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PARASITOLOGIA – FILARÍASE LINFÁTICA HUMANA Também conhecida como Filariose ou Elefantíase devido o aspecto de perna de elefante do parasitado, é uma doença causada por parasitas nemátodes comumente chamados filária. Presente em regiões de clima tropical e subtropical. FAMÍLIA: Onchocercidae ESPÉCIES: Wuchereria bancrofti Brugia nalayi* Brugia timori* *Não serão estudadas, apenas o W. bancrofti por ser a principal espécie no Brasil VETOR: Culex quinquefasciatus Mosquitos dos gêneros Culex, Anopheles, Aedes e Mansonis são vetores, sendo C. quinquefasciatus o principal vetor no Brasil HABITAT: Microfilárias vivem na circulação sanguínea e vermes adultos nos vasos linfáticos MORFOLOGIA A microfilária, também conhecida como embrião, possui uma membrana delicada funcionando como bainha flexível. Essa bainha é extremamente importante para diferenciar a espécies de demais filarídeos presentes no sangue. As larvas são encontradas no vetor. A microfilária origina a larva de estágio 1 (L1), que origina a L2, que origina a L3 ou forma infectante. O verme adulto possui corpo delgado e cor branco-leitosa. O macho é menor que a fêmea e encurvado dorsalmente, enquanto ela é retilínea. TRANSMISSÃO Picada do inseto vetor e deposição da L3 em pele lesada. CICLO É heteroxênico. A fêmea do inseto vetor exerce hematofagismo no hospedeiro infectado e ingere microfilárias; No estômago do mosquito as microfilárias transitam até os músculos torácicos e se transformam, da fase microfilária até L3; No estágio de larva 3, elas seguem para o aparelho picador e se concentram no lábio do inseto. No próximo repasto sanguíneo (num hospedeiro não infectado), as larvas escaparão do lábio e penetrarão na pele; As larvas migram para os vasos linfáticos e se transformam em vermes adultos; 7-8 meses depois, as fêmeas grávidas fazem a postura de microfilárias. Um fato interessante é a periodicidade das microfilárias: durante o dia elas estão presentes nos capilares profundos, e durante a noite aparecem no sangue periférico, apresentando pico por volta de meia-noite. SINTOMAS FASE AGUDA – inflamação no sistema linfático ligada a febre e mal estar. FASE CRÔNICA – hidrocele e elefantíase. Esta se localiza nos membros inferiores ou, nos homens, no saco escrotal (não é o testículo que aumenta de tamanho, e sim o próprio saco escrotal). A elefantíase pode aparecer até 10 anos após o parasitismo e é uma inflamação e fibrose do órgão atingido, com hipertrofia do tecido conjuntivo, dilatação dos vasos linfáticos e edema linfático. As lesões crônicas podem se tornar irreversíveis. DIAGNÓSTICO Pesquisa de microfilárias no sangue por método de gota espessa, ou pesquisa de vermes adultos por ultrassonografia. TRATAMENTO Droga: citrato de dietilcarbamazina (DEC).
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