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AULA 07

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AULA 07 – Como alfabetizar letrando
Após a compreensão sobre a categoria letramento e sua diferenciação do processo de alfabetização, é hora de refletirmos sobre como um educador pode trabalhar com práticas de letramento, que dotem as crianças de competências linguísticas para interagir com a diversidade de gêneros de leitura e demandas de escrita e oralidade na atualidade.
A alfabetização é uma tecnologia que engloba as atividades de codificação (escrita) e decodificação da língua. Os sujeitos são alfabetizados se dominarem os códigos alfabético e numérico aprendidos na escola.
Na concepção freireana (Freire, 1980), a alfabetização é o desenvolvimento de uma consciência crítica e reflexiva do sujeito para que ele tenha acesso à cultura e que se liberte como cidadão. Um processo coletivo de democratização do saber através da linguagem.
Assim, entendemos que essas competências são desenvolvidas na medida em que as crianças possam refletir sobre os textos que:
As competências de letramento requerem não apenas as habilidades de alfabetização, mas também a apropriação das práticas sociais da leitura e da escrita vigentes na sociedade. Mais que saber ler e escrever, é necessário ter competência na utilização da leitura e da escrita em diferentes gêneros para ser letrado.
Para que esse desenvolvimento ocorra, é necessário que sejam utilizadas tanto as regras da gramática normativa quanto as características peculiares de cada gênero textual.
Vamos aprofundar o estudo do nosso tema descobrindo mais sobre como promover a prática do letramento através de exercícios que envolvam as práticas de leitura, escrita e oralidade.
No que se baseiam as práticas? Essas práticas estão fundamentadas numa compreensão da língua como um processo de interação social, na qual os interlocutores constroem sentidos e significados de acordo com o contexto em que ocorre a interlocução. Em outras palavras, de acordo com as práticas discursivas constituídas socialmente.
Como é possível exercitá-las? É possível quando o desenvolvimento das competências, é feito através do conhecimento de que é possível trabalhar a leitura, a escrita e a oralidade, a partir da interação com o texto.
Um exemplo para o exercício do desenvolvimento das competências de letramento é indicado no texto A professora e a maleta, escrito por Lygia Bojunga Nunes em 1978, como parte integrante do livro A Casa da Madrinha. 
Um texto rico em realismo fantástico e metáforas que fizeram duras  críticas ao poder político da época.
Como você viu anteriormente, há uma relação entre o desenvolvimento das competências de letramento e a interação com o texto. 
Conheça, agora, alguns tipos de leituras que são capazes de contribuir para o desenvolvimento das competências de letramento escolar.
PRÉ-LEITURA: Quanto mais o leitor souber sobre o gênero e o autor do texto lido, mais informações ele terá para interpretar a obra. Antes  de iniciar a leitura propriamente do texto, os professores podem resgatar os conhecimentos prévios que as crianças têm sobre o gênero, o autor e o texto. Podem também trabalhar os objetivos da leitura, pois há uma grande variedade de textos que oferecem informações diferenciadas.
a) Os textos enumerativos têm a função de localizar informações concretas, recortar dados, etiquetar, classificar, comunicar resultados, anunciar acontecimentos, ordenar, arquivar informações entre outros. São exemplos: listas, catálogos, guias, horários entre outros.
b) Os textos informativos têm a função de conhecer ou transmitir, explicações e informações de caráter geral sem aprofundar sobre o assunto. São exemplos: jornais, anúncios, propagandas, convites, entrevistas entre outros.
c) Os textos literários têm a função de induzir ao leitor sentimentos e emoções especiais, causar entretenimento e diversão, comunicar fantasias ou fatos extraordinários, lembrar-se de acontecimentos e emoções vividas pelo grupo ou pela própria pessoa, transmitir valores culturais, sociais e morais. São exemplos: contos, poesias e histórias em quadrinhos.
d) Os textos expositivos têm a função de compreender ou transmitir novos conhecimentos. São exemplos: livros escolares, artigos de pesquisa, biografias e resenhas.
e) Os textos prescritivos têm a função de regular o comportamento humano para a realização de um objetivo de forma precisa. São eles: receitas, regulamentos, códigos e manuais.
LEITURA ORAL: A maior parte dos textos lidos em nossa cultura são realizados de forma silenciosa e individual, entretanto, a leitura oral tem a sua importância quando tratamos de contação de histórias, declamação de poesias, acentuação da expressividade do texto, literatura de cordel, textos teatrais entre outras modalidades que necessitam diferenciar o ritmo e a sonoridade da leitura.
LEITURA SILENCIOSA: Na leitura silenciosa a criança pode desenvolver a capacidade de interpretação e síntese do texto. É uma leitura que exige maior concentração do leitor e abre maior possibilidade para diálogo como autor do texto.      
INTERPRETAÇÃO ORAL: Todo o texto pode apresentar uma multiplicidade de sentidos e interpretações que são inerentes a cada leitor, pois são elaboradas a partir da subjetividade ou dos pressupostos que o leitor apresenta no ato da leitura. A criança deve saber que a leitura é um diálogo com o autor do texto e que dessa forma, ao dialogar, o leitor constrói significados singulares. Com a interpretação oral, a criança pode confrontar pontos de vista e perceber que diferentes leituras podem ser feitas sobre um mesmo texto.
INTERPRETAÇÃO ESCRITA: Se na interpretação oral o objetivo era confrontar pontos de vistas diferentes, na interpretação escrita, a ideia é  aprofundar a compreensão individual do leitor sobre os aspectos apresentados no texto. Esta modalidade de atividade possibilita a  emergência dos sentidos criados pelo leitor, inferências e posicionamentos em relação aos temas abordados. O mais importante é refletir em busca da resposta e não dar uma resposta correta padrão.
INTERPRETAÇÃO PELO DESENHO: Qual é o objetivo das ilustrações que compõem o texto: enriquecer, complementar ou apenas ilustrar as informações? No trabalho da leitura como prática de letramento, levamos as crianças a perceberem nas ilustrações uma complementação das informações contidas no texto, desta forma, elas podem ser interpretadas tanto nos desenhos, como nas fotografias e demais ilustrações que se apresentam como signos repletos de significados.
Agora, você aprenderá um pouco mais sobre os aspectos que envolvem uma produção textual.
Escrever traduz uma capacidade de organizar ideias em argumentos e apresentá-las no papel como uma forma de interlocução.
Quem escreve o faz para alguém, com um objetivo e com um tema definido. Por isso, escrever não é uma atividade cognitiva tão simples.
A escrita está presente no cotidiano e as crianças precisam descobrir a sua função social e as formas de produção que devem estar relacionadas a cada gênero do texto.
Na escola escrevemos para:
• lembrar, identificar, localizar, registrar, armazenar, averiguar dados;
• comunicar o que acontece;
• sistematizar informações;
• sermos avaliados;
• desfrutar, compartilhar sentimentos e emoções, desenvolver a sensibilidade artística;
• estudar, aprender, conhecer, aprofundar conhecimentos.
Além disso, a criança pode aprender a diferenciar a sintaxe da oralidade com a da escrita e dotar seu texto de organização, coerência, coesão, unidade, informatividade, clareza e concisão.
Para que as crianças se apropriem da língua escrita em sua totalidade, é preciso que a escola traga esse objeto sociocultural para a sala de aula de forma sistemática, mas principalmente significativa. Mais que cópias e ditados, a produção de texto é uma forma de comunicação entre interlocutores e precisa ter inteligibilidade e correção da língua para que seu objetivo seja realizado.
As atividades de oralidade fazem parte do cotidiano das crianças, mas devem ser planejadas e realizadas na escola de forma sistemáticapara promover as habilidades indicadas a seguir.
Habilidade 1: Habilidade de expressão em contextos acadêmicos e formais.
Habilidade 2: Habilidade de consciência fonológica e dos aspectos prosódicos do texto, pois expressar-se oralmente é uma competência linguística muito valorizada atualmente e em vários contextos socioculturais e interações discursivas.
Consciência fonológica: A consciência fonológica pode ser compreendida como percepção da estrutura sonora da linguagem, como os fonemas que constituem a língua e os sons que constituem as palavras.
Aspectos prosódicos do texto: A prosódia constitui os aspectos acústicos da fala como o ritmo, a entonação, a intensidade, altura, o timbre de voz e os efeitos de sentidos que produzem.
Alguns exemplos de atividades em que estas habilidades são usadas são: os debates, a argumentação, seminário, relato de experiências, notícias, informações, apresentação de regras e instruções, entrevistas e depoimentos.
Outras atividades para desenvolver a escrita e a oralidade 
Atividades que diferenciam a língua oral da língua escrita
 São atividades que levam a criança a compreender as diferenças e semelhanças que existem nas duas modalidades da língua, pois a escrita não é uma reprodução da fala no papel. Há diferenças fonológicas e ortográficas, nas quais há muito mais liberdade de expressão na fala. Há variáveis lingüísticas e dialetais amplamente aceitas no plano oral e avaliadas como incorretas, no plano escrito. Falamos de acordo com os contextos de uso e condições de produção do texto oral. Há uma fala mais coloquial e outra mais acadêmica. Há dialetos. Há regionalismos. Há maior permissividade com a criação de neologismos na fala. 
Para terminar, outro importante objetivo do trabalho de diferenciação entre as línguas oral e escrita é a aprendizagem dos recursos da língua para registrar o discurso direto, indireto, indireto livre e para apresentar aspectos prosódicos da fala.
Atividades que trabalham o vocabulário
 É fundamental apresentar os significados das palavras que geram dúvidas nas crianças, pois a leitura é um exercício de compreensão do texto. Além de apresentar o significado de palavras desconhecidas, a escola pode contribuir com o aumento do vocabulário e para o ensino da prática de pesquisa em dicionários e hipertextos. É possível também trabalhar a habilidade de inferência do sentido das palavras pelo contexto em que aparece e pelo processo de formação de palavras: composição ou derivação.
		1.
		Eunice, mãe de Thiago, aluno do terceiro período da Educação infantil questionou a professora sobre a ausência de atividades dirigidas que promovessem a alfabetização já nesta etapa da educação. A professora apresentou uma cartilha que seria utilizada no mês seguinte, cuja atividade inicial era a apresentação, copia e identificação de animais que começavam com as vogais. Após apresentar as vogais, a cartilha seguia a apresentação dos dígrafos, sílabas e finalmente palavras isoladas. Por essas características você consegue identificar qual o método que fundamenta a cartilha. Marque a resposta correta.
	
	
	
	
	
	Método misto, pois as vogais se misturam com as palavras para obter a melhor compreensão da dinâmica de formação de palavras na língua portuguesa.
	
	
	Método de letramento, pois as atividades estão todas voltadas para a realidade cultural da criança e suas demandas de escrita.
	
	 
	Método Sintético porque inicia com as menores unidades da língua portuguesa e faz uma operação de síntese para obter a leitura.
	
	
	Método analítico-sintético porque inicia a apresentação da língua portuguesa com as vogais e prossegue para o conhecimento de estruturas que devem ser analisadas para serem compreendidas: as palavras.
	
	
	Método analítico porque analisa cada estrutura da língua e propõe uma crescente dificuldade no aprendizado da leitura.
	 Gabarito Comentado
	
	
		2.
		Observem o texto retirado da 17ª. Lição da Cartilha Maternal de João de Deus. r rei rua raio rijo raiva rato ira vara jura fera ar ir vir ver Podemos perceber que houve uma apresentação dos diferentes sons da letra r na Língua Portuguesa. Atividades como essas que apresentam palavras isoladas e sem um contexto de leitura mais amplo, fazem parte de qual método de alfabetização? Marque a resposta correta.
	
	
	
	
	
	Letramento
	
	
	Misto
	
	
	Analítico
	
	 
	Sintético
	
	
	Psicogênese da Língua Escrita
	 Gabarito Comentado
	
	
		3.
		Observe a descrição da Lição:
O DEDO
Da,  De,  Di,  Do,  Du
Agora crianças, vamos formar palavras juntando os pedacinhos lidos. Da + do = Dado
De + do = Dedo
Di + do = Dido
Do + do = Dodô
Du + du = Dudu.
O mecanismo utilizado para a produção escrita faz parte da metodologia de qual método?
	
	
	
	
	
	Psicolinguístico
	
	
	Misto
	
	
	Analítico
	
	 
	Sintético
	
	
	Letramento
	 Gabarito Comentado
	
	
		4.
		Veja a seguinte lição retirada de uma cartilha: b Boi - boa - aba - beba - bata- baba - batia Após essa apresentação, segue um exercício de cópia das mesmas palavras em letra bastão e por fim, um ditado com as palavras: bebê, Biba, Bola e boneca. Como a cartilha trabalha com as estruturas menores da língua portuguesa e segue para as estruturas maiores fazendo um movimento de síntese para a aprendizagem da leitura, podemos afirmar que se trata de um método:
	
	
	
	
	
	Analítico-sintético
	
	
	Analítico
	
	
	Letramento
	
	
	Misto
	
	 
	Sintético
	
	
	
		5.
		Uma professora do primeiro ano do ensino fundamental inicia sua aula com a leitura de um texto, apresentando seu autor e discutindo com as crianças sobre o significado da leitura. É uma atividade muito divertida, pois todos dão a sua opinião e aprendem sobre os diferentes gêneros textuais. Após toda essa atividade, a professora escolhe uma palavra e a partir dela, apresenta várias outras com seus respectivos significados para as crianças conhecerem. Ao final do dia, aprenderam a ler várias palavras e a conhecer os fonemas que as formam. Essa atividade trata de qual método de alfabetização?
	
	
	
	
	
	Misto
	
	 
	Analítico
	
	
	Sintético e Construtivista
	
	
	Sintético
	
	
	Fônico
	 Gabarito Comentado
	
	
		6.
		Alguns órgãos de pesquisa utilizam escalas para avaliar em que nível de letramento um indivíduo se encontra. Quando se pensa no indivíduo que se encontra em um nível pleno de alfabetismo é INCORRETO afirmar que ele:
	
	
	
	
	
	realize inferências e sínteses.
	
	
	solucione problemas que exijam maior planejamento e controle, envolvendo percentuais e proporções.
	
	
	compreenda mapas e os símbolos usados para a orientação especial do leitor.
	
	 
	apresente dificuldades em localizar informações em textos curtos e familiares.
	
	
	compreende e interpreta textos mais longos, relacionando suas partes, comparando informações.
	
	
	
		7.
		A educação infantil é palco de práticas de leitura e escrita mesmo que as crianças ainda não sejam alfabetizadas. Uma atividade desenvolvida com crianças não-alfabetizadas é aquela em que o professor atua como escriba. Qual das alternativas a seguir está INCORRETA no que se refere a essa atividade?
	
	
	
	
	
	O professor chama a atenção dos alunos para a coesão do texto, dando a noção do início, meio e fim de cada produção.
	
	
	Trabalha-se o comportamento escritor e as diferenças entre a linguagem oral e a escrita.
	
	 
	A criança tem dificuldade em compreender a organização da escrita em linhas e a separação das palavras.
	
	
	Os alunos vão criar um texto oralmente: não é preciso saber grafar as letras para organizar as ideias tal como se escreve.
	
	
	Aprende-sea importância de revisar o texto.
	 Gabarito Comentado
	
	
		8.
		De acordo com Marlene Carvalho (2001), o conceito de letramento envolve a "inserção nas práticas sociais da leitura e da escrita". O que significa essa inserção? (CARVALHO, M. Guia Prático do alfabetizador. São Paulo: Ática, 2001, p. 11).
	
	
	
	
	
	Conseguir assinar o próprio nome
	
	 
	Identificar diferentes tipos de textos e seus usos.
	
	
	Compreender a relação entre letra e som.
	
	 
	Ser capaz de juntar letras em sílaba e as sílabas em palavras.
	
	
	Reconhecer que escrevemos da esquerda para a direita.

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