AULA 04 (1)

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AULA 04 - A Educação no Mundo Romano
A civilização greco-romana influenciou a sociedade ocidental. Essa aula abordará o modelo civilizatório romano, período em que ocorreu o surgimento do Cristianismo.
A Antiguidade romana pode ser dividida em três períodos:
Realeza (de 753 a 509 a.C.)
da fundação de Roma à queda do último rei etrusco.
República (de 509 a 27 a.C.)
período marcado inicialmente pelas lutas entre patrícios e plebeus e posteriormente pela expansão militar
Império (de 27 a 476 a.C.)
da instauração do Império à sua queda
A história do Império romano teve início na Península Itálica, no segundo milênio a.C., quando povos, provavelmente, de origem indo-europeia ocuparam a parte centro-sul da Península. Esses povos, denominados italiotas ou itálicos, possuíam línguas e costumes diferentes e praticavam agricultura ou pastoreio.
Esses  povos ocupavam as colinas do Lácio, onde por volta de 753 a.C. supõe-se que fora fundada a cidade de Roma. Eles se organizavam em clãs, sendo a terra de uso coletivo e não propriedade de poucos.
O paterfamilias era considerado a autoridade máxima desse grupo que rendia culto aos antepassados.
No final do século VII a.C., os gregos iniciaram a colonização do sul da península itálica que foi denominada de Magna Grécia. 
Ao mesmo tempo, os etruscos, que viviam no norte da península, iniciaram sua expansão e conquistaram a região do Lácio, que nesse momento encontrava-se com sua organização social, política e  econômica  em transformação. 
Passava da pequena agricultura familiar e do pastoreio para a cultura de cereais, em  propriedades privadas, o que gerou a divisão da sociedade entre patrícios e plebeus dando lugar a Realeza.
A República iniciou com a queda do último rei Etrusco, nesse período apenas os patrícios tinham poder político. Mas, com a expansão do comércio, uma parte da plebe, que, sobretudo, exercia essa atividade econômica se enriquece e passa a lutar, também, por direitos políticos e civis.
Nos séculos V e IV, os plebeus enriquecidos conquistaram a criação da Tribuna da Plebe, o direito ao casamento misto e a Lei das Doze Tábuas, que representou o primeiro código escrito romano.
A política expansionista romana provocou o empobrecimento dos camponeses e artesãos, uma vez que intensificou o trabalho escravo proveniente das regiões conquistadas, provocando assim, a perda de pequenas propriedades gerando desemprego e pobreza para aqueles plebeus que viviam do trabalho no campo ou do artesanato.
O expansionismo romano no século I a.C. já dominava todo o Mediterrâneo. Em 27 a.C. o Império foi implantado por Otávio que recebeu a alcunha de Augusto (filho dos deuses) e promoveu um grande:
“desenvolvimento cultural e urbano, são construídos templos, aquedutos, termas, estradas e edifícios públicos. As  artes são incentivadas,(...)” ( ARANHA,2000,p.61).
O comércio obteve uma forte expansão, o latifúndio se especializou e o trabalho escravo cada vez mais se tornava a base do processo econômico.
No século II d.C., a intensa expansão do Império provocou a formação de uma complexa máquina burocrática para administrar, controlar e  arrecadar impostos das províncias. Assim como a instituição do Direito Romano para dar conta das complicadas questões de justiça.
Uma questão marcante nesse período foi o surgimento do cristianismo, doutrina  que se espalhou para além da Palestina e provocou intensos embates entre cristãos e representantes do Império, principalmente porque pregava a desobediência aos preceitos romanos e atingia os pobres e os escravos.
A perseguição aos cristãos teve início em 64, até que Constantino concedeu em 313 a.C. liberdade de culto e no final do século IV, o cristianismo se tornou religião oficial  do Império Romano, porém não representava mais os ideais das camadas mais pobres, já estava hierarquizada  e aderida pelas elites.
A partir do século II, a crise na administração e manutenção, aliada aos altos impostos e  corrupção, provocaram o início do desmantelamento do Império, dando início ao colonato. Essas questões fragilizaram o Império que se dividiu em 395 em Ocidental e Oriental. Isso possibilitou o enfraquecimento da defesa de suas  fronteiras, o que facilitou a invasão dos bárbaros e sua fragmentação no início do século V.
A Igreja desempenhou um papel de guardiã da cultura greco-romana e lentamente foi fazendo alianças com os povos invasores, o que lhe permitiu conquistar poder e riquezas.
		1.
		Em relação à educação grega e a romana, podemos afirmar que a principal diferença entre elas é:
		
	
	
	
	
	A educação grega visava uma educação a partir dos mitos e a romana uma educação a partir dos grandes feitos dos governantes.
	
	
	Os romanos valorizam a visão filosófica sistematizada e os gregos adotam uma postura mais pragmática.
	
	
	Não há diferença na educação da Paidéia adotada pela Grécia e Humanitas adotadas por Roma.
	
	 
	Enquanto a grega valoriza a visão filosófica sistematizada, os romanos adotam uma postura mais pragmática, voltada para o cotidiano.
	
	
	A educação grega valoriza a participação da mulher na vida política por isso a educa com a retórica.
	 Gabarito Comentado
	
	
		2.
		Leia as afirmativas abaixo e marque a única opção correta em relação ao mundo romano I Os professores romanos, independente do grau em que atuassem, eram bem remunerados. II Com a expansão romana, a educação tornou-se bilíngüe ou trilingüe. III A imitação de modelos foi importante na aprendizagem romana. IV A filosofia teve um papel de destaque no currículo romano. V A expansão de Roma exigiu que a educação preparasse seus quadros burocráticos.
		
	
	
	
	
	1 - Apenas a afirmativa V está correta
	
	
	3 - Apenas a afirmativa I está incorreta
	
	
	5 - Apenas as opções II, IV e V estão corretas
	
	
	2 - Apenas a afirmativa IV está incorreta
	
	 
	4 - Apenas as opções II, III e V estão corretas
	
	
	
		3.
		Sobre as características pedagógicas que, na antiguidade, distinguem Roma e Grécia, podemos afirmar que:
		
	
	
	
	 
	na Grécia os alunos, nos estágios superiores, deviam se dedicar aos complexos estudos da metafísica, enquanto os romanos adotaram uma postura voltada para o cotidiano e para a ação política;
	
	
	as escolas romanas nada produziram que fosse possível educar os gregos, povos clássicos que fundaram a educação religiosa no ocidente, enquanto o protestantismo avançava na organização dos livros traduzidos para as bibliotecas públicas do ocidente.
	
	
	em Roma os alunos, nos estágios superiores, deviam se dedicar aos complexos estudos da metafísica, enquanto os europeus adotaram uma postura mais pragmática, voltada para o cotidiano e para ação política;
	
	
	ambas se organizaram de forma a priorizar a guerra contra os povos pobres, impondo uma escola de filosofia, ciência e artes. No entanto, foram as escolas gregas que deram origem a educação no mundo ocidental;
	
	
	a escola fundada na Grécia formou matemáticos e filósofos que educaram os soldados, possibilitando a invasão de Roma. Porém, tais escolas ficaram esquecidas no tempo, pouco servindo como inspiração ao modelo ocidental;
	 Gabarito Comentado
	
	
		4.
		No período de profunda divisão social romana duas classes distintas predominaram. Foram estas:
		
	
	
	
	
	campesinos e escravos.
	
	
	soldados e imperadores;
	
	
	imperadores e monarcas;
	
	
	chefes e escribas ;
	
	 
	patrícios e plebeus;
	
	
	
		5.
		Considerando numerosas diferenças culturais nos povos da antiguidade, percebemos uma particularidade no modelo educacional, expressa:
		
	
	
	
	
	na unidade entre pensar e fazer;
	
	 
	na separação entre pensar e fazer.
	
	
	na rejeição entre memorização e repetição;
	
	
	na unidade entregovernantes e povo;
	
	
	na separação entre governo e religião;
	
	
	
		6.
		Na educação heróico-patrícia os aristocráticos recebem uma educação que tem como objetivo perpetuar os valores da nobreza e o culto aos ancestrais. O conceito de família se estendia aos filhos casados, escravos e clientes, cujo proprietário é o paterfamilias, exercendo ainda os papéis de juiz e chefe religioso. Nesse contexto, a educação dos meninos e das meninas:
		
	
	
	
	
	Era orientada para a recreação sem regras e sem compromisso com a aprendizagem.
	
	
	O papel da família na educação era definido pela onipotência materna.
	
	
	Nesse contexto a família era patriarcal e o paterfamilias tinha plenos poderes sobre todos os membros da família.
	
	 
	Até os sete anos de idade as crianças eram confiadas aos cuidados da mãe ou de outra matrona.
	
	
	A família, como uma célula nuclear, não se responsabilizava pela educação da sua prole.
	
	
	
		7.
		Você viajou no tempo e no espaço e desembarcou em uma civilização antiga e percebeu características acerca da educação expostas a seguir: A) A educação era atribuição do pai, depois, a mãe é elevada à condição de formadora de seus filhos, finalmente, a educação era exercida pelo escravo mestre. B) A Educação utilizava métodos punitivos de extrema agressividade. C) A Educação era destinada às classes privilegiadas. D) A memorização e a repetição marcaram fortemente essa escola inicial. ¿ Identifique a civilização e o período em que você desembarcou:
		
	
	
	
	
	( ) Grega no período arcaico.
	
	
	( ) Grega no período helenístico.
	
	 
	( ) Romana no período do Império Romano.
	
	
	( ) Ateniense no período platônico
	
	
	( ) Romana no período helenístico.
	
	
	
		8.
		Em relação ao Império Romano é correto afirmar que:
		
	
	
	
	
	A educação enfatizava o saber regional.
	
	
	A educação era voltada apenas para a guerra.
	
	 
	A educação era cosmopolita e universal.
	
	
	A educação era voltada para a paz.
	
	
	A educação era voltada para a cidadania.