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UniBH Profa. Silvânia MC de Araújo Página 1 CENTRO UNIVERSITÁRIO DE BELO HORIZONTE - UNIBH PROFa. SILVÂNIA DE ARAÚJO NOTAS TEÓRICAS DE SALA DE AULA DISCIPLINA: ECONOMIA Parte I e II 1º semestre 2017 UniBH Profa. Silvânia MC de Araújo Página 2 DISCIPLINA: ECONOMIA* PLANO DE ENSINO Carga Horária: 80 horas OBJETIVO: Capacitar o entendimento dos conceitos microeconômicos e macroeconômicos elementares, com vistas à formação essencial para interpretar, monitorar e acompanhar a evolução da conjuntura econômica e suas implicações nas organizações e na sociedade em geral. OBJETIVOS ESPECÍFICOS: - Estimular o entendimento dos conceitos essenciais da microeconomia e macroeconomia para compreensão da realidade econômica e suas implicações para gestão e planejamento; - Inserir os alunos em contextos econômicos, políticos e sociais que afetam a gestão das organizações; - Desenvolver nos alunos a habilidade de identificar, descrever os fenômenos econômicos que afetam as organizações em seu ambiente externo; - Desenvolver análise crítica diante das mudanças de politicas macroeconômicas; - Estimular a atitude proativa e empreendedora no mercado de atuação da organização e - Estimular atitude de responsabilidade social em diferentes contextos econômicos. EMENTA: Princípios de decisões econômicas. Microeconomia: As forças de mercado da demanda e oferta e elasticidade. Estruturas de mercado e falhas de mercado. A empresa e custos de produção. Critérios para otimização do lucro. Macroeconomia: agregados macroeconômicos. Mercado de trabalho e distribuição de renda. Noções sobre números- índices. Noções de economia monetária. Conceito de moeda, inflação, instrumentos de política monetária, estrutura do SFN. Noções de economia internacional, mercado de câmbio e balanço de pagamentos. Política fiscal e déficit público. Crescimento e desenvolvimento econômico Conteúdo C/H Subunidades 1. Atividade Acadêmica 4 1.1 Temas de conjuntura econômica no âmbito da microeconomia e macroeconomia 2. Introdução aos conceitos fundamentais 4 2.1 Objeto da economia e problema econômico 3. Princípios de economia e conceitos fundamentais 3.1 Tomada de decisão no âmbito da economia 3.2 Interação através do mercado 12 3.3 Como a economia funciona 3.4 Sistema econômico 3.5 Agentes econômicos 3.6 Fluxo circular da atividade econômica 3.7 Recursos de produção 4. Microeconomia 4.1 Demanda, condicionantes, curva de demanda 4.2 Oferta, condicionantes, curva de oferta 4.3 Mercado e equilíbrio de mercado 20 4.4 Elasticidade, conceito e determinantes 4.5 Estruturas de mercado (monopólio, oligopólio e concorrência monopolística) 4.6 Falhas de mercado 4.7 Custos de Produção e oportunidade 4.8 Consumidores, produtores e eficiência dos mercados 5. Macroeconomia 5.1 Os principais agregados macroeconômicos 5.2 Noções de número-índices. 20 5.3 SFN estrutura e sistema monetário 5.4 Política monetária e instrumentos 5.5 Fluxos internacionais de bens e capital 5.6 Política fiscal, finanças públicas 5.7 Influência da política monetária e fiscal na economia real 6. Indicadores sociais 6.1 Crescimento e desenvolvimento Econômico 4 6.2 IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) 9.1 Economia ambiental 7. Projeto Interdisciplinar de graduação 9.2 Economia criativa (cultura) 8. Debates sobre a política macroeconômica 16 9.3 Economia no mercado de capitais 9. Campos da Economia e oportunidades empreendedoras 9.4 Economia do crime 9.5 Economia da saúde 9.6 Economia sustentável (educação financeira) UniBH Profa. Silvânia MC de Araújo Página 3 AVALIAÇÃO: 100 pontos distribuídos em: A.S1 (Avaliação Somativa 1): 30 pontos. A.S2 (Avaliação Somativa 2): 10 pontos A.S3 (Avaliação Somativa 3): 20 pontos (Integradora) A.A.A. 1 (Atividades Avaliativas de Aprendizagem): 20 pontos. A.A.A. 2 (Atividades Avaliativas de Aprendizagem): 10 pontos. A.A.A. 3 (Projeto Interdisciplinar): 10 pontos. . Exigência mínima para aprovação: 70 pontos e 75% da frequência (máximo de faltas: 20) BIBLIOGRAFIA BÁSICA O'SULLIVAN, Arthur. Introdução à economia: princípios e ferramentas. São Paulo: Prentice Hall, 2014. 471 p. IBSN 8587918842 Disponível em: http://unibh.bv3.digitalpages.com.br/users/publications/9788587918840/pages/_1 PASSOS, Roberto Martins; NOGAMI, Otto. Princípios de Economia 6. Ed. ver. São Paulo: Cengage Learning, 2012. MANKIW, N. Gregory. Introdução à economia. Rio de Janeiro: Cengage Learning, ©2014. xxx, 824 p. ISBN 9788522111862.. BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR PINHO, Diva Benevides; VASCONCELLOS, Marco Antonio Sandoval de; TONETO JÚNIOR, Rudinei (Org.). Manual de economia. 6.ed. São Paulo: Saraiva, 2011. xviii, 670 p. ISBN 9788502135055. ROSSETTI, José Paschoal. Introdução à Economia. São Paulo: Atlas, 2013. p. 922 TROSTER, Roberto Luis; MOCHÓN MORCILLO, Francisco. Introdução à economia. ed. rev. e ampl. São Paulo: Pearson Education, 2002. 404 p. ISBN 8534610312 TROSTER, Roberto e MOCHON, Francisco. Introdução à Economia. São Paulo: Editora Mc Graw Hill, 2002 ISBN 8534601178 WONNACOTT, Paul; WONNACOTT, Ronald J. Economia. 2 ed. São Paulo: Makron Books, 1994. 833 p. ISBN 85-346- 0149-6 MOCHON, Francisco e TROSTER, Roberto. Introdução à Economia. São Paulo: Editora Mc Graw Hill, 2002 WESSELS, Walter J.. Economia. São Paulo: Saravia, 2010 SILVA, César Roberto Leite e LUIZ, Sinclayr. Economia e Mercados, Introdução à Economia. SP: Editora Saraiva, 2010 07- VASCONCELOS, Marco Antônio S.e TROSTER, Roberto. Economia Básica, SP: Atlas, 2008 HU HUMBARD, R. Glenn e O’BRIEN, Antony Patrick. Introdução à Economia. Bookman. Porto Alegre, 2010 10 - PINHO, Diva Benevides, VASCONCELLOS, Marco Antônio S. (Orgs). Equipe USP. Manual de Economia. Ed 4 . São Paulo: Saraiva, 2003 11 P T TIMACO, Jorge F. e Moreira, José O. Economia, notas introdutórias. São Paulo: Altas, 1990 a 1 ARAÚJO, Silvânia M. C. – Notas de Sala de Aula, 2016 (com base na bibliografia básica e complementar) Revista Cientifica da área de Economia e Administração (USP/UFMG/FGV/FDC/HSM) 1 Revistas e periódicos: Valor Econômico, Diário do Comércio, Isto É Dinheiro, Carta Capital, Exame, Brasil Econômico etc. 14- 15 – Sites: www.bcb.gov.br ; www.ibge.gov.br; www.ipea.gov.br; www.bndes.gov.br; www.pbh.gov.br; www.fjp.gov.br; www.fazenda.gov.br; www.endeavor.org.br, etc. UniBH Profa. Silvânia MC de Araújo Página 4 I – CONCEITOS BÁSICOS DA TEORIA ECONÔMICA A palavra economia vem do grego e pode ser entendida como “aquele que administra um lar”. O estudo da economia se interessa por tudo. Alfred Marshall, economista do século XIX dizia, que era: “um estudo da humanidade nos negócios comuns da vida”. Microeconomia é o ramo da economia que estuda as formas que as unidades individuais – consumidores, as empresas, os proprietários dos fatores de produção – interagem visando a satisfação das necessidades econômicas da sociedade. Estuda como os consumidores tomam decisões, de que forma suas escolhas são influenciadas pela variação dos preçose rendas. E, as consequências dessas. O princípio básico é que as famílias escolhem o que comprar visando maximizar a utilidade; e as empresas, o que produzir visando maximizar lucros. Macroeconomia estuda o funcionamento da economia como um todo, ou seja, interessa-se pelo comportamento agregado – produção, renda e consumo. Procura mensurar o volume total de produção, das rendas, dos preços, do trabalho. Como a ação de todos os indivíduos e empresas (setores) interagem para produzir um nível específico de comportamento da economia em seu conjunto. O que a macroeconomia difere da microeconomia? A diferença está no foco. A macroeconomia foca o desempenho da economia em seu conjunto e a microeconomia das decisões individuais. Contudo para responder as perguntas inerentes a essas áreas é necessário conhecer os instrumentais e um quadro de referência ampliado. UniBH Profa. Silvânia MC de Araújo Página 5 CENÁRIO ECONÔMICO – Agregados Macroeconômicos Mediana - Agregado Macroeconômicos 2017201 2017 2018201 2018 Foco IPCA (%) IGP-DI(%) IGP-M(%) Taxa de Câmbio - fim de período (R$/US$) Meta taxa Selic - fim de período (% a.a) Dívida Líquida do Setor Público (% do PIB) PIB (% de crescimento) Produção Industrial (% de crescimento) Balança Comercial (US$ bilhões) Investimentos Estrangeiro Direto(US$ bilhões) Preços Administrados (%) Fonte: Banco Central - * Boletim Focus- Projeções – 03/02/2017 Fatos econômico-sociais: - inclusão através do consumo, da educação e da cultura; - importância do crédito para estimular o consumo e os investimentos; - a incerteza ou confiança das pessoas na condução da política econômica; - o impacto da pressão inflacionaria ou da cultura inflacionária na vida das pessoas; - a importância da geração de emprego e renda para a economia; - importância do PIB, do IDH, do Banco Central, das famílias, das empresas, do governo e do resto do mundo; - etc. Qual o atual cenário atual da economia brasileira? Qual o cenário prospectivo? Como as economias se interagem no mundo global tão instável? Como e por que as empresas devem monitorar as mudanças da economia? Teoria Econômica Teoria Microeconômica Teoria Macroeconômica Analisa o comportamento dos agentes econômicos individuais - Produtor - Consumidor - Setor - Concorrência Analisa o comportamento agregado – macrovariáveis - Crescimento econômico - Emprego - Renda - Inflação - Taxa de Juros - Moeda, câmbio e tributos, etc UniBH Profa. Silvânia MC de Araújo Página 6 Economia: é a ciência social que estuda a produção, a circulação e o consumo dos bens e serviços que são utilizados para satisfazer as necessidades humanas. É o estudo de como as pessoas decidem alocar seus recursos escassos. Se ocupa da administração dos recursos escassos entre usos alternativos e fins competitivos. A economia estuda a relação que os homens têm entre si na produção de bens e serviços necessários à satisfação das necessidades da sociedade. A escolha individual é o cerne da economia. Na sociedade moderna, os desejos e necessidades são, em geral, mais amplos do que as disponibilidades de recursos de produção (ou fatores de produção). Isto equivale dizer que não existem limites a priori para os desejos e necessidades humanas frente às claras limitações à produção dos bens e serviços necessários ao atendimento destes desejos. Os elementos comuns no processo de escolha: a escassez, custo e margem (análise marginal). A escassez de recursos é quando sua quantidade disponível não é suficiente para satisfazer a todos os usos que a sociedade quer fazer. É preciso encontrar meios de alocar recursos para a produção de bens e serviços mesmo sabendo que parcela das necessidades (e indivíduos) não serão atendidas. A escassez é o elemento central que justifica a existência dos mercados. O custo de algo é igual a tudo aquilo de que você abre mão para obtê-lo (fazer uma coisa significa deixar de fazer outra), diante da escassez dos recursos - custo de oportunidade. Escolha: “Quanto”?” é uma decisão na margem, envolve a escolha do tipo “ ou isso ou aquilo”. Decisões que envolvem um trade-off – uma comparação entre os custos e benefícios, uma troca compensatória. Necessidades Recursos de produção Escassez UniBH Profa. Silvânia MC de Araújo Página 7 O conjunto de transações econômicas que dão vida a economia, podem ser visualizados no seguinte fluxo: Fonte: Kotler, P. e Keller, K. L.. Administração de Marketing. Necessidade humana pode ser: físicas (fisiológicas e segurança); sociais (afeto, pertencimento); individuais (conhecimento e auto-realização). Segundo a teoria da hierarquia das necessidades do psicólogo Abraham Maslow, conhecida como pirâmide de Maslow: Necessidades: fazem parte da condição humana e são caracterizadas como situações de privações. Desejos são as necessidades humanas moldadas pela cultura e pelas características individuais NECESSIDADES DESEJOS MERCADOS DEMANDAS TROCA PRODUTOS Auto-realização (desenvolvimento, conquista) Estima (auto-estima, reconhecimento, status) Sociais (relacionamento, pertencimento, amor) Segurança (defesa, proteção) Fisiológicas (fome, sede, vestuário) ESCOLHA - ESCASSEZ - NECESSIDADES - RECURSOS - PRODUÇÃO - DISTRIBUIÇÃO UniBH Profa. Silvânia MC de Araújo Página 8 Demanda quando viabilizados pelo poder de compra de cada um, os desejos se tornam demanda (procura). Produto é qualquer coisa (tangível ou intangível) que possa ser oferecida a um mercado para satisfazer uma necessidade ou desejo Troca é o ato de obter um objeto desejado oferecendo algo em troca Distribuição é o ato de fazer o resultado da produção ter acesso aos membros da sociedade. O comportamento do consumidor se caracteriza como um processo: um conjunto de estágio que envolvem a seleção, a compra, o uso ou disposição de produtos, ideias ou experiências par satisfazer as necessidades e desejos. Trata-se de um processo contínuo. Teoria e modelos: a economia preocupa-se em explicar os fenômenos observados. Ex: por que as empresas demitem ou contratam trabalhadores quando o preço das matérias-primas utilizadas em seu processo produtivo altera? Qual o impacto de um subsidio no estimulo de busca de produtividade na indústria automotiva? Assim sendo, as teorias econômicas são base para as previsões. Um modelo é uma representação matemática de uma empresa, setor, mercado ou outra entidade, com base na teoria econômica. Política econômica: atuação sobre a realidade, com três objetivos: crescimento, estabilidade e equitatividade. Objeto da Economia ? Sistema Econômico: compreende um complexo tecido de relações diretas e indiretas, pelas quais os homens chegam a dispor de variadíssima gama de bens, capazes de satisfazer suas múltiplas necessidades e desejos materiais. Sistema Econômico é a forma como a sociedade se organiza, visando solucionar os seus problemas de produção, circulação e distribuição de riqueza. Independenteda forma de organização da sociedade. Recursos, agentes e instituições se interagem. Escassez de Recursos Necessidades Humanas ilimitadas Produção Consumo Oferta de Bens e Serviços Demanda por Bens e Serviços Mercado UniBH Profa. Silvânia MC de Araújo Página 9 SISTEMA ECONÔMICO _______________________________________________________________________________________ Exportações de bens e serviços Importações de bens e serviços Agentes econômicos: são os responsáveis pelas ações econômicas que desenvolvem em um sistema econômico: a) Famílias (ou indivíduos) – fornecem os recursos de fatores (trabalho, capital, recursos naturais etc.) de sua propriedade aos outros agentes. Atuam como consumidores. b) Empresas (privadas e públicas) – são os agentes produtores de bens e serviços, que compõem o aparelho de produção da economia nacional. Organizam fatores produtivos e destinam o resultado de sua atividade ao mercado (onde a produção atinge seu destino final). c) Governo (administração pública) – são órgãos que se dedicam a prestar serviços à sociedade, que são consumidos pela coletividade. Seus produtos são indivisíveis. Administrações públicas: federal, estaduais e municipais. d) Resto do Mundo – (comércio exterior) – registra as transações econômicas ocorridas com agentes econômicos pertencentes a outros países. Fluxos fundamentais: o funcionamento do sistema econômico se caracteriza: pela obtenção de recursos (ou fatores de produção) em si, e pela obtenção de recursos financeiros e sua utilização. Dois mercados: fatores de produção e bens e serviços finais. Fluxo Real: obtenção dos fatores de produção, produção e distribuição de bens e serviços. Dão vida a atividade real da economia. Fluxo Nominal (ou monetário): processo de remuneração dos fatores de produção e dos pagamentos pelos bens e serviços comercializados na economia. Empresas Famílias (unidades familiares) Governo (Administrações Públicas) Resto do Mundo Fornecimento de recursos de produção Remuneração dos recursos empregados Fornecimento de bens e serviços Pagamentos pelos bens e serviços Pagamentos de tributos e Fornecimentos de bens e serviços Pagamentos de tributos e Fornecimentos de recursos de produção Pagamentos pelos bens e serviços Remuneração dos recursos de produção UniBH Profa. Silvânia MC de Araújo Página 10 O fluxo circular de renda (real e monetário) contemplam os mercados de: bens finais e serviços; trabalho; mercado; fundos de capital e bens de investimento. Podem ser representada da seguinte maneira: 1 – as famílias cedem às empresas os fatores de produção de que são proprietárias e, em troca, recebem das empresas uma renda, ou seja, uma remuneração sob forma de dinheiro; 2 – as empresas combinam esses fatores num processo denominado processo de produção e obtêm, como resultado, um conjunto de bens e serviços; 3 – com a renda recebida em troca da utilização, na produção, dos fatores de que são proprietárias, as famílias compram das empresas os bens e serviços por estas produzidos; 4 – as famílias consomem os bens e serviços. FLUXO REAL DA ECONOMIA FLUXO MONETÁRIO (NOMINAL) DA ECONOMIA Pagamento dos bens de serviços Remuneração dos fatores de produção Mercado é um grupo de compradores e vendedores que interagem entre si, resultando na possibilidade de trocas. É composto por compradores (consumidores dos bens e serviços) e os vendedores (produtores que utilizam os insumos e recursos de produção para produzir bens e serviços). Os mercados estão no centro da atividade econômica, e muitas questões da economia estão relacionadas com o funcionamento dos mercados. Saiba mais: Adam Smith, A riqueza das Nações, publicado em 1776: Os participantes da economia de mercado são motivados por seus próprios interesses e que a “mão Mercado de bens e serviços Demanda Oferta Famílias Empresas Oferta Demanda Mercado de fatores de produção Famílias Empresas UniBH Profa. Silvânia MC de Araújo Página 11 invisível” do mercado conduz esses interesses de maneira que seja promovido o bem- estar econômico geral. Bens e Serviços: mercadorias e serviços que resultam da produção executada por individuos ou empresas que satisfazem direta ou indiretamente às necessidades humanas. Definidos como: Econômicos e livres. Tangiveis e Intangíveis. Durável, Não Durável, Semidurável. Intermediário, Capital e Consumo final. Setores de Produção: conjunto de unidades de produção que é caracterizado pelo produto produzido, classificado conforme sua produção principal. No Brasil temos o CNAE (Código Nacional de Atividade Econômica). a) Setor primário (agropecuária): constituído pelas unidades produtoras que utilizam intensamente os recursos naturais: agrícolas; a pesca; a pecuária. b) Setor secundário (indústria): atividades industriais que transformam matérias-primas em bens finais ou intermediários, tais como: siderurgia; refino de petróleo; abate de carne; construção civil; fabricação de automóveis; farmacêuticos; indústria têxtil etc.. c) Setor terciário (serviços): integrado pela produção dos bens intangíveis, como: transporte, comércio; comunicações; intermediação financeira; administração pública; saúde, etc.. FORÇAS DO MACROAMBIENTE DA EMPRESA Maximizar a satisfação do indivíduo/utilidade Maximizar a eficiência produtiva/lucratividade BENS E SERVIÇOS Necessidades ilimitadas Recursos de Produção Bens e serviços FORÇAS Culturais FORÇAS Econômicas/ ambientais FORÇAS de natureza física FORÇAS Tecnológicas FORÇAS Demográficas FORÇAS Políticas EMPRESAS – realidade empresarial/Sustentabilidade UniBH Profa. Silvânia MC de Araújo Página 12 PIRÂMIDE DAS NECESSIDADES EMPRESARIAIS: Necessidades empresariais: a base é a estruturação (física e humana). Nesta etapa, o nome, o mix de produtos, o ponto, o layout, a divulgação da marca, a qualificação profissional são fundamentais. Em seguida, a formação de caixa para a manutenção da empresa aberta através do pagamento de funcionários e fornecedores (liquidez). Após isto, a prioridade é a formação de uma “carteira” de clientes. O reconhecimento também faz parte da prioridade das empresas. Nesta etapa, as empresas querem ser referências no mercado. A auto-realização é um processo mais longo, dependendo do que se oferece ao mercado. É o que toda empresa deseja atingir. Liderança e sustentabilidade. Transações econômicas: dão vida ao sistema econômico: Produção: é a atividade econômica que consiste em criar os bens e serviços oferecidos no mercado para atender nas ocasiões e lugares às necessidades e desejos humanos. É a atividade que consiste em criar os bens e serviços que oferecidos no mercado para atender nas ocasiões e lugares às necessidades e desejos humanos FATORES (OU RECURSOS) DE PRODUÇÃO: recursos necessários para realização da produção. trabalho + capital físico + capital financeiro + recursos naturais + tecnologia + capacidade empresarialcapital LIQUIDEZ AUTO- REALIZAÇÃO RECONHECIMENTO CLIENTES ESTRUTURA FÍSICA E HUMANA Inputs (entradas) Insumos + fatores de produção Processamento Produção Outputs (saídas) Produtos UniBH Profa. Silvânia MC de Araújo Página 13 (Y) = f (L, K), ou seja, a produção é função da combinação dos fatores trabalho, capital, recursos naturais, tecnologia. Atos ou transações econômicos: Consumo: ato de aquisição do produto final pelo consumidor – agente cuja necessidade própria ou de seus dependentes será satisfeita pelo produto adquirido. Também chamado de demanda ou despesa. PRODUÇÃO RENDA CONSUMO Poupança para financiamento de investimento ACUMULAÇÃO ou FORMAÇÃO DE CAPITAL Despesas com bens de consumo Pagamento de fatores de produção Despesa de bens de capital Trabalho Capital Recursos Naturais Bens e Serviços = Eficiência produtiva: mobilização e combinação sob padrões ótimos de desempenho e de organização do processo produtivo. A busca de se obter o máximo. Obter o máximo possível a partir de recursos escassos. Portanto, aprimorar os recursos e emprega-los de tal forma que se minimizem as taxas ocorrentes de ociosidade e desemprego e maximizem os retornos. UniBH Profa. Silvânia MC de Araújo Página 14 Acumulação (formação bruta de capital): trata-se dos investimentos realizados visando à ampliação da capacidade de produção do país. Renda: remuneração é paga aos proprietários dos fatores de produção. Portanto, as unidades produtoras efetuam pagamentos ao pessoal empregado, remuneram os proprietários dos fatores de capital e recursos naturais e realizam lucros. Consumo = Consumo final + Consumo intermediário (insumos) Poupança = Renda - Consumo Consumo de bens intermediários: representa o valor dos bens e serviços consumidos no processo de produção. Valor dos bens e serviços utilizados como insumos no processo de produção. Problema fundamental da economia: é a impossibilidade de se produzir bens e serviços em quantidades ilimitadas para satisfazer às necessidades humanas permanentemente ampliadas, pois os fatores de produção existem em quantidades limitadas. É a chamada lei da ESCASSEZ. TRÍADE DA ECONOMIA, as perguntas fundamentais norteadoras do PROBLEMA ECONÔMICO: O que e quanto produzir? (enfoque econômico) a decisão será tomada pelos produtores e consumidores. Isto significa quais os produtos que deverão ser produzidos (roupas, carros, casas, etc.) e em que quantidades deverão ser colocadas à disposição dos consumidores. O quanto produzir envolve a limitação dos fatores de produção, levando ao processo de escolha: se quiser aumentar a produção de um bem qualquer, tem-se que reduzir a produção do outro. Como produzir? (enfoque tecnológico) a decisão será determinada pela competição entre os produtos, em busca de maior produtividade e redução dos custos. Isto é, por quem serão os bens e serviços produzidos, com que recursos e de que maneira ou processo produtivo (técnico). Como distribuir (para quem?) (enfoque social) a decisão será determinada pela capacidade de aquisição dos bens produtos, isto é, cada indivíduo irá adquirir a quantidade de bens e serviços conforme suas disponibilidade de recursos financeiros. Isto é, para quem se destinará a produção (fatalmente, para os que têm renda) QUAIS, QUANTOS, COMO E PARA QUEM produzir não seriam problemas se os recursos utilizáveis fossem ilimitados. Todavia, na realidade existe o problema econômico: necessidades ilimitadas e recursos técnicos limitados, portanto, a Economia ECONOMIA REAL: produção, emprego, renda, consumo e investimento. UniBH Profa. Silvânia MC de Araújo Página 15 deve optar dentre os bens a serem produzidos os processos técnicos capazes de transformar os recursos escassos em produção. Esses podem ser resolvidos pela concorrência dos mercados e pelo mecanismo de preços. Saiba mais: - Por que os bens são procurados (ou desejados)? Um bem é procurado porque é útil. Por utilidade entende-se “a capacidade que tem um bem de satisfazer uma necessidade humana.” - A necessidade humana é concreta e subjetiva. Pode ser definida como qualquer manifestação de desejo que envolva a escolha de um bem econômico capaz de contribuir para a sobrevivência ou para a realização social do indivíduo. Assim sendo, ao economista interessa a existência das necessidades humanas a serem satisfeitas com bens econômicos, e não a validade filosófica das necessidades. Ex.: para os muito pobres a carne pode ser uma necessidade e não o ser para os mais ricos. - É importante citar que: as necessidades se renovam a dia a dia e exigem contínuos suprimentos dos bens para atendê-las e é constante a criação de novos desejos e necessidades, motivadas pela perspectiva que abre de aumentar o padrão de vida. Portanto, o problema da escassez se renova. - Economia de mercado: sistema econômico onde as questões econômicas fundamentais são resolvidas no mercado. Pode ser: sistema de concorrência pura ou mista (com a presença e interferência do Estado) - Economia capitalista caracteriza-se por um sistema de organização econômica baseada na propriedade privada dos meios de produção. Capital, propriedade privada, divisão do trabalho e moeda são elementos do capitalismo. Consumidores maximizar sua utilidade Produtores maximizar lucro e a eficiência produtiva O mercado e o consumidor/cliente são fundamentais para o sucesso das empresas; os 4 P’s (produto, preço, promoção e posicionamento (ponto, praça). Outros autores enfatizam os 4 C’s (cliente, custo, conveniência e comunicação). Saiba mais: Segundo o IBGE Trabalho significa a ocupação econômica remunerada em dinheiro, produtos ou outras formas não monetárias, ou a ocupação econômica sem remuneração, exercida pelo menos durante 15 horas na semana, em ajuda a membro da unidade domiciliar em sua atividade econômica, ou a instituições religiosas beneficentes ou em cooperativismo ou, ainda, como aprendiz ou estagiário. Para os indivíduos que trabalham investiga-se a ocupação, o ramo de atividade, a posição na ocupação, a existência de mais de um trabalho, o rendimento efetivamente recebido no mês anterior, o número de horas efetivamente trabalhadas, etc. Para os indivíduos que procuram trabalho investiga-se a providência tomada, o tempo de procura, se trabalharam antes com ou sem remuneração, a ocupação, o ramo de atividade e a posição na ocupação do último trabalho. Para os inativos, se procuraram trabalho no período de referência de 30 ou 60 dias. UniBH Profa. Silvânia MC de Araújo Página 16 População em Idade Ativa (PIA): compreende as população economicamente ativa e a população não economicamente ativa. População Economicamente Ativa (PEA): Compreende o potencial de mão-de-obra com que pode contar o setor produtivo, isto é, a população ocupada e a população desocupada, assim definidas: população ocupada - aquelas pessoas que, num determinado período de referência, trabalharam ou tinham trabalho mas não trabalharam (por exemplo, pessoas em férias). As pessoas ocupadas são classificadas em: a. Empregados - aquelas pessoas que trabalham para um empregador oumais, cumprindo uma jornada de trabalho, recebendo em contrapartida uma remuneração em dinheiro ou outra forma de pagamento (moradia, alimentação, vestuário, etc.). Incluem- se, entre as pessoas empregadas, aquelas que prestam serviço militar obrigatório e os clérigos. Os empregados são classificados segundo a existência ou não de carteira de trabalho assinada. b. Conta Própria - aquelas pessoas que exploram uma atividade econômica ou exercem uma profissão ou ofício, sem empregados. c. Empregadores - aquelas pessoas que exploram uma atividade econômica ou exercem uma profissão ou ofício, com auxílio de um ou mais empregados. d. Não Remunerados - aquelas pessoas que exercem uma ocupação econômica, sem remuneração, pelo menos 15 horas na semana, em ajuda a membro da unidade domiciliar em sua atividade econômica, ou em ajuda a instituições religiosas, beneficentes ou de cooperativismo, ou, ainda, como aprendiz ou estagiário. População Desocupada - aquelas pessoas que não tinham trabalho, num determinado período de referência, mas estavam dispostas a trabalhar, e que, para isso, tomaram alguma providência efetiva (consultando pessoas, jornais, etc.). POPULAÇÃO DO PAÍS Menos: os muitos jovens e os muitos idosos POPULAÇÃO EM IDADE ATIVA (PIA) PESSOAS PROCURANDO TRABALHO POPULAÇÃO ECONOMICAMENTE ATIVA (PEA) PESSOAS OCUPADAS E DESOCUPADAS (procurando trabalho) Rendimento do Trabalho (renda/salário): Para os empregados, considera-se a remuneração efetivamente recebida no mês de referência. Assim sendo, incluem-se as parcelas referentes ao 13º, 14º, 15º salários e a participação nos lucros paga pela empresa, ou outra gratificação, no mês de referência. Para os empregadores e para as pessoas que trabalham por conta própria considera-se a retirada feita ou o ganho líquido recebido efetivamente no mês de referência. UniBH Profa. Silvânia MC de Araújo Página 17 Define-se como ganho líquido o rendimento bruto menos as despesas efetuadas com o negócio ou profissão (salário de empregados, despesas com matéria-prima, energia elétrica, telefone, etc.). Para a pessoa que recebe, pelo seu trabalho, em produtos ou mercadorias, considera-se o valor de mercado dos produtos recebidos. Para a pessoa que estiver licenciada por instituto de previdência, considera-se o rendimento bruto do benefício (auxílio-doença, auxílio por acidente de trabalho, etc.), efetivamente recebido no mês de referência. FIGURA 1 – Problema econômico Fonte: http://economia-a.blogspot.com.br/search/label/Ciência20%Economica Acesso em: 07/1/2016 FIGURA 3 – Fluxos monetários UniBH Profa. Silvânia MC de Araújo Página 18 UniBH Profa. Silvânia MC de Araújo Página 19 Demanda por roupas, alimentos, serviços médicos etc. Mercado de Bens e Serviços ( formação dos Preços dos Bens ) As famílias demandam bens e serviços FAMÍLIAS As famílias oferecem fatores de Produção As empresas oferecem bens e serviços EMPRESAS As empresas compras fatores de Produção (custos) Mercado de Fatores de Produção (formação dos Preços dos Fatores ) trabalho, terra, capital etc.. Fluxo real de recursos (moeda)salário, juros, aluguel, lucros Fluxo monetário de pagamentos Fluxo real de Bens e Serviços Moedas Fluxo Monetário de Pagamentos roupas, alimentos, consultas médicas etc. Oferta de roupas, alimentos, serviços médicos, etc. Oferta de Trabalho, terra, capital, capacidade empresarial Demanda por trabalho, terra, Capital e Capacidade Empresarial FLUXO CIRCULAR DA ATIVIDADE ECONÔMICA UniBH Profa. Silvânia MC de Araújo Página 20 Economia é ciência ligada a problemas de escolha. Essa inerente à limitação dos recursos impõe-se uma escolha para a produção entre mercadorias relativamente escassas. FIGURA 3 - Custo de oportunidade Fonte: http://economia-a.blogspot.com.br/2012/03/o-custo-de-oportunidade.html. Acesso em: 07/08/2016 Custo de oportunidade: são os custos associados às oportunidades perdidas quando os recursos de uma empresa não são utilizados da melhor forma. Assim sendo, quando um bem é escasso, decidir pelo uso de uma forma significa desistir de usá-lo de outra. Significa fazer trocas compensatórias. Exemplos: 1) Um empresário investe R$100 mil em um negócio que tem um lucro anual de R$5 mil. Se o empresário tivesse escolhido a alternativa de fazer uma aplicação financeira poderia ganhar algo em torno de 11% ao ano, ou seja, R$ 11 mil. Esse é o custo de oportunidade do capital. 2) Uma empreendedora utilizou um amplo e bem localizado imóvel da família para instalar um Salão de Beleza. Após anos de trabalho percebeu que os lucros mensais do negócio estavam estabilizados e rendiam aproximadamente R$5 mil por mês, no entanto, caso optasse por alugar o imóvel obteria um aluguel mensal de pelo menos R$8 mil. Esse seria, portanto, o seu custo de oportunidade. Ele não aparece na contabilidade do Salão de Beleza, mas mostra a empresária qual é a melhor opção de emprego do imóvel. Esse é o custo de oportunidade do imóvel. 3) Um representante de vendas, autônomo, após contabilizar receitas e Escassez: Escolha: Trade-off UniBH Profa. Silvânia MC de Araújo Página 21 custos das suas vendas verifica que teve um lucro médio mensal no ano passado de R$3.500, no entanto, lembra-se que antes deixar o emprego para abrir sua representação comercial tinha um salário médio de R$ 8.500. Esse é o custo de oportunidade de sua mão-de-obra, o custo da melhor alternativa do emprego de sua força de trabalho. 4)Todo o aluno tem seu custo de oportunidade, que é o “sacrifício” de estar estudando Economia, em vez de estar trabalhando e recebendo um salário ou se divertindo. Uma vez considerados os Custos de Oportunidade, percebe-se que muitos negócios aparentemente lucrativos de acordo com os registros contábeis não são a melhor opção de emprego do recurso produtivo. - A curva de possibilidade de produção fornece um importante instrumental de análise para a plena utilização e as alternativas de utilização dos recursos disponíveis. Demonstra todas as possíveis combinações que podem ser estabelecidas, quando os recursos produtivos estão sendo plenamente utilizados. Suponha que uma economia seja representada pela indústria calçadista. Ess conta com 100 empregados, domínio tecnológico da produção, dispõe de uma quantidade de recursos financeiros para adquirir fatores de produção para produzir um bem ou um conjunto de bens. Cabe decidir (ou escolher): quanto e o que produzir? Como produzir? E para quem produzir? Como alocar os recursos de produção disponíveis entre as diferentes possíveis linhas de produção? O que o produtor fará é apurar sua capacidade máxima de produção, avaliando sua capacidade de obtenção de fatores e as opções que ele tem, para então definir qual a alternativa que mais lhe convém, dentre as diversas possibilidades de maximização de produção. Alternativas de produção Combinações de produção Custo de Oportunidade Sandália Sapato A 40 0 B 30 10 C 25 15 D 10 20 E 0 30 A escassez surge toda a vez que as pessoas desejam mais de um bem do que está disponível. Quando um bem é escasso, as pessoas têm de escolher entre alguns de seus usos. A escassez é a fonte de toda escolha. UniBH Profa. Silvânia MC de Araújo Página 22 A escolha de qual alternativa será utilizada dependeráfundamentalmente da demanda que a sociedade tem ou terá pelos bens a serem produzidos. Como os recursos produtivos são limitados (força de trabalho, financeiros, capital físico, tecnologia etc.), ao optar por produzir mais unidades de um bem (sapato), terá que haver redução na produção do outro bem (sandália). A curva de possibilidade de produção retrata a capacidade produtiva de uma economia ou firma num determinado período de tempo, em função da disponibilidade de fatores de produção existentes. Trata-se de uma análise estática. Os quatro estágios da economia (produção): a) Pleno Desemprego: ocorre quando a demanda está muito abaixo da situação de pleno emprego e a economia não estaria produzindo nada. É um ponto improvável avaliado pelo ponto de vista da economia como um todo, pois a economia pode não estar utilizando a totalidade dos recursos produtivos, mas em hipótese alguma ela deixará de produzir alguma coisa. b) Capacidade Ociosa: Significam que o nível de produção praticado está abaixo da real capacidade de produção da economia ou da firma. Neste ponto não há custo de oportunidade, porque não há sacrifício algum para se produzir mais ambos os bens. Os recursos de produção não estão plenamente ocupados. c) Pleno Emprego (eficiência produtiva): quando a produção utiliza plenamente os recursos produtivos disponíveis. Situação em que todos os recursos disponíveis estão sendo plenamente utilizados, ou seja, não existe capacidade ociosa das atividades produtivas. Alternativas máximas de produção com os recursos de produção disponíveis. È considerada a fronteira da produção, além da qual não se consegue produzir maiores quantidades de bens e serviços com os recursos disponíveis num dado período de tempo. Limite máximo da eficiência. d) Além do Pleno Emprego (expansão da fronteira de produção): é um ponto inatingível, quando a produção necessária para atingi-lo está acima das reais capacidades de produção da economia, com os recursos e os fatores disponíveis, num dado período de tempo. Só irá ser atingido se ocorrerem investimentos, ou seja, mais tecnologia é introduzida no processo produtivo, que se tem recursos financeiros para investir ou adquirir novos equipamentos, a capacidade de produção será alterada, ou seja, haverá a possibilidade de produzir bens num novo patamar de maximização. Há um deslocamento da curva para direita. Quanto maior a disponibilidade de recursos produtivos na economia, mais afastada da origem a curva estará. Tal ponto é atingido através de: aumento na quantidade do fator capital, da força de trabalho, progresso tecnológico dentre outros. UniBH Profa. Silvânia MC de Araújo Página 23 Curva de Possibilidade de Produção (ou Fronteira de Produção) - A curva é côncava, decrescente, pelo fato de os recursos disponíveis serem limitados (terra, trabalho e capital). - Mostra que se decresce a taxas crescentes; isto significa que a substituição entre quantidades dos dois bens se torna cada vez mais difícil. Este fenômeno dos custos crescentes surge na medida em que se transfere recurso adequado e eficiente de uma atividade para outra, onde eles se apresentam ineficientes e inadequados. - O crescimento: deslocamento para fora da curva de possibilidade de produção, ocorre devido a: avanço tecnológico, o que significa a criação de maneiras novas e melhores para produzir bens; aumento da quantidade de capital (incluindo o capital humano - educação) e aumento da força de trabalho. Crescimento econômico: capacidade crescente da economia de produzir bens e serviços. Como pode ocorrer a expansão da capacidade de produção (deslocamento a direita da curva)? 1) Aumento dos fatores de produção, ou seja, dos recursos usados para produzir bens e serviços. 2) Crescimento tecnológico, os meios técnicos para a produção de bens e serviços. . O que de fato a economia produz depende das escolhas que as pessoas fazem. Bem X Bem Y Capacidade ociosa Além do Pleno Emprego Pleno Emprego Pleno Desemprego Pontos de Estrangulamentos (gargalos) Pontos Potenciais UniBH Profa. Silvânia MC de Araújo Página 24 Saiba mais: O apetite humano é insaciável, é preciso tomar decisões para determinar como distribuir os recursos limitados. Na maioria das vezes, o aumento da produção de um bem ou serviço requer que haja custo ou sacrifício, ou seja, custo de oportunidade. Um bom exemplo: em 1992 a demanda por motocicletas Harley-Davidson mantinha as fábricas operando a 100% de sua capacidade. A empresa controlava 60% do mercado de alto nível e preço elevado, e a gerência foi obrigada a decidir qual a maneira de distribuir uma capacidade limitada de produção para atender à demanda. Decidiu produzir para os USA e no exterior. Incorreu em um custo de oportunidade ao decidir em não dedicar toda sua capacidade de produção aos modelos mais caros e lucrativos para exportar para o Japão. O custo de oportunidade é o custo da opção, quando produção, tempo e dinheiro são limitados. (Silbiger) A eficiência alocativa está relacionada à forma de combinação dos fatores de produção, portanto, tem a ver com a produção do melhor conjunto de bens, empregando o melhor conjunto de elementos de produção. A eficiência técnica significa produção com a menor quantidade de insumos possível (trabalhando em ritmo razoável). Conceitos Relevantes: - Vantagem absoluta: a comparação entre produtores de um bem levando em conta sua produtividade, ou seja, quando um produtor que precisa de uma menor quantidade de insumos para produzir um bem tem vantagem absoluta na produção desse bem. - Vantagem comparativa: comparação entre dois produtores de um bem com base em seus custos de oportunidades. - Vantagem competitiva: busca de diferenciáveis em relação aos concorrentes. UniBH Profa. Silvânia MC de Araújo Página 25 II – Noções de MICROECONOMIA É o ramo da economia que estuda o comportamento das unidades econômicas individuais – consumidores, empresas, trabalhadores, investidores, - na realidade, quaisquer indivíduos ou entidades que desempenhem um papel no funcionamento da economia. O princípio básico é que as famílias escolhem o que comprar visando maximizar a utilidade/satisfação. As empresas, o que produzir visando maximizar lucros. A combinação das quantidades de fatores de produção, bens e/ou serviços que os consumidores estariam dispostos a adquirir, que geralmente são, como já estudados, infinitas e ilimitadas, enquanto as quantidades desses elementos que os empresários teriam condições de vender se traduzem sempre em uma oferta finita e limitada, em face da escassez dos recursos produtivos, impõe a determinação de um denominador comum, que nada mais será do que o preço. A determinação deste preço, cujo nível em muito dependerá da estrutura econômica e mercadológica envolvida, é tarefa a que se propõe a microeconomia ao estudar a questão tanto no âmbito dos fatores de produção como no caso dos bens e/ou serviços. Oferta e demanda são as forças que determinam a quantidade produzida de cada bem e o preço pelo qual o bem será vendido. Se quiser saber como a economia será afetada por qualquer acontecimento ou política, é necessário pensar, primeiro, em seus impactos sobre a oferta e a demanda. (Mankiw) Escassez de Recursos Necessidades Humanas Produção ConsumoOferta de Bens e Serviços Demanda por Bens e Serviços Interação das forças : Mercado PREÇOS UniBH Profa. Silvânia MC de Araújo Página 26 Vale saber que: . Condições coeteris paribus ou ceteris paribus, ou seja, uma hipótese segundo a qual todas as demais condições que possam influenciar no relacionamento entre duas variáveis, funcionalmente dependentes, sejam mantidas constantes. (“mantendo tudo o mais constante”) . Estudar microeconomia permite mostrar como aplicar os princípios microeconômicos aos problemas reais de tomada de decisão. Por exemplo: um lançamento de um carro envolve tanto a preocupação com os custos de produção, o público, a formação dos preços, as relações com o governo, dentre outros. . Microeconomia trata das decisões tomadas por pequenas unidades econômicas – consumidores, trabalhadores, investidores, proprietários de recursos e empresas. Ela também trata das interações entre consumidores e empresas, formando os mercados e setores. Para as EMPRESAS, a análise microeconômica pode subsidiar as seguintes decisões: Política de preços da empresa; Previsões de demanda e faturamento; Previsões de custos de produção; Decisões ótimas de produção (escolha da melhor alternativa de produção, isto é, da melhor combinação de fatores produção); Avaliação e elaboração de projetos de investimentos (análise custo-benefício da compra de equipamentos, ampliação da empresa); Política de propaganda e publicidade (como as preferências dos consumidores podem afetar a procura do produto); Localização da empresa (se a empresa deve situar-se próxima aos centros consumidores ou aos centros fornecedores de insumos); Diferenciação de mercados (possibilidades de preços diferenciados, em diferentes mercados consumidores do mesmo produto). Em relação à POLÍTICA ECONÔMICA, a teoria microeconômica pode contribuir na análise e tomada de decisões das seguintes questões: Avaliação de projetos de investimentos públicos; Efeitos de tributos (impostos, taxas e contribuições) sobre mercados específicos ; Política de subsídios (nos preços de produtos como trigo e leite, ou na compra de insumos como máquinas, fertilizantes); Fixação de preços mínimos na agricultura; Controle de preços; Política salarial; UniBH Profa. Silvânia MC de Araújo Página 27 Política de tarifas públicas (água, luz e outras); Política de preços públicos (petróleo, aço); Leis antitruste (controle de lucros de monopólios e oligopólios) e falhas de mercado. Atitudes UniBH Profa. Silvânia MC de Araújo Página 28 MACROAMBIENTE DAS EMPRESAS O QUE É MERCADO? As unidades econômicas individuais podem ser divididas em dois grandes grupos conforme sua função: COMPRADORES E VENDEDORES. Os compradores abrangem os consumidores (adquirentes de bens e serviços) e as empresas (adquirentes do trabalho, capital e insumos que utilizam para produzir bens e serviços). Nitidamente, a maioria das pessoas e a maior parte das empresas atuam tanto como compradores quanto como vendedores; contudo é prático pensar que elas são simplesmente compradores quando estão adquirindo e vendedores quando estão vendendo alguma coisa. Mercado é um grupo de compradores e vendedores que, por meio de suas reais ou potenciais interações, determinam o preço de um produto ou de um conjunto de produtos. É assim, o “local” onde os preços são determinados. Os preços estão no centro da atividade econômica, e muitas das questões e temas mais interessantes da economia estão relacionados com o modo de funcionamento dos mercados. Diferenças significativas de preços de uma mercadoria criam possibilidades para as chamadas operações de arbitragem – comprar a baixo preço em um local e vender a um preço mais alto em outro local. UniBH Profa. Silvânia MC de Araújo Página 29 MERCADO mercado competitivo (concorrência perfeita) mercado não competitivo (imperfeito) Mercado competitivo: possui um grande número de compradores e vendedores de forma que nenhum possa individualmente influir de forma significativa nos preços. Mercado não competitivo: possuem muitos produtos, entretanto, determinadas empresas podem conjuntamente afetar o preço dos produtos. (ex.: cartel é um grupo de produtores que atua em conjunto) Os mercados oferecem a possibilidade de haver transações entre compradores e vendedores. Quantidades de uma mercadoria são vendidas por determinados preços, o chamado preço de mercado (corrente e/ou nominal). O preço de mercado é determinado mediante a interação entre compradores e vendedores, portanto, o preço absoluto. Vale saber que: . O preço de um produto flutua ao longo do tempo e, no caso de muitos produtos, tais flutuações podem ser rapidamente. Ex.: ações, commodities etc.. . A extensão de um mercado refere-se às suas fronteiras, tanto geográficas quanto em termos do leque de produtos que nele é oferecido. . Por que é importante definir mercado? Por diversas razões, uma empresa precisa saber quem são seus reais e potenciais competidores nos produtos que ela vende ou possa vir a vender no futuro. Uma empresa precisa conhecer as características que definem um produto específico e as fronteiras geográficas de um determinado mercado, para que seja capaz de fixar preços, determinar as verbas de publicidade e tomar decisões de investimento. Dimensionar o mercado permite responder a pergunta: deve o governo permitir fusões e incorporações de empresas que produzem produtos similares? Depende do impacto disso na competição futura e nos preços. . Preços nominais (em moeda corrente – preço absoluto) . Preços reais (em moeda constante – sem o efeito da inflação, é preço relativo a uma medida agregada de preço; preço ajustado de acordo com a inflação) São calculados por meio de um índice agregado de preços, por exemplo IGP-DI da FGV medida do nível agregado de preços. . Preços relativos: os preços de um bem em relação aos demais, diferente de preços absolutos (isolados) das mercadorias. . Preços de mercado: preço que prevalece em um mercado competitivo. UniBH Profa. Silvânia MC de Araújo Página 30 . O preço é determinado pela interação entre compradores e vendedores. Em mercados completamente competitivos, um único preço geralmente prevalece. Em mercados não completamente competitivos, diferentes vendedores podem cobrar preços diferentes. Nesse caso, prevalece o preço médio. MECANISMOS DE MERCADO Estudar microeconomia, também chamada de Teoria dos Preços, é compreender qualitativamente o modo pelo qual a quantidade e o preço de mercado são determinados e de como variam ao longo do tempo, é também importante aprender como eles podem ser avaliadas quantitativamente. É o estudo do comportamento das curvas da OFERTA e da DEMANDA. As curvas de oferta e demanda nos informam a quantidade que deverá ser produzida pelas empresas e a quantidade que será demandada pelos consumidores em função dos preços. Nas economias de mercado ospreços são os sinais que orientam as decisões econômicas e, assim, alocam os recursos escassos. Para cada bem existente na economia, o preço assegura que oferta e demanda se equilibrem. O preço de equilíbrio então determina a quantidade do bem que os compradores decidirão comprar e a quantidade do bem que os vendedores decidirão vender. (Mankiw) Mecanismo de mercado é a tendência para o equilíbrio ente oferta e demanda: os preços tendem a se alterar até que atinjam um valor com o qual o mercado venha a se equilibrar, de tal forma que não haja excesso de oferta ou demanda. O mercado aparece como uma forma de decidir quem terá acesso de fato aos bens e serviços produzidos na economia, dada sua escassez. Isto implica, é considerar os princípios básicos das forças de mercado: demanda e oferta. o Cadeia produtiva – conjunto formado por todas as ações e agentes interligados entre si (elos) que estão relacionados com a produção e distribuição de um bem ou serviço, desde a produção da matéria-prima até a comercialização do produto final. Exemplo: Semente → Algodão → Tecido → Roupa → Consumidor. o Cadeia de valor - designa uma série de atividades relacionadas e desenvolvidas pela empresa a fim de satisfazer as necessidades dos clientes, desde as relações com os fornecedores e ciclos de produção e venda até a fase da distribuição para o consumidor final. Cada elo dessa cadeia de atividades está interligado. Gerenciar de forma correta uma cadeia de valor pode se tornar um diferencial competitivo, pois contribui para a melhoria da rentabilidade do empreendimento, por meio da identificação e eliminação de atividades que não UniBH Profa. Silvânia MC de Araújo Página 31 adicional valor ao produto. É importante considerar todas as etapas do processo produtivo. Estrutura de canal para bens de consumo. FABRICANTE ↓ ATACADISTA ↓ VAREJISTA ↓ CONSUMIDOR DEMANDA (ou procura) – Teoria do Consumidor Demanda é o desejo de comprar. É a quantidade de determinado bem ou serviço que os consumidores desejam adquirir, num dado período de tempo. Está ligada ao conceito subjetivo de utilidade. A utilidade representa o grau de satisfação que os consumidores atribuem aos bens e serviços que podem adquirir no mercado. Na teoria da demanda, o comportamento do consumidor pode ser analisado de acordo com: UniBH Profa. Silvânia MC de Araújo Página 32 a) as preferências do consumidor. Por que as pessoas poderiam preferir uma mercadoria a outra? b) as restrições orçamentárias – eles têm rendas limitadas, o que restringe as quantidades de mercadorias que podem adquirir. c) reunir os itens a e b, visando à determinação das escolhas do consumidor, ou seja, quais seriam as combinações de mercadorias adquiridas pelos consumidores, de modo a maximizar sua satisfação? Ex.: Supondo uma pessoa que vá a um restaurante. Diversos são os fatores que influenciam as suas escolhas. Recebendo o cardápio, ele olha os preços e escolhe um prato. A escolha desse prato também pode levar em conta o preço de outros pratos, assim como a pessoa poderá complementar sua escolha com outros pratos. Sem dúvida, o gosto do consumidor determina suas escolhas. Custo de oportunidade: as decisões econômicas envolvem sempre a escolha de uma entre diversas alternativas. Quando um agente compra um determinado bem ou serviço, ele estará sempre deixando de comprar uma infinidade de outros bens e serviços que poderiam ter sido escolhidos como alternativa. O custo de oportunidade é mensurado pelo valor ou pela satisfação da qual abrirmos mão ao decidir tomar certa atitude econômica. Ex.: quando poupamos, devemos mensurar o custo de oportunidade deste ato pelos bens ou serviços que deixaremos de consumir. Relação entre a quantidade demandada e preço do (próprio) bem: todos os demais condicionantes permanecem constantes. Portanto: Dx = f(P x), ou seja, a quantidade demandada de um bem x é função do preço do bem x. Essa é a lei da demanda. Supondo a tabela: Preço (R$) Quantidades Demandadas Qd 60 22 80 20 100 18 120 16 Figura A: UniBH Profa. Silvânia MC de Araújo Página 33 Normalmente, há uma relação inversa entre o preço do bem e a quantidade demandada. Quando o preço do bem cai, este fica mais barato em relação a seus concorrentes e, desta forma, os consumidores deverão aumentar seu desejo de comprá-lo. Lei da Demanda: com tudo o mais constante, quando o preço de um bem aumenta, a quantidade demandada deste bem diminui; quando o preço diminui, a quantidade do bem aumenta. A curva da demanda representa o efeito do preço de um bem sobre a quantidade do bem que os consumidores desejam comprar. (a curva é descendente ou inversamente/negativamente relacionadas) Demanda de mercado = soma das demandas individuais a cada preço. A demanda de um bem ou serviço pode ser afetada (ou condicionada) por muitos fatores, que podem provocar deslocamento da curva ( para direita ou esquerda) ou na curva (no caso do preço): Preço do próprio bem (Px) (representa movimento ao longo da curva de demanda) Renda e poder de compra dos consumidores; ( R ) (desloca a curva de demanda) Hábitos, gostos, preferências dos consumidores; ( G) Riqueza (patrimônio); (Rz) Impostos que aumente o preço dos produtos (Ip); (representa movimento ao longo da curva de demanda) Fatores climáticos e/ou sazonais; (Cl) Nível de propaganda e esforço promocional; (Pr) Número de consumidores e freqüência de compras; (Nº Cons) Expectativas sobre o futuro; (Exp) Condições e facilidades de crédito; (Cr) Preço dos outros bens relacionados ( substitutos e complementares); (Py) Atributos do bem: qualidade, performance, garantias, serviço de atendimento ao consumidor, conveniência, estilo e design e valor global agregado. (Atrib) O comportamento da demanda pode ser representado graficamente, e quando ocorrem alterações nos fatores condicionantes irá ocorrer deslocamentos da curva. Portanto, é UniBH Profa. Silvânia MC de Araújo Página 34 importante prestar atenção: deslocamentos na curva (variação da demanda) e da curva (variação da quantidade demandada). Princípio da demanda: em geral, quanto menor o preço de um bem ou serviço, maior sua procura. A quantidade demandada de um bem ou serviço qualquer varia na razão inversa da variação dos preços, mantidas as demais influências constantes. Relação entre a quantidade demandada e a renda do consumidor: Dx = f ( R ), tudo o mais permanecendo constante. Existe uma relação crescente e direta entre a renda e a demanda de um bem e serviço. Quando a renda cresce, a demanda do bem deve aumentar (bem normal). O indivíduo com maior poder aquisitivo, vai desejar aumentar seu padrão de consumo e, portanto, demandar maiores quantidades de bens e serviços. (restrição orçamentária) Há exceções: consumosaciado: indivíduo satisfeito com consumo de determinado bem, não altera significativamente a quantidade consumida, quando a renda aumenta. Ex.: alimentos como arroz, sal, açúcar etc.. os chamados produtos inferiores: aumentos de renda levam à diminuição da demanda do bem: carne de 2º, roupas de baixa qualidade, passagem de ônibus, etc.. Também está associada à ideia de que existam produtos similares, equivalentes ou substitutos, que, sob a ótica do consumidor, sejam melhores do que aquele que está sendo analisado, mas que são menos acessíveis por serem mais caros. Supondo um aumento da renda do consumidor, segundo a tabela: Preço (R$) Quantidades Demandadas T1 Quantidades Demandadas T2 60 22 25 80 20 22 100 18 20 120 16 18 Figura B: UniBH Profa. Silvânia MC de Araújo Página 35 Nota: A inclinação da curva de demanda diz sobre o quanto suas compras respondem a mudanças de preço. Uma inclinação pequena (um número próximo de zero) significa que a curva da demanda é quase horizontal. Nesse caso, o número de itens comprados muda substancialmente em respostas a mudança de preço. Uma inclinação maior (número bem maior do que zero) significa que a curva de demanda é quase vertical. Nesse caso, o número de itens comprados muda pouco quando os preços variam. Inclinação = y x Relação entre a quantidade demandada e os hábitos do consumidor: Dx = f ( G ), tudo o mais permanecendo constante. Os hábitos ou gostos são alterados, “influenciados” por propaganda, moda. Podemos Ter campanhas que estimulam o consumo (beba mais leite) ou reduzam (fumo é prejudicial à saúde). Relação entre a quantidade demandada de um bem e preços de outros bens: A relação entre a quantidade demandada de um bem ou serviço, com os preços de outros bens, dá origem a dois conceitos importantes: bens substitutos e bens complementares. Dx = f ( Ps, Pc), tudo o mais permanecendo constante. Para esta função não há uma relação geral: o aumento do preço do bem x poderá aumentar ou reduzir a demanda do bem y. A reação depende do tipo de relação existente entre os dois bens. É importante considerar esta parte da teoria no estudo de mercados correlatos. UniBH Profa. Silvânia MC de Araújo Página 36 Bens substitutos ou concorrentes: dois bens que se um aumento (ou redução) no preço de um deles ocasiona um aumento (ou redução) na quantidade demandada do outro, mantendo constante o nível de satisfação. O consumo de um pode substituir o consumo do outro, pois atenderão a mesma necessidade do indivíduo. Estes bens são rivais no consumo, isto é, possuem características ou finalidades semelhantes. Ex.: transporte rodoviário e por avião, manteiga e margarina, refrigerante e suco de frutas etc.. Em suma, bens substitutos o aumento da demanda de um bem afeta a demanda do outro. Bens concorrentes, aqueles que guardam uma relação de substituição, isto é, quando se consome um bem em lugar do outro. Bens complementares: se o aumento (redução) do preço do bem x ocasionar uma queda (aumento) na demanda do bem y. São aqueles que, em geral, são consumidos conjuntamente. Quando a satisfação ou a utilidade do uso ou consumo de um bem pode ser ampliada pelo uso ou consumo de outro bem. Ex.: automóvel e gasolina, capital e trabalho etc.. - Por que na teoria da demanda há relação inversa entre o preço e quantidade? Ela ocorre devido aos chamados efeitos substituição e renda, que agem conjuntamente. Suponha uma queda do preço do bem. Podemos dividir o efeito dessa queda sobre a quantidade demandada. (efeito preço total) assim: . Efeito substituição: o bem fica barato relativamente a outros, com o que a quantidade demandada desse bem aumenta; . Efeito renda: com a queda de preço, o poder aquisitivo (ou renda real) do consumidor aumenta, e a quantidade demandada do bem deve aumentar. Isto é, ao cair o preço do bem, o consumidor tem mais renda para gastar. A teoria da escolha do consumidor baseia-se na premissa de que as pessoas se comportam de modo racional na tentativa de maximizar o grau de satisfação que podem obter por meio da aquisição de uma combinação particular de bens e serviços. Compõem-se dois lados que se relacionam: o estudo das preferências e a análise da linha do orçamento que restringe as escolhas que uma pessoa pode fazer. Segundo Mankiw: Variável Uma mudança nesta variável Preço Representa um movimento ao longo da curva Renda Desloca a curva da demanda Gostos Desloca a curva da demanda Expectativas Desloca a curva da demanda Número de compradores Desloca a curva da demanda UniBH Profa. Silvânia MC de Araújo Página 37 Composto varejista dos 6 P’s Lembrete: A curva da demanda mostra o que acontece com a quantidade demandada de um bem quando seu preço muda, mantidas, constantes todas as demais variáveis que influenciam os compradores. Quando uma dessas variáveis muda, a curva da demanda se desloca para direita (aumento da demanda) ou esquerda (diminuição da demanda). OFERTA: Teoria da Firma Define-se oferta como a quantidade de um bem ou serviço que os produtores desejam vender por unidade de tempo. A oferta representa os planos dos produtores ou vendedores, em função dos preços de mercado. (ou dispostos a disponibilizar) Portanto, temos a quantidade ofertada de um bem que os vendedores estão dispostos a vender e podem vender. Considera-se que os produtores são racionais, no sentido de que estão produzindo com o lucro máximo, dentro das restrições de custos de produção. Relação entre a quantidade ofertada e o preço do (próprio) bem: Se o preço de um bem aumenta (estimula) as empresas a produzir mais (menos). Admitindo a hipótese ceteris paribus, quanto maior for o preço de um bem, mais interessante se torna produzi-lo e, portanto, a oferta é maior. Relacionando a quantidade ofertada de um bem com seu preço obtemos a curva de oferta. UniBH Profa. Silvânia MC de Araújo Página 38 Supondo a tabela: Preço (R$) Quantidade Ofertada 60 14 80 16 100 18 120 20 Figura C: A oferta de um bem ou serviço pode ser afetada (ou condicionada) por muitos fatores, que geram movimento da curva ou na curva: Preço do próprio bem (Px) (representa movimento ao longo da curva de oferta) Preço dos fatores de produção e insumos (custo de produção) (desloca a curva de oferta) Tecnologia Objetivos da empresa Concorrência Expectativa quanto à demanda futura (interna ou externa) Preços dos outros bens (substitutos e complementares) Efeitos sazonais Disponibilidade de crédito Peso dos impostos Disponibilidade de subsídios O comportamento da demanda pode ser representado graficamente, e quando ocorrem alterações nos fatores condicionantes irá ocorrer deslocamentos da curva. Portanto, é importante prestar atenção: deslocamentos na curva ( variação da oferta) e da curva (variação da quantidade ofertada). Princípio da oferta: em geral, quanto maior o preço de um bem ou serviço, maior sua oferta. Relação entre a quantidade ofertada e o custo de produção: UniBH Profa. Silvânia MC de Araújo Página 39 A oferta do bem x depende dos preços dos fatores de produção. De fato, o preço dos fatores (custosde capital, níveis salariais), dos insumos e da tecnologia empregada, determina o custo de produção. Havendo aumento do preço do fator, aumentaria o custo e desestimularia a produção, o que significa retração da oferta. Os bens em cuja produção se empregam grandes quantidades deste fator sofrerão aumentos significativos, enquanto aqueles que o empregam pouco, sofrerão menos. Ex.: o preço da terra para o agricultor tem significativa importância para o produto, enquanto outros setores que utilizam menos sofrerão menor impacto. Uma inovação tecnológica pode propiciar uma redução de custos, ou seja um mesmo volume de produção pode ser gerado a preços mais baixos, expandindo a oferta. Tais alterações provocarão deslocamentos na curva de oferta. Supondo um aumento do custo de produção (aluguel das instalações), segundo a tabela: Preço (R$) Quantidade Ofertada T1 Quantidade Ofertada T2 60 14 12 80 16 14 100 18 16 120 20 18 Figura D: Relação entre a quantidade ofertada de um bem e preços de outros bens: A relação entre a quantidade ofertada de um bem ou serviço, com os preços de outros bens, dá origem a dois conceitos importantes: bens substitutos e bens complementares, entretanto, pelo enfoque da oferta. Bens substitutos: se, por exemplo, o preço da soja aumentar, e dado preço do feijão, os produtores diminuirão a produção de feijão para produzir mais soja, coeteris paribus. UniBH Profa. Silvânia MC de Araújo Página 40 Bens complementares: são aqueles produzidos conjuntamente. O aumento de produção de um, provoca um concomitante aumento do outro. - A função oferta depende dos objetivos da empresa, isto é, ou se quer maximizar o lucro, ou aumentar sua participação no mercado. Isto é, às vezes a empresa prefere lucrar menos a curto prazo e ganhar participação no mercado ( o que pode ocorrer com lucros menores, se os custos aumentarem mais que as receitas), para lucrar mais a longo prazo. A empresa pode optar em reduzir sua produção, dependendo da estrutura de mercado, e do grau de reação do consumidor. - O grau de concorrência pode, ao reduzir as margens de lucros (mark-up – diferença entre o custo total de produção de um produto e seu preço de venda ao consumidor final), permitir que um mesmo volume de produção seja ofertado a preços mais baixos. - Sempre que os empresários estiverem esperando uma forte demanda para o futuro, tenderão a antecipar seus aumentos de preços, contraindo a oferta agregada (o inverso pode ocorrer quando se espera uma redução na demanda). Segundo Mankiw: Variável Uma mudança nesta variável Preço Representa um movimento ao longo da curva Preço dos insumos Desloca a curva da oferta Tecnologia Desloca a curva da oferta Expectativas Desloca a curva da oferta Número de vendedores Desloca a curva da oferta Lembrete: Qualquer mudança que aumente a quantidade que os vendedores desejam produzir a qualquer preço dado desloca a curva de oferta para a direita. Qualquer mudança que reduza a quantidade que os vendedores desejam produzir a qualquer preço dado desloca a curva de oferta para a esquerda. EQUILIBRIO DE MERCADO O preço em uma economia de mercado é determinado tanto pela oferta quanto pela procura. A situação de equilíbrio ocorrerá quando os interesses dos produtores coincidirem com os dos consumidores. Tais interesses serão revelados por uma escala de preços sobre a qual os produtores e os consumidores farão suas avaliações de compras e vendas. Dessa forma, a ação simultânea da oferta de bens e serviços e da demanda por esses bens e serviços irá determinar um preço e uma quantidade de equilíbrio numa economia de mercado. Supondo a tabela: Preço (R$) Quantidades Demandadas Quantidades Ofertadas Situação de mercado UniBH Profa. Silvânia MC de Araújo Página 41 60 22 14 80 20 16 100 18 18 120 16 20 Figura E: Situações que podem ocorrer: I – Excesso de procura: surgirão pressões no sentido de os preços subirem, pois: Os consumidores, incapazes de comprar tudo o que desejam ao preço existente, se dispõem a pagar mais; Os vendedores vêem a escassez e percebem que podem elevar os preços sem queda em suas vendas. I I – Excesso de oferta: surgirão pressões no sentido de os preços caírem, pois: Os vendedores percebem que não podem vender tudo os que desejam, seus estoques aumentam e, assim, passam a oferecer a preços menores; Os consumidores notam a fartura e passam a barganhar no preço. - Caso o mercado fosse deixado para funcionar livremente, tanto os excessos de oferta quanto os excessos de demanda seriam automaticamente corrigidos. Isto é que se chama de tendência automática ao equilíbrio (mecanismos de mercado). Situações de excesso de demanda tendem a gerar disputas entre os consumidores, cuja manifestação mais simples é a existência de filas. Havendo tal disputa, a tendência é de que os consumidores mais “ávidos” pela aquisição do bem façam lances mais altos, como em um leilão. O resultado é a elevação do preço que tende a reduzir a demanda e ampliar a oferta. Diante de lances mais altos, uma parte dos consumidores desiste da compra, ao mesmo tempo em que um número maior de unidades é ofertado. UniBH Profa. Silvânia MC de Araújo Página 42 - A situação de equilíbrio pode ser alterada pelas mudanças no mercado, além de situações de deslocamentos da curva de oferta e da demanda. Tais deslocamentos são decorrentes de mudanças nos fatores condicionantes já estudados. - As curvas de oferta e demanda mostram o grau de competitividade com que produtores e consumidores se dispõem a vender e a comprar, em virtude do preço que recebem e pagam. Equilíbrio de mercado: é atingido quando, a determinado preço, todos os consumidores dispostos a comprar, bem como todos os produtores dispostos a vender, atingem seu objetivo. PARA ANALISAR MUDANÇAS DO EQUILIBRIO: 1 – ANALISAR SE O ACONTECIMENTO DESLOCA A CURVA DE OFERTA OU A CURVA DE DEMANDA ( OU AMBAS) 2 – ANALISAR EM QUAL DIREÇÃO SE DESLOCA 3 – USAR O DIAGRAMA DE OFERTA E DEMANDA PARA VER COMO O DESLOCAMENTO ALTERA O PREÇO E A QUANTIDADE DE EQUILIBRIO. LINHA DE RESTRIÇÃO ORÇAMENTÁRIA Os consumidores não podem consumir tudo o que querem de todas as mercadorias. Isso ocorre porque têm um poder de compra limitado por sua renda monetária e pelos preços das mercadorias. Chamamos isso de restrição orçamentária ou limitação orçamentária a limitação imposta ao consumo pelo poder de compra do consumidor, ou seja, o consumidor não pode gastar mais do que ele possui. (caso a renda R seja a única forma de financiamento do consumidor. P1 q1 + p2 q2 ≤ R Q1 q2 UniBH Profa. Silvânia MC de Araújo Página 43 ELASTICIDADE PREÇO-DEMANDA Considerando que mudanças nos preços dos bens, coeteris paribus, provocam mudanças nas quantidades procuradas. É necessário analisar em que grau a quantidade demandada responde a uma variação nos preços. Elasticidade da demanda procura mensurar a sensibilidade dos agentes que desejam comprar algum bem a alterações em algumas variáveis que determinam a curva de demanda. As duas mais relevantes: elasticidade preço-demanda (sensibilidade
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