Portifolio para postagem Jogos e brincadeiras da minha região

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CENTRO UNIVERSITÁRIO UNINTER
SCHEILA CARDINALE CASSEMIRO DE SOUZA
JOGOS E BRINCADEIRAS DA MINHA REGIÃO
SERRA
2016
SCHEILA CARDINALE CASSEMIRO DE SOUZA
JOGOS E BRINCADEIRAS DA MINHA REGIÃO
Relatório de Portfólio da UTA Fundamentos da Educação Ética, Estética e Ludicidade Modulo C Fase II: Jogos e brincadeiras da minha região apresentado ao curso de licenciatura em Artes Visuais do Centro Universitário Internacional - UNINTER.
 Tutor local: Maria Aparecida Pereira de Almeida 
Polo de apoio presencial: Serra 
SERRA
2016
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO	5
2 JOGOS E BRINCADEIRAS DA CIDADE DE SERRA	6
3 CONSIDERAÇÕES FINAIS	9
4 REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFIA	10
RESUM0
Este trabalho tem como objetivo apresentar os jogos e brincadeira da minha região, exibindo sua relevância para o desenvolvimento da criança, do jovem e até mesmo do adulto. Despertando o corpo docente para as suas práticas em sala de aula com o resgate do aprender através dos jogos e brincadeiras no núcleo escolar. Os jogos e as brincadeiras são de suma relevância para o processo de interação e socialização dos envolvidos. Os jogos e as brincadeiras em grupo promovem a socialização, a compreensão de regras, a condução das emoções, a interação, a resolução de conflitos, a imaginação, o pensamento crítico e lógico para sanar situações problemas, adquirindo e construindo seus conhecimentos. Esse processo lúdico é interessante, pois produz benefícios grandiosos e uma participação dos discentes integral atraindo a criança, o adolescente para o núcleo escolar.
Palavras chave: Jogos, brincadeiras; interação, criança, aprendizagem.
INTRODUÇÃO 
Ao falar de jogos e brincadeiras logo nos arremete a primeira infância, fase essa de absorção, assimilação e processamento de informações, que a criança estabelece no seu universo através do brincar. Momento esse, que ganha destaque com os jogos de regras que exigem cumprimento de normas, concentração e raciocínio, onde a criança explora novos conhecimentos, caminhando para um mundo mais amplo na sua vida em sociedade.
Diante desse contexto educacional e social a ludicidade é de suma relevância no processo ensino aprendizagem. Vários autores como Piaget e Vygotsk consideram o brincar muito importante para o desenvolvimento integral da criança. 
Assim, é fundamental o papel do professor na educação lúdica, pois é ele que estará diretamente orientando, oferecendo e mediando e proporcionando condições para que as crianças possam participar de atividades que incluem jogos e brincadeiras, havendo assim, uma maior aproximação delas com a realidade em que a criança vive, respeitando o seu tempo, sua maturidade e seus conhecimentos já adquiridos.
2 JOGOS E BRINCADEIRAS DA MINHA REGIÃO
Houve-se um tempo em que as crianças brincavam na rua, na praça e nos parques. Tempos esses que se conhecia o vizinho pelo nome e sobrenome, que se tecia um relacionamento interpessoal com a vizinhança, onde as crianças compartilhavam seus brinquedos, e os pais interagiam com seus vizinhos. Saudosos tempos esses. 
Nesse mesmo tempo utilizávamos Enciclopédia Barsa (1997, p.338 – v.8) que segundo ela “A denominação de jogo é dada a diversas formas de atividades físicas ou mentais que têm por fim a recreação embora às vezes envolva também interesse financeiro.”.
Atualmente as crianças brincam muito pouco, na minha despretensiosa opinião, a tecnologia e a violência tirou das crianças uma gama de jogos e brincadeiras cheias de valor agregado. Atualmente tenho percebido a ausência dos grupos de meninos e meninas que antes eram comuns na rua, de cada bairro. 
No tempo que eu era criança, a maioria das brincadeiras nos fazia exercitar o corpo e a mente. Corríamos, pulávamos, gritávamos, cantávamos, de forma que nos exercitávamos sem perceber que estávamos a praticar exercício físico com nossas brincadeiras e jogos. Utilizávamos muitos objetos que serviam para brincar e fabricar nossos brinquedos, explorando o raciocínio lógico, a criatividade e o trabalho em grupo. Lata de óleo ou leite, tampinhas de garrafa e até meias velhas eram os elementos para divertir a todos sem distinção de etnia, gênero, classe social e religião.
Sem brinquedo algum, corríamos para nos esconder e corríamos mais ainda para nos salvar, assim era o pique esconde. E o mais cabana acontecia na escola onde as brincadeiras e os jogos eram constantes com os colegas de sala e até mesmo com os de outras turmas, Nossa, muito legal! Era motivador. 
Motivação e aprendizagem reforçada por Piaget (1975), os jogos caracterizam-se no primeiro período de desenvolvimento da criança, pelo jogo do exercício. Este reaparece mais tarde em outras fases do desenvolvimento da criança e também na vida adulta e quando abrangem mais indivíduos necessitam de regras que permitam o jogo regulando as situações. 
Já Vygotsky, considera que o desenvolvimento ocorre ao longo da vida e que as funções psicológicas superiores são construídas ao longo dela. Então se as atividades lúdicas é o berço das atividades intelectuais da criança, por que temos tão poucas brincadeiras e jogos no núcleo escolar? 
Alguém é capaz de ver na atualidade alguma criança arrastando uma roladeira? (era feita de lata de leite ou qualquer outra lata vazia, areia, arame e cordão). Simulava caminhões e tratores, variando de acordo com a criatividade de cada um. Saiamos em grupo pela calçada, ora correndo, ora andando de uma esquina a outra flutuando na imaginação e criatividade.
Tudo tinha sua época, cada brincadeiras e jogo em seu tempo. Pião, bolinha de gude, corrida de tampinha de garrafa era na minha casa, pois era o único quintal da rua que era de terra (não era cimentado) 
As brincadeiras de rodas, as cantigas essas eram desenvolvidas na rua Ciranda cirandinha, escravos de Jô, a galinha do vizinho, Terezinha de Jesus/de uma queda foi ao chão/Acudiram três cavalheiros todos de chapéu na mão” como também “Eu sou pobre, pobre, pobre de marré, marré, maré/Eu sou pobre, pobre, pobre de marré de si” e ainda mais “A canoa virou e tornou a virar, foi por causa de fulana que não soube nadar”. Ao recordar sou conduzida nesse instante do passado, onde cantávamos e nos encantávamos ao cantarolar. 
Outras brincadeiras eram cobra cega, passa o anel. Essas eram feitas na garagem de Iuri, o vizinho em frente. Quem nunca nem que seja por uma vez na vida, não brincou de casinha com direito a cozinhadinho e o famoso papai e mamãe? Tudo isso era apenas o prelúdio do ato de brincar, pois o dia mais esperado era a o sábado, onde correr era o exercício mais desejado, onde brincávamos de polícia e ladrão na pracinha. A brincadeira terminava com todos estirados na grama dos canteiros da praça, demonstrando que era hora de ir pra casa se coçando e muito suados, mas igualmente felizes. 
Já as crianças de hoje são modernas e evoluídas. Curtem Playstation IV, Xbox, navegam pela internet nas redes sociais, Facebook, Twitter, Whatsapp e Jogos eletrônico e on line. Sonham com o dia que terão o seu tablete. Atualmente nos deparamos com uma infância e juventude sem identidade, em que a tecnologia torna esses acomodados e sedentários. Gostaria de ver as crianças de hoje brincando e se divertindo de modo saudável, em que as interações e relações interpessoais perdurassem para as suas relações ao logo da vida.
3 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Ao refletirmos sobre a trajetória da infância até a fase adulta os jogos e as brincadeiras da minha região é facilmente percebido que se passa em outro momento histórico, que antecede a internet e os brinquedos eletrônicos. Rompendo as heranças culturais da arte de brincar 
O brinquedo estimula à cognição,proporcionando a criança a utilização da imaginação, desencadeando sua percepção e linguagem de mundo, desenvolvendo a sua criatividade, sua socialização, possibilitando o exercício da concentração, engajamento e senso de companheirismo, ganhando ou perdendo; procura entender regras e conseguindo resultados satisfatórios.
O corpo docente necessita utilizar a ludicidade como estratégia no processo ensino aprendizagem, num ambiente que estimule as brincadeiras e os jogos em função dos resultados significativos de modo que o corpo discente sinta o prazer de aprender, e que os jogos sejam vistos não só como recreação, mas também como um recurso relevante para a construção e prática da cidadania.
A comunidade escolar também pode contribuir estimulando atividades lúdicas no núcleo familiar proporcionando experiências de forma a resgatar o ato de brincar por muitos já esquecidos.
Enfim, é por meio das brincadeiras e jogos que as crianças vai compreender e interagir com o mundo do qual faz parte, permitindo realizar com desembaraço as atividades que colaboram para o crescimento pessoal, intelectual e ainda capacitá-la a agir de forma ativa e crítica na sociedade.
4 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICA
Enciclopédia Larousse Cultural. Porto Alegre. Nova Cultura, u. 14p. 3350, 1994.
PIAGET, Jean. A formação do símbolo da criança. Imitação, jogo, sonho, imagem e representação. Rio de Janeiro: Zahar. 1975.
Vygotsky, Lev Semenovich – A formação social da mente. São Paulo. Martins Fontes, 4ª ed. 1991.