Condições crônicas de saúde: doenças respiratórias, aterosclerose, diabetes, processos malignos * Medicação: sedativos e tranqüilizantes (inibem a capacidade do paciente de sentir e responder à compreensão – movimentos promovem a oxigenação adequada) Esteróides e quimioterápicos: reduzem a capacidade do corpo de promover resposta inflamatória adequada. Interrompendo a fase inflamatória da cicatrização Tabagismo: monóxido de carbono liga-se à hemoglobina no sangue no lugar do oxigênio * CURATIVO IDEAL Curativo é todo material colocado diretamente sobre uma ferida. Objetivos: Evitar contaminação; Facilitar a cicatrização; Reduzir a Infecção; Absorver secreções; Facilitar a drenagem de secreções; Promover a hemostasia; Manter o contato de medicamentos junto à ferida. Promover conforto. * PRINCÍPIOS PARA O CURATIVO IDEAL Manter elevada umidade entre a ferida e o curativo; Remover excesso de exudação; Permitir troca gasosa; Fornecer isolamento térmico; Ser impermeável a bactérias; Ser asséptico; Permitir a remoção sem traumas. * PROCEDIMENTO PRÁTICO Lavar as mãos para evitar Infecção; Explicar o procedimento ao paciente e familiares; Reunir todo o material; Fechar a porta para diminuir corrente de ar; Colocar o paciente em posição adequada; Manipular o material com técnica asséptica; Remover o curativo antigo; Fazer a limpeza da lesão c/ gaze umedecida c/ SF a 0,9%; Colocar medicamentos (de cima p/ baixo, sem voltar a gaze onde já passou); Cobrir e fixar com adesivo; Lavar as mãos; Recolher o material e organizar a unidade do paciente; Anotar no prontuário. * CURATIVOS ALTERNATIVOS E SUAS INDICAÇÕES * Cont. * * Hidrogel * Borda da lesão ulcerada, formando o desenho do curativo * Coleta de material para cultura Em feridas com suspeita de infecção, após remover toda a secreção com soro fisiológico. Usar swab bacteriológico: profundamente e em movimentos circulares. Colocar o swab num frasco com meio de transporte específico. Encaminar ao laboratório devidamente identificado. Objetivo: coletar apenas o ag. etiológico e não colonizantes. * Fatores que influenciam na infecção de feridas Generalidades: 1. Complicação mais temida. 2. Aumento do volume da drenagem: dependendo da localização da ferida. 3. Ruptura do tecido em cicatrização pela infecção. 4. Uso de antibióticos sistêmicos combinados com curativos adequados + técnica asséptica no manuseio da ferida. * Fatores Nº de microorganismos excede o potencial de defesa do tecido local; Presença de tecido necrótico, em grande quantidade; Por fatores intrínsecos e extrínsecos ao paciente; Por falta de higiene pessoal do paciente; Pela infecção cruzada ( pela equipe de saúde e por instrumentais cirúrgicos contaminados). * Microorganismos mais freqüentes Staphylococcus aureus (cocos gram +): infecções cirúrgicas e hospitalares. Staphylococcus epidermidis (cocos gram +): flora normal da pele. Eschericha coli (bacilos gram -): intestinos de indivíduos saudáveis * Prof. Msc. Patrícia Fonseca * * * *
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