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Gestão de obras_Mod 02

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AN02FREV001/REV 4.0 
 32 
PROGRAMA DE EDUCAÇÃO CONTINUADA A DISTÂNCIA 
Portal Educação 
 
 
 
 
 
 
CURSO DE 
GESTÃO DE OBRAS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Aluno: 
 
EaD - Educação a DistânciaPortal Educação 
 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 33 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CURSO DE 
GESTÃO DE OBRAS 
 
 
 
 
MÓDULO II 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Atenção: O material deste módulo está disponível apenas como parâmetro de estudos para este 
Programa de Educação Continuada. É proibida qualquer forma de comercialização ou distribuição 
do mesmo sem a autorização expressa do Portal Educação. Os créditos do conteúdo aqui contido 
são dados aos seus respectivos autores descritos nas Referências Bibliográficas. 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 34 
 
 
MÓDULO II 
 
 
6 CANTEIRO DE OBRAS 
 
 
Um canteiro de obras necessita estar executado com as devidas instalações 
de forma planejada, possibilitando coordenar e organizar a produção dos diversos 
trabalhos conforme as indicações definidas em projeto. 
Sua definição segundo a NR-18 Condições e Meio Ambiente de Trabalho na 
Indústria da Construção (Norma Regulamentadora) canteiro de obras é a área de 
trabalho fixa e temporária, onde se desenvolvem operações de apoio e execução de 
uma obra. 
Essa norma tem a função de normatizar procedimentos e foi elaborada em 
conjunto com construtoras, órgãos profissionais e trabalhadores, para estabelecer 
diretrizes e exigências diversas, esse inter-relacionamento e fluxo de recursos visa 
evitar desperdícios de materiais, mão de obra, tempo, defeitos e de equipamentos 
dadas a sua relação direta com a produtividade e qualidade durante a execução da 
obra, além disso, deve ser de forma econômica com flexibilidade de modo a 
aperfeiçoar o espaço disponível. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 35 
 
 
FIGURA 20 - CANTEIRO DE OBRAS DE UM ESTÁDIO DE FUTEBOL 
 
FONTE: Disponível em: <http://www.leiaja.com/esportes/2012/publico-visita-canteiro-de-obras-do-
maracana> Acesso em: 20 jan. 2013. 
 
 
7 ASPECTOS A SEREM CONSIDERADOS NA IMPLANTAÇÃO 
 
 
O planejamento logístico orienta na execução dos trabalhos e no fluxo de 
materiais, sendo seu objetivo principal, minimizar os percursos dos transportes mais 
volumosos e frequentes dentro do canteiro de obras. 
Apesar do caráter relativamente provisório do canteiro de obras, é 
fundamental que o dimensionamento e a distribuição das suas instalações e 
equipamentos sejam planejados adequadamente, para que os trabalhos possam ser 
executados de forma contínua. 
O planejamento insuficiente do canteiro provoca frequentemente custos 
adicionais que podem ser evitados; estes custos ocorrem geralmente devido à 
implantação de recursos operacionais mal dimensionados ou inadequados, ou pela 
necessidade de correções onerosas no decorrer da obra (GEHBAUER, 2002). 
 
As instalações de um canteiro de obras dependem principalmente dos 
seguintes fatores: 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 36 
• Condições do local da obra: possibilidades de abastecimento, área 
disponível, possibilidades de acesso; 
• Tipo e tamanho da obra: volume total e tipo dos insumos a serem 
usados na construção; 
• Métodos de produção: produção em sequência, simultânea ou 
cadenciadas; 
• Técnicas de transporte: dimensões e pesos dos materiais a serem 
transportados; 
• Tempo de construção e planejamento da execução da obra: 
distribuição no tempo dos transportes maiores; 
• Recursos operacionais disponíveis: número de trabalhadores, 
máquinas e equipamentos; 
 
 
8 INSTALAÇÕES DE INFRAESTRUTURA 
 
 
As instalações de infraestrutura podem ser consideradas como os 
pressupostos básicos para um desenvolvimento adequado de uma obra. 
A consideração dos aspectos de qualidade e eficiência no planejamento das 
instalações é preponderante na infraestrutura, e devem estar presentes em todos os 
canteiros de obras. 
 
 
8.1 ÁREAS DE VIVÊNCIA 
 
 
a) Escritórios de obra: 
 
Devem ser colocadas à disposição dos funcionários administrativos de uma 
obra, dentre os quais se incluem o gerente, o mestre e o supervisor, salas de 
escritório e espaços onde possam ser realizadas reuniões. 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 37 
Para as reuniões, tanto pode ser colocada à disposição uma sala própria, 
como pode ser usado o escritório do gerente da obra, desde que seja dimensionado 
de forma adequada para este fim. 
Normalmente as salas do pessoal administrativo devem estar dispostas nas 
laterais do canteiro, de preferência próximas ao acesso da obra. 
 
 
FIGURA 21 - EXEMPLO DE ESCRITÓRIO DE OBRA 
 
FONTE: Disponível em: <http://www.sulbrasil.eng.br/hp/planejamento/implantacao.php>. 
Acesso em: 20 jan. 2013. 
 
 
b) Local para refeições: 
 
 
Independentemente do número de trabalhadores, todo canteiro de obras 
deve possuir um local adequado, onde os trabalhadores possam fazer suas 
refeições e encontrar abrigo em períodos de chuva. 
Esses alojamentos devem ter de preferência um piso de concreto ou outro 
material lavável, e conter, além de mesas e cadeiras, equipamentos de cozinha. 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 38 
O local deve ter capacidade para atender a todos os trabalhadores no 
horário das refeições (considera-se em média a metragem de 1,25 m2 por 
trabalhador). 
 
 
c) Vestiários; 
Todo canteiro de obras deve possuir um vestiário, localizado de preferência 
próximo à entrada da obra, que deve estar provido de armários individuais dotados 
de fechaduras e cabides. 
 
 
d) Instalações sanitárias: 
 
As instalações sanitárias são componentes básicos e essenciais de um 
canteiro de obras. Elas devem ser equipadas com vasos sanitários, mictórios, 
lavatórios e chuveiros. Para este fim, além dos barracos normalmente utilizados, 
podem-se instalar banheiros químicos completamente equipados. 
 
 
FIGURA 22 - EXEMPLO DE BANHEIRO QUÍMICO UTILIZADO EM OBRAS 
 
FONTE: Disponível em: 
<http://www.dutramaquinas.com.br/view/img/produto/alta/32596_banheiro_quimico_de_2_20_x_1_10
_x_1_15_m_capacidade_de_220_litros_standart.jpg> Acesso em: 21 jan. 2013. 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 39 
 
As normas de condições de trabalho (NR-18) fornecem os seguintes 
parâmetros para o dimensionamento das instalações sanitárias segundo o número 
de trabalhadores: 
• Um conjunto composto de lavatório, vaso sanitário e mictório para cada 
grupo de 20 trabalhadores ou fração; 
• Um chuveiro para cada grupo de 10 trabalhadores ou fração. 
 
 
8.2 ARMAZENAMENTO E ESTOCAGEM DE MATERIAIS 
 
 
a) Almoxarifado: 
O almoxarifado serve para guardar ferramentas e equipamentos, bem como 
armazenar materiais que serão usados durante a construção. Como alguns 
materiais são sensíveis ao tempo, deve-se garantir a estanqueidade do local de 
armazenagem. Ele deve possuir, também, uma boa iluminação e ter um 
dimensionamento proporcional ao volume da obra. 
Devido à utilização múltipla do almoxarifado, ele deve ser instalado em local 
de fácil acesso e, se possível, próximo ao centro do canteiro. 
De acordo com o tamanho da obra e espaço disponível, pode ser mais viável 
economicamente o uso de containers metálicos para todas as instalações citadas 
(escritórios, refeitórios, vestiários, instalações sanitárias). Na análise de viabilidade 
dessa solução, entram em consideração a rapidez de montagem e desmontagem do 
canteiro e o tempo de disponibilidade dessas instalaçõesna obra. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 40 
 
 
FIGURA 23 - EXEMPLO DE CONTAINER DE OBRA 
 
FONTE: Disponível em: <http://www.banmaq.com.br/imagens/conteudo/container1.jpg> 
Acesso em: 21 jan. 2013. 
 
 
 
b) Galpões para depósito: 
Os galpões usados como depósito para os materiais de construção como 
tijolos, massas ou ferragem de armação devem ser dimensionados adequadamente 
durante o planejamento da obra. 
Esse dimensionamento deve considerar principalmente a estocagem das 
barras de aço para armadura, possibilitando uma boa variedade de barras com 
diâmetro, comprimento e formas diferentes, no caso de barras já dobradas. 
A base deve ser plana e firme, para poder estocar o material com 
segurança. Se necessário, a base de estocagem pode ser melhorada colocando-se 
madeira ou outros materiais adequados sobre o piso. 
 
 
 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 41 
 
 
8.3 CENTRAL DE CARPINTARIA 
 
 
A fabricação ou pré-montagem de formas no canteiro de obras requer a 
instalação de uma central de carpintaria cuja localização deve ser escolhida de 
modo a facilitar o fluxo do material. 
A pilha de tábuas e vigotes, por exemplo, deve estar localizada junto ao 
acesso da obra, e as serras, assim como a mesa de trabalho, posicionadas de modo 
que as peças de madeira possam ser retiradas da pilha longitudinalmente e 
posicionadas para o corte sem mudar de direção. 
A pré-montagem das fôrmas reduz o tempo necessário para a montagem no 
local de concretagem; no entanto, deve ser considerada nestes casos, a 
necessidade de um equipamento adequado para o transporte desses elementos, 
como por exemplo, a grua. Independentemente da fabricação, ou não, das fôrmas 
no próprio canteiro, a instalação de uma serra circular é indispensável. 
 
 
8.4 FORNECIMENTO DE ÁGUA 
 
 
A água é necessária para muitos fins na obra. Ela é usada, por exemplo, no 
preparo de misturas como concreto e argamassas e, também, na limpeza de 
equipamentos e veículos. 
Além disso, o funcionamento das instalações sanitárias depende de um 
dimensionamento adequado do abastecimento de água. 
A água para beber deve ser colocada à disposição em forma de bebedouros 
com água potável. Recomenda-se que o projetista de instalações hidráulicas 
contratado desenvolva também um projeto para o abastecimento das instalações do 
canteiro de obras. 
A demanda de água de uma obra pode ser determinada com o auxílio de 
valores de referência tabelados para os diferentes usos (ROSENHEINRICH, 1981). 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 42 
 
 
TABELA DE REFERÊNCIA PARA A DETERMINAÇÃO DA DEMANDA DE ÁGUA 
Uso Demanda 
Água para beber e higiene 20 – 30 l / homem / dia 
Água para preparação de argamassa 200 – 250 l/m3 
Água para preparação de concreto 100 – 200 l/m3 
Água para o tratamento posterior do concreto 30 l/m3 
Outros fins de pequena demanda adicional: 20 – 25% 
FONTE: (ROSENHEINRICH, 1981). 
 
 
8.5 ESGOTO DA OBRA 
 
 
Para áreas localizadas em centros urbanos, o escoamento do esgoto de 
obra na rede pública não é apenas a solução mais econômica e higiênica, mas 
também, frequentemente, a única solução. Nesses casos deve-se observar que o 
esgoto esteja livre de componentes tóxicos não permitidos pelos órgãos públicos de 
saneamento. 
As normas e leis que determinam o procedimento adequado, com relação ao 
esgoto de uma obra, variam de acordo com a sua localização, e por isso devem ser 
esclarecidas com a devida antecedência. 
Caso necessário, deve ser providenciada a permissão do órgão competente 
para o escoamento do esgoto na rede pública. 
 
 
8.6 INSTALAÇÕES ELÉTRICAS 
 
 
Para o planejamento do abastecimento de energia elétrica de uma obra, 
deve ser determinado com antecedência onde deverão existir os pontos de energia 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 43 
e qual será a demanda necessária para, na sequência, ser planejada a rede de 
distribuição de energia. 
O cálculo da demanda de energia elétrica de uma obra permite que seja feita 
uma comparação desta demanda com a demanda definitiva do edifício, ponderando-
se assim sobre a possibilidade de eliminar a entrada de serviço provisória e fazer 
uma entrada definitiva que posteriormente atenderá também ao edifício em uso. 
 
 
Demanda máxima provável de um edifício 
Potência total instalada – 692.230 W 
Iluminação a= 69.690 W (1) 10.000 W (100% - 10kW) 
Tomada simples b= 69.100 W (2) 38.500 W (35% . 110kW) 
Tomada de uso específico c= 300.200 W (3) 79.748 W (25% - restante) 
Chuveiro 123.200 W 25 % 30.800 W 
Lareira elétrica 42.000 W 65 % 27.300 W 
Reserva 43.200 W 20 % 8.640 W 
Elevadores 28.320 W 100 % 28.320 W 
Bomba de recalque 10.120 W 50 % 5.060 W 
Bomba de recalque 6.400 W 100 % 6.400 W 
Total = 692.230 W 234.768 W 
 : 1,60 
 146.730 W 
Demanda de 146.730 kVA (386,13A). Considerando o fator de potência, a corrente de partida dos 
motores e o fator diversidade em 1,60, justifica-se o limitador termomagnético tripolar de 400A. 
(1) Sugestão de norma para a estimativa de demanda com iluminação (100% de 10kW) 
(2) Sugestão de norma para a estimativa de demanda com tomadas simples (35% de 110kW) 
(3) 25% de (a+b+c – 120 kW) 
Demanda de energia elétrica estimada para um edificio, Fonte: (GEHBAUER, 2002). 
 
 
As vantagens em realizar o cálculo da demanda de energia elétrica são: 
eliminar o custo do reforço de rede da concessionária, ter um abastecimento seguro 
e não ter que esperar o prazo de ligação da entrada de serviço. 
 
 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 44 
Deve-se considerar também que as instalações do canteiro de obras estão 
sujeitas a condições especiais como umidade, impactos e radiação solar, que 
implicam em medidas especiais de segurança, como eletrodutos resistentes a estas 
influências. 
Deve-se garantir ao trabalhador segurança e fácil acesso às instalações. 
Equipamentos seguros e que podem ser reutilizados em outras obras, devem ter 
prioridade sobre as ligações temporárias e de pouca segurança. 
 
 
Demanda máxima provável de um canteiro de obras para a 
construção de um edifício 
Potência total instalada – 142.860 W 
Betoneira de 580 litros 7.380 W 100% 7.380 W 
Bomba auto-escorvante 3.440 W 100% 3.440 W 
Bomba mangote 3.920 W 100% 3.920 W 
Bomba submersa 2.400 W 100% 2.400 W 
Elevador de carga 3.800 W 100% 3.800 W 
Furadeira martelete 1.100 W 100% 1.100 W 
Furadeira simples 1.260 W 100% 1.260 W 
Grua 38.000 W 100% 38.000 W 
Máquina de cortar ferro 2.200 W 100% 2.200 W 
Máquina de dobrar ferro 2.200 W 100% 2.200 W 
Máquina de solda 5.500 W 100% 5.500 W 
Máquina de cortar parede 660 W 100% 660 W 
Serra circular de mesa 3.200 W 100% 3.200 W 
Plaina elétrica de mesa 750 W 100% 750 W 
Silo de argamassa 39.900 W 100% 39.900 W 
Chuveiro 21.600 W 100% 21.600 W 
Serra circular para madeira 3.000 W 100% 3.000 W 
Serra circular para mármore 2.550 W 100% 2.550 W 
Total= 142.860 W 142.860 W 
 x 60% 85.716 W 
Demanda de 85.716 kVA (225,57 A). Considerando o fator de potência e a 
corrente de partida dos motores, justifica-se o limitador termomagnético tripolar 
de 250 A. Para a estimativa de demanda, admite-se 60% dos equipamentos 
funcionando ao mesmo tempo. 
Demanda de energia elétrica estimada para o canteiro de obras para a construção de um edifício, 
FONTE: (GEHBAUER, 2002). 
 
 
 AN02FREV001/REV4.0 
 45 
 
 
FIGURA 24 - EXEMPLO DE QUADRO DE DISTRIBUIÇÃO DE ENERGIA EM OBRA 
DE CONSTRUÇÃO CIVIL 
 
FONTE: Disponível em: <http://blog.mte.gov.br/?p=7062>. Acesso em: 19 jan. 2013. 
 
 
8.7 CAMINHOS PARA VEÍCULOS E PEDESTRES DENTRO DO CANTEIRO 
 
 
Na definição dos caminhos entre os diversos pontos do canteiro de obras, 
deve-se, por motivo de segurança, tentar fazer a separação de caminhos para 
veículos e para pedestres, mesmo que, na prática, isso não seja completamente 
possível (MEYRAN, 1973). 
O ideal é que os caminhos para veículos sejam planejados de forma que 
possam andar em uma direção (mão única). Deve ser evitado que eles se 
desloquem de ré, pois isto favorece a ocorrência de acidentes mesmo com a 
utilização de sinalização. 
Além disso, os veículos recém-chegados precisam esperar até que a pista 
esteja livre para continuarem seus trajetos. 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 46 
 
 
O traçado das ruas dentro do canteiro deve possibilitar que os transportes 
sejam realizados sem que haja empecilhos ou situações de conflito. Para isso, 
devem ser considerados os seguintes pontos: 
• A entrada e saída de veículos da obra deve ser posicionada de modo a 
permitir boa visibilidade; 
• As ruas dentro do canteiro devem possibilitar uma ligação direta entre 
os meios de transporte verticais e horizontais; 
• Se possível, deve-se tentar, por meio do traçado de ruas, facilitar o 
acesso dos veículos aos principais pontos de produção dentro do canteiro; 
• Quando ocorrer o descarregamento de veículos no canteiro, os demais 
transportes não devem ser prejudicados por esta atividade; 
• Entre a construção e o caminho de veículos deve haver espaço 
suficiente para o depósito de materiais e para a realização de trabalhos, 
principalmente quando o traçado circunda o edifício. 
• Por motivo de segurança, deve-se deixar espaço suficiente entre os 
caminhos de veículos e os equipamentos, andaimes e alojamentos. 
 
A definição dos caminhos para veículos depende da localização do edifício 
dentro do canteiro. Os caminhos planejados permitem reduzir os percursos internos 
do material descarregado. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 47 
 
 
FIGURA 25 - EXEMPLO DE LINHAS DE TRAÇADO DE DESLOCAMENTO PARA 
VEÍCULOS DENTRO DE UM CANTEIRO DE OBRAS 
 
 
FONTE: (MEYRAN, 1973). 
 
 
É importante que veículos pesados mantenham uma distância adequada das 
escavações para evitar desmoronamentos. 
Os caminhos de veículos devem ser reforçados para suportar as cargas que 
passarão sobre eles. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Traçado circunda a obra Traçado corta a obra Traçado acesso/retorno 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 48 
 
 
FIGURA 26 - VISTA AÉREA DE CANTEIRO DE OBRAS COM ACESSOS AMPLOS 
PARA O TRABALHO 
 
FONTE: Disponível em: <http://blog.iguacu2820.com.br/wp-content/uploads/2010/11/PLANTA-
DETALHES_resize2.jpg>. Acesso em: 21 jan. 2013. 
 
 
9 EQUIPAMENTOS DE TRANSPORTE 
 
 
Os transportes verticais e horizontais podem ser considerados como pontos-
chaves em qualquer canteiro de obras, pois chegam a representar até 80% das 
atividades de uma construção (GEBAUER, 2002). 
Esse fato evidencia a necessidade de uma maior racionalização desta 
atividade, e o planejamento prévio da obra é de fundamental importância para isso. 
Um bom planejamento deve visar à maior eficiência possível dos transportes 
do canteiro e, para isso, devem ser considerados os seguintes aspectos: 
 A montagem dos equipamentos de transporte; 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 49 
 A disposição ideal para o depósito de materiais; 
 O fluxo de materiais não deve ter desvios, evitando depósitos intermediários. 
 
Entre os diversos tipos de equipamentos utilizados em uma obra, existem os 
equipamentos de transporte, que englobam os tipos principais, que são classificados 
segundo a sua mobilidade em móveis e fixos. 
 
• Equipamentos Móveis 
Os equipamentos móveis estão presentes em todas as fases de uma obra, 
sendo que os mais comuns em canteiro de obras: são os caminhões basculantes, 
máquinas de grande porte como pá carregadeiras, retroescavadeiras, etc. 
 
 
FIGURA 27 - EQUIPAMENTO MÓVEL: CAMINHÃO BASCULANTE 
 
FONTE: Disponível em: <http://www.culturamix.com/transporte/caminhao-basculante>. Acesso em: 
21 jan. 2013. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 50 
 
 
FIGURA 28 - EQUIPAMENTO MÓVEL: PÁ CARREGADEIRA 
 
FONTE: Disponível em: <http://changlin.com.pt/1wheel_loader_4.html>. Acesso em 21 jan. 2013. 
 
 
 
FIGURA 29 - EQUIPAMENTO MÓVEL: RETROESCAVADEIRA 
 
FONTE: Disponível em: <http://www.logismarket.ind.br/makena/retroescavadeira/1787096378-
1179618649-p.html>. Acesso em: 21 jan. 2013. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 51 
 
 
FIGURA 30 - EQUIPAMENTO MÓVEL: GRUA MÓVEL 
 
FONTE: Disponível em: <http://www.jogospuzzle.com/puzzles-de-veiculos-da-construcao.html> 
Acesso em: 21 jan. 2013. 
 
 
FIGURA 31 - EQUIPAMENTO MÓVEL: CAMINHÃO BETONEIRA 
 
FONTE: Disponível em: <http://changlin.com.pt/7mixer_truck.html>. Acesso em: 21 jan. 2013. 
 
 
• Equipamentos Fixos 
Os equipamentos fixos geralmente são fixados em locais estudados 
previamente em uma obra, para poder servir ao maior número possível de 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 52 
operações em serviços diferentes. São considerados equipamentos fixos todos os 
equipamentos que possuem a função de transporte vertical, entre eles as gruas, os 
guinchos, os elevadores, os andaimes, etc. 
 
 
FIGURA 32 - EQUIPAMENTO FIXO: GRUA 
 
FONTE: Disponível em: <http://www.globalconstroi.com/directorio-de-
mpresas.html?sobi2Task=sobi2Details&sobi2Id=34>. Acesso em: 21 jan. 2013. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 53 
 
 
FIGURA 33 
 
 
Legenda: 
1.Descarregamento de materiais feito à mão 
2.Depósito / Preparação 
3.Carregamento do elevador 
4.Descarregamento do elevador 
5.Descarregamento e construção 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2 3 
4 
1 
d 
5 
c 
b a 
a - Transporte à mão ou carrinho de mão 
b - Transporte até o elevador 
c - Transporte vertical com elevador 
d - Transporte até o local da construção 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 54 
 
 
FIGURA 34 
 
 
Legenda: 
1.Descarregamento do caminhão feito com grua 
2.Colocação direto no local de uso 
 
Exemplo de Comparação entre duas sequências possíveis dos transportes em uma obra 
FONTE: (GEHBAUER, 2002). 
 
FIGURA 35 - DESENHO DE ESQUEMA DE GRUA DE TORRE GIRATÓRIA 
 
FONTE: Disponível em: 
<http://www.geradordeprecos.info/obra_nova/Trabalhos_previos/Andaimes_e_equipamento_de_eleva
cao/Gruas_torre/Montagem_e_desmontagem_de_grua_torre.html>. Acesso em: 21 jan. 2013. 
1 
2 
a 
a - Transporte com grua 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 55 
 
A grua não é um equipamento utilizado diretamente na produção, como as 
fôrmas ou a argamassadeira, por exemplo, mas um equipamento de disponibilização 
na obra durante um longo período para vários trabalhos. 
 
Sua maior importância está em promover um desenvolvimento mais rápido 
na execução dos trabalhos, alcançando-se assim maior produtividade. 
 
 
FIGURA 36 - OBRA DE CONSTRUÇÃO DE EDIFÍCIO COM USO DE GRUA 
 
FONTE: Disponível em: <http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/6/66/Grua-Guindaste-crane.JPG>. Acesso em: 21 jan. 2013. 
 
 
Alguns dos critérios para a utilização da grua são: 
• o espaço disponível sobre o canteiro de obras; 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 56 
• tamanho e peso dos materiais a serem transportados; 
• métodos usados na execução da obra. 
 
 
A carga máxima é dada pela carga útil a ser transportada somada à carga 
do meio de levantamento ou suporte utilizado, considerando-se o carregamento 
máximo necessário para as diferentes cargas a serem transportadas, como por 
exemplo: cubas cheias de concreto, pré-fabricados de concreto, paletes de tijolos, 
fôrmas, aço e outros. 
O fabricante de gruas fornece dados sobre o desenvolvimento dos 
momentos de carga em forma de gráficos, o que possibilita a escolha de um 
tamanho de grua adequado à obra. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 57 
 
 
FIGURA 37 - PARTES COMPONENTES DE GRUAS DE LANÇA GIRATÓRIA (A) 
MÓVEL E (B) ESTACIONÁRIA 
 
FONTE: (GEHBAUER, 2002). 
 
 
Para se determinar o alcance máximo necessário de uma grua, para uma 
determinada obra, deve ser definida a área que deverá ser coberta pela grua, para 
que ela realize os transportes necessários. 
 
 
 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 58 
 
 
FIGURA 38 - DETALHE DE MOMENTO DE CARGA E ALCANCE DE UMA GRUA, 
FORNECIDO PELO FABRICANTE 
 
FONTE: (GEHBAUER, 2002). 
 
 
Outro critério usado na escolha da grua é a altura de gancho necessária, 
que pode ser obtida da seguinte forma: 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 59 
 
Hg=He + Hc + Hs + 3 (m) 
 
Hg : altura do gancho (m); 
He : altura máxima da edificação na área de giro (m); 
Hc : altura da carga (m); 
Hs : altura do suporte ou meio de levantamento da carga (cabos,correntes, 
etc.) (m); 3 : afastamento de segurança (aproximadamente 3,0 m da obra) (m), 
 
O levantamento do número necessário de gruas depende, entre outros, do 
tamanho e geometria do canteiro de obras, dos prazos predeterminados para a 
execução e consequentemente do desempenho necessário para que sejam 
cumpridos estes prazos. 
Pesquisas realizadas sobre desempenho de equipamentos em canteiro de 
obras fornecem valores de referência que podem ser usados para este 
levantamento, tendo em conta o número de trabalhadores por grua para os serviços 
de obra bruta, levando-se em consideração o sistema construtivo predominante 
(HOFFMANN, 1981). 
 
 
Sistema construtivo 
predominante 
Tipo de atividade 
Trabalhadores 
produtivos na 
atividade 
Total de trabalhadores 
incluindo supervisor e 
operador de grua 
Estrutura em concreto 
de obra 
Concretagem com cuba 14 18 
Estrutura de concreto 
de obra e alvenaria 
Concretagem com cuba 16 19 
Estrutura em pré-
fabricados 
Montagem de elementos 
pré-fabricados 
3 5 
Valores de referência para o número de trabalhadores por grua em obra. FONTE: (HOFFMANN, 
1981) 
 
 
Pode-se fazer este levantamento em função do desempenho mensal por 
grua, medido com base no volume a ser construído mensalmente e na quantidade 
de materiais consumidos em um mês (estimada em peso), ou no tempo de atividade 
da grua (HOFFMANN, 1981). 
 
 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 60 
Rendimento mensal Desempenho máximo Desempenho médio 
Materiais de construção (t) 1.000 500 
Volume de construção (m
3
) 2.000 1.000 
Homens – hora correspondentes (Hh) 4.000 2.000 
Valores de referência para rendimento mensal por grua, Fonte: (HOFFMANN, 1981). 
 
Segundo Rosenheinrich (1981), como referência podem ser utilizados, 
adicionalmente, índices de rendimento de gruas para os diferentes serviços. 
Estudos realizados na construção de edifícios sobre o desempenho de gruas 
foram avaliados estatisticamente e apresentaram o seguinte resultado para 
construções habitacionais e administrativas: 
 
 
TABELA DE REFERÊNCIA – ÍNDICES DE RENDIMENTO DE GRUAS 
Formas de pardes/cortinas em áreas 
grandes 
0,05 – 0,07 h/m2 
Formas de pilares 0,04 – 0,05 h/m2 
Formas de laje 0,02 h/m2 
Vigas em pré-fabricados (até 7,50 m de 
comp.) 
0,12 – 0,20 h/elemento 
Lajes em pré-fabricados 0,02 – 0,03 h/m2 
Escadas em pré-fabricados 0,50 h/elemento 
Concretagem com caçamba: - parede 
 - pilares 
 - lajes e vigas 
0,08 – 0,10 h/m2 
0,15 – 0,20 h/m2 
0,09 – 0,17 h/m2 
Armaduras 0,30 – 0,35 h/m2 
Alvenaria 0,08 h/m2 
 
FONTE: (ROSENHEINRICH, 1981). 
 
 
Ainda deve ser considerado que o fator de utilização da grua como 
equipamento de disponibilização, é de 0,50 em média. 
Para certos trabalhos, como por exemplo, a concretagem com caçamba, 
pode ser necessário fazer o levantamento do desempenho da grua a partir dos 
dados técnicos do equipamento fornecidos pelo fabricante, levando-se em 
consideração o tempo de atividade da grua. 
 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 61 
O tempo de atividade da grua é composto dos seguintes tempos: pegar, 
soltar, levantar e baixar a carga, girar em torno do eixo, considerando-se que alguns 
destes movimentos ocorrem simultaneamente. 
 
 
FIGURA 39 - PARCELAS DE TEMPO DE ATUAÇÃO DE UMA GRUA EM UMA 
OBRA DE CONSTRUÇÃO DE UM EDIFÍCIO 
 
 
FONTE: (SPRANZ, 1976). 
 
 
Para uma atuação eficiente da grua, assim como para a segurança 
necessária na operação, devem ser usados meios apropriados para o levantamento 
da carga, tais como: 
• Aparelhagem de correntes e cabos com os ganchos correspondentes, 
que garantam a segurança do transporte; 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 62 
 
 
FIGURA 40 - EXEMPLO DE CORRENTE COM GANCHO NA EXTREMIDADE 
 
FONTE: Disponível em: <http://portuguese.alibaba.com/product-gs-img/chain-with-clevis-eye-grab-
hooks-on-both-ends-609704309.html>. Acesso em: 22 jan. 2013. 
 
 
• Caixas para materiais longos; 
 
 
FIGURA 41 - CAIXAS PARA MATERIAIS LONGOS 
 
FONTE: (GEHBAUER 2002). 
 
• Garfo com centro de gravidade regulável; 
 
 
 
 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 63 
 
 
FIGURA 42 - EXEMPLO DE GARFO COM CENTRO DE GRAVIDADE REGULÁVEL 
 
 
FONTE: Disponível em: <http://www.solostocks.com.br/venda-produtos/empacotamento-embalagens-
logistica/elevacao-cargas-manipulacao/garfo-paleteiro-811278>. Acesso em: 22 jan. 2013. 
 
 
• Caixas para transporte de pequenos materiais, resíduos, pedras ou peças 
pequenas para fôrmas; 
 
 
FIGURA 43 - EXEMPLO DE CAIXAS PARA TRANSPORTE DE PEQUENOS 
MATERIAIS E RESÍDUOS 
 
FONTE: (GEHBAUER, 2002) 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 64 
 
• Caçambas para transporte de concreto; 
 
 
FIGURA 44 - EXEMPLO DE CAÇAMBA UTILIZADA PARA TRANSPORTE DE 
CONCRETO POR GRUA 
 
FONTE: Disponível em: <http://www.mecanicapalis.com.br/equipamentos.html>. Acesso em: 22 jan. 
2013. 
 
 
9.1 TRANSPORTE POR BOMBAS DE CONCRETO 
 
 
As bombas de concreto representam uma alternativa econômica e eficiente 
para o transporte do concreto dentro do canteiro de obras. 
As bombas para o concreto são móveis, têm a vantagem de ocuparem 
espaço no canteiro de obras apenas durante o período de sua utilização na 
concretagem, precisando de pouco tempo para serem montadas. 
O dimensionamento de uma bomba a ser usada na obra é definido pelo 
fornecedor de concreto, que estabelece o alcance horizontal e vertical máximo para 
o tipo de elemento de concretagem como pilares, vigas e lajes. 
Em obras com condições normais de funcionamento, as bombas paraconcretro proporcionam a continuidade no fornecimento do concreto e o 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 65 
desempenho da equipe de concretagem são fatores que determinam a 
produtividade. 
 
 
FIGURA 45 - EXEMPLO DE CAMINHÃO BOMBA PARA CONCRETO 
 
FONTE: Disponível em: <http://www.roadmachinerychina.com.pt/4-1-concrete-pump-truck.html>. 
Acesso em: 22 jan. 2013. 
 
 
9.2 TRANSPORTE POR ELEVADORES DE OBRA 
 
 
O elevador de obra pode ser considerado como uma das instalações mais 
adequadas para a mecanização dos transportes verticais dentro das construções. 
Dentre os diferentes tipos, os mais apropriados são os guiados por 
cremalheira por serem mais seguros e fáceis de operar. 
Eles podem ser fixados diretamente na construção ou no andaime e têm 
uma capacidade de carga superior a 400,0 kg. 
Os elevadores de cremalheira permitem uma maior plataforma de trabalho, o 
que os torna mais eficientes. 
 
 
 
 
 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 66 
 
 
FIGURA 46 - EXEMPLO DE ELEVADOR DE CREMALHEIRA 
 
FONTE: Disponível em: <http://www.locagyn.com.br/construcao-civil/elevador-de-cremalheira>. 
Acesso em: 23 jan. 2013. 
 
 
Mesmo em casos em que é usada a grua como equipamento central de 
transporte, os elevadores estão em condições de absorver uma parte dos 
transportes verticais, já que os períodos de utilização da grua aumentam 
proporcionalmente à altura da obra. 
Além disso, o tempo improdutivo gasto nos deslocamentos do pessoal pode 
ser reduzido se o elevador for adequado também para o transporte de pessoas, ou 
seja, fechado com cesto de transporte e provido de controle, ou utilizando-se um 
elevador provisório instalado na caixa do elevador definitivo do edifício. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 67 
 
 
FIGURA 47 
 
Esquema geral de um elevador de cremalheira de obra. FONTE: (GEHBAUER 2002). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 68 
 
 
10 INSTALAÇÕES DE SEGURANÇA 
 
 
10.1 INSTALAÇÕES DE PROTEÇÃO DO TRABALHO 
 
 
As normas para estas instalações são fixadas pela NR-18 - Condições e 
Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção. Nesta norma estão todas as 
determinações relativas à segurança e condições de trabalho da construção civil. 
É imprescindível que estas normas sejam seguidas e estejam disponíveis 
para consulta nos escritórios da empresa e também nos canteiros de obra. 
As condições de trabalho em uma obra devem ser observadas diariamente 
para que não se desenvolvam focos de risco no canteiro. 
Deve-se ter claro que, um local de trabalho limpo é um requisito básico para 
que o trabalho seja executado com qualidade. 
Existe uma relação perceptível entre a limpeza e a segurança de um 
canteiro, por um lado e entre qualidade e produtividade por outro. Mas onde não 
existem os primeiros, dificilmente podem ser alcançados os segundos. 
 
• Segurança na área de produção: 
• interdições; 
• iluminação e instalação de sinais de alerta; 
• caminhos firmes e, se necessário, com anteparos de proteção; 
• escadas firmadas nos pés e no alto; 
• cobertura de escavações, anteparos de proteção de buracos; 
• pontes, passarelas, galerias e andaimes de proteção; 
• segurança na forma de depositar materiais (empilhamento). 
 
• Equipamentos de proteção individual (EPI): 
• sapatos de segurança, capacetes, óculos; 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 69 
• eventualmente roupas de proteção, proteção de ouvido, máscaras e cintos 
de segurança; 
• se necessário, roupas com tecidos ou materiais refletores, e outros. 
 
 
FIGURA 48 - EXEMPLO DE SAPATO DE SEGURANÇA COM BIQUEIRA DE AÇO 
 
FONTE: Disponível em: <http://www.tecgases.com.br/produtos/index/page:6> 
Acesso em: 20 jan. 2013. 
 
 
FIGURA 49 - EXEMPLO DE CAPACETE DE SEGURANÇA 
 
FONTE: Disponível em: 
<http://www.lojadomecanico.com.br//imagens/13492_Capacete_de_Seguranca_Amarelo_3_1.JPG > 
Acesso em: 20 jan. 2013. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 70 
 
 
FIGURA 50 - EXEMPLO DE ÓCULOS DE SEGURANÇA 
 
FONTE: Disponível em: 
<http://www.comercial29.com.br/product_images/v/435/OCULOS_DE_PROTECAO_1__97034_zoom.
jpg>. Acesso em: 20 jan. 2013. 
 
 
10.2 PROTEÇÃO DAS VIAS PÚBLICAS DE TRÁFEGO 
 
 
Uma obra deve apresentar medidas suficientemente seguras na prevenção 
de acidentes nas vias de tráfego que a circundam. 
Tais medidas incluem o uso de sinais luminosos, letreiros e, em certos 
casos, regulamentos de trânsito. 
Os canteiros de obra devem sempre estar fechados com tapumes, 
impedindo-se assim o acesso de estranhos à obra. Em alguns casos, é aconselhável 
a construção de passarelas cobertas para a proteção de pedestres. 
 
 
10.3 PROTEÇÃO CONTRA EMISSÕES 
 
 
Durante os trabalhos de construção podem ocorrer transtornos para a 
vizinhança em forma de barulho, poeira ou tremores. 
Os valores fixados como limites para estas emissões devem ser observados 
e, se necessário, devem ser tomadas as medidas de proteção adequadas. Estas 
medidas consistem essencialmente em um controle da emissão no local de origem 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 71 
ou no impedimento de um maior alastramento por meio de contenção, conforme a 
legislação ambiental. 
 
 
10.4 PROTEÇÃO CONTRA INCÊNDIO 
 
 
Um Sistema de Proteção Contra Incêndio é normalmente estabelecido em 
uma obra, por meio do cumprimento de uma série de requisitos de segurança, como 
uso de extintores portáteis e o treinamento dos trabalhadores tendo em conta a 
consciência de proteção. 
Na definição logística de um canteiro de obras, deve estar contido o 
posicionamento adequado dos extintores portáteis segundo critérios técnicos, 
definidos pelo técnico de segurança da obra. 
O treinamento dos trabalhadores no canteiro de obras é uma das ações 
exigidas para o correto uso do equipamento para combate ao incêndio. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 72 
 
 
FIGURA 51 - QUADRO DE EXTINTORES PARA CANTEIRO DE OBRAS 
 
FONTE: Disponível em: <http://sobes.org.br/site/wp-content/uploads/2009/08/canteiro.pdf> 
Acesso em: 20 jan. 2013. 
 
 
Legenda do Quadro de Extintores para Canteiro de Obras: 
1) As indicações entre parênteses têm o significado de alternativa. 
2) Eventualmente, algumas instalações próximas poderão ser protegidas por um mesmo extintor, 
desde que sejam atendidas as condições relativas à área de cobertura e de distância máxima. 
3) Os reservatórios de combustível de maior capacidade, de canteiros de obras ou usinas de asfalto, 
deverão ter um dimensionamento de extintores mais rigoroso. 
Fonte: http://sobes.org.br/site/wp-content/uploads/2009/08/canteiro.pdf 
Acesso em 20/01/2013. 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 73 
 
 
FIGURA 52 - EXTINTOR DE INCÊNDIO EM CANTEIRO DE OBRAS 
 
FONTE: Disponível em: <http://www.equipedeobra.com.br/construcao-
reforma/41/imagens/i301037.jpg>. Acesso em 20 jan. 2013. 
 
 
10.5 SINALIZAÇÃO DE SEGURANÇA NO CANTEIRO DE OBRAS 
 
 
O objetivo da sinalização de segurança no canteiro de obras é chamar a 
atenção dos trabalhadores e visitante sobre os riscos existentes e a necessidade de 
utilização de equipamentos de proteção, de forma rápida, para as situações que nos 
espaços onde elas se encontram, comportem riscos para a sua segurança. 
A sinalização proporciona a atenção do trabalhador para os diversos riscos 
que eventualmente possa estar exposto, sendo um elemento de recordaçãopermanente do risco que está sujeito e dos procedimentos que deve usar em caso 
de acidente ou emergência. 
As cores e suas principais utilizações na sinalização de segurança: 
 
 Vermelho 
Utilizado para distinguir e indicar equipamentos e aparelhos de proteção de 
combate a incêndio. Usada excepcionalmente com sentido de advertência de perigo 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 74 
nas luzes a serem colocadas em barricadas, tapumes de construções e quaisquer 
outras obstruções temporárias; em botões interruptores de circuitos elétricos para 
paradas de emergência. Não deve ser usado na indústria para assinalar perigo, por 
ser de pouca visibilidade em comparação com o amarelo (de alta visibilidade) e o 
alaranjado (que significa alerta). 
 
 Amarelo 
O amarelo deve ser empregado para indicar cuidado. Usado para sinalizar 
locais onde as pessoas possam bater contra, tropeçar etc. ou ainda em 
equipamentos que se desloquem, como os veículos industriais. Em canalizações 
deve-se utilizar o amarelo para identificar gases não liquefeitos. Listras (verticais ou 
inclinadas) e quadrados pretos serão usados sobre o amarelo quando houver 
necessidade de melhorar a visibilidade da sinalização. 
 
 Branco 
Em passarelas e corredores de circulação, por meio de faixas, direção e 
circulação, localização e coletores de resíduos; localização de bebedouros; áreas 
em torno dos equipamentos de socorro de urgência, de combate a incêndio ou 
outros equipamentos de emergência; áreas destinadas à armazenagem e zonas de 
segurança. 
 
 Preto 
O preto deve ser empregado para indicar as canalizações de inflamáveis e 
combustíveis de alta viscosidade (ex: óleo lubrificante, asfalto, óleo combustível, 
alcatrão, piche etc.). 
 
 Verde 
O verde é a cor que simboliza a segurança e deve ser utilizado para 
canalizações de água; caixas de equipamento de socorro de urgência; caixas 
contendo máscaras contra gases; chuveiros de segurança; macas; lava-olhos; 
dispositivos de segurança; mangueiras de oxigênio (solda oxiacetilênica) etc. 
 
 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 75 
 Laranja 
Deve ser empregado para canalizações contendo ácidos; partes móveis de 
máquinas e equipamentos; partes internas das guardas de máquinas que possam 
ser removidas ou abertas; faces internas de caixas protetoras de dispositivos 
elétricos; faces externas de polias e engrenagens; botões de arranque de 
segurança; dispositivos de corte, borda de serras e prensas. 
Usar cores como meio para prevenção deve ser algo criterioso. O uso sem 
critérios pode criar mais confusão do que prevenção. Além disso, deve haver 
preocupação e cuidados com as questões da fadiga visual ou outras situações que 
causem desconforto ou confusão aos trabalhadores (PALASIO, COSMO, 2009). 
Para se compreender o sinal de segurança rapidamente ou com um simples 
olhar e sem confusão possível, os sinais têm pictogramas e cores diferentes, 
consoante o seu significado. 
Segundo a NR18, o canteiro de obras deve possuir sinalização de 
segurança com o objetivo de: 
a) identificar os locais de apoio que compõem o canteiro de obras; 
b) indicar as saídas por meio de dizeres ou setas; 
c) manter comunicação por meio de avisos, cartazes ou similares; 
d) advertir contra perigo de contato ou acionamento acidental com partes 
móveis das máquinas e equipamentos. 
e) advertir quanto a risco de queda; 
f) alertar quanto à obrigatoriedade do uso de EPI, específico para a atividade 
executada, com a devida sinalização e advertência próximas ao posto de trabalho; 
g) alertar quanto ao isolamento das áreas de transporte e circulação de 
materiais por grua, guincho e guindaste; 
h) identificar acessos, circulação de veículos e equipamentos na obra; 
i) advertir contra risco de passagem de trabalhadores onde o pé-direito for 
inferior a 1,80m (um metro e oitenta centímetros); 
j) identificar locais com substâncias tóxicas, corrosivas, inflamáveis, 
explosivas e radioativas. 
 
 
 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 76 
 
FIGURA 53 - EXEMPLO DE PLACA DE SINALIZAÇÃO DE EPIS EM OBRA DE 
CONSTRUÇÃO 
 
FONTE: Disponível em: <http://blog.iguacu2820.com.br/tag/obras/page/2/>. 
Acesso em: 20 jan. 2013. 
 
 
A NR18 também estabelece que é obrigatório o uso de colete ou tiras 
refletivas na região do tórax e costas quando o trabalhador estiver a serviço em vias 
públicas, sinalizando acessos ao canteiro de obras e frentes de serviços ou em 
movimentação e transporte vertical de materiais. 
 
A sinalização de segurança pode ser classificada como: 
 Sinais de Obrigação: indicam comportamentos ou ações 
específicas e a obrigação de utilizar EPI. 
 Sinais de Perigo: indicam situações de atenção, precaução, 
verificação ou atividades perigosas. 
 Sinais de Aviso: indicam atitudes perigosas ou proibidas para o 
local. 
 Sinais de Emergências: indicam direções de fuga, saídas de 
emergências ou localização de equipamentos de segurança. 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 77 
 
 
FIGURA 54 - EXEMPLO DE SINALIZAÇÃO DE OBRIGAÇÃO DE USO DE EPIS 
 
FONTE: Disponível em: <http://www.azefix.com.br/detalhes.asp?id=&produto=534> 
Acesso em: 20 jan. 2013. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 78 
 
 
FIGURA 55 - EXEMPLO DE SINALIZAÇÃO DE PERIGO 
 
FONTE: Disponível em: <http://www.azefix.com.br/detalhes.asp?id=39&produto=304> 
Acesso em: 20 jan.2013. 
 
 
FIGURA 56 - EXEMPLO DE SINALIZAÇÃO DE AVISO 
 
FONTE: Disponível em: 
<http://www.pontodosocorrista.com.br/arquivos_loja/7333/Fotos/thumbs3/produto_Foto1_2032107.jpg
> Acesso em: 20 jan. 2013. 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 79 
 
 
FIGURA 57 - EXEMPLO DE SINALIZAÇÃO DE EMERGÊNCIA 
 
FONTE: Disponível em: 
<http://www.focusvisual.com.br/site/img/gallery/Sinalizacao_tecnica_industrial/maiores/emergencia.jp
g > Acesso em 20 jan. 2013. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
FIM DO MÓDULO II

Outros materiais