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AULA 04 (4)

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AULA 04 - A Ciência na Idade Média e na Transição do Feudalismo para o Capitalismo
Alguns apontamentos sobre a Idade Média:
Uma das características da Antiguidade foi a concentração da vida na cidade (veja, por exemplo, o fenômeno da Polis – Cidade-Estado na Grécia Antiga e a cidade de Roma durante o Império Romano), embora fosse no campo que se produziam as condições básicas para a subsistência da mesma.
Em decorrência de alguns fatores políticos, econômicos e sociais, ocorrerá no Império Romano um processo de desurbanização, ou seja, aos poucos haverá um deslocamento da cidade para o campo.
A ruralização, iniciada pelos romanos no século III, intensifica-se com as invasões dos povos germânicos, denominados “bárbaros” pelos romanos. A partir dessa infiltração, mesmo pacificamente, predominaram as relações de dependência pessoal. Enquanto no Império Romano as relações de dependência estabeleciam-se com o Estado, entre os povos germânicos as relações de fidelidade eram pessoais, dando-se entre o chefe do clã e seus companheiros de guerra. Essas relações baseavam-se na doação de terras, fato que impunha deveres aos receptores em relação aos doadores.
De acordo com Silva (1984), existe uma contradição inerente ao processo de estabelecimento de laços de fidelidade: ao mesmo tempo em que garante uma relação de dependência entre receptor e doador, diminui o controle deste sobre a extensão territorial devido à fragmentação (RUBANO, Denize Rosana & MOROZ, Melania. A fé como limite da razão: Europa Medieval. In: ANDERY, Maria Amália. Para Compreender a Ciência: uma perspectiva histórica. Rio de Janeiro: Garamond, 2007. p. 135).
Durante o período da Idade Média, a Igreja Católica[1], através da figura do papa, assume um papel central que influenciará toda a sociedade.
1 A influência e a força da Igreja cresceram muito desde o Império Romano. Durante a crise desse Império, o cristianismo surgiu como um questionamento às ideias e valores da sociedade escravista, pregando a crença na igualdade de todos os homens, filhos do mesmo Pai; ainda que perseguidos seus adeptos, o cristianismo representava os anseios de grande parte da população, conquistando cada vez mais seguidores, inclusive entre a aristocracia. De acordo com Aquino e outros (1980), numa sociedade onde reinava a insegurança e que estava sujeita a ameaças – o decadente Império Romano -, a Igreja oferecia segurança e proteção de que a população necessitava. A salvação era alcançada cada vez mais por adeptos que doavam terras e pregavam tributos para adquiri-la.
(...) A Igreja era grande proprietária de terras, numa sociedade em que a terra era sinônimo de riqueza. Tal poder econômico foi conseguido graças a doações, esmolas, tributos, isenção de impostos e ao celibato, os quais garantiam a manutenção das propriedades obtidas como seu patrimônio. Os bens de propriedade da Igreja foram cada vez mais se avolumando, e, para tanto, também contribuiu para cobrança de impostos em troca de proteção espiritual.
A sociedade medieval era dividida em três classes sociais: o clero, a nobreza e o povo (representado pelos servos, vassalos e camponeses). Vejamos a pirâmide abaixo, a fim de compreendermos a divisão social de classes deste período na Europa Ocidental:
No feudalismo, a unidade econômica, político-jurídica e territorial era o feudo. Em outras palavras, numa dada extensão de terra, eram produzidos os bens necessários à manutenção de seus habitantes, realizadas as trocas de bens e elaboradas as leis e obrigações que vigoravam.
Do ponto de vista econômico, o feudo era praticamente autossuficiente.
Nele se desenvolviam a produção agrícola, a criação de animais, a indústria caseira e a troca de produtos de diferentes espécies, atividade essa limitada ao próprio feudo. As trocas eventuais entre os feudos ocorriam em menor escala e tinham pouca importância econômica. Sendo a produção essencialmente agrícola, a base econômica do feudalismo é a terra; além de essencial para a economia, a distribuição da terra interferiu nas relações que se estabeleceram nesse período.
(...) A proteção dos feudos era feita pelos cavaleiros que o senhor sustentava em troca de serviços militares. 
(...) enquanto o senhor era “proprietário” da terra e se apropriava da maior parte do produto do trabalho do servo, este era dono dos instrumentos utilizados para a produção (pelo menos da grande maioria) e era quem controlova seu próprio trabalho, isto é, tanto os instrumentos de produção quanto a forma de produzir eram de domínio do servo.
É importante lembrar que, embora as relações pessoais suserano-vassalo e senhor-servo (relações de servidão) caracaterizassem essencialmente o sistema feudal, existiam camponeses que eram proprietários de terras e artesões que eram donos de oficinas. Esses casos, no entanto, eram minoria e neles a produção era pessoal e familiar (RUBANO, Denize Rosana & MOROZ, Melania. A fé como limite da razão: Europa Medieval. In: ANDERY, Maria Amália. Para Compreender a Ciência: uma perspectiva histórica. Rio de Janeiro: Garamond, 2007. p. 135-138).
 economia, a distribuição da terra interferiu nas relações que se estabeleceram nesse período.
Como havíamos apontado, a Idade Média, ao se iniciar no século V, aprofundou o processo de ruralização, provocando com isto um deslocamento da cidade para o campo.
Desta forma, as cidades perderam prestígio político, enconômico e social. Tal prestígio só será retomado a partir do renascimento urbano que ocorreu a partir do século XI.
Dentre os fatores que possibilitaram tal renascimento, podemos destacar:
As cidades, que passaram a ser centros produtores e comerciais
Hábitos e técnicas trazidos pelos bárbaros, que influenciaram o desenvolvimento de novas técnicas.
Crescimento populacional, que foi possível com a diminuição de epidemias.
Aumento da produção agrícola
Desenvolvimento da atividade artesanal e a formação das corporações de ofício. O artesão tem o domínio de todo o processo de produção, bem como de sua comercialização.
A partir do século XI, as condições da sociedade feudal são outras: a intensificação do comércio, o crescimento das cidades, o aumento populacional e o contato com as civilizações orientais – quer por meio do comércio quer por meio das Cruzadas – caracterizam uma mudança em relação ao período anterior.
Nesse período, a produção de bens deixa de caracterizar-se pelo “valor de uso”, para caracterizar-se pelo “valor de troca”. Isso ocorre tanto em relação à produção artesanal quanto à agrícola: certas culturas de alimentos, por exemplo, passam a ser substituídas por outras em função de seu valor comercial. Com o crescimento das cidades e o desenvolvimento do comércio, além da divisão cidade-campo, ocorre a divsão produtores-mercadores.
A partir desse momento, começou a se materializar uma série de condições que mais tarde possibilitou o desenvolvimento das grandes navegações. Prova disto é que os séculos XV e XVI representam o período de transição do feudalismo para o capitalismo comercial. Trataremos dessa questão mais adiante.
Alguns apontamentos da Idade Média
Como apontamos, a Igreja Católica exercia o poder hegemônico durante a Idade Média. Tal poder também estendeu o controle da veiculação e da produção do conhecimento. Desta forma, a visão de mundo que prevalecerá nesta época é a visão teocêntrica. A descrição de doenças e a identificação de remédios na medicina.
Para tanto, os pensadores cristãos se propuseram a unir o saber greco-romano aos dogmas cristãos. Em outras palavras, ocorrera uma cristianização da Filosofia Antiga, mais especificamente, da Filosofia Clássica de Platão e Aristóteles. Esse esforço decorria da necessidade de se fundamentar as doutrinas do cristianismo. Assim, a teologia, a filosofia e a ciência estavam, de alguma forma, vinculadas à religião. A tentativa dos alquimistas de transformarem metais em ouro, o que possibilitou o aperfeiçoamento de métodos sobre as reações químicas.
Contudo, o renascimento urbano e comercial do século XIacabou propiciando o desenvolvimento de um conhecimento científico de caráter mais prático. Dentre eles, podemos destacar: Os procedimentos metodológicos que se desenvolveram e têm por base o pensamento de Aristóteles.
Por outro lado, as discussões de caráter mais teórico centravam-se na vida espiritual do homem e em seu destino, como também, em fundamentar os princípios das doutrinas cristãs.
Vejamos a análise de Rubano e Moroz sobre esta produção:
A transição do Feudalismo para o Capitalismo
	
O processo de escravidão dos africanos para servirem de mão de obra barata nas colônias.
1-A instituição de uma economia monocultura na colônia de acordo com os intresses da metrópole.
2- A exploração das riquezas naturais levadas para as cortes europeias.
3-A prática da pirataria entre portugueses, espanhóis, franceses, ingleses e holandeses.
4-Nos séculos XV e XVI, na Europa, se desenvolve o humanismo renacentista dando importância às artes plásticas, retomando o ideal clássico greco-romano em oposição à escolástica medieval, valorizando o homem como um indivíduo, bem como sua livre-iniciativa e sua criatividade.
5-No século XVI, ocorre a Reforma Protestante criticando a autoridade institucional da Igreja e defendendo a interpretação da mensagem divina nas Escrituras pelo indivíduo, assim como dando ênfase na fé como experiência individual.
6-A Revolução Científica nos séculos XVI e XVII. Sobre essa revolução, Marcondes faz a seguinte análise:
Podemos considerar que são fundamentalmente duas as grandes transformações que levarão à revolução cientítifica:
1) Do ponto de vista da cosmologia, a demonstração da validade do modelo heliocêntrico, empreendida por Galileu; a formulação da noção de um universo infinito, que se inicia com Nicolau de Cusa e Giordano Bruno; e a concepção de movimento dos corpos celestes, principalmente da Terra, em decorrência do modelo heliocêntrico.
2) Do ponto de vista da ideia de ciência, a valorização da observação e do método experimental, isto é, uma ciência ativa, que se opões à ciência contemplativa dos antigos; e a utilização da matemática como linguagem da física, proposta por Galileu sob inspiração platônica e pitagórica e contrária à concepção aristotélica. A ciência ativa moderna rompe com a separação antiga entre ciência (episteme), o saber teórico, e a técnica (téchne), o saber aplicado, integrando ciência e técnica e fazendo com que problemas práticos no campo da técnica levem a desenvolvimentos científicos, bem como com que hipóteses teóricas sejam testadas na prática, a partir de sua aplicação na técnica (MARCONDES, Danilo. Introdução à história da filosofia – dos pré-socráticos à wittgenstein. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 2000. p. 156).
		1.
		Qual das alternativas abaixo apresenta importantes características da economia feudal?
	
	
	
	
	
	Ela era justa, pois todos possuíam os mesmo direitos e deveres.
	
	
	A economia era controlada pelos servos, que detinham quase toda a riqueza da Europa na época feudal.
	
	
	A terra tinha pouco valor, pois o comércio era a base da economia feudal.
	
	
	A base era o artesanato e as relações comerciais ocorriam, principalmente, através do sistema monetário (uso de moedas).
	
	 
	A base era a agricultura e as relações comerciais ocorriam, principalmente, através do sistema de trocas
	 Gabarito Comentado
	
	
		2.
		Asinale qual o sistema que se apresentava como um muito rígido em termos de progressão social, ou seja, de uma melhoria das condições de vida para o povo, e foi marcado pela fome, pestes e guerras durante o período entre os séculos VIII e XI :
	
	
	
	
	
	socialismo
	
	
	sofismo
	
	
	comunismo
	
	 
	feudalismo
	
	
	capitalismo
	
	
	
		3.
		Sobre a sociedade feudal é correto afirmar que:
	
	
	
	
	
	A base era o artesanato e as relações comerciais ocorriam, principalmente, através do sistema monetário (uso de moedas).
	
	
	Ela era dinâmica, pois era muito fácil uma pessoa passar de uma camada para outra superior
	
	
	A maior parte da sociedade era composta por nobres (reis, senhores feudais, cavaleiros).
	
	 
	Ela era hierarquizada e com pouca mobilidade social. Havia os que trabalhavam (servos camponeses), os que oravam (clero) e os que guerreavam (nobreza
	
	
	Ela era justa, pois todos possuíam os mesmo direitos e deveres.
	 Gabarito Comentado
	
	
		4.
		A influência e a força da Igreja cresceram muito desde o Império Romano. Analise as afirmativas que geraram o fortalecimento do poder da Igreja Católica:
I. Durante a crise desse Império, o cristianismo surgiu como um questionamento às ideias e valores da sociedade escravista, pregando a crença na igualdade de todos os homens, filhos do mesmo Pai.
II. Numa sociedade onde reinava a insegurança e que estava sujeita a ameaças - o decadente Império Romano -, a Igreja oferecia segurança e proteção de que a população necessitava.
III. A Igreja pregava que a salvação era possível, o que contribuiu para cobrança de impostos em troca de proteção espiritual.
Estão corretas:
	
	
	
	
	 
	I, II e III.
	
	
	I e III
	
	
	I e II
	
	 
	II e III
	
	
	Apenas o III.
	 Gabarito Comentado
	
	
		5.
		É possível afirmar sobre o conhecimento durante a Idade Média que: I. a Igreja Católica controlava a veiculação e a produção do conhecimento II. neste período prevalecia uma visão teocêntrica III. ocorreu uma cristianização da Filosofia Antiga IV. a teologia, a filosofia e a ciência estavam desvinculadas da religião católica Assinale a opção correta:
	
	
	
	
	 
	Somente as afirmativas I, II e III são verdadeiras
	
	
	Somente as afirmativas I, III e IV são verdadeiras
	
	
	Somente as afirmativas II e IV são verdadeiras
	
	
	Somente a alternativa III e IV são verdadeiras
	
	
	Todas as afirmativas são verdadeiras
	
	
	
		6.
		Durante a Idade Média, a Igreja Católica exercia o poder hegemônico. Tal poder também estendeu o controle da veiculação e da produção do conhecimento. Desta forma, a visão de mundo que prevaleceu nesta época era:
	
	
	
	
	
	Pragmática
	
	
	Científica
	
	
	Holística
	
	 
	Teocêntrica
	
	
	Heliocêntrica
	
	
	
		7.
		O sistema político, econômico e social que prevaleceu durante a Idade Média foi o feudalismo. Com base no Feudalismo, analise as afirmativas abaixo:
I. Este se apresentava como um sistema muito rígido em termos de progressão social, ou seja, de uma melhoria das condições de vida para o povo.
II. É derivado de feudo: área de direito do senhor sobre as pessoas, coisas e terras.
III. A sociedade feudal era composta por três classes sociais: Clero, Nobreza e Campesinato (servos).
IV. A estrutura social do sistema feudal praticamente não permitia mobilidade, sendo portanto que a condição de um indivíduo era determinada pelo nascimento, ou seja, quem nascia servo, sempre seria servo.
V. A Igreja tinha uma enorme importância na sociedade feudal uma vez que naquela época toda a formação moral, social e ideológica era fortemente influenciada pelo clero.
Estão corretas:
	
	
	
	
	 
	Todas as opções.
	
	
	I, II e III.
	
	
	I, II e III.
	
	
	II, III e V
	
	
	I, II, IV e V
	 Gabarito Comentado
	
	
		8.
		A sociedade medieval era dividida em três classes sociais: o clero, a nobreza e o povo. Assinale a alternativa que corresponde à descrição da nobreza.
	
	
	
	
	
	Função religiosa.
	
	
	Representavam a classe culta.
	
	
	Era constituído pelos servos, vassalos e camponeses.
	
	
	Proprietários de terras que foram doadas por reis ou nobres aos conventos.
	
	 
	Classe proprietária de terra, cujostítulos e propriedades eram hereditários.

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