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Material preparado e de responsabilidade dos professores J. P. Rossetti / A. Andrade Material elaborado para utilização exclusiva nos cursos do IBGC. Visão de Finanças • Visão panorâmica de Finanças • Inter-relação de causas e efeitos financeiros. • Análise de alternativas. • Foco em conceitos / lógica / princípios. • “Pensar” é mais importante e deve anteceder o “calcular”. 1 Material preparado e de responsabilidade dos professores J. P. Rossetti / A. Andrade Material elaborado para utilização exclusiva nos cursos do IBGC. QUESTÕES • O que são decisões financeiras ? • Quais são as decisões financeiras ? • Quem é responsável por decisões financeiras ? • “Finanças” é uma questão uni-pessoal / uni-departamental ? 1. APLICAÇÃO DE RECURSOS - Investimento Fixo X Capital de Giro - Investimentos Financeiros - Liquidação de Passivos 2. BUSCA DE RECURSOS - Fontes Internas . Redução de ativos . Geração de resultados - Fontes Externas . Aumento de passivos exigíveis (dívidas) . Aumento de capital societário 3. ESTRUTURA DE CAPITAL - Balanceamento de Capital Próprio X de Terceiros 4. CRIAÇÃO DE VALOR PARA OS ACIONISTAS - Eficiência de Processos e Recursos - Geração de Resultados - Redução de Riscos - Planejamento e Execução das Ações Executivas D EC IS Õ ES N A FU N Ç Ã O F IN A N C EI R A Definição e amplitude da função financeira 2 Material preparado e de responsabilidade dos professores J. P. Rossetti / A. Andrade Material elaborado para utilização exclusiva nos cursos do IBGC. Produto Contas a receber Materiais Mão-de-obra Custos Indiretos Caixa Dívida (Cap.3os) Capital Próprio Imóveis Equipamento Escritórios Veículos Marcas, etc Contas a pagar Principal + juros Lucro Dividendos Impostos Lucros retidos Capital Permanente Investimento Capital de Giro Fluxo – alocação – estrutura de capital: inter-relação 3 Material preparado e de responsabilidade dos professores J. P. Rossetti / A. Andrade Material elaborado para utilização exclusiva nos cursos do IBGC. ESTOQUES M.PRIMA PROD.ELAB PROD.ACABs Capital Próprio ACIONISTAS CAIXA Resgate Duplicatas MDO Energia Impostos Mat.Exped. Etc. ATIVO FIXO Cap.Terceiros CREDORES INVESTIM. FINANCEIROS Venda de ativo Venda a prazo Venda a vista Empréstimo Capital Custos e despesas Dividendos Cobrança Investimentos Principal e juros Fluxo – alocação – estrutura de capital: visão de caixa 4 Material preparado e de responsabilidade dos professores J. P. Rossetti / A. Andrade Material elaborado para utilização exclusiva nos cursos do IBGC. Para estabelecer a estratégia empresarial e a estratégia financeira, os decisores precisam considerar e equilibrar demandas conflitantes de diversas entidades. EMPREGADOS DIRETORIA ACIONISTAS INVESTIDORES FAMÍLIA GOVERNO MERCADO FINANCEIRO MERCADO ACIONÁRIO CLIENTES FORNECEDORES ESTRATÉGIA EMPRESARIAL ESTRATÉGIA FINANCEIRA SOLUÇÕES FINANCEIRAS O desenvolvimento de soluções financeiras apropriadas dependerá do correto entendimento do grau de influência de cada entidade na estratégia empresarial. SOCIEDADE / COMUNIDADE Equilíbrio de demandas conflitantes 5 Material preparado e de responsabilidade dos professores J. P. Rossetti / A. Andrade Material elaborado para utilização exclusiva nos cursos do IBGC. MAXIMIZAÇÃO DO VALOR DA EMPRESA DECISÕES: • De aplicação de capital • De fontes de recursos • De estrutura de capital • Operacionais • Ambientais, sociais, etc CONSIDERAÇÕES, DIREITOS E INFLUÊNCIAS DE TODAS AS PARTES INTERESSADAS (“STAKEHOLDERS”) Gestão do negócio ou do portfólio de negócios NORTEAR DECISÕES SEMPRE IMAGINANDO A VENDA FUTURA DA EMPRESA RAZÕES / VANTAGENS • BUSCA DE CRÉDITO • BUSCA DE SÓCIOS • VENDA DA CIA • QUESTÕES NEGOCIAIS • COMERCIAIS Maximização do valor da empresa 6 Material preparado e de responsabilidade dos professores J. P. Rossetti / A. Andrade Material elaborado para utilização exclusiva nos cursos do IBGC. 1 . A maximização de valor depende de considerações de FINANÇAS CORPORATIVAS. 2 . A eficácia das soluções depende do claro entendimento e considerações das DEFINIÇÕES DOS ACIONISTAS. OBJETIVOS DOS ACIONISTAS OBJETIVOS DA ORGANIZAÇÃO ESTRATEGIA EMPRESARIAL ESTRATEGIA FINANCEIRA NECESSIDADES FINANCEIRAS SOLUÇÕES FINANCEIRAS OBJETIVOS DOS SÓCIOS ESTRATÉGIA EXECUÇÃO E GESTÃO CAMINHO DO SUCESSO Objetivos dos acionistas 7 Material preparado e de responsabilidade dos professores J. P. Rossetti / A. Andrade Material elaborado para utilização exclusiva nos cursos do IBGC. Desenvolver uma concepção do que se pretende ser e que sirva para filtrar as decisões atuais e futuras sobre produtos, serviços, usários, cliente, mercado, etc. O QUE SOMOS ONDE ESTAMOS O QUE QUEREMOS SER ONDE QUEREMOS ESTAR GAP !! CAPACIDADE TECNOLOGIA ESTRUTURA, etc COMO FECHAR O GAP ? RECURSOS FINANCEIROS $ RECURSOS HUMANOS GERIR E INTEGRAR Importância do pensamento estratégico 8 Material preparado e de responsabilidade dos professores J. P. Rossetti / A. Andrade Material elaborado para utilização exclusiva nos cursos do IBGC. Para analisar, mapear e principalmente tomar decisões relativas a priorização e alocação de recursos com monitoramento de riscos é sempre recomendável uma categorização dos riscos por natureza e conseqüente relevância. TODOS ELES PODEM COMPROMETER ATIVOS, CRIAR PASSIVOS, AFETAR RECEITAS, CRIAR DESPESAS IMPREVISTAS, ETC, INCLUSIVE ACARRETAR O DESAPARECIMENTO DA EMPRESA Considerações sobre risco RISCOS ESTRATÉGICOS: associados ao modo como a organização é administrada. Focado em questões corporativas amplas como competição, governança, estrutura, tomada de decisões, desenvolvimento de produtos e mercado, formação de preços, etc. RISCOS FINANCEIROS: associados à posição financeira, tesouraria, controles, taxas, etc. RISCOS DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO: associados à falta de informação para o controle adequado das operações, a tomada de decisões e a perpetuação do negócio. RISCOS OPERACIONAIS: associados à habilidade de operar e controlar os processos principais de maneira previsível e pontual. RISCOS DE CONFORMIDADE: associados com a habilidade de cumprir com normas reguladoras, legais e exigências fiduciárias. RISCOS COM O MEIO AMBIENTE: relacionados à gestão inadequada de questões ambientais. 9 Material preparado e de responsabilidade dos professores J. P. Rossetti / A. Andrade Material elaborado para utilização exclusiva nos cursos do IBGC. Variáveis Macro • SETOR DE ATIVIDADE: Capital x MDO, ciclo de produção, concorrência, poder de clientes e fornecedores, etc • INTERFERÊNCIA GOVERNAMENTAL: Regulação, tributação, etc Estrutura de capital • Juros x Dividendos, Riscos de performance, Tipo de Credor, Tipo e porte de acionistas, etc Localização • Custo de capital, benefícios fiscais, efeitos da logística, custos operacionais, “custo Brasil”. Internacionalização de mercados e recursos • OPORTUNIDADES: Ampliação de mercado, maior suprimento, tecnologia, fontes de recursos, etc • AMEAÇAS:Competição, protecionismos, escala, acesso diferenciado a capital, logística, governos O mundo em mudança Influências na gestão financeira10 Material preparado e de responsabilidade dos professores J. P. Rossetti / A. Andrade Material elaborado para utilização exclusiva nos cursos do IBGC. DINÂMICA, INSTÁVEL, EVOLUTIVA, COMPLEXA SOBREVIVÊNCIA EXIGE ADAPTAÇÃO A ESSA REALIDADE ÚNICA CERTEZA: TUDO VAI MUDAR Exemplo: Comércio eletrônico de US$ 9 Bi a US$ 2 Tri em 5 anos MUDAR OU MORRER ALTERNATIVA: VENDER PRESSÕES DO AMBIENTE EXTERNO Tom Peters : “só existirão os ágeis e os mortos 1 2 3 O mundo em mudança 11 Material preparado e de responsabilidade dos professores J. P. Rossetti / A. Andrade Material elaborado para utilização exclusiva nos cursos do IBGC. Nesse novo cenário mundial é imprescindível responder a quesitos que até então, muitas vezes, eram irrelevantes: • TECNOLOGIA ? • LOCALIZAÇÃO ? • O QUE PRODUZIR ? O QUE VENDER ? • COMO PRODUZIR ? COMO VENDER ? • CUSTOS ? • COMO FINANCIAR-SE ? (ESTRUTURA DE CAPITAL ?) • ESTRUTURA ORGANIZACIONAL ? • PESSOAS ? • ETC. DITO DE OUTRA FORMA: REVER • RECURSOS • PROCESSOS • RELAÇÕES • IDENTIDADE ANTECIPAR-SE ÀS MUDANÇAS ESTRATÉGIA QUESTIONE-SE SEMPRE, POIS A ÚNICA CONSTANTE É A MUDANÇA ! A SOBREVIVÊNCIA SÓ ESTÁ NO FUTURO ! $ O mundo em mudança (2) 12 Material preparado e de responsabilidade dos professores J. P. Rossetti / A. Andrade Material elaborado para utilização exclusiva nos cursos do IBGC. ORÇAMENTO Orçamento é o processo pelo qual se estabelecem futuras expectativas e ações operacionais, administrativas e financeiras, visando conduzir a organização aos objetivos traçados pelos acionistas, com ações definidas pelo planejamento estratégico e dentro das limitações impostas pela realidade de mercado. Conceitos fundamentais: • Origem nos objetivos da empresa (e dos acionistas) • Consideração extensiva a fatores externos, macro e microeconômicos • Responsabilidade e envolvimento de toda a organização • Instrumento de gestão ELABORAÇÃO ==> ACOMPANHAMENTO ==> AJUSTE / REVISÃO DEMONSTRATIVO DE “FLUXO DE CAIXA” Demonstrativo que resume os valores de entradas e saídas de recursos monetários de um empreendimento, de uma atividade ou projeto, em determinado período de tempo. Reflete a capacidade de geração de recursos monetários do projeto ou da empresa, bem como a necessidade de recursos em determinado período. Ferramentas de gestão financeira 13 Material preparado e de responsabilidade dos professores J. P. Rossetti / A. Andrade Material elaborado para utilização exclusiva nos cursos do IBGC. Sistema de informações gerenciais Balanços – Lucros e perdas Auditoria (Interna e Externa) Ferramentas de gestão financeira (2) 14 Material preparado e de responsabilidade dos professores J. P. Rossetti / A. Andrade Material elaborado para utilização exclusiva nos cursos do IBGC. AVALIAÇÃO DE PERFORMANCE Deve ser a comparação desta com os objetivos e metas estabelecidos, bem como com o comportamento do mercado e da concorrência (“Beyond Budgeting”) INDICADORES • CAPACIDADE DE SALDAR DÍVIDAS (LIQUIDEZ) Moratória • COBERTURA DE CAPITAL DE TERCEIROS (SOLVÊNCIA) Falência • GERAÇÃO OPERACIONAL DE CAIXA (“EBITDA”) • RETORNO AOS ACIONISTAS - Retorno sobre Patrimônio Líquido (ROE) ROE = LL / PTLQ = função da “lucratividade”, da “atividade” e “estrutura de capital” - Valor Econômico Agregado (“EVA”) Valor adicionado por investimentos que geram retornos superiores ao custo do capital investido EVA = (r – c ) x Capital empregado BALANCED SCORE CARD (“BSC”) Estabelecimento de metas e medidas de desempenho, financeiras e não-financeiras, nas dimensões relativas a “Clientes”, “Processos”, “Aprendizado e Crescimento” e “Finanças” BEYOND BUDGETING Sistema de gestão e avaliação que abandona o tradicional procedimento de orçamentação e comparação de performance com o orçamento e utiliza objetivos e metas gerais estabelecidas em relação ao mercado e à concorrência DECISÕES EMPRESARIAIS REQUEREM BOM SENSO, RACIOCÍNIO, LÓGICA PROSPECTIVA, EM ADIÇÃO A FÓRMULAS EXCLUSIVAMENTE MATEMÁTICAS DECISÕES EMPRESARIAIS E FINANCEIRAS REQUEREM JULGAMENTO PESSOAS SÓ O FUTURO DIRÁ SE ESTIVEMOS CERTOS (“Técnico X Comentarista esportivo”) Ferramentas de gestão financeira (3) 15 Material preparado e de responsabilidade dos professores J. P. Rossetti / A. Andrade Material elaborado para utilização exclusiva nos cursos do IBGC. Decisões de investimentos envolvem a alocação de um recurso SEMPRE escasso: CAPITAL. Portanto, existe a necessidade de optarmos pelos melhores investimentos. INVESTIMENTOS DEVEM TER EM MENTE AUMENTAR RESULTADOS • Reduzir custos • Aumentar receitas REDUZIR RISCOS AUMENTAR O VALOR DA EMPRESA ALTERNATIVAS DE ALOCAÇÃO DE CAPITAL AUMENTAR ATIVOS - Estoques - Duplicatas (Prazo de venda) - Ativos fixos - Aplicações financeiras, etc REDUZIR PASSIVOS - Liquidar empréstimos - Recomprar ações OPTAR ENTRE INVESTIMENTOS É TAREFA GERALMENTE DIFÍCIL, POIS PRECISAMOS COMPARAR RESULTADOS DE PROJETOS QUE DIFEREM NO VOLUME DE INVESTIMENTOS, TEMPO DE RETORNO (OU MATURAÇÃO), TEMPO DE VIDA, GRAU DE CERTEZA DOS RETORNOS (i.e., RISCO) E IMPORTÂNCIA ESTRATÉGICA PARA A COMPANHIA CUSTO X BENEFÍCIO Métodos de “timing” do retorno: • “Payback descontado” • “Valor Presente Líquido” (NPV) • “Taxa Interna de Retorno” (IRR ou TIR) Decisões de alocação do capital 16 Material preparado e de responsabilidade dos professores J. P. Rossetti / A. Andrade Material elaborado para utilização exclusiva nos cursos do IBGC. CAPITAL DE GIRO AVALIAÇÃO DE NECESSIDADES, USOS E FONTES AS CONTAS CRÍTICAS MÁ GESTÃO GERA ENDIVIDAMENTO E CUSTOS CERTEZA DOS PAGAMENTOS E PROBABILIDADE DOS RECEBIMENTOS A CARÊNCIA DE CAPITAL DE GIRO SIGNIFICA A MORTE DA EMPRESA MODERNAMENTE É MAIS IMPORTANTE DO QUE O INVESTIMENTO FIXO INVESTIMENTO FIXO AVALIAÇÃO DE CUSTOS x BENEFÍCIOS ANÁLISE DE CUSTOS, BENEFÍCIOS E DE SEU EFEITO LÍQUIDO ANÁLISE DO FLUXO DE RECURSOS ESCOLHA DO MÉTODO DE DECISÃO CRIAÇÃO DE VALOR: > RETORNO OU < RISCO Capital de giro e investimentos 17 Material preparado e de responsabilidade dos professores J. P. Rossetti / A. Andrade Material elaborado para utilização exclusiva nos cursos do IBGC. REDUÇÃO DE ATIVOS RESGATE DE APLICAÇÕES CESSÃO DE CRÉDITOS REDUÇÃO DE ESTOQUES REDUÇÃO DE PRAZOS DE VENDA VENDA DE PARTICIPAÇÕES / INVESTIMENTOS VENDA DE IMOBILIZADO “SALE-AND-LEASE-BACK” GERAÇÃO DE RESULTADOS AUMENTO DE PASSIVOS CRÉDITO DE FORNECEDORES ADIANTAMENTO DE CLIENTES EMPRÉSTIMOS ADIANTAMENTO DE CONTRATOS LEASING DEBÊNTURES AUMENTO DE CAPITAL (Lançamento de Ações) FO N TE S IN TE R N A S FO N TE S EX TE R N A S INFLUÊNCIAS DA INTERNACIONALIZAÇÃO DOS MERCADOS MAIOR ACESSO A CRÉDITO E CAPITAL CONCORRÊNCIA COM OUTROS TOMADORES EXIGÊNCIAS DE QUALIDADE, GOVERNANÇA E CONSIDERAÇÕES DE RISCO (empresa e país) Decisões de fontes de capital 18 Material preparado e de responsabilidade dos professores J. P. Rossetti / A. Andrade Material elaborado para utilização exclusiva nos cursos do IBGC. CUSTO DE CAPITAL (k) É O RETORNO EXIGIDO / COBRADO PELOS SUPRIDORES DE CAPITAL DAS EMPRESAS, I.E., POR ACIONISTAS, INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS E OUTROS CREDORES. O CUSTO DE CAPITAL (k) É UMA VARIÁVEL PROSPECTIVA, OU SEJA, LIGADA A AÇÕES FUTURAS. (Decisões de investimentos, de fontes de recursos e de estrutura decapital são tomadas com base no custo de capital dos NOVOS recursos a serem captados e não dos que foram captados no passado). CUSTO DE CAPITAL é derivado do RETORNO EXIGIDO pelos supridores de recursos Acionistas = taxa de risco zero + inflação + prêmio de risco Financiadores = taxa de captação + lucro + inflação + prêmio de risco Importante: Não confundir “risco dos supridores de capital” (i.e. “risco de retorno do capital empregado”), que difere para cada supridor, com “risco da empresa” (i.e. ramo, porte, localização, etc), que é igual para todos Nos países desenvolvidos, com menores taxas de juro e menores cargas tributárias, este risco é MAIOR para os acionistas, já que financiadores, ao possuirem algum tipo de garantia, estão mais “seguros” do que os acionistas. Portanto, o “prêmio de risco” cobrado por acionistas deve ser MAIOR do que o cobrado por financiadores. Isto pode fazer com que o custo de capital de recursos próprios seja MAIOR do que o de capital de terceiros. Nos países em desenvolvimento, como o Brasil, o custo do capital de terceiros tende a ser maior. Custo de capital 19 Material preparado e de responsabilidade dos professores J. P. Rossetti / A. Andrade Material elaborado para utilização exclusiva nos cursos do IBGC. ESTRUTURA DE CAPITAL = COMPOSIÇÃO ENTRE RECURSOS PRÓPRIOS E DE TERCEIRO OBJETIVO: Maximizar o valor da empresa para os acionistas QUAL A ALAVANCAGEM MÁXIMA ? “A ESTRUTURA ÓTIMA DE CAPITAL É AQUELA QUE - MAXIMIZA O VALOR DA EMPRESA PARA OS ACIONISTAS e - A PARTIR DA QUAL O CUSTO DE CAPITAL SOBE” ou também definida como aquela que - AUMENTA A GERAÇÃO POSITIVA DE CAIXA E/OU - REDUZ OS SEUS RISCOS CONSIDERAR RISCOS E RETORNOS: NÃO EXISTE FÓRMULA PRONTA BOM ROTEIRO PARA ANÁLISE: PROCESSO “RILCHE” RIsco aos financiadores Lucro por ação Controle Hedging / Especulação Estrutura de capital 20 Material preparado e de responsabilidade dos professores J. P. Rossetti / A. Andrade Material elaborado para utilização exclusiva nos cursos do IBGC. RIsco aos financiadores A capacidade de débito é estabelecida pelo montante que pode ser coberto pela geração de recursos da empresa Cobertura por caixa: LAJIR + DEPRECIAÇÃO - ( CAGIR + INVESTs.FIXOS) JUROS + PRINCIPAL Lucro por ação Avaliar impacto da estrutura de capital sobre o LPA (Lucro por Ação) Controle Avaliar possibilidade de perda de controle acionário ou de gestão, por diluição de capital decorrente da emissão de novas ações garantias / proteções (“covenants”) impostos pelos financiadores aos acionistas ou gestores Hedging / Especulação Levando em consideração - nível das taxas de juros - nível (comportamento) do mercado acionário - o preço das ações da companhia - a qualidade (classificação) da empresa como risco de crédito decidir tres aspectos: a) uso de financiamento de curto X longo prazo b) origem e tipo dos recursos c) a seqüência das fontes de recursos, i.e., o que utilizar primeiro “DECISÃO SOBRE ESTRUTURA DE CAPITAL E AS CONSIDERAÇÕES DA ANÁLISE “RILCHE” PRECISAM SER FEITAS À LUZ DA ESTRATÉGIA CORPORATIVA E DA FILOSOFIA E POLÍTICA DOS ACIONISTAS” Estrutura de capital (2) 21 Material preparado e de responsabilidade dos professores J. P. Rossetti / A. Andrade Material elaborado para utilização exclusiva nos cursos do IBGC. ATIVO Capital 200 200 200 PASSIVO A ATIVO Empréstimo 75 Capital 125 200 200 PASSIVO B ATIVO Empréstimo 150 Capital 50 200 200 PASSIVO C Estrutura de capital versus LPA 22 Material preparado e de responsabilidade dos professores J. P. Rossetti / A. Andrade Material elaborado para utilização exclusiva nos cursos do IBGC. A FRACO MÉDIO BOM ÓTIMO VENDAS 100 150 200 250 L. OPER. 30 50 60 75 DESP. FIN. 0 0 0 0 LUCRO 30 50 60 75 IR 15 25 30 37,5 L. LÍQ. 15 25 30 37,5 LPA 0,08 0,13 0,15 0,19 B FRACO MÉDIO BOM ÓTIMO VENDAS 100 150 200 250 L. OPER. 30 50 60 75 DESP. FIN. 18,75 18,75 18,75 18,75 LUCRO 11,25 31,25 41,25 56,25 IR 5,63 15,63 20,63 28,13 L. LÍQ. 5,63 15,63 20,63 28,13 LPA 0,05 0,13 0,17 0,23 C FRACO MÉDIO BOM ÓTIMO VENDAS 100 150 200 250 L. OPER. 30 50 60 75 DESP. FIN. 31,25 31,25 31,25 31,25 LUCRO -1,25 18,75 28,75 43,75 IR 0,63 9,38 14,38 21,88 L. LÍQ. -0,63 9,38 14,38 21,88 LPA -0,01 0,13 0,19 0,29 Estrutura de capital versus LPA (2) 23 Material preparado e de responsabilidade dos professores J. P. Rossetti / A. Andrade Material elaborado para utilização exclusiva nos cursos do IBGC. Estrutura de Capital x LPA -0,05 0,00 0,05 0,10 0,15 0,20 0,25 0,30 0,35 Vendas LPA LPA A 0,08 0,13 0,15 0,19 LPA B 0,05 0,13 0,17 0,23 LPA C -0,01 0,13 0,19 0,29 100 150 200 250 A B C Estrutura de capital versus LPA (3) 24 Material preparado e de responsabilidade dos professores J. P. Rossetti / A. Andrade Material elaborado para utilização exclusiva nos cursos do IBGC. DILUIÇÃO DO CONTROLE ACIONÁRIO: LÓGICA E TENDÊNCIA • Menor geração interna de recursos, por menores margens de lucro. • Maiores necessidade de recursos (tecnologia, concorrência, mercado, etc). • Menores margens e maior concorrência Limite da capacidade de repassar custos aos preços de venda, incluindo despesas financeiras. • Portanto, limitação de recorrer a recursos de terceiros. • Assim, crescente necessidade de recursos dos acionistas. • Como normalmente os atuais acionistas tem limitações financeiras para acompanhar aumentos de capital.... • resta a imposição crescente de buscar novos acionistas, o que significa, entre outros aspectos, diluir participação acionária, partilhar o poder e dividir os lucros, fatos que nem todos estão preparados a encarar. CONSIDERAÇÕES SOCIETÁRIAS: ESTRATÉGIA X LIMITAÇÕES FINANCEIRAS X CULTURA O atual e grande dilema societário 25 Material preparado e de responsabilidade dos professores J. P. Rossetti / A. Andrade Material elaborado para utilização exclusiva nos cursos do IBGC. • REMUNERAÇÃO DO CAPITAL DOS ACIONISTAS • DECORRENTE DO LUCRO GERADO PELO NEGÓCIO • OPÇÃO DE RETER OU DISTRIBUIR • BASE TEÓRICA DE DECISÃO: Retorno aos acionistas e Valor da Companhia • OUTRAS CONSIDERAÇÕES INTERNAS - Objetivos dos acionistas - Planejamento Estratégico - Necessidades e Planos de Investimento - Estrutura e Fontes de Capital - Questões Operacionais e de Risco - O conflito entre executivos e acionistas - Pagamento + chamada de capital • OUTRAS CONSIDERAÇÕES EXTERNAS - Legislação societária e tributária - Payout X Yield - Percepção dos financiadores - Percepção dos investidores influência no preço da ação CONFLITOS NA DECISÃO SOBRE DIVIDENDOS • Na empresa pequena conflito individual entre expansão e consumo • Na empresa familiar mesmo conflito, entre maior número de pessoas • Na sociedade aberta conflitos entre grupos de acionistas e entre acionistas X executivos CONCLUSÃO: BUSCAR O EQUILÍBRIO, FOCADO NA VALORIZAÇÃO E PRESERVAÇÃO DA COMPANHIA DECISÃO DE ESTRATÉGIA FINANCEIRA Considerações sobre dividendos 26 Material preparado e de responsabilidade dos professores J. P. Rossetti / A. Andrade Material elaborado para utilização exclusiva nos cursos do IBGC. COMO AVALIAR UMA EMPRESA ? CIA ABERTA / AÇÕES NEGOCIADAS EM BOLSA * Preço em Bolsa / Market Capitalization CIA FECHADA / SEM NEGOCIAÇÃO * Diversos métodos MÉTODOS: PATRIMÔNIO LÍQUIDO CONTÁBIL PATRIMÔNIO LÍQUIDO AJUSTADO PAY BACK PAY BACK AJUSTADO VALOR DE REPOSIÇÃO FLUXO DE CAIXA DESCONTADO(= GERAÇÃO DE RESULTADOS) MÚLTIPLO DE LUCROS (ÍNDICE P / L) VALOR DE LIQUIDAÇÃO QUAL O MELHOR ? QUAL O MAIS USADO ? CONFLITOS ENTRE AS PARTES A QUESTÃO DO VALOR DA MARCA / DO FUNDO DE COMÉRCIO COMO AUMENTAR O VALOR ? PERCEPÇÃO FATORES: > RENTABILIDADE + Receitas / - Custos / + Eficiência < RISCO + Capital / - K / + Fluxo de Caixa MELHOR GESTÃO / TECNOLOGIA / PODER Valoração da empresa 27 Material preparado e de responsabilidade dos professores J. P. Rossetti / A. Andrade Material elaborado para utilização exclusiva nos cursos do IBGC. MOVIMENTO MUNDIAL CRESCENTE ENVOLVE ALTA COMPLEXIDADE TIPOS PRINCIPAIS DE NEGÓCIOS OBJETOS DE TRANSAÇÃO (itens passíveis de serem incluidos ou excluidos da transação) RAZÕES PARA COMPRA • Vantagens operacionais / economias de escala / reduções de custo • Aquisição de tecnologia • Crescimento de market share • Diversificação de produtos / mercados • Aumento de poder de barganha / capacidade de compra • Sinergia na fabricação ou comercialização • Eliminação de concorrência • Aproveitamento de prejuízos fiscais (=planejamento tributário) • Garantia de suprimento • Aquisição de capacidade operacional / gerencial, ETC RAZÕES PARA VENDA • Falta de capital / problemas financeiros • Falta de sucessão / de motivação • Disputa entre sócios • Obrigação de relocalização / de investimentos • Perda de capacidade competitiva ( por tecnologia, obsolescência, localização, gestão, etc) • Razões estratégicas / foco, ETC ESTRATÉGIA Compra, venda e associação de empresas 28 Material preparado e de responsabilidade dos professores J. P. Rossetti / A. Andrade Material elaborado para utilização exclusiva nos cursos do IBGC. OBSTÁCULOS AO FECHAMENTO DAS TRANSAÇÕES CONFLITOS DE POSICIONAMENTO DIVERGÊNCIAS DE INTENÇÕES OBJETIVOS MOTIVAÇÕES DIFERENÇAS DE PRESSÃO Efeitos não quantitativos: TIMING emoções / irracionalidade FLEXIBILIDADE PREÇO QUESTÕES JURÍDICAS CONTRATO GARANTIAS NECESSIDADE DE APROVAÇÃO DE ACIONISTAS DIREITO DE DISSIDÊNCIA DE MINORITÁRIO LEGISLAÇÃO (CADE, ETC) DIMENSIONAMENTO E TRATAMENTO DE RISCOS (Trabalhistas, fiscais, ambientais, etc DIREITO INTERNACIONAL FORMAS E FONTES DE PAGAMENTO MAIOR DIFICULDADE: ACORDO DE VALOR Compra, venda e associação de empresas (2) 29 Material preparado e de responsabilidade dos professores J. P. Rossetti / A. Andrade Material elaborado para utilização exclusiva nos cursos do IBGC. DIFICULDADES POSTERIORES À TRANSAÇÃO • INTEGRAÇÃO DE CULTURAS E PROCESSOS • ENTROSAMENTO / ADAPTAÇÃO DE PESSOAS • PREPOTÊNCIA DO ADQUIRENTE / DO MAIOR • SUBMISSÃO / DESAJUSTE DO ADQUIRIDO / DO MENOR OUTRAS QUESTÕES • AUDITORIA OU NÃO ? QUANDO ? • TRATAMENTO DE OPERAÇÕES NÃO OFICIAIS • CONCORDATÁRIAS / FALIDAS PODEM SER UM BOM NEGÓCIO Vantagens: - passivo conhecido - débitos alongados - fragilidade dos credores Desvantagens: - trabalho - negociações - imagem - “sprit de corp” da empresa-problema Compra, venda e associação de empresas (3) 30 Material preparado e de responsabilidade dos professores J. P. Rossetti / A. Andrade Material elaborado para utilização exclusiva nos cursos do IBGC. ASPECTOS RELEVANTES • NÃO TENTE AGIR SOZINHO: UTILIZE INTERMEDIÁRIO E SUPORTE (CAPAZ e EXPERIENTE) (mínimo) - estrategista / negociador - advogado - fiscalista • CONHECER O NEGÓCIO, NÃO SIGNIFICA SABER NEGOCIAR • INDIVIDUALIDADE DE CADA OPERAÇÃO: ESTRATÉGIA ESPECÍFICA • SIGILO ABSOLUTO (Salvo em ocasiões especiais) • ANALISE SE A TRANSAÇÃO FAZ PARTE DA ESTRATÉGIA EMPRESARIAL COM OBJETIVO DE - Aumentar o valor do patrimônio dos acionistas - Aumentar a competitividade e os resultados Criar valor - Diminuir os riscos • ESTEJA PREPARADO PARA LONGA MATURAÇÃO Compra, venda e associação de empresas (4) 31 Material preparado e de responsabilidade dos professores J. P. Rossetti / A. Andrade Material elaborado para utilização exclusiva nos cursos do IBGC. 1. O QUE SÃO DECISÕES FINANCEIRAS ? 2. QUAIS SÃO AS DECISÕES FINANCEIRAS ? 3. QUEM É RESPONSÁVEL POR DECISÕES FINANCEIRAS ? 4. “FINANÇAS” É UMA QUESTÃO UNI-PESSOAL / UNI-DEPARTAMENTAL ? 1. TODAS AS DECISÕES EMPRESARIAIS TEM IMPLICAÇÕES FINANCEIRAS 2. TODAS AS ÁREAS DE GESTÃO DEVEM PREOCUPAR-SE COM OS ASPECTOS FINANCEIROS INERENTES 3. A FUNÇÃO FINANCEIRA (=RESPONSABILIDADE) É CORPORATIVA 4. IMPORTÂNCIA DA CONSIDERAÇÃO FINANCEIRA: A FALÊNCIA SE MATERIALIZA SEMPRE POR CARÊNCIA DE CAIXA Definição e amplitude da função financeira 32 Material preparado e de responsabilidade dos professores J. P. Rossetti / A. Andrade Material elaborado para utilização exclusiva nos cursos do IBGC. DECISÕES DE FINANÇAS CORPORATIVAS ENVOLVEM CONSIDERAÇÕES REFERENTES A TODOS OS ATIVOS DA ORGANIZAÇÃO, AVALIAÇÃO DE TODAS AS POSSÍVEIS FONTES DE RECURSOS, A GESTÃO DE TODA A SUA OPERACIONALIDADE INDUSTRIAL, COMERCIAL E LOGÍSTICA, TUDO FEITO À LUZ DA DEFINIÇÃO ESTRATÉGICA DE RUMO TRAÇADA PELOS ACIONISTAS E LEVANDO EM CONSIDERAÇÃO A DINÂMICA MUNDIAL QUE NOS IMPÕE UM CONSTANTE ESTADO DE VIGILÂNCIA, MUDANÇA E FLEXIBILIDADE. NESSE SENTIDO, CRESCE INTERNACIONALMENTE A IMPORTÂNCIA DA DA GOVERNANÇA CORPORATIVA E SUAS BOAS PRÁTICAS PARA • A GESTÃO DAS EMPRESAS • O PROCESSO DECISÓRIO • A ADAPTAÇÃO ÀS MUDANÇAS • ACOMPANHAMENTO DAS TENDÊNCIAS • PERPETUAÇÃO DA COMPANHIA • A CAPTAÇÃO DE RECURSOS (CRÉDITO E SÓCIOS) Conclusão 33
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