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ESTUDO DE CASO
A implantação de um sistema de informações na Venda Forte 
Objetivos de aprendizagem: 
Demonstrar que os sistemas de informação auxiliam a lidar com ambientes complexos e a melhorar a tomada de decisão.
Problematização da temática do estudo de caso:
- Como ampliar os controles para melhorar as decisões na Venda Forte?
- Quais os benefícios da implantação de um sistema de informações para a Venda Forte?
- Quais as principais dificuldades que os gestores encontram durante a implantação de sistema de informações em organizações? 
Conceitos/teoria aplicados no estudo de caso:
O Sr. Hercílio Forte, pequeno empresário do varejo e proprietário da Venda Forte Ltda., empresa localizada em Belo Horizonte, estado de Minas Gerais, especializada em produtos de preço único, tipo loja de R$ 1,99, constata que é o momento de implantar um sistema de informações gerenciais.
Entende ele que o objetivo do sistema é ampliar os controles e melhorar as decisões em suas três lojas, todas localizadas no centro da capital mineira.
Um sistema de informações gerenciais possui algumas etapas que o tipificam: coleta, processamento, armazenamento, análise e disseminação de informações. Todas essas etapas são para possibilitar o entendimento do rumo do negócio, a correção de direcionamento e o suporte às decisões.
Para Stair e Reynolds (2014), os computadores possuem um lugar central nos modernos sistemas de informações e
“Para que um negócio obtenha sucesso no âmbito global, precisa ser capaz de oferecer a informação correta para a pessoa certa na organização, no tempo certo, mesmo que essas pessoas estejam localizadas do outro lado do mundo. Cada vez mais, isso significa que os tomadores de decisões podem ver o estado de cada aspecto do negócio em tempo real.” (STAIR E REYNOLDS, 2014, p. 02) 
Um sistema de informação abrange entradas (dados) e saídas (relatórios, cálculos, gráficos de acompanhamento). O processamento desses dados que adentraram ao sistema e o produto das saídas são entregues aos usuários ou, ainda, servem de nova entrada (input) de outros sistemas, internos ou externos.
Um Sistema de Informações Gerenciais busca dotar a empresa de um fluxo mais confiável e menos moroso de informações.
Para implantar o sistema, o Sr. Hercílio fez uma análise sobre as variáveis do ambiente externo que impactam o seu negócio, como, por exemplo, uma concorrência crescente e um maior poder de barganha por parte de clientes e fornecedores.
Para o sucesso da implantação é essencial que tenhamos empatia com pessoas e processos, pois o sistema não pode ser percebido como adversário. Os profissionais necessitam se sentir atraídos e motivados a interagir, e a entender os ganhos do sistema frente à situação e aos descontroles anteriores.
As grandes metas serão melhorar o processo de tomada de decisões e de direcionamento do negócio rumo ao crescimento, e posicionar a empresa frente ao mercado. 
O Sr. Hercílio contratou a empresa “Sistemas Modernos” para fazer a implantação e dar conhecimento aos integrantes de toda a empresa sobre como deverão fornecer dados, e como se beneficiar do sistema para a tomada de decisão.
Para a empresa, o sistema trouxe diversos benefícios quando de sua definitiva operação:
- otimização do fluxo de informação, permitindo maior agilidade e organização;
- redução de custos operacionais e administrativos, e ganho de produtividade;
- maior integridade e veracidade da informação;
- maior estabilidade;
- maior segurança de acesso à informação e na tomada de decisões.
Foram obtidos ganhos visíveis em alguns pontos: aumento da rentabilidade, mesmo num ambiente em crescente competição; elevação do desempenho dos funcionários devido à melhoria do processo de tomada de decisões e a satisfação dos usuários após um período de adaptação dos profissionais da empresa. 
Pesquisa, análise e discussões, associando a problematização aos conceitos apresentados:
Após a leitura e análise do caso, reflita sobre as seguintes questões:
- Quais controles podem ser adotados pelos gestores da Venda Forte ao implantar um sistema de informação?
- Como os benefícios pretendidos com a implantação de um sistema de informações podem melhorar a posição competitiva da empresa em seu mercado de atuação?
- Quais as diferenças entre o ideal e os resultados efetivos de um sistema de informação?
Referência: STAIR R. M. e REYNOLDS, G. W. Princípios de sistemas de informação. 9 ed. São Paulo: CENGAGE Learning, 2014.
A Teoria Geral de Sistemas (TGS)
A Teoria Geral de Sistemas (TGS) teve seus primeiros postulados discutidos na década de 1920, mas somente em 1937 foi proposta de forma estruturada pelo biólogo Ludwig Von Bertalanffy.
Os postulados de Bertalanffy partiram de uma visão sistêmica da realidade que se colocava de forma diferente ao reducionismo científico, em uso até aquele momento.
O apogeu do pensamento sistêmico deu-se na década de 1950, uma vez que proporcionava um novo entendimento do mundo, da natureza e das organizações humanas.
A TGS causou uma verdadeira revolução e os seus efeitos podem ser sentidos em nossos dias, pois quase tudo pode ser elaborado, organizado ou analisado de forma sistêmica.
Por exemplo, a TGS não reduz a análise a um elemento, uma entidade, um animal ou organização. Ela vai além e estuda suas propriedades, partes ou elementos (órgãos, células, departamentos), busca focar a interação do todo e em suas relações com as partes que compõem esse organismo, natural ou social.
Bertalanffy (1977) conduziu suas análises de várias formas e observou que os estudos convencionais da física eram vistos como isolados, e que não havia a possiblidade de troca de energia com seu ambiente, nessa perspectiva clássica.
A ruptura paradigmática que a TGS trouxe para o pensamento científico foi a mudança na abordagem de estudos, das partes para o todo.  “Acreditava-se que, em qualquer sistema complexo, a dinâmica do todo poderia ser entendida a partir das propriedades das partes”, segundo Capra (2008, p. 83).
No novo paradigma estabelecido pela TGS, as propriedades das partes podem ser entendidas somente a partir da dinâmica do todo. Essa mudança de foco no olhar científico ampliou as possibilidades de uma maior aproximação entre áreas distintas de conhecimento e gerou a necessidade de estudos interdisciplinares dos problemas.
Com a TGS houve um avanço frente à mecânica clássica que partia de um sistema fechado e isolado, em si mesmo. A ciência contemporânea tem nos organismos vivos seu modelo referencial. Atualmente, o pensamento é voltado para os sistemas abertos e que realizam intercâmbio com o meio externo, ou seja, influenciam e são influenciados por esse.
A visão de um sistema aberto e que troca energia com o meio externo é a base de diversos trabalhos. Segundo Capra (1982, p. 22), “um sinal impressionante do nosso tempo é o fato de as pessoas que se presume serem especialistas em vários campos já não estarem capacitadas a lidar com os problemas”.
Para o autor, 
“Esses problemas (...) são sistêmicos, o que significa estão intimamente interligados e são interdependentes. Não podem ser entendidos no âmbito da metodologia fragmentada que é característica de nossas disciplinas acadêmicas e de nossos organismos governamentais. Tal abordagem não resolverá nenhuma de nossas dificuldades, limitar-se-á a transferi-las de um lugar para outro na complexa rede de relações sociais e ecológicas.” (CAPRA, 1982, p. 23).
Outro autor com profundas raízes na TGS é Porter (1999), que busca entender a competição em seu todo e o ambiente competitivo dentro de uma concepção de sistema aberto. 
“O referencial de estrutura setorial mostra o grau com que compradores e fornecedores e a rivalidade intensa são capazes de reduzir a rentabilidade, enquanto a teoria do ‘diamante’ sugere que a rivalidade local, a existência de clientes exigentes e sofisticação dos fornecedores locais favorecem a competitividade, através do estímulo e do apoio à alta produtividade e da rapidez na inovação. ” (PORTER, 1999,p.22).
Complementando e se posicionado favoravelmente a essa corrente de autores que utilizam a TGS, Daft (2001, p. 12) comenta a visão da organização: “um sistema aberto deve interagir com o ambiente para sobreviver; ele consome e exporta recursos para o ambiente. Não pode se isolar. Deve se modificar continuamente e se adaptar ao ambiente”.
Na abordagem e entendimento da realidade como sistemas abertos é que se inserem os sistemas de informação para a tomada de decisão. Stair e Reynolds (2002, p.04) entendem que “um sistema de informação (SI) é um conjunto de componentes inter-relacionados que coletam, manipulam e disseminam dados e informação, proporcionando um mecanismo de feedback para atender a um objetivo”.
Para esses mesmo autores (STAIR E REYNOLDS, 2002, p. 07), são “elementos ou componentes que interagem para cumprir metas”. Dessa forma, os sistemas “têm entradas, mecanismos de processamento, saídas e feedbacks”. Todos esses elementos dos sistemas possuem um inter-relacionamento dinâmico entre si e com o meio que os circunda.
Os sistemas de informação iniciam o seu curso com a entrada de dados, após os quais são processados e analisados. O sistema transforma esses dados em informação e esta gera o conhecimento que apoiará a tomada de decisão. Os feedbacks ocorrem devido aos retornos sobre a eficiência e a eficácia de decisões no ambiente interno e externo da organização.
Para Stair e Reynolds (2014), os computadores possuem um lugar central nos modernos sistemas de informações e
“Para que um negócio obtenha sucesso no âmbito global, precisa ser capaz de oferecer a informação correta para a pessoa certa na organização, no tempo certo, mesmo que essas pessoas estejam localizadas do outro lado do mundo. Cada vez mais, isso significa que os tomadores de decisões podem ver o estado de cada aspecto do negócio em tempo real.” (STAIR E REYNOLDS, 2014, p. 02)
O resultado do sistema é maior do que o resultado que as unidades poderiam ter se funcionassem independentemente. Qualquer conjunto de partes unidas entre si pode ser considerado um sistema, desde que as relações entre as partes e o comportamento do todo sejam o foco de atenção.
O panorama ou a forma que entendemos o mundo é construído na mente humana e resulta das reflexões contínuas, e elaboradas durante toda a vida: avaliações, análises, sínteses, comparações, inferências, usos de memória, dentre outras elaborações mentais ao nível do indivíduo.
A observação de que um ser humano nada mais é do que uma construção mental do mundo real, que está longe de representar o conhecimento exato desse mundo. Nossas análises e percepções são sempre limitadas as nossas capacidades individuais e de nossas interações sistêmicas com o que nos cerca.
Um bom exemplo é o do executivo que trabalhou 20 anos em uma grande multinacional estrangeira e, após esse período, tornou-se empreendedor e abriu um pequeno negócio. É natural que suas experiências de trabalho condicionem sua visão de mundo e o novo negócio tenha uma organização e procedimentos de ação muito parecidos com a empresa onde esse executivo trabalhou anteriormente.
Entende-se que, em nível individual, o conhecimento sempre está inacabado e sistemicamente possui um componente dinâmico, amplo e em constante elaboração. Devido ao componente dinâmico, o conhecimento está em constante mutação e transformação, as quais podem ser de pequena ou grande monta durante a sua vida.
Tomando nossas individualidades como ponto de partida, o que entendemos por visão de mundo é fruto de nossas trajetórias e nunca existirão duas iguais. Mesmo irmãos gêmeos apresentam diversas diferenças em suas interpelações sociais e suas opiniões sobre uma mesma realidade podem divergir drasticamente.
Partindo do entendimento da organização como sendo o somatório das individualidades e de suas visões de mundo, Rainer Jr. e Cegielski (2011, p. 08) entendem que “o conhecimento organizacional, que reflete a experiência e a perícia de muitas pessoas, tem muito valor para toda a força de trabalho”.
Esses autores ainda reforçam a importância da TGS para as organizações e os indivíduos humanos em seus interiores.
“Os sistemas de informação são importantes para você por uma variedade de motivos. Primeiro, os sistemas de informação e tecnologias de informação fazem parte de sua vida. Segundo, o campo de SI oferece muitas oportunidades de carreira. Por último, todas as áreas funcionais na organização utilizam sistemas de informação.” (RAINER JR. E CEGIELSKI, 2011, p. 20)
A TGS possibilitou um novo olhar sobre as realidades da natureza e da sociedade humana. Uma forma de ver as inter-relações das partes em um todo e as suas trocas de energia dos sistemas com o meio externo. Bertalanffy (1977) descortinou o pensamento humano partindo de sistemas encontrados na natureza, em grande parte sistemas que emergiram sem a influência ou o planejamento humano.
A TGS viabilizou avanços significativos nos sistemas concebidos e planejados por seres humanos. São exemplos as organizações e os sistemas de informática, base para os sistemas de informações gerenciais tão em uso em nossa sociedade hiperconectada.
CAMINHANDO NA TEMÁTICA
FIGURA 1 - Componentes de um Sistema de Informações Gerenciais (SIG)
A gestão da informação em um hospital universitário: o processo de definição do Patient Core Record
“Em 1994, a Comissão de Prontuários de Pacientes (CPP) do Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA), hospital-escola da UFRGS, verificou que o Serviço de Arquivo Médico e Informações em Saúde (SAMIS) do Hospital enfrentava grave problema: o HCPA realizava, em média, 46.000 consultas e 1.900 internações mensais que geravam em torno de 3.000 novos prontuários em cada mês. O Arquivo Médico possui atualmente cerca de 680.000 prontuários que ocupam uma área de 665 m2. A legislação em vigor exige que os prontuários sejam armazenados por 20 anos após o último atendimento registrado, o que está causando acúmulo muito grande de documentos, muitas vezes sem a qualidade necessária ou sem nenhuma importância para as atividades do hospital.
Para enfrentar esses problemas, e com o objetivo de prover com qualidade a carência de informações necessárias para a assistência, para a pesquisa e para o ensino, que resolvam os problemas de área física ocupada, o volume dos prontuários, a falta de legibilidade, a redundância de informações, a dificuldade de recuperação de informações, o excesso de documentos, e outros, que dificultam enormemente o acesso e o uso da informação, a CPP e a direção do SAMIS têm trabalhado em conjunto, objetivando definir uma proposta de reestruturação da organização, do conteúdo e da forma de armazenamento dos prontuários.
Este projeto de pesquisa é de caráter exploratório e tem como metas definir nova estrutura para o Prontuário de Pacientes do HCPA em relação ao conteúdo e organização e propor que essa estrutura seja a base para o prontuário eletrônico de pacientes que vai ser implantado futuramente. Os resultados pretendidos são do interesse de todas as categorias profissionais envolvidas com a utilização do Prontuário do Paciente dentro de um hospital universitário, isto é, médicos, enfermeiras, professores, pesquisadores e administradores hospitalares. O objetivo principal desse projeto, portanto, é o de identificar e validar as informações relevantes e necessárias que devam ser armazenadas no Prontuário de Pacientes (Core Record), de forma que sejam atendidos plenamente os objetivos seguintes: assistência ao paciente, ensino, pesquisa, apoio administrativo e exigências legais.”
Referência: STUMPF, Mariza Klück; Freitas, Henrique M.R. de. A gestão da informação em um hospital universitário: o processo de definição do Patient Core Record. Rev. adm. contemp. v.1, n.1. Curitiba. Jan./Apr, 1997. Disponível em <http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S1415-65551997000100005&script=sci_arttext>. Acesso em: 05 jun 2015.
AMPLIANDO O OLHAR SOBRE A TEMÁTICA
Visão e Mundo 
Releia o conteúdo a seguir que consta no texto temático. 
Um bomexemplo é o do executivo que trabalhou 20 anos em uma grande multinacional estrangeira e, após esse período, tornou-se empreendedor e abriu um pequeno negócio. É natural que suas experiências de trabalho condicionem sua visão de mundo e o novo negócio tenha uma organização e procedimentos de ação muito parecidos com a empresa onde esse executivo trabalhou anteriormente.
Responda a questão acrescentando mais outra opção à sua resposta: Como você acredita ser a versão do pequeno negócio aberto pelo executivo?
Além de detalhar por escrito, ilustre, apresentando um infográfico baseado no exemplo inserido a seguir:
FIGURA 2 - A visão do executivo
O que leva um gestor a desenvolver um sistema de informação para monitorar o estoque de medicamentos em um hospital?
Segundo Vilar (2012, p.19) “os principais problemas em relação à gestão de estoques em farmácia são:
- Administração: tende a ser direcionada pelo quadro de médicos que definem os medicamentos e exigem a manutenção de elevados níveis de estoque.
- Muitas vezes, o controle para a tomada de decisão é feito sem o uso de sistemas computacionais específicos de suporte à decisão.
- A taxa básica de juros fixada pelo governo e os juros de mercado são significativos.
- Variáveis como a quantidade de medicamentos armazenados e o tempo de permanência nos estoques.”
VILAR, Daniela de Araújo. Farmácia e gerenciamento: análise dos sistemas manual e informatizado utilizados na farmácia de uma clínica escola. Disponível em: http://dspace.bc.uepb.edu.br:8080/jspui/handle/123456789/6897>. Acesso em 17 jun 2015.
Porter (1999) busca entender a competição em seu todo e o ambiente competitivo dentro de uma concepção de sistema aberto.
“O referencial de estrutura setorial mostra o grau com que compradores e fornecedores e a rivalidade intensa são capazes de reduzir a rentabilidade, enquanto a teoria do ‘diamante’ sugere que a rivalidade local, a existência de clientes exigentes e sofisticação dos fornecedores locais favorecem a competitividade, através do estímulo e do apoio à alta produtividade e da rapidez na inovação.“(PORTER, 1999, p.22).
Para Stair e Reynolds (2014, p. 02), os computadores possuem um lugar central nos modernos sistemas de informações e
“Para que um negócio obtenha sucesso no âmbito global, precisa ser capaz de oferecer a informação correta para a pessoa certa na organização, no tempo certo, mesmo que essas pessoas estejam localizadas do outro lado do mundo. Cada vez mais, isso significa que os tomadores de decisões podem ver o estado de cada aspecto do negócio em tempo real.” (STAIR E REYNOLDS, 2014, p. 02)
O resultado do sistema é maior do que o resultado que as unidades poderiam ter se funcionassem independentemente. Qualquer conjunto de partes unidas entre si pode ser considerado um sistema, desde que as relações entre as partes e o comportamento do todo sejam o foco de atenção.
O panorama ou a forma que entendemos o mundo é construído na mente humana e resulta das reflexões contínuas e elaboradas durante toda a vida: avaliações, análises, sínteses, comparações, inferências, usos de memória, dentre outras elaborações mentais ao nível do indivíduo.
Reflita sobre tal situação ponderando sobre as seguintes questões:
1) Como planejar e controlar os custos em um ambiente de alta complexidade?
2) Como tornar o estoque de uma farmácia hospitalar um setor ágil e competitivo?
EXPLORANDO A TEMÁTICA
Para integrar o prontuário com a farmácia!
Quando um médico prescreve uma medicação, a mesma já deveria ser direcionada para a farmácia para ser dispensada pelo farmacêutico – essa situação ideal está presente quando a cidade tem um prontuário eletrônico.
Sem a informatização do SUS:
Sem a informatização do SUS, o gestor não tem conhecimento efetivo do que os médicos prescrevem aos seus pacientes e não conseguem descobrir as reais necessidades de medicamentos do município, pois grande parte das informações ficam perdidas, sem cadastramento.
Com a informatização do SUS:
Com a informatização, cada prescrição de medicamento é catalogada e registrada em um sistema de BI (business intelligence) que oferece uma análise perfeita das medicações que foram prescritas aos pacientes.
Com a informatização da prescrição, o gestor saberá quais sãos os medicamentos mais prescritos pelos médicos e poderá organizar suas compras baseado em dados reais.
Novo sistema de dados do SUS põe em xeque gestão de hospitais.
Iniciada há 4 anos, implantação de sistema eletrônico ainda não foi concluída
O prontuário do paciente é eletrônico — mas, após o médico preenchê-lo no computador, tem que ser impresso, assinado e carimbado se quiser usar. No almoxarifado e na farmácia, remédios e insumos precisam ser registrados em dois sistemas — e, além do trabalho de se registrar duas vezes a mesma coisa, já houve caso de a entrada do material ser contabilizada em um sistema, a saída, em outro, e aí o controle sobre o estoque já se perdeu. Quando esse tipo de situação envolve remédios, às vezes calha de a medicação não ser dada ao paciente porque seu estoque aparece zerado num dos sistemas — pois ela está registrada no outro. Apesar de já ter custado pelo menos R$ 34,5 milhões, e de ter começado há 4 anos, em 2011, a implantação de um novo sistema de dados nos hospitais do Sistema Único de Saúde (SUS) — projeto federal hoje chamado E-SUS Hospitalar — ainda não conseguiu ser concluída nas primeiras unidades a receberem o projeto, os seis hospitais federais do Rio.
Atualmente, relatos de funcionários dão conta de que o sistema, um software de gestão para registro e controle de consultas, internações e materiais, por exemplo, funciona incompleto nesses hospitais, o que acaba afetando o tempo de atendimento aos pacientes, além de aumentar riscos de desvio de materiais. Na Bahia, onde o novo sistema também já foi implantado há cerca de dois anos no Hospital Roberto Santos, estadual, o prontuário eletrônico, assim como no Rio, não tem certificação digital; por isso, precisa ser impresso para poder valer.
“O atendimento ao paciente seria mais ágil se pudéssemos trabalhar com o prontuário sem papel” diz Luiz Américo, médico da UTI do hospital e vice-presidente do Sindicato dos Médicos da Bahia.
No Rio, o sistema anterior, chamado Hospub, funciona junto com o novo, da Totvs, multinacional com sede no Brasil. Mas eles não se comunicam.
“Isso acaba gerando trabalho dobrado para os funcionários. Há unidades em que setores de farmácia e almoxarifado, por exemplo, precisam registrar os materiais nos dois sistemas. Há especialidade em que a parte de ambulatório funciona no E-SUS, e a internação, no Hospub — afirma o médico Júlio Noronha, do Sindicato dos Médicos do Rio. — Em alguns casos, a entrada de um item no estoque é pelo Hospub, e a saída, pelo E-SUS, mas um não se comunica com o outro. Às vezes a enfermagem não acha um remédio ou insumo porque o dado não está no sistema em que estão procurando”.
Falta de comunicação com municípios
Além disso, o módulo para laboratórios do novo sistema ainda não funciona, diz Noronha, então os setores de laboratório dos hospitais usam o Hospub. Como os sistemas não se falam, dá-se que resultados de exames laboratoriais não podem ser enviados para o prontuário eletrônico, que é E-SUS.
“Em vez de aperfeiçoarem o Hospub, que era posto à disposição para os governos gratuitamente, e que tinha sido desenvolvido pelo Datasus, partiram para uma coisa nova que ainda nem estava pronta — critica Noronha. — A parte administrativa dos pacientes do ambulatório, suas informações de cadastro e contato, são pelo Hospub; o prontuário, o que é receitado no tratamento, é pelo E-SUS. Há funcionários que têm senha dos dois, outros, só de um. Às vezes não conseguem avisar o paciente sobre mudanças no atendimento, porque não conseguem acessar o sistema que tem o telefone dele”.
Outros profissionais dos hospitais federais relatam que o E-SUS não se comunica com o SisReg, o sistema da central de regulação de vagas municipal do Rio. Então, quando um atendentenas unidades básicas de Saúde do município faz alguma alteração, via SisReg, no agendamento de pacientes nos hospitais federais, essa alteração não aparece para quem acessa o E-SUS nas unidades federais.
“Muitas vezes um paciente marcado simplesmente não aparece. Acabam ocorrendo situações como na nefrologia e em algumas clínicas da pediatria do Hospital de Bonsucesso, em que cerca de 20% das vagas ficam ociosas. Será que não há pessoas querendo ser atendidas?” conclui Noronha.
Apesar de, no site do Ministério da Saúde, o E-SUS ser descrito como forma de integrar sistemas e, assim, “permitir um registro da situação de saúde individualizado por meio do Cartão Nacional de Saúde”, funcionários das unidades no Rio afirmam que o E-SUS não se comunica com o cadastro do Cartão SUS — projeto de gestão de informação na Saúde também incompleto, no qual o governo já gastou mais de R$ 200 milhões, e pelo qual pretende criar uma identificação única para os usuários do SUS, para que, onde quer que seja atendido no país, o usuário possa ter seu prontuário acessado.
“Os módulos do E-SUS ainda não estão todos em funcionamento. A implantação está incompleta até hoje” diz Aline Caixeta, procuradora que acompanha a instalação do E-SUS por um inquérito civil público instaurado em 2011, a partir de denúncia do Sindicato dos Médicos do Rio.
O Ministério Público Federal do Rio fez ao Tribunal de Contas da União representação sobre o caso, junto com o Tribunal de Contas de Rondônia — que se envolveu no assunto pois, na época, RO estudava implantar o Hospub. Baseado nisso, o TCU, em acórdão de agosto de 2013 da 1ª Câmara, questionou a substituição do Hospub. Segundo relatório citado pelo TCU, a atualização do Hospub, com migração para ambiente web e prontuário eletrônico, teria custo anual de R$ 2,5 milhões.
Além do custo, o TCU diz que, na aquisição do novo sistema, não haveria previsão de transferência de tecnologia: o fornecimento do sistema não permitiria que o governo “promova as modificações necessárias a ajustar os sistemas às reais necessidades dos usuários”. O TCU determinou auditoria para “investigar a viabilidade de modernização da atual versão do Hospub, os recursos necessários (...) e eventual vantagem econômica no uso desse sistema pelos hospitais públicos, em face dos custos de aquisição e manutenção dos programas comercializados pelo mercado privado”. Segundo a assessoria do TCU, a auditoria, porém, ainda não foi feita.
A realidade de 200 unidades públicas do país
O sistema da Totvs foi adquirido por R$ 34,5 milhões numa negociação no fim de 2010 que foi considerada uma “triangulação”: seis entidades filantrópicas do estado de São Paulo e de Porto Alegre pagaram esse valor à empresa Gens (hoje parte da Totvs) pelo sistema, e o forneceram ao governo federal. Fizeram isso em troca de renúncia fiscal. Segundo o TCU, a motivação das entidades foi atender ao Projeto de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do SUS (Proadi-SUS), com base na lei 12.101/2009. “O art. 11 dessa lei estabelece a possibilidade de substituição de 60% da atividade assistencial prestada pelas entidades filantrópicas de excelência ao SUS pela opção de integração ao Proadi-SUS, mediante apresentação de projetos de valor maior ou igual ao valor da isenção fiscal recebida”, afirma o TCU. No acórdão de 2013, o processo é chamado de “negócio jurídico triangular”.
Relator da decisão do TCE-RO sobre o tema, o conselheiro Paulo Curi Neto diz em seu voto: “Qual o interesse a motivar entidades de SP e RS a adquirirem um software a ser instalado no Rio? Por que tal aquisição não se deu pelo próprio ministério?”.
Enquanto a implantação do novo E-SUS Hospitalar não é concluída, o Hospub continua em mais de 200 hospitais públicos no país — sem melhorias ou atualizações de segurança desde 2011, segundo o próprio Ministério da Saúde, pois o objetivo hoje é a migração para o E-SUS. Estados e municípios que usam o Hospub e queiram realizar melhorias acabam tendo de fazer por conta própria. Caso de Rondônia, que atualmente termina a instalação do Hospub na rede estadual.
“Deixou de haver apoio institucionalizado às unidades com Hospub. O que acaba afetando regiões como a nossa, com carência de estrutura física e de pessoal em tecnologia” analisa Curi.
Governo fala em 61% implantados
Procurado pelo GLOBO, o Ministério da Saúde afirmou que 61% dos módulos do E-SUS nos hospitais federais do Rio “estão implantados ou em processo de implantação”, e que o sistema também está em uso em “alguns hospitais públicos vinculados ao programa SOS Emergências”. Não falou, porém, em cronogramas e por que a implantação ainda não estaria completa.
“A decisão pela utilização do e-SUS Hospitalar foi motivada por tratar-se de um sistema moderno e que apresenta os módulos necessários para a gestão das unidades hospitalares”, disse a pasta. O sistema, afirmou, tem “Controle de Farmácia, Centro Cirúrgico, Centro de Infecção Hospitalar, Prontuário Eletrônico, dentre outros”.
Sobre o Hospub, o ministério disse que ele “apresentava tecnologia obsoleta, o que exigiria recodificação completa do software, necessitando de alto investimento”. Quanto à comparação de custos com o sistema da Totvs, afirmou que os recursos de aquisição do novo sistema vieram “de isenção fiscal. Nesse sentido, não houve utilização de recurso da pasta para a contratação do sistema”. Recurso de isenção fiscal, entretanto, é dinheiro público, segundo entendimento do próprio TCU.
O ministério informou ainda que, após a recomendação do TCU de mudar o contrato com a Totvs para que o governo passasse a poder modificar o sistema, a pasta alterou “o Termo Aditivo ao Instrumento Particular de Contrato de Cessão de Direitos de Uso de Software de Gestão Empresarial, deixando clara a transferência de tecnologia para o Ministério da Saúde. Tal processo já foi concluído, e hoje o e-SUS Hospitalar é um software de propriedade do Ministério da Saúde, responsável pelo seu desenvolvimento e manutenção”.
Sobre a falta de validade digital do prontuário eletrônico, a pasta afirmou que “não há exigência de certificação digital, uma vez que as informações são internas. Contudo, a próxima etapa, que se refere à unificação dos prontuários eletrônicos em todas as unidades de Saúde no Brasil, prevê a certificação digital, o que garantirá a integridade dos dados”.
Ao GLOBO, a Totvs disse que a escolha de seu sistema “foi objeto de concorrência”. Ela afirmou que em 2010 “foi convidada pelo grupo Hospitais de Excelência (formado por Hospital Alemão Oswaldo Cruz, Hospital do Coração, Hospital Moinhos de Vento, Hospital Israelita Albert Einstein, Hospital Samaritano e Hospital Sírio-Libanês) a participar de concorrência para fornecer software e serviços de implantação que auxiliassem na melhoria da gestão e qualidade de atendimento de seis hospitais federais do Rio”. Os “hospitais de excelência” são as entidades que adquiriram o sistema via isenção fiscal.
Sobre a implantação incompleta, a Totvs disse que o contrato com as entidades “foi cumprido na sua totalidade”; e que, desde outubro de 2013, “a responsabilidade pela manutenção e serviços de suporte sobre o produto contratado passou a ser integralmente do Datasus” (Departamento de Informática do SUS, do ministério). “Desde então, a Totvs deixou de ser responsável por quaisquer serviços”, ressaltou. Já sobre a falta de validade digital, a empresa respondeu que “os hospitais optaram pelo uso do prontuário eletrônico sem a certificação digital, em função dos custos envolvidos e seu prazo de disponibilização”.
Fonte: NOVO Sistema de dados do SUS põe em xeque gestão de hospitais. 20 fev. 2015. In; site "Abraidi". Disponível em: <http://www.abraidi.com.br/noticias/53-2015/fevereiro-2015/408-novo-sistema-de-dados-do-sus-poe-em-xeque-gestao-de-hospitais.html>. Acesso em 27 jul. 2015.
CONSTRUINDO NOVOS CONHECIMENTOS SOBRE O ASSUNTO
FIGURA 3 - SIG não acessíveis a todos os usuários

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