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AVALIAÇÃO DA COLUNA VERTEBRAL PROF. ESP. LARISSA DE MAGALHÃES SINAIS E SINTOMAS • Após coletar os dados da identificação, é importante permitir que o paciente coloque livremente o motivo que o levou a procurar auxílio. A grande maioria dos pacientes procura auxílio, tendo como queixa principal a dor, que deve ser analisada nos seguintes aspectos: • Localização; • Intensidade; • Duração;. • Modo de início; • Ritmo; • Irradiação:; • Fatores precipitantes e agravantes; • Fatores de melhora. LOCALIZAÇÃO E INTENSIDADE DA DOR • A dor pode estar localizada em um segmento da coluna (cervical, dorsal e lombar) ou em toda a sua extensão. • Tendo como referência sua localização, pode-se reconhecer as síndromes: cervicalgia, dorsalgia e lombalgia. • Sua intensidade pode ser classificada em leve, moderada e intensa. Os processos degenerativos geralmente causam dor de pequena e média intensidade, enquanto que nas afecções compressivas ela costuma ser intensa. DURAÇÃO E MODO DE INÍCIO • Deve-se investigar quando a dor iniciou e se ela é contínua ou intermitente. • Início súbito ou gradual. DOR AGUDA - dura 7 dias; DOR SUBAGUDA- dura de 1 a 4 semanas; DOR “EM RISCO”- dura de 4 a 12 semanas; DOR CRÔNICA- dura mais de 12 semanas. RITMO E IRRADIAÇÃO • Deve-se pesquisar a associação da dor com o repouso e com os movimentos. • A dor da região lombar pode irradiar-se para os membros inferiores e da região cervical para os membros superiores. Dor contínua, que se agrava com os movimentos ocorre na hérnia discal. As doenças inflamatórias pioram após repouso prolongado e as mecânicas ou degenerativas melhoram com o repouso e pioram com o uso da articulação. Irradiação sugere a possibilidade de comprometimento radicular, podendo ser degenerativa ou compressiva. FATORES AGRAVANTES E DE MELHORA • Deve-se verificar o relacionamento da dor com algum esforço físico, postura, movimento, esportes, tensão emocional e trauma. • Deve-se verificar se há melhora da dor com o repouso, variações do decúbito, calor local, etc. Deve-se pesquisar sinais e sintomas paralelos como : - parestesias, - fraqueza muscular, - rigidez pós-repouso, - exacerbação da dor por ocasião de tosse e espirro. AVALIAÇÃO DA COLUNA CERVICAL COLUNA CERVICAL TESTES ESPECIAIS PARA COLUNA CERVICAL TESTE DE FORÇA EM FLEXÃO: • Paciente sentado, fixe a parte superior do tórax (esterno) do paciente, de modo a impedir a a flexão do tórax. • Coloque a palma de sua mão que imprimirá resistência de encontro a testa do paciente, mantendo-a fixa de modo a estabelecer uma firme base de suporte. • Peça ao paciente para fletir o pescoço vagarosamente. Quando ele o fizer, aumente gradativamente a pressão até determinar o máximo de resistência que ele é capaz de suportar. Correlacione seus achados com a tabela de FM. TESTES ESPECIAIS PARA COLUNA CERVICAL TESTE DE FORÇA EM EXTENSÃO: • Paciente sentado, antes de testar a extensão do pescoço, fixe a porção súpero posterior do tórax para impedir uma extensão. • Espalme a mão que imprimirá resistência sob a região occipital. • Peça ao paciente para estender o pescoço. Enquanto ele o faz, aumente gradativamente a resistência até determinar o máximo de resistência que ele é capaz de vencer. Para avaliar o tônus do trapézio durante a construção, palpar com a mão destinada a fixação. TESTES ESPECIAIS PARA COLUNA CERVICAL TESTE DE FORÇA EM ROTAÇÃO LATERAL: • Fique de pé em frente ao paciente e coloque sua mão estabilizadora sobre o ombro esquerdo do paciente, impedindo uma rotação da coluna lombar. • Posicione a mão que oferecerá resistência ao longo da margem direita da mandíbula. • Peça ao paciente para rodar a cabeça em direção a sua mão que impõem-se resistência máxima que ele é capaz de suportar.. TESTES ESPECIAIS PARA COLUNA CERVICAL TESTE DE FORÇA EM INCLINAÇÃO LATERAL: • Posicione sua mão estabilizadora sobre o ombro direito do paciente, impedindo a elevação da escápula. • Posicione a mão que imporá resistência por sobre a face direita da cabeça do paciente, de forma que a palma do examinador se sobreponha à têmpora do paciente, com os dedos se estendendo posteriormente. • Peça para o paciente inclinar a cabeça lateralmente em direção a sua palma, tentando encostar a orelha no ombro. Quando ele começar a inclinar a cabeça, vá gradativamente aumentando a pressão até determinar o máximo de resistência que ele é capaz de vencer. TESTES ESPECIAIS PARA COLUNA CERVICAL TESTE DE TRAÇÃO CERVICAL: • Com o paciente sentado confortável, • Posicione a mão sob o queixo do paciente, enquanto que a outra mão será colocada no occipital. • Em seguida eleve (tracione) a cabeça removendo o peso que ela exerce sobre o pescoço. • Positivo: se houver alívio de dor. TESTES ESPECIAIS PARA COLUNA CERVICAL TESTE DA ARTERIA VERTEBRAL: • O paciente fica em decúbito dorsal, e o examinador se posiciona sentado com ambas as mãos sustentando a cabeça do paciente. • Gire lentamente a cabeça do paciente, e flexione no sentido lateral a coluna vertebral cervical para cada lado. • Cada posição deve ser mantida por 30 segundos. • Positivo: Vertigem, borramento visual, nistagmo, fala enrolada ou perda da consciência são indicativos de obstrução parcial ou completa da artéria vertebral. • *Obs: Os sinais e sintomas anteriormente mencionados devem ser considerados contra- indicações para tração ou mobilização articular na região cervical. TESTES ESPECIAIS PARA COLUNA CERVICAL TESTE DE COMPRESSÃO CERVICAL: • Com o paciente sentado confortavelmente, • Posicione as palmas das mãos no alto da cabeça do paciente • O examinador aplica pressão para baixo enquanto o paciente flexiona lateralmente a cabeça. • Positivo: Dor no membro superior do mesmo lado que o da flexão da cabeça. Isto indica a pressão sobre uma raiz nervosa. • Obs: Antes de aplicar este teste em especial, o examinador deve realizar o teste da artéria vertebral. TESTES ESPECIAIS PARA COLUNA CERVICAL MANOBRA DE VALSALVA: • O paciente deve estar sentado • O examinador fica de pé próximo ao paciente. • Peça ao paciente que inspire profundamente e sustente o fôlego enquanto faz força como para ativar o intestino. • Positivos: Aumento da dor pelo aumento da pressão intratectal. • *Obs.: A dor pode ser secundária a uma lesão por diminuição de espaço, hérnia de disco, tumor, e osteófito no canal vertebral cervical. *Obs.: A pressão aumentada pode alterar a função circulatória e causar vertigem ou inconsciência. O examinador deve estar alerta para amparar o paciente TESTES ESPECIAIS PARA COLUNA CERVICAL TESTE DE TINEL: • O paciente pode ficar sentado ou em DD • O examinador palpa delicadamente a região próxima ao ponto de Erb. (2 cm acima da clavícula). • Positivo: Aumento da dor ou ausência/diminuição da sensibilidade. • *Obs.: A dor pode indicar patologia do plexo braquial TESTES ESPECIAIS PARA COLUNA CERVICAL TESTE DE ADSON: • Este teste determina a permeabilidade da artéria subclávia. • Palpe o pulso radial do paciente, continue palpando e abduza, estenda e rode externamente o braço do paciente. • Peça ao paciente para prender a respiração e rodar a cabeça em direção ao braço que está sendo examinado. • Positivo: Diminuição da amplitude do pulso radial • *Obs.: Não pode fazer tração. TESTES ESPECIAIS PARA COLUNA CERVICAL TESTE DA ARTÉRIA CARÓTIDA: • Com os seus dedos indicador e médio,pressionar ligeiramente sobre a artéria carótida de encontro ao processo transverso da vértebra cervical. • Palpar cada artéria individualmente e avaliar igualdade de amplitude. • Positivo: diferença na força dos pulsos. • *Obs.: pode indicar estenose (estreitamento de qualquer canal ou orifício) ou compressão da artéria carótida. AVALIAÇÃO DA COLUNA LOMBOSSACRA E QUADRIL AVALIAÇÃO DA COLUNA LOMBAR • A coluna lombar dá mobilidade as costas, fornece sustentação a porção superior do corpo e transmite o peso a pelve e aos MMII. • O paciente deve despir-se. • Observar se o paciente evita se curvar, torcer e promover outros movimentos. AVALIAÇÃO DA COLUNA LOMBAR INSPEÇÃO: • Postura Global da Coluna Vertebral • O paciente deve ser examinado na posição em pé e depois sentado; • O paciente deve ser observado nas vistas anterior, posterior e lateral • Observar: • obliquidade pélvica e simetria de sustentação de peso; • marcas cutâneas ou presença de lesões na pele; • deformidade em grau ao nível da coluna lombar; • Cor e textura da pele, cicatrizes, fístulas, etc. • anormalidade dos contornos ósseos e dos tecidos moles; OBS.: Exame das articulações periféricas: artic. sacroilíacas, do quadril, dos joelhos; tornozelos e dos pés. AVALIAÇÃO DA COLUNA LOMBAR PALPAÇÃO: • Durante a palpação do quadril e músculos associados, o fisioterapeuta deve observar qualquer dor à palpação, temperatura, espasmo muscular ou outros sinais e sintomas. • Face Anterior: Crista Íliaca, EIAS • Face Posterior: Crista Ilíaca, EIPS, processos espinhosos da coluna lombar, Sacro, Crista Íliaca, Túber Isquiático, Nervo Ciático. AVALIAÇÃO DA COLUNA LOMBAR MOBILIZAÇÃO: • Movimentos Ativos: Quantidade de movimento articular realizada por um indivíduo sem qualquer auxílio. Objetivo: o examinador tem a informação exata sobre a capacidade, coordenação e força muscular da amplitude de movimento do indivíduo. • Movimentos Passivos: Quantidade de movimento realizada pelo examinador sem o auxílio do indivíduo. A ADM passiva fornece ao fisioterapeuta a informação exata sobre a integridade das superfícies articulares e a extensibilidade da cápsula articular, ligamentos e músculos (Levangie & Norkin, 1997) AVALIAÇÃO DA COLUNA LOMBAR MOVIMENTO ATIVO: • O fisioterapeuta deve observar: • Quando e onde, durante cada um dos movimentos, ocorre o início de dor; • Se o movimento aumenta a intensidade e a qualidade da dor; • A quantidade de restrição observável; • O padrão de movimento; • O ritmo e a qualidade do movimento; • O movimento das articulações associadas; „ • Qualquer limitação e sua natureza. AVALIAÇÃO DA COLUNA LOMBAR MOVIMENTO ATIVO: • O fisioterapeuta deve observar: • Quando e onde, durante cada um dos movimentos, ocorre o início de dor; • Se o movimento aumenta a intensidade e a qualidade da dor; • A quantidade de restrição observável; • O padrão de movimento; • O ritmo e a qualidade do movimento; • O movimento das articulações associadas; „ • Qualquer limitação e sua natureza. AVALIAÇÃO DA COLUNA LOMBAR MOVIMENTO PASSIVO: • O fisioterapeuta deve observar: • Quando e onde, durante cada um dos movimentos, ocorre o início de dor; • Se o movimento aumenta a intensidade e a qualidade da dor; • O padrão de limitação do movimento; • A sensação final do movimento; • O movimento das articulações associadas; • A amplitude de movimento disponível. TESTES ESPECIAIS PARA COLUNA LOMBAR TESTE DE LASÉGUE: • O paciente em DD com MMII estendidos, • Eleve um dos MMII segurando com uma das mãos no calcanhar e a outra na região anterior do joelho. • *Obs.: A elevação do membro inferior sem dor deverá alcançar aproximadamente 80º. • Avalia dor lombar associada a ciatalgia • Positivo: dor no dermátomo correspondente (dor irradiada), enquanto que nos casos de encurtamento dos músculos posteriores da coxa o paciente irá referir dor somente na região posterior da coxa. • Dor a partir de 30º de elevação TESTES ESPECIAIS PARA COLUNA LOMBAR TESTE DE HOOVER: • Serve para verificar simulação por parte do paciente. • Enquanto o paciente tenta elevar um dos membros inferiores, segure o calcanhar do pé oposto. • Se ele realmente estiver tentando elevar a perna exercerá pressão no calcanhar da perna oposta de encontro à mão, caso contrário ele não estará efetivamente tentando. TESTES ESPECIAIS PARA COLUNA LOMBAR TESTE DE KERNIG: • Serve para verificar compressão no nível da medula. • Paciente em DD, mãos atrás de a cabeça • Pede-se ao paciente para levar a cabeça de encontro ao peito com uma flexão. • Positivo: Dor na cervical, lombar ou membros inferiores. • *Obs.: Indica irritação dural, lesão de raiz nervosa. TESTES ESPECIAIS PARA COLUNA LOMBAR SINAL DE GAENSLEN: • O paciente em DD, flexionar um dos joelhos e aproximá-lo da região anterior do tórax. Aproxime o paciente da borda da mesa de modo que uma das nádegas perca contato com a mesa de exame. Deixe que o membro inferior penda enquanto a outra permanece fletida. • Positivo: Dor na região sacro-ilíaca indica patologia desta articulação. TESTES ESPECIAIS PARA COLUNA LOMBAR TESTE DE PATRICK E FABERE: • Paciente em DD, colocar o pé de um dos membros inferiores sobre o joelho oposto de modo que a articulação coxofemoral fique rotação externa, fletida e abduzida. Nesta posição a presença de dor na região inguinal indica patologia do quadril ou da musculatura adjacente. Após fazer pressão divergente com uma das mãos na sobre o joelho fletido e a outra nas espinhas ilíacas ântero- superiores (EIAS) contralateral. • Positivo: Dor indica patologia na sacro-ilíaca. TESTES ESPECIAIS PARA COLUNA LOMBAR SINAL DE MILGRAN: • Paciente em DD. • Elevar ambos os MMII (± 7 cm acima da mesa) e manter nesta posição sem dor durante 30 segundos. • Positivo: Se tiver dor ou não conseguir manter a posição é indicativo de patologias compressivas. TESTES ESPECIAIS PARA COLUNA LOMBAR TESTE DE MOBILIZAÇÃO PÉLVICA: • O paciente em DD; • Posicione as mãos sobre as cristas ilíacas e os polegares nas espinhas ilíacas ântero- superiores (EIAS). • Comprimir a pelve com força em direção a linha média do corpo. • Positivo: Queixa de dor na articulação sacro-ilíaca indica patologia articular. TESTES ESPECIAIS PARA COLUNA LOMBAR TESTE DE THOMAS: • Este teste objetiva determinar a presença e o grau da contratura em flexão do quadril. • Paciente em DD, solicite que o paciente abrace junto ao tronco um dos MMII fletido. • Positico: Caso ocorra flexão do quadril o teste é sugestivo para retesamento do músculo iliopsoas, mas se não ocorrer a flexão do quadril e sim a extensão so joelho e teste é sugestivo para retesamento do reto femural. TESTES ESPECIAIS PARA COLUNA LOMBAR TESTE DE TRENDELEMBURGE: • *Obs: Este teste avalia o músculo glúteo médio. • Paciente em pé, pede-se ao mesmo que flexione o quadril e o joelho de um lado enquanto se observa o nível das cristas ilíacas. • Positivo: queda da pelve para o lado não apoiado, o que significa insuficiência do glúteo médio do lado oposto. TESTES ESPECIAIS PARA COLUNA LOMBAR TESTE DE OBERO: • *Obs.: Detecta a presença de contratura em abdução do quadril. • Paciente em DL, com o membro a ser testado no lado de cima. • É realizada a flexão do joelho a 90 graus e abdução do quadril; o examinador então solta o membro. • Positivo: Permanênciade abdução mesmo após ter sido solto.
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