Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
AN02FREV001/REV 4.0 32 PROGRAMA DE EDUCAÇÃO CONTINUADA A DISTÂNCIA Portal Educação CURSO DE GESTÃO DE OBRAS Aluno: EaD - Educação a DistânciaPortal Educação AN02FREV001/REV 4.0 33 CURSO DE GESTÃO DE OBRAS MÓDULO II Atenção: O material deste módulo está disponível apenas como parâmetro de estudos para este Programa de Educação Continuada. É proibida qualquer forma de comercialização ou distribuição do mesmo sem a autorização expressa do Portal Educação. Os créditos do conteúdo aqui contido são dados aos seus respectivos autores descritos nas Referências Bibliográficas. AN02FREV001/REV 4.0 34 MÓDULO II 6 CANTEIRO DE OBRAS Um canteiro de obras necessita estar executado com as devidas instalações de forma planejada, possibilitando coordenar e organizar a produção dos diversos trabalhos conforme as indicações definidas em projeto. Sua definição segundo a NR-18 Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção (Norma Regulamentadora) canteiro de obras é a área de trabalho fixa e temporária, onde se desenvolvem operações de apoio e execução de uma obra. Essa norma tem a função de normatizar procedimentos e foi elaborada em conjunto com construtoras, órgãos profissionais e trabalhadores, para estabelecer diretrizes e exigências diversas, esse inter-relacionamento e fluxo de recursos visa evitar desperdícios de materiais, mão de obra, tempo, defeitos e de equipamentos dadas a sua relação direta com a produtividade e qualidade durante a execução da obra, além disso, deve ser de forma econômica com flexibilidade de modo a aperfeiçoar o espaço disponível. AN02FREV001/REV 4.0 35 FIGURA 20 - CANTEIRO DE OBRAS DE UM ESTÁDIO DE FUTEBOL FONTE: Disponível em: <http://www.leiaja.com/esportes/2012/publico-visita-canteiro-de-obras-do- maracana> Acesso em: 20 jan. 2013. 7 ASPECTOS A SEREM CONSIDERADOS NA IMPLANTAÇÃO O planejamento logístico orienta na execução dos trabalhos e no fluxo de materiais, sendo seu objetivo principal, minimizar os percursos dos transportes mais volumosos e frequentes dentro do canteiro de obras. Apesar do caráter relativamente provisório do canteiro de obras, é fundamental que o dimensionamento e a distribuição das suas instalações e equipamentos sejam planejados adequadamente, para que os trabalhos possam ser executados de forma contínua. O planejamento insuficiente do canteiro provoca frequentemente custos adicionais que podem ser evitados; estes custos ocorrem geralmente devido à implantação de recursos operacionais mal dimensionados ou inadequados, ou pela necessidade de correções onerosas no decorrer da obra (GEHBAUER, 2002). As instalações de um canteiro de obras dependem principalmente dos seguintes fatores: AN02FREV001/REV 4.0 36 • Condições do local da obra: possibilidades de abastecimento, área disponível, possibilidades de acesso; • Tipo e tamanho da obra: volume total e tipo dos insumos a serem usados na construção; • Métodos de produção: produção em sequência, simultânea ou cadenciadas; • Técnicas de transporte: dimensões e pesos dos materiais a serem transportados; • Tempo de construção e planejamento da execução da obra: distribuição no tempo dos transportes maiores; • Recursos operacionais disponíveis: número de trabalhadores, máquinas e equipamentos; 8 INSTALAÇÕES DE INFRAESTRUTURA As instalações de infraestrutura podem ser consideradas como os pressupostos básicos para um desenvolvimento adequado de uma obra. A consideração dos aspectos de qualidade e eficiência no planejamento das instalações é preponderante na infraestrutura, e devem estar presentes em todos os canteiros de obras. 8.1 ÁREAS DE VIVÊNCIA a) Escritórios de obra: Devem ser colocadas à disposição dos funcionários administrativos de uma obra, dentre os quais se incluem o gerente, o mestre e o supervisor, salas de escritório e espaços onde possam ser realizadas reuniões. AN02FREV001/REV 4.0 37 Para as reuniões, tanto pode ser colocada à disposição uma sala própria, como pode ser usado o escritório do gerente da obra, desde que seja dimensionado de forma adequada para este fim. Normalmente as salas do pessoal administrativo devem estar dispostas nas laterais do canteiro, de preferência próximas ao acesso da obra. FIGURA 21 - EXEMPLO DE ESCRITÓRIO DE OBRA FONTE: Disponível em: <http://www.sulbrasil.eng.br/hp/planejamento/implantacao.php>. Acesso em: 20 jan. 2013. b) Local para refeições: Independentemente do número de trabalhadores, todo canteiro de obras deve possuir um local adequado, onde os trabalhadores possam fazer suas refeições e encontrar abrigo em períodos de chuva. Esses alojamentos devem ter de preferência um piso de concreto ou outro material lavável, e conter, além de mesas e cadeiras, equipamentos de cozinha. AN02FREV001/REV 4.0 38 O local deve ter capacidade para atender a todos os trabalhadores no horário das refeições (considera-se em média a metragem de 1,25 m2 por trabalhador). c) Vestiários; Todo canteiro de obras deve possuir um vestiário, localizado de preferência próximo à entrada da obra, que deve estar provido de armários individuais dotados de fechaduras e cabides. d) Instalações sanitárias: As instalações sanitárias são componentes básicos e essenciais de um canteiro de obras. Elas devem ser equipadas com vasos sanitários, mictórios, lavatórios e chuveiros. Para este fim, além dos barracos normalmente utilizados, podem-se instalar banheiros químicos completamente equipados. FIGURA 22 - EXEMPLO DE BANHEIRO QUÍMICO UTILIZADO EM OBRAS FONTE: Disponível em: <http://www.dutramaquinas.com.br/view/img/produto/alta/32596_banheiro_quimico_de_2_20_x_1_10 _x_1_15_m_capacidade_de_220_litros_standart.jpg> Acesso em: 21 jan. 2013. AN02FREV001/REV 4.0 39 As normas de condições de trabalho (NR-18) fornecem os seguintes parâmetros para o dimensionamento das instalações sanitárias segundo o número de trabalhadores: • Um conjunto composto de lavatório, vaso sanitário e mictório para cada grupo de 20 trabalhadores ou fração; • Um chuveiro para cada grupo de 10 trabalhadores ou fração. 8.2 ARMAZENAMENTO E ESTOCAGEM DE MATERIAIS a) Almoxarifado: O almoxarifado serve para guardar ferramentas e equipamentos, bem como armazenar materiais que serão usados durante a construção. Como alguns materiais são sensíveis ao tempo, deve-se garantir a estanqueidade do local de armazenagem. Ele deve possuir, também, uma boa iluminação e ter um dimensionamento proporcional ao volume da obra. Devido à utilização múltipla do almoxarifado, ele deve ser instalado em local de fácil acesso e, se possível, próximo ao centro do canteiro. De acordo com o tamanho da obra e espaço disponível, pode ser mais viável economicamente o uso de containers metálicos para todas as instalações citadas (escritórios, refeitórios, vestiários, instalações sanitárias). Na análise de viabilidade dessa solução, entram em consideração a rapidez de montagem e desmontagem do canteiro e o tempo de disponibilidade dessas instalaçõesna obra. AN02FREV001/REV 4.0 40 FIGURA 23 - EXEMPLO DE CONTAINER DE OBRA FONTE: Disponível em: <http://www.banmaq.com.br/imagens/conteudo/container1.jpg> Acesso em: 21 jan. 2013. b) Galpões para depósito: Os galpões usados como depósito para os materiais de construção como tijolos, massas ou ferragem de armação devem ser dimensionados adequadamente durante o planejamento da obra. Esse dimensionamento deve considerar principalmente a estocagem das barras de aço para armadura, possibilitando uma boa variedade de barras com diâmetro, comprimento e formas diferentes, no caso de barras já dobradas. A base deve ser plana e firme, para poder estocar o material com segurança. Se necessário, a base de estocagem pode ser melhorada colocando-se madeira ou outros materiais adequados sobre o piso. AN02FREV001/REV 4.0 41 8.3 CENTRAL DE CARPINTARIA A fabricação ou pré-montagem de formas no canteiro de obras requer a instalação de uma central de carpintaria cuja localização deve ser escolhida de modo a facilitar o fluxo do material. A pilha de tábuas e vigotes, por exemplo, deve estar localizada junto ao acesso da obra, e as serras, assim como a mesa de trabalho, posicionadas de modo que as peças de madeira possam ser retiradas da pilha longitudinalmente e posicionadas para o corte sem mudar de direção. A pré-montagem das fôrmas reduz o tempo necessário para a montagem no local de concretagem; no entanto, deve ser considerada nestes casos, a necessidade de um equipamento adequado para o transporte desses elementos, como por exemplo, a grua. Independentemente da fabricação, ou não, das fôrmas no próprio canteiro, a instalação de uma serra circular é indispensável. 8.4 FORNECIMENTO DE ÁGUA A água é necessária para muitos fins na obra. Ela é usada, por exemplo, no preparo de misturas como concreto e argamassas e, também, na limpeza de equipamentos e veículos. Além disso, o funcionamento das instalações sanitárias depende de um dimensionamento adequado do abastecimento de água. A água para beber deve ser colocada à disposição em forma de bebedouros com água potável. Recomenda-se que o projetista de instalações hidráulicas contratado desenvolva também um projeto para o abastecimento das instalações do canteiro de obras. A demanda de água de uma obra pode ser determinada com o auxílio de valores de referência tabelados para os diferentes usos (ROSENHEINRICH, 1981). AN02FREV001/REV 4.0 42 TABELA DE REFERÊNCIA PARA A DETERMINAÇÃO DA DEMANDA DE ÁGUA Uso Demanda Água para beber e higiene 20 – 30 l / homem / dia Água para preparação de argamassa 200 – 250 l/m3 Água para preparação de concreto 100 – 200 l/m3 Água para o tratamento posterior do concreto 30 l/m3 Outros fins de pequena demanda adicional: 20 – 25% FONTE: (ROSENHEINRICH, 1981). 8.5 ESGOTO DA OBRA Para áreas localizadas em centros urbanos, o escoamento do esgoto de obra na rede pública não é apenas a solução mais econômica e higiênica, mas também, frequentemente, a única solução. Nesses casos deve-se observar que o esgoto esteja livre de componentes tóxicos não permitidos pelos órgãos públicos de saneamento. As normas e leis que determinam o procedimento adequado, com relação ao esgoto de uma obra, variam de acordo com a sua localização, e por isso devem ser esclarecidas com a devida antecedência. Caso necessário, deve ser providenciada a permissão do órgão competente para o escoamento do esgoto na rede pública. 8.6 INSTALAÇÕES ELÉTRICAS Para o planejamento do abastecimento de energia elétrica de uma obra, deve ser determinado com antecedência onde deverão existir os pontos de energia AN02FREV001/REV 4.0 43 e qual será a demanda necessária para, na sequência, ser planejada a rede de distribuição de energia. O cálculo da demanda de energia elétrica de uma obra permite que seja feita uma comparação desta demanda com a demanda definitiva do edifício, ponderando- se assim sobre a possibilidade de eliminar a entrada de serviço provisória e fazer uma entrada definitiva que posteriormente atenderá também ao edifício em uso. Demanda máxima provável de um edifício Potência total instalada – 692.230 W Iluminação a= 69.690 W (1) 10.000 W (100% - 10kW) Tomada simples b= 69.100 W (2) 38.500 W (35% . 110kW) Tomada de uso específico c= 300.200 W (3) 79.748 W (25% - restante) Chuveiro 123.200 W 25 % 30.800 W Lareira elétrica 42.000 W 65 % 27.300 W Reserva 43.200 W 20 % 8.640 W Elevadores 28.320 W 100 % 28.320 W Bomba de recalque 10.120 W 50 % 5.060 W Bomba de recalque 6.400 W 100 % 6.400 W Total = 692.230 W 234.768 W : 1,60 146.730 W Demanda de 146.730 kVA (386,13A). Considerando o fator de potência, a corrente de partida dos motores e o fator diversidade em 1,60, justifica-se o limitador termomagnético tripolar de 400A. (1) Sugestão de norma para a estimativa de demanda com iluminação (100% de 10kW) (2) Sugestão de norma para a estimativa de demanda com tomadas simples (35% de 110kW) (3) 25% de (a+b+c – 120 kW) Demanda de energia elétrica estimada para um edificio, Fonte: (GEHBAUER, 2002). As vantagens em realizar o cálculo da demanda de energia elétrica são: eliminar o custo do reforço de rede da concessionária, ter um abastecimento seguro e não ter que esperar o prazo de ligação da entrada de serviço. AN02FREV001/REV 4.0 44 Deve-se considerar também que as instalações do canteiro de obras estão sujeitas a condições especiais como umidade, impactos e radiação solar, que implicam em medidas especiais de segurança, como eletrodutos resistentes a estas influências. Deve-se garantir ao trabalhador segurança e fácil acesso às instalações. Equipamentos seguros e que podem ser reutilizados em outras obras, devem ter prioridade sobre as ligações temporárias e de pouca segurança. Demanda máxima provável de um canteiro de obras para a construção de um edifício Potência total instalada – 142.860 W Betoneira de 580 litros 7.380 W 100% 7.380 W Bomba auto-escorvante 3.440 W 100% 3.440 W Bomba mangote 3.920 W 100% 3.920 W Bomba submersa 2.400 W 100% 2.400 W Elevador de carga 3.800 W 100% 3.800 W Furadeira martelete 1.100 W 100% 1.100 W Furadeira simples 1.260 W 100% 1.260 W Grua 38.000 W 100% 38.000 W Máquina de cortar ferro 2.200 W 100% 2.200 W Máquina de dobrar ferro 2.200 W 100% 2.200 W Máquina de solda 5.500 W 100% 5.500 W Máquina de cortar parede 660 W 100% 660 W Serra circular de mesa 3.200 W 100% 3.200 W Plaina elétrica de mesa 750 W 100% 750 W Silo de argamassa 39.900 W 100% 39.900 W Chuveiro 21.600 W 100% 21.600 W Serra circular para madeira 3.000 W 100% 3.000 W Serra circular para mármore 2.550 W 100% 2.550 W Total= 142.860 W 142.860 W x 60% 85.716 W Demanda de 85.716 kVA (225,57 A). Considerando o fator de potência e a corrente de partida dos motores, justifica-se o limitador termomagnético tripolar de 250 A. Para a estimativa de demanda, admite-se 60% dos equipamentos funcionando ao mesmo tempo. Demanda de energia elétrica estimada para o canteiro de obras para a construção de um edifício, FONTE: (GEHBAUER, 2002). AN02FREV001/REV4.0 45 FIGURA 24 - EXEMPLO DE QUADRO DE DISTRIBUIÇÃO DE ENERGIA EM OBRA DE CONSTRUÇÃO CIVIL FONTE: Disponível em: <http://blog.mte.gov.br/?p=7062>. Acesso em: 19 jan. 2013. 8.7 CAMINHOS PARA VEÍCULOS E PEDESTRES DENTRO DO CANTEIRO Na definição dos caminhos entre os diversos pontos do canteiro de obras, deve-se, por motivo de segurança, tentar fazer a separação de caminhos para veículos e para pedestres, mesmo que, na prática, isso não seja completamente possível (MEYRAN, 1973). O ideal é que os caminhos para veículos sejam planejados de forma que possam andar em uma direção (mão única). Deve ser evitado que eles se desloquem de ré, pois isto favorece a ocorrência de acidentes mesmo com a utilização de sinalização. Além disso, os veículos recém-chegados precisam esperar até que a pista esteja livre para continuarem seus trajetos. AN02FREV001/REV 4.0 46 O traçado das ruas dentro do canteiro deve possibilitar que os transportes sejam realizados sem que haja empecilhos ou situações de conflito. Para isso, devem ser considerados os seguintes pontos: • A entrada e saída de veículos da obra deve ser posicionada de modo a permitir boa visibilidade; • As ruas dentro do canteiro devem possibilitar uma ligação direta entre os meios de transporte verticais e horizontais; • Se possível, deve-se tentar, por meio do traçado de ruas, facilitar o acesso dos veículos aos principais pontos de produção dentro do canteiro; • Quando ocorrer o descarregamento de veículos no canteiro, os demais transportes não devem ser prejudicados por esta atividade; • Entre a construção e o caminho de veículos deve haver espaço suficiente para o depósito de materiais e para a realização de trabalhos, principalmente quando o traçado circunda o edifício. • Por motivo de segurança, deve-se deixar espaço suficiente entre os caminhos de veículos e os equipamentos, andaimes e alojamentos. A definição dos caminhos para veículos depende da localização do edifício dentro do canteiro. Os caminhos planejados permitem reduzir os percursos internos do material descarregado. AN02FREV001/REV 4.0 47 FIGURA 25 - EXEMPLO DE LINHAS DE TRAÇADO DE DESLOCAMENTO PARA VEÍCULOS DENTRO DE UM CANTEIRO DE OBRAS FONTE: (MEYRAN, 1973). É importante que veículos pesados mantenham uma distância adequada das escavações para evitar desmoronamentos. Os caminhos de veículos devem ser reforçados para suportar as cargas que passarão sobre eles. Traçado circunda a obra Traçado corta a obra Traçado acesso/retorno AN02FREV001/REV 4.0 48 FIGURA 26 - VISTA AÉREA DE CANTEIRO DE OBRAS COM ACESSOS AMPLOS PARA O TRABALHO FONTE: Disponível em: <http://blog.iguacu2820.com.br/wp-content/uploads/2010/11/PLANTA- DETALHES_resize2.jpg>. Acesso em: 21 jan. 2013. 9 EQUIPAMENTOS DE TRANSPORTE Os transportes verticais e horizontais podem ser considerados como pontos- chaves em qualquer canteiro de obras, pois chegam a representar até 80% das atividades de uma construção (GEBAUER, 2002). Esse fato evidencia a necessidade de uma maior racionalização desta atividade, e o planejamento prévio da obra é de fundamental importância para isso. Um bom planejamento deve visar à maior eficiência possível dos transportes do canteiro e, para isso, devem ser considerados os seguintes aspectos: A montagem dos equipamentos de transporte; AN02FREV001/REV 4.0 49 A disposição ideal para o depósito de materiais; O fluxo de materiais não deve ter desvios, evitando depósitos intermediários. Entre os diversos tipos de equipamentos utilizados em uma obra, existem os equipamentos de transporte, que englobam os tipos principais, que são classificados segundo a sua mobilidade em móveis e fixos. • Equipamentos Móveis Os equipamentos móveis estão presentes em todas as fases de uma obra, sendo que os mais comuns em canteiro de obras: são os caminhões basculantes, máquinas de grande porte como pá carregadeiras, retroescavadeiras, etc. FIGURA 27 - EQUIPAMENTO MÓVEL: CAMINHÃO BASCULANTE FONTE: Disponível em: <http://www.culturamix.com/transporte/caminhao-basculante>. Acesso em: 21 jan. 2013. AN02FREV001/REV 4.0 50 FIGURA 28 - EQUIPAMENTO MÓVEL: PÁ CARREGADEIRA FONTE: Disponível em: <http://changlin.com.pt/1wheel_loader_4.html>. Acesso em 21 jan. 2013. FIGURA 29 - EQUIPAMENTO MÓVEL: RETROESCAVADEIRA FONTE: Disponível em: <http://www.logismarket.ind.br/makena/retroescavadeira/1787096378- 1179618649-p.html>. Acesso em: 21 jan. 2013. AN02FREV001/REV 4.0 51 FIGURA 30 - EQUIPAMENTO MÓVEL: GRUA MÓVEL FONTE: Disponível em: <http://www.jogospuzzle.com/puzzles-de-veiculos-da-construcao.html> Acesso em: 21 jan. 2013. FIGURA 31 - EQUIPAMENTO MÓVEL: CAMINHÃO BETONEIRA FONTE: Disponível em: <http://changlin.com.pt/7mixer_truck.html>. Acesso em: 21 jan. 2013. • Equipamentos Fixos Os equipamentos fixos geralmente são fixados em locais estudados previamente em uma obra, para poder servir ao maior número possível de AN02FREV001/REV 4.0 52 operações em serviços diferentes. São considerados equipamentos fixos todos os equipamentos que possuem a função de transporte vertical, entre eles as gruas, os guinchos, os elevadores, os andaimes, etc. FIGURA 32 - EQUIPAMENTO FIXO: GRUA FONTE: Disponível em: <http://www.globalconstroi.com/directorio-de- mpresas.html?sobi2Task=sobi2Details&sobi2Id=34>. Acesso em: 21 jan. 2013. AN02FREV001/REV 4.0 53 FIGURA 33 Legenda: 1.Descarregamento de materiais feito à mão 2.Depósito / Preparação 3.Carregamento do elevador 4.Descarregamento do elevador 5.Descarregamento e construção 2 3 4 1 d 5 c b a a - Transporte à mão ou carrinho de mão b - Transporte até o elevador c - Transporte vertical com elevador d - Transporte até o local da construção AN02FREV001/REV 4.0 54 FIGURA 34 Legenda: 1.Descarregamento do caminhão feito com grua 2.Colocação direto no local de uso Exemplo de Comparação entre duas sequências possíveis dos transportes em uma obra FONTE: (GEHBAUER, 2002). FIGURA 35 - DESENHO DE ESQUEMA DE GRUA DE TORRE GIRATÓRIA FONTE: Disponível em: <http://www.geradordeprecos.info/obra_nova/Trabalhos_previos/Andaimes_e_equipamento_de_eleva cao/Gruas_torre/Montagem_e_desmontagem_de_grua_torre.html>. Acesso em: 21 jan. 2013. 1 2 a a - Transporte com grua AN02FREV001/REV 4.0 55 A grua não é um equipamento utilizado diretamente na produção, como as fôrmas ou a argamassadeira, por exemplo, mas um equipamento de disponibilização na obra durante um longo período para vários trabalhos. Sua maior importância está em promover um desenvolvimento mais rápido na execução dos trabalhos, alcançando-se assim maior produtividade. FIGURA 36 - OBRA DE CONSTRUÇÃO DE EDIFÍCIO COM USO DE GRUA FONTE: Disponível em: <http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/6/66/Grua-Guindaste-crane.JPG>. Acesso em: 21 jan. 2013. Alguns dos critérios para a utilização da grua são: • o espaço disponível sobre o canteiro de obras; AN02FREV001/REV 4.0 56 • tamanho e peso dos materiais a serem transportados; • métodos usados na execução da obra. A carga máxima é dada pela carga útil a ser transportada somada à carga do meio de levantamento ou suporte utilizado, considerando-se o carregamento máximo necessário para as diferentes cargas a serem transportadas, como por exemplo: cubas cheias de concreto, pré-fabricados de concreto, paletes de tijolos, fôrmas, aço e outros. O fabricante de gruas fornece dados sobre o desenvolvimento dos momentos de carga em forma de gráficos, o que possibilita a escolha de um tamanho de grua adequado à obra. AN02FREV001/REV 4.0 57 FIGURA 37 - PARTES COMPONENTES DE GRUAS DE LANÇA GIRATÓRIA (A) MÓVEL E (B) ESTACIONÁRIA FONTE: (GEHBAUER, 2002). Para se determinar o alcance máximo necessário de uma grua, para uma determinada obra, deve ser definida a área que deverá ser coberta pela grua, para que ela realize os transportes necessários. AN02FREV001/REV 4.0 58 FIGURA 38 - DETALHE DE MOMENTO DE CARGA E ALCANCE DE UMA GRUA, FORNECIDO PELO FABRICANTE FONTE: (GEHBAUER, 2002). Outro critério usado na escolha da grua é a altura de gancho necessária, que pode ser obtida da seguinte forma: AN02FREV001/REV 4.0 59 Hg=He + Hc + Hs + 3 (m) Hg : altura do gancho (m); He : altura máxima da edificação na área de giro (m); Hc : altura da carga (m); Hs : altura do suporte ou meio de levantamento da carga (cabos,correntes, etc.) (m); 3 : afastamento de segurança (aproximadamente 3,0 m da obra) (m), O levantamento do número necessário de gruas depende, entre outros, do tamanho e geometria do canteiro de obras, dos prazos predeterminados para a execução e consequentemente do desempenho necessário para que sejam cumpridos estes prazos. Pesquisas realizadas sobre desempenho de equipamentos em canteiro de obras fornecem valores de referência que podem ser usados para este levantamento, tendo em conta o número de trabalhadores por grua para os serviços de obra bruta, levando-se em consideração o sistema construtivo predominante (HOFFMANN, 1981). Sistema construtivo predominante Tipo de atividade Trabalhadores produtivos na atividade Total de trabalhadores incluindo supervisor e operador de grua Estrutura em concreto de obra Concretagem com cuba 14 18 Estrutura de concreto de obra e alvenaria Concretagem com cuba 16 19 Estrutura em pré- fabricados Montagem de elementos pré-fabricados 3 5 Valores de referência para o número de trabalhadores por grua em obra. FONTE: (HOFFMANN, 1981) Pode-se fazer este levantamento em função do desempenho mensal por grua, medido com base no volume a ser construído mensalmente e na quantidade de materiais consumidos em um mês (estimada em peso), ou no tempo de atividade da grua (HOFFMANN, 1981). AN02FREV001/REV 4.0 60 Rendimento mensal Desempenho máximo Desempenho médio Materiais de construção (t) 1.000 500 Volume de construção (m 3 ) 2.000 1.000 Homens – hora correspondentes (Hh) 4.000 2.000 Valores de referência para rendimento mensal por grua, Fonte: (HOFFMANN, 1981). Segundo Rosenheinrich (1981), como referência podem ser utilizados, adicionalmente, índices de rendimento de gruas para os diferentes serviços. Estudos realizados na construção de edifícios sobre o desempenho de gruas foram avaliados estatisticamente e apresentaram o seguinte resultado para construções habitacionais e administrativas: TABELA DE REFERÊNCIA – ÍNDICES DE RENDIMENTO DE GRUAS Formas de pardes/cortinas em áreas grandes 0,05 – 0,07 h/m2 Formas de pilares 0,04 – 0,05 h/m2 Formas de laje 0,02 h/m2 Vigas em pré-fabricados (até 7,50 m de comp.) 0,12 – 0,20 h/elemento Lajes em pré-fabricados 0,02 – 0,03 h/m2 Escadas em pré-fabricados 0,50 h/elemento Concretagem com caçamba: - parede - pilares - lajes e vigas 0,08 – 0,10 h/m2 0,15 – 0,20 h/m2 0,09 – 0,17 h/m2 Armaduras 0,30 – 0,35 h/m2 Alvenaria 0,08 h/m2 FONTE: (ROSENHEINRICH, 1981). Ainda deve ser considerado que o fator de utilização da grua como equipamento de disponibilização, é de 0,50 em média. Para certos trabalhos, como por exemplo, a concretagem com caçamba, pode ser necessário fazer o levantamento do desempenho da grua a partir dos dados técnicos do equipamento fornecidos pelo fabricante, levando-se em consideração o tempo de atividade da grua. AN02FREV001/REV 4.0 61 O tempo de atividade da grua é composto dos seguintes tempos: pegar, soltar, levantar e baixar a carga, girar em torno do eixo, considerando-se que alguns destes movimentos ocorrem simultaneamente. FIGURA 39 - PARCELAS DE TEMPO DE ATUAÇÃO DE UMA GRUA EM UMA OBRA DE CONSTRUÇÃO DE UM EDIFÍCIO FONTE: (SPRANZ, 1976). Para uma atuação eficiente da grua, assim como para a segurança necessária na operação, devem ser usados meios apropriados para o levantamento da carga, tais como: • Aparelhagem de correntes e cabos com os ganchos correspondentes, que garantam a segurança do transporte; AN02FREV001/REV 4.0 62 FIGURA 40 - EXEMPLO DE CORRENTE COM GANCHO NA EXTREMIDADE FONTE: Disponível em: <http://portuguese.alibaba.com/product-gs-img/chain-with-clevis-eye-grab- hooks-on-both-ends-609704309.html>. Acesso em: 22 jan. 2013. • Caixas para materiais longos; FIGURA 41 - CAIXAS PARA MATERIAIS LONGOS FONTE: (GEHBAUER 2002). • Garfo com centro de gravidade regulável; AN02FREV001/REV 4.0 63 FIGURA 42 - EXEMPLO DE GARFO COM CENTRO DE GRAVIDADE REGULÁVEL FONTE: Disponível em: <http://www.solostocks.com.br/venda-produtos/empacotamento-embalagens- logistica/elevacao-cargas-manipulacao/garfo-paleteiro-811278>. Acesso em: 22 jan. 2013. • Caixas para transporte de pequenos materiais, resíduos, pedras ou peças pequenas para fôrmas; FIGURA 43 - EXEMPLO DE CAIXAS PARA TRANSPORTE DE PEQUENOS MATERIAIS E RESÍDUOS FONTE: (GEHBAUER, 2002) AN02FREV001/REV 4.0 64 • Caçambas para transporte de concreto; FIGURA 44 - EXEMPLO DE CAÇAMBA UTILIZADA PARA TRANSPORTE DE CONCRETO POR GRUA FONTE: Disponível em: <http://www.mecanicapalis.com.br/equipamentos.html>. Acesso em: 22 jan. 2013. 9.1 TRANSPORTE POR BOMBAS DE CONCRETO As bombas de concreto representam uma alternativa econômica e eficiente para o transporte do concreto dentro do canteiro de obras. As bombas para o concreto são móveis, têm a vantagem de ocuparem espaço no canteiro de obras apenas durante o período de sua utilização na concretagem, precisando de pouco tempo para serem montadas. O dimensionamento de uma bomba a ser usada na obra é definido pelo fornecedor de concreto, que estabelece o alcance horizontal e vertical máximo para o tipo de elemento de concretagem como pilares, vigas e lajes. Em obras com condições normais de funcionamento, as bombas paraconcretro proporcionam a continuidade no fornecimento do concreto e o AN02FREV001/REV 4.0 65 desempenho da equipe de concretagem são fatores que determinam a produtividade. FIGURA 45 - EXEMPLO DE CAMINHÃO BOMBA PARA CONCRETO FONTE: Disponível em: <http://www.roadmachinerychina.com.pt/4-1-concrete-pump-truck.html>. Acesso em: 22 jan. 2013. 9.2 TRANSPORTE POR ELEVADORES DE OBRA O elevador de obra pode ser considerado como uma das instalações mais adequadas para a mecanização dos transportes verticais dentro das construções. Dentre os diferentes tipos, os mais apropriados são os guiados por cremalheira por serem mais seguros e fáceis de operar. Eles podem ser fixados diretamente na construção ou no andaime e têm uma capacidade de carga superior a 400,0 kg. Os elevadores de cremalheira permitem uma maior plataforma de trabalho, o que os torna mais eficientes. AN02FREV001/REV 4.0 66 FIGURA 46 - EXEMPLO DE ELEVADOR DE CREMALHEIRA FONTE: Disponível em: <http://www.locagyn.com.br/construcao-civil/elevador-de-cremalheira>. Acesso em: 23 jan. 2013. Mesmo em casos em que é usada a grua como equipamento central de transporte, os elevadores estão em condições de absorver uma parte dos transportes verticais, já que os períodos de utilização da grua aumentam proporcionalmente à altura da obra. Além disso, o tempo improdutivo gasto nos deslocamentos do pessoal pode ser reduzido se o elevador for adequado também para o transporte de pessoas, ou seja, fechado com cesto de transporte e provido de controle, ou utilizando-se um elevador provisório instalado na caixa do elevador definitivo do edifício. AN02FREV001/REV 4.0 67 FIGURA 47 Esquema geral de um elevador de cremalheira de obra. FONTE: (GEHBAUER 2002). AN02FREV001/REV 4.0 68 10 INSTALAÇÕES DE SEGURANÇA 10.1 INSTALAÇÕES DE PROTEÇÃO DO TRABALHO As normas para estas instalações são fixadas pela NR-18 - Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção. Nesta norma estão todas as determinações relativas à segurança e condições de trabalho da construção civil. É imprescindível que estas normas sejam seguidas e estejam disponíveis para consulta nos escritórios da empresa e também nos canteiros de obra. As condições de trabalho em uma obra devem ser observadas diariamente para que não se desenvolvam focos de risco no canteiro. Deve-se ter claro que, um local de trabalho limpo é um requisito básico para que o trabalho seja executado com qualidade. Existe uma relação perceptível entre a limpeza e a segurança de um canteiro, por um lado e entre qualidade e produtividade por outro. Mas onde não existem os primeiros, dificilmente podem ser alcançados os segundos. • Segurança na área de produção: • interdições; • iluminação e instalação de sinais de alerta; • caminhos firmes e, se necessário, com anteparos de proteção; • escadas firmadas nos pés e no alto; • cobertura de escavações, anteparos de proteção de buracos; • pontes, passarelas, galerias e andaimes de proteção; • segurança na forma de depositar materiais (empilhamento). • Equipamentos de proteção individual (EPI): • sapatos de segurança, capacetes, óculos; AN02FREV001/REV 4.0 69 • eventualmente roupas de proteção, proteção de ouvido, máscaras e cintos de segurança; • se necessário, roupas com tecidos ou materiais refletores, e outros. FIGURA 48 - EXEMPLO DE SAPATO DE SEGURANÇA COM BIQUEIRA DE AÇO FONTE: Disponível em: <http://www.tecgases.com.br/produtos/index/page:6> Acesso em: 20 jan. 2013. FIGURA 49 - EXEMPLO DE CAPACETE DE SEGURANÇA FONTE: Disponível em: <http://www.lojadomecanico.com.br//imagens/13492_Capacete_de_Seguranca_Amarelo_3_1.JPG > Acesso em: 20 jan. 2013. AN02FREV001/REV 4.0 70 FIGURA 50 - EXEMPLO DE ÓCULOS DE SEGURANÇA FONTE: Disponível em: <http://www.comercial29.com.br/product_images/v/435/OCULOS_DE_PROTECAO_1__97034_zoom. jpg>. Acesso em: 20 jan. 2013. 10.2 PROTEÇÃO DAS VIAS PÚBLICAS DE TRÁFEGO Uma obra deve apresentar medidas suficientemente seguras na prevenção de acidentes nas vias de tráfego que a circundam. Tais medidas incluem o uso de sinais luminosos, letreiros e, em certos casos, regulamentos de trânsito. Os canteiros de obra devem sempre estar fechados com tapumes, impedindo-se assim o acesso de estranhos à obra. Em alguns casos, é aconselhável a construção de passarelas cobertas para a proteção de pedestres. 10.3 PROTEÇÃO CONTRA EMISSÕES Durante os trabalhos de construção podem ocorrer transtornos para a vizinhança em forma de barulho, poeira ou tremores. Os valores fixados como limites para estas emissões devem ser observados e, se necessário, devem ser tomadas as medidas de proteção adequadas. Estas medidas consistem essencialmente em um controle da emissão no local de origem AN02FREV001/REV 4.0 71 ou no impedimento de um maior alastramento por meio de contenção, conforme a legislação ambiental. 10.4 PROTEÇÃO CONTRA INCÊNDIO Um Sistema de Proteção Contra Incêndio é normalmente estabelecido em uma obra, por meio do cumprimento de uma série de requisitos de segurança, como uso de extintores portáteis e o treinamento dos trabalhadores tendo em conta a consciência de proteção. Na definição logística de um canteiro de obras, deve estar contido o posicionamento adequado dos extintores portáteis segundo critérios técnicos, definidos pelo técnico de segurança da obra. O treinamento dos trabalhadores no canteiro de obras é uma das ações exigidas para o correto uso do equipamento para combate ao incêndio. AN02FREV001/REV 4.0 72 FIGURA 51 - QUADRO DE EXTINTORES PARA CANTEIRO DE OBRAS FONTE: Disponível em: <http://sobes.org.br/site/wp-content/uploads/2009/08/canteiro.pdf> Acesso em: 20 jan. 2013. Legenda do Quadro de Extintores para Canteiro de Obras: 1) As indicações entre parênteses têm o significado de alternativa. 2) Eventualmente, algumas instalações próximas poderão ser protegidas por um mesmo extintor, desde que sejam atendidas as condições relativas à área de cobertura e de distância máxima. 3) Os reservatórios de combustível de maior capacidade, de canteiros de obras ou usinas de asfalto, deverão ter um dimensionamento de extintores mais rigoroso. Fonte: http://sobes.org.br/site/wp-content/uploads/2009/08/canteiro.pdf Acesso em 20/01/2013. AN02FREV001/REV 4.0 73 FIGURA 52 - EXTINTOR DE INCÊNDIO EM CANTEIRO DE OBRAS FONTE: Disponível em: <http://www.equipedeobra.com.br/construcao- reforma/41/imagens/i301037.jpg>. Acesso em 20 jan. 2013. 10.5 SINALIZAÇÃO DE SEGURANÇA NO CANTEIRO DE OBRAS O objetivo da sinalização de segurança no canteiro de obras é chamar a atenção dos trabalhadores e visitante sobre os riscos existentes e a necessidade de utilização de equipamentos de proteção, de forma rápida, para as situações que nos espaços onde elas se encontram, comportem riscos para a sua segurança. A sinalização proporciona a atenção do trabalhador para os diversos riscos que eventualmente possa estar exposto, sendo um elemento de recordaçãopermanente do risco que está sujeito e dos procedimentos que deve usar em caso de acidente ou emergência. As cores e suas principais utilizações na sinalização de segurança: Vermelho Utilizado para distinguir e indicar equipamentos e aparelhos de proteção de combate a incêndio. Usada excepcionalmente com sentido de advertência de perigo AN02FREV001/REV 4.0 74 nas luzes a serem colocadas em barricadas, tapumes de construções e quaisquer outras obstruções temporárias; em botões interruptores de circuitos elétricos para paradas de emergência. Não deve ser usado na indústria para assinalar perigo, por ser de pouca visibilidade em comparação com o amarelo (de alta visibilidade) e o alaranjado (que significa alerta). Amarelo O amarelo deve ser empregado para indicar cuidado. Usado para sinalizar locais onde as pessoas possam bater contra, tropeçar etc. ou ainda em equipamentos que se desloquem, como os veículos industriais. Em canalizações deve-se utilizar o amarelo para identificar gases não liquefeitos. Listras (verticais ou inclinadas) e quadrados pretos serão usados sobre o amarelo quando houver necessidade de melhorar a visibilidade da sinalização. Branco Em passarelas e corredores de circulação, por meio de faixas, direção e circulação, localização e coletores de resíduos; localização de bebedouros; áreas em torno dos equipamentos de socorro de urgência, de combate a incêndio ou outros equipamentos de emergência; áreas destinadas à armazenagem e zonas de segurança. Preto O preto deve ser empregado para indicar as canalizações de inflamáveis e combustíveis de alta viscosidade (ex: óleo lubrificante, asfalto, óleo combustível, alcatrão, piche etc.). Verde O verde é a cor que simboliza a segurança e deve ser utilizado para canalizações de água; caixas de equipamento de socorro de urgência; caixas contendo máscaras contra gases; chuveiros de segurança; macas; lava-olhos; dispositivos de segurança; mangueiras de oxigênio (solda oxiacetilênica) etc. AN02FREV001/REV 4.0 75 Laranja Deve ser empregado para canalizações contendo ácidos; partes móveis de máquinas e equipamentos; partes internas das guardas de máquinas que possam ser removidas ou abertas; faces internas de caixas protetoras de dispositivos elétricos; faces externas de polias e engrenagens; botões de arranque de segurança; dispositivos de corte, borda de serras e prensas. Usar cores como meio para prevenção deve ser algo criterioso. O uso sem critérios pode criar mais confusão do que prevenção. Além disso, deve haver preocupação e cuidados com as questões da fadiga visual ou outras situações que causem desconforto ou confusão aos trabalhadores (PALASIO, COSMO, 2009). Para se compreender o sinal de segurança rapidamente ou com um simples olhar e sem confusão possível, os sinais têm pictogramas e cores diferentes, consoante o seu significado. Segundo a NR18, o canteiro de obras deve possuir sinalização de segurança com o objetivo de: a) identificar os locais de apoio que compõem o canteiro de obras; b) indicar as saídas por meio de dizeres ou setas; c) manter comunicação por meio de avisos, cartazes ou similares; d) advertir contra perigo de contato ou acionamento acidental com partes móveis das máquinas e equipamentos. e) advertir quanto a risco de queda; f) alertar quanto à obrigatoriedade do uso de EPI, específico para a atividade executada, com a devida sinalização e advertência próximas ao posto de trabalho; g) alertar quanto ao isolamento das áreas de transporte e circulação de materiais por grua, guincho e guindaste; h) identificar acessos, circulação de veículos e equipamentos na obra; i) advertir contra risco de passagem de trabalhadores onde o pé-direito for inferior a 1,80m (um metro e oitenta centímetros); j) identificar locais com substâncias tóxicas, corrosivas, inflamáveis, explosivas e radioativas. AN02FREV001/REV 4.0 76 FIGURA 53 - EXEMPLO DE PLACA DE SINALIZAÇÃO DE EPIS EM OBRA DE CONSTRUÇÃO FONTE: Disponível em: <http://blog.iguacu2820.com.br/tag/obras/page/2/>. Acesso em: 20 jan. 2013. A NR18 também estabelece que é obrigatório o uso de colete ou tiras refletivas na região do tórax e costas quando o trabalhador estiver a serviço em vias públicas, sinalizando acessos ao canteiro de obras e frentes de serviços ou em movimentação e transporte vertical de materiais. A sinalização de segurança pode ser classificada como: Sinais de Obrigação: indicam comportamentos ou ações específicas e a obrigação de utilizar EPI. Sinais de Perigo: indicam situações de atenção, precaução, verificação ou atividades perigosas. Sinais de Aviso: indicam atitudes perigosas ou proibidas para o local. Sinais de Emergências: indicam direções de fuga, saídas de emergências ou localização de equipamentos de segurança. AN02FREV001/REV 4.0 77 FIGURA 54 - EXEMPLO DE SINALIZAÇÃO DE OBRIGAÇÃO DE USO DE EPIS FONTE: Disponível em: <http://www.azefix.com.br/detalhes.asp?id=&produto=534> Acesso em: 20 jan. 2013. AN02FREV001/REV 4.0 78 FIGURA 55 - EXEMPLO DE SINALIZAÇÃO DE PERIGO FONTE: Disponível em: <http://www.azefix.com.br/detalhes.asp?id=39&produto=304> Acesso em: 20 jan.2013. FIGURA 56 - EXEMPLO DE SINALIZAÇÃO DE AVISO FONTE: Disponível em: <http://www.pontodosocorrista.com.br/arquivos_loja/7333/Fotos/thumbs3/produto_Foto1_2032107.jpg > Acesso em: 20 jan. 2013. AN02FREV001/REV 4.0 79 FIGURA 57 - EXEMPLO DE SINALIZAÇÃO DE EMERGÊNCIA FONTE: Disponível em: <http://www.focusvisual.com.br/site/img/gallery/Sinalizacao_tecnica_industrial/maiores/emergencia.jp g > Acesso em 20 jan. 2013. FIM DO MÓDULO II
Compartilhar