Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
LICENCIATURA EM LETRAS - PORTUGUÊS/INGLÊS ESTUDOS DISCIPLINARES VII TRABALHO EM GRUPO - TG Vitória Carolina Santos e Silva RA: 1642299 Polo Macedo – Guarulhos 2017 INTRODUÇÃO Este trabalho tem como objetivo a interpretação e compreensão da obra The Scarlet Letter, não apenas no seu aspecto linguístico, mas também cultural. Enfatizando a importância do estudo da intertextualidade, tendo como referência a obra do autor Nathaniel Hawthorne. ANALISE DA OBRA “THE SCARLET LETTER” The Scarlet Letter (A Letra Escarlate) é uma produção de Nathaniel Hawthorne, de 1850. A obra se passa no século XVII, em Boston – Massachusetts, trazendo a história de Hester Prynne, que sofre sobre as rígidas regras da sociedade puritana. Hester Prynne é uma jovem casada, que decide junto de seu marido mudar-se de Nova Inglaterra para uma cidade maior, porém a moça parte na frente. Passa-se dois anos sem que Hester tenha notícias de seu marido, que é dado, supostamente, como morto, vítima da viagem. Neste meio tempo a jovem moça envolve-se em um outro relacionamento, cometendo adultério, engravidando. Naquela época, adultério era considerado crime, e sua sentença era a morte, mas Hester consegue uma pena mais leve. Sendo assim, a sociedade puritana não deixou esse ato impune. Eis então que Hester é levada à prisão, onde ela dá à luz a Pearl, fruto de seu crime. Ao sair da prisão Hester é submetida à vergonha por haver cometido adultério, sendo sentenciada a usar para sempre em suas vestes a letra “A” bordada, marcando-a em meio àquela sociedade. Após tal acontecimento, Hester reencontra seu marido, Roger Chillingworth, o qual implora para que sua esposa revele o nome do pai de Pearl, mas a mulher mante-se forte e nega, prometendo-lhe manter o casamento de ambos oculto. The Scarlet Letter revela a realidade daquela época, destacando a coragem e determinação de Hester, uma personagem de personalidade forte, que aceita todas as adversidades que estava destinada a sofrer por causa de seu pecado. Durante os sete anos nos quais se passam ela foi mal falada por qualquer pessoa que passasse por ela e evitada. Ela conseguiu sustentar a filha costurando para as pessoas da cidade, e com o pouco dinheiro que lhe sobrava os doava, mesmo recebendo os maus tratos das mesmas pessoas a quem ajudava. A beleza de Hester foi sendo substituída pela austeridade, mostrando apenas seu sofrimento. Mas ela não desistiu diante da hipocrisia da sociedade puritana, que a julgava, sem humanidade alguma, não tendo respeito, como deveriam por serem seguidores da bíblia. A obra de Nathaniel carrega críticas a respeito da religiosidade, ou melhor dizendo, sobre o puritanismo, que foi um movimento religioso muito influente, que desejava uma Igreja isenta de qualquer liturgia, cerimônia ou práticas que não estivessem com base, literalmente, na bíblia. O autor expõe todo esse preconceito dos religiosos, uma sociedade tão correta, que ao encontrar uma vítima, a julga, ao invés de ajudá-la, ato este que não está ligada a religião. Hawthorne consegue representar nesta obra as falhas e angustias da alma humana. INTERTEXTUALIDADE Segundo Silva (2002) a intertextualidade é “um fenômeno constitutivo da produção do sentido e pode-se dar entre textos expressos por diferentes linguagens”. A intertextualidade é o diálogo entre dois textos, sendo a influência de um texto sobre outro. O professor deve então investir nesse pensamento, levando ao aluno a perceber isso. A intertextualidade ocorre em diversas áreas do conhecimento. Eis abaixo algumas delas em relação a obra de Nathaniel Hawthorne, The Scarlat Letter: Cinema: Fonte: http://community.sparknotes.com O filme The Scarlat Letter, apesar de algumas mudanças, segue a obra de Hawthorne. Trazendo de forma não literária um novo mundo aos espectadores, dando vida ao livro. Fonte: http://screenprism.com Já o filme Easy A, também tem como referência o romance do autor, mas dessa vez como comédia romântica. Neste filme temos um ambiente mais moderno, onde encontra-se, em grande maioria, adolescentes. Mas o enredo da história é completamente diferente, mas ainda sim encontramos intertextualidade nessa obra. Cartoon: Fonte: https://rgreengrass.wordpress.com/ Como pôde ser visto, as imagens acimas são manifestações não literárias, que tem como principal referência o livro The Scarlet Letter. A intertextualidade serve para ilustrar a importância do conhecimento do mundo e como esse fator interfere no nível de compreensão do texto. Pois embora o leitor não identifique a intertextualidade, irá entendê-lo, mas relacionando um texto ao outro compreenderá mais profundamente a obra. Para Vera Wielewicki, existem diferentes formas de contar histórias e também diferentes formas de pensar; por isso, privilegiar apenas uma em sala de aula, o livro escrito, leva a excluir outras possibilidades. Para evitar essa atitude, continua Wielewicki, é preciso questionar a relação hoje entre o aluno e as narrativas escritas. Isso significa considerar a multimodalidade, ou seja, não somente narrativas escritas, mas imagéticas, digitais, etc. com as quais os alunos estão bem mais familiarizados. A proposta é usar as novas ferramentas digitais para aproximar as narrativas do dia a dia dos alunos. Dessa forma, na aula de Português, por exemplo, o aluno compreenderá que a intertextualidade é uma das estratégias utilizadas para a construção de um texto, seja ele representado em forma verbal ou não verbal. REFÊRENCIAS BIBLIOGRÁFICAS Hawthorne, Nathaniel. The Scarlet Letter. Disponível em: < http://www.literatureproject.com/scarlet-letter/> Acesso em setembro de 2017. WIKIPEDIA, The Scarlet Letter. Disponível em: <https://pt.wikipedia.org/wiki/The_Scarlet_Letter_(livro)> Acesso em setembro de 2017. Adoro Cinema, A Mentira. Disponível em: <http://www.adorocinema.com/filmes/filme-145481/> Acesso em setembro de 2017. INFO ESCOLA, Puritanismo. Disponível em: <http://www.infoescola.com/cristianismo/puritanismo/> Acesso em setembro de 2017. TODA MATERIA, Intertextualidade. Disponível em: <https://www.todamateria.com.br/intertextualidade/> Acesso em setembro de 2017.
Compartilhar