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hipnoticos psico 2011 pdf4eb3ec483ef9c

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DROGAS HIPNÓTICAS 
CURSO DE PSICOLOGIA 
 
CLARICE GORENSTEIN 
 
INSTITUTO DE CIÊNCIAS BIOMÉDICAS 
UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO 
Hipnóticos 
• conceito: fármacos cuja ação principal é induzir 
e manter o sono 
 
• características: induzem um estado de 
consciência que é semelhante, mas não idêntico, 
ao sono fisiológico, do qual o indivíduo é 
facilmente acordado 
Sono normal 
• estado comportamental reversível, distinto da 
vigília, com reatividade aos estímulos e alterações 
comportamentais específicas 
 
• padrão polissonográfico: sono REM e NREM 
(estágios 1, 2, 3, 4) 
Sono NREM 
• EEG: ondas sincronizadas, lentas 
• EOG: sem movimentos oculares rápidos 
• EMG: tônus muscular < vigília 
• SNA: FC, FR, PA < vigília 
• Estágios: 1 a 4 
• Hormonal: secreção de GH 
• Mental: sem sonhos 
Sono REM 
• EEG: dessincronizado ~ vigília ativa 
• EOG: movimentos oculares rápidos 
• EMG: atonia muscular, abalos de membros 
• SNA: oscilações FC, FR, PAS 
• Mental: sonhos 
PADRÃO DE ONDAS NO EEG 
FREQÜÊNCIA 
AMPLITUDE 
ESTÁGIOS 1 a 4 
Estágio 3 
 
Estágio 2 
 
Estágio 1 
 
 
Fusos de sono 
 
Vigília 
 
Sono REM 
 
Estágio 4 
 
EEG 
A2 
EEG 
A2 
EOG 
A2 
EOG 
A2 
EMG 
Vigília 
Sono delta 
Estágio 2 
Sono REM 
EEG 
 Estágio 1: 3 - 5% 
 Estágio 2: 45 - 55% 
 Sono delta (3 e 4): 20-25% 
 Sono REM: 20-25% 
 4 - 6 ciclos REM - NREM / noite 
 Sono delta predomina no início da noite 
 Sono REM predomina no final da noite 
 Latência de sono REM: 70 - 110’ 
 Arquitetura normal de sono no adulto 
 
 
Vigília 
Tempo 
REM 
ESTÁGIOS DE SONO DURANTE A NOITE Estágios de Sono Durante a Noite 
• Sonolência excessiva 
• Comportamentos anormais 
 durante o sono 
• Insônia 
Principais alterações de sono 
 Principal indicação dos hipnóticos 
 
 
QUADROS DE INSÔNIA 
Insônia 
• é um SINTOMA - incapacidade de 
 iniciar e/ou manter o sono 
• pode significar: 
– sono de má qualidade / agitado 
– sono de curta duração 
 
• sono insuficiente para manter alerta 
 e bem-estar físico e mental durante 
 o dia 
Prevalência 
• queixas de insônia: ~ 35% da 
 população (Brasil: 21 a 42%, Palma, 
 Anderesen, Mello, Tufik, 1997) 
 
• principalmente em mulheres, 
 idosos e indivíduos de baixa renda 
 e baixa escolaridade 
 
 Consequências da insônia 
 
 alteração do desempenho diurno, 
 irritabilidade, dores musculares, etc 
 
 40% dos pacientes utilizam álcool para 
 indução do sono e recorrem a hipnóticos e 
 medicações não prescritas (over-the-counter) 
 
 aumento do risco de depressão 
 
 57% dos pacientes desenvolvem algum 
 quadro psiquiátrico 
V 
1 
2 
3 
4 
REM 
HIPNOGRAMA 
SONO NORMAL 
MICRODESPERTARES 
HIPNOGRAMA 
V 
1 
2 
3 
4 
REM 
LATÊNCIA de SONO PROLONGADA 
DESPERTAR 
PRECOCE 
V 
1 
2 
3 
4 
REM 
AUMENTO DO TEMPO ACORDADO 
HIPNOGRAMA 
 Período do sono em que ocorre 
 
• inicial: dificuldade em adormecer 
• intermediária: sono entrecortado com 
 despertares freqüentes 
• terminal: despertar precoce 
 
 Classificação da insônia 
 
Classificação da insônia 
• transitória - curta: < 3 semanas - geralmente 
associada a situação de conflito, tensão, luto, 
enfermidade, viagem aérea, procedimentos 
cirúrgicos 
 
• crônica: > 3 semanas - apnéia de sono, 
mioclonias noturnas, insônia psicofisiológica 
Duração 
Causas da insônia 
 Classificação Internacional dos Distúrbios do Sono (1997) lista 60 
possíveis diagnósticos diferenciais como causa de insônia 
 
• doenças clínicas (ataques noturnos de asma, doença pulmonar 
obstrutiva crônica, dor ) 
• transtornos psiquiátricos (transtornos do humor, transtornos de 
ansiedade), estresse 
• alterações do ritmo circadiano 
• higiene de sono inadequada 
• medicamentos, uso de álcool e drogas 
• distúrbios primários do sono 
 CLASSIFICAÇÃO INTERNACIONAL 
 DOS DISTÚRBIOS DO SONO 
 
 Dissonias Intrínsecas 
 
 Insônia psicofisiológica 
 Insônia idiopática 
 Síndrome das pernas inquietas 
 Distúrbio dos movimentos periódicos dos 
 membros (mioclonias noturnas) 
 Síndrome da apnéia do sono (SAS central 
 e obstrutiva) 
Tratamento da insônia 
• INSÔNIA sintoma associado a inúmeras causas, 
 algumas com tratamentos específicos e 
 com contra-indicação do uso de hipnóticos 
 
• PRIMEIRA CONDUTA investigação minuciosa envolvendo a 
identificação dos possíveis fatores clínicos, físicos, psicofisiológicos, 
psiquiátricos e sociais que possam estar alterando o sono para uma 
abordagem adequada 
 
Tratamento da Insônia 
• 1. tratamentos específicos para as 
 diferentes etiologias 
• 2. tratamentos não medicamentosos: 
– medidas de higiene de sono 
– redução do estresse 
– técnicas de relaxamento 
– terapias cognitivo-comportamentais 
• 3. tratamentos medicamentosos 
 
HIPNÓTICOS 
BENZODIAZEPÍNICOS 
Benzodiazepínicos 
principais efeitos 
– ansiolítico 
– relaxante muscular 
– anticonvulsivante 
– sedativo-hipnótico: 
 
nitrazepam, flurazepam, 
midazolam, flunitrazepam, 
 temazepam, triazolam, estazolam 
 
Sedativos-hipnóticos e ansiolíticos 
 
 Continuum of behavioral sedation 
E
fe
it
o
s 
 n
o
 S
N
C
 
aumento de dose 
Coma Barbitúricos 
Depressão medular 
Benzodiazepínicos 
Anestesia 
Hipnose 
Sedação, desinibição, 
diminuição da ansiedade 
Relação dose-resposta 
Farmacocinética dos BZD 
• bem absorvidos pelo TGI 
• atravessam rapidamente a BHC 
• atravessam a barreira placentária (risco de parto 
prematuro, baixo peso e sintomas neonatais, sem potencial 
teratogênico) Wikner e cols 2007, Pharmacoepidemiol Drug Saf 16:1203-10 
• ligação às proteínas plasmáticas (>90%) 
Características Farmacocinéticas de BZD 
 % ligação 
proteínas 
T1/2 comp. orig. 
[metabólito] (h) 
Tmax (h) Pico de 
[plasmática] (h) 
Clonazepam 85 18-60 1-4 1-2 
Diazepam 98 20-100 [30-200] 0,5-2 1-2 
Estazolam 93 10-24 2 (0,5-6) 0,5-6 
Flunitrazepam 77-79 10-20 0,4-0,5 0,3-3 
Flurazepam 97 2,3 [40-250] 0,5-1 0,5-1 
 
Midazolam 97 1-12 (2,5) 0,33-1 0,3-1 
Nitrazepam 87 15-48 2-3 2-3 
Triazolam 89 1,5-5,5 até 2 2 
 
Indicação clínica* 
• BZD mais usados como ansiolíticos: 
 diazepam (protótipo), alprazolam, 
 bromazepam 
 
• BZD mais usados como hipnóticos: 
 nitrazepam, flurazepam, 
 midazolam flunitrazepam, 
 temazepam, triazolam, estazolam 
 
*baseia-se principalmente nas características farmacocinéticas 
 Na prática, todos os BZD são usados como hipnóticos 
 BZD mais usados como ansiolíticos: 
 diazepam – DIAZEPAM – VALIUM - DIENPAX 
 alprazolam - FRONTAL 
 bromazepam – LEXOTAN, SOMALIUM 
 
 BZD mais usados como hipnóticos: 
 nitrazepam - NITRAZEPOL 
 flurazepam - DALMADORM 
 midazolam - DORMONID 
 flunitrazepam - ROHYPNOL 
 lorazepam - LORAX 
 triazolam - HALCION 
 estazolam – NOCTAL 
 
Buspirona: BUSPAR 
 
Zopiclone: IMOVANE 
 
Zolpidem: STILNOX 
 
Zaleplon: SONATA 
 
 
Diazepam 
Clordiazepóxido Desmetil 
- 
Nordiazepam 
Demoxepam Temazepam 
Oxazepam 
 Flurazepam 
N-Hidroxietil-flurazepam 
N-Desalquilflu- 
razepam 
3-Hidroxi- 
derivado 
 Triazolam 
 Midazolam 
 Alprazolam 
 -Hidroxi- 
triazolam 
 -Hidroxi- 
midazolam 
 -Hidroxi- 
alprazolam 
Lorazepam 
Biotransformação dos BZD 
CYP2C19 
CYP3A3/4 
CYP3A3/4 
CYP3A3/4 
Desmetil-
clordiazepóxido 
 
 Greenblatt e cols 1991, Clin Pharmacokinet 21:165-77 
 
C 
O 
N 
J 
U 
G 
A 
Ç 
à 
O 
 
P 
O 
R 
 
G 
L 
U 
C 
O 
R 
O 
N 
I 
D 
A 
Ç 
à 
O 
idosos 
idosos 
idosos 
GABA 
• principal mediador 
inibitório 
 
• ~ 30% das sinapses 
do SNC 
 
• projeção ubíqua 
Vias GABAérgicas 
monômero 4 hélices 5 subunidades = pentâmero 
Receptor GABAA - estrutura 
 
Receptor GABAA – Receptor BZD 
 
Receptor sem ligante, o 
canal está fechado. 
Ligação do GABA abre o 
canal, passa o cloro e 
hiperpolariza a célula. 
Ligação do BZ 
potencializa a ação do 
GABA, resultando em 
maior entrada de cloro. Entrada de cloro hiperpolariza a célula, o 
que dificulta sua despolarização, reduzindo 
a excitabilidade neural. 
Benzodiazepínico 
 
Receptor sem agonista 
 
 
 
 
 
 
Receptor com ligação do 
GABA 
 
 
 
 
 
Receptor com ligação do 
GABA e de benzodiazepínico 
 
GABA 
REC-BZD 
Membrana 
do neurônio 
Canal de 
cloro 
Meio 
extra-celular 
Meio 
intra-celular 
REC-GABA 
Cl- 
Cl- 
GABA 
REC-BZD 
Membrana 
do neurônio 
Canal de 
cloro 
Meio 
extra-celular 
Meio 
intra-celular 
REC-GABA 
Cl- 
Cl- 
BZD 
Subtipos de Receptor GABAA 
 
Subtipo % Receptores Distribuição anatômica 
R-BZD1 
GABAA α1 ~50% ubíqua 
R-BZD2 
GABAA α2 
15% – 20% 
córtex, sistema límbico, medula 
espinhal 
GABAA α3 
GABAA α5 < 5% hipocampo 
Rowlett e cols 2005, CNS Spectr 10:40-8 
Subtipos de Receptor GABAA 
 
Subtipo Efeitos associados 
R-BZD1 
GABAA α1 sedativo e amnéstico (anticonvulsivante) 
R-BZD2 
GABAA α2 
ansiolítico e relaxante muscular 
GABAA α3 
GABAA α5 efeito amnéstico 
Reynolds 2008, Pharmacol Biochem Behav 90:37-42 
Moduladores alostéricos positivos 
agonistas totais de BZD: diazepam, midazolam, etc 
 
Facilitam a transmissão GABAérgica 
 
 
Ansiolítico 
Hipnótico 
Anticonvulsivante 
Relaxante muscular 
A 
B 
C 
D 
ED50 
CURVA DOSE-RESPOSTA 
ORDEM DE POTÊNCIA: A > B > C > D 
ORDEM DE EFICÁCIA: A=C>B>D 
Moduladores alostéricos positivos 
agonistas parciais: abecarnil, imidazenil 
 
Facilitam a transmissão GABAérgica (menos 
que os agonistas totais) 
 
 
ações farmacológicas semelhantes às dos BZD 
menos efeitos colaterais ou adversos 
Moduladores alostéricos negativos 
agonistas inversos totais BZD: β-carbonilas 
 
Diminui a transmissão GABAérgica 
 
Ansiogênico 
Convulsivante 
Pró-alerta 
Espasmogênico 
Pró-mnéstico 
 
 
Moduladores alostéricos neutros 
Antagonista de BZD: flumazenil 
 
Não altera a transmissão GABAérgica 
 
 
Bloqueia os efeitos de agonistas 
Bloqueia os efeitos de agonistas inversos 
 
 Atack 2003, Curr Drug Targets CNS Neurol Disord 2:213-32 
Efeitos dos BZD sobre o sono 
em fenótipos normais 
 
 latência do sono 
 latência do sono REM 
 N1, N3, sono REM 
 N2 
 despertares 
 tempo total de sono 
 
 latência do sono 
 latência do sono REM 
 N1 
 N2, N3, sono REM 
 despertares, WASO 
 (wake after sleep onset) 
 tempo total de sono 
 
Efeitos dos BZD sobre o sono 
em insones 
 
Concentração mínima eficaz 
Meia-vida longa 
 
22 h 6 h 14 h 22h 6 h 
Sonolência residual com 
compostos de meia-vida longa 
compostos de 
meia-vida curta 
C
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ce
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 h
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g
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e 
 
Sono 
Tempo 
Insônia rebote com 
compostos de meia-vida curta 
Efeito hipnótico 
Efeito hipnótico vs meia-vida 
Efeitos anticonvulsivantes e relaxantes 
musculares dos BZD 
• reduzem o tônus muscular 
 
• têm atividade anticonvulsivante 
 
• clonazepam é relativamente mais eficaz como 
anticonvulsivante do que outros BZD 
 
• diazepam intravenoso é um eficaz bloqueador de 
convulsões 
Efeitos Cardiovasculares e 
Respiratórios dos BZD 
• sistema cardiovascular 
– não afetam significativamente 
 
• respiração 
– podem causar depressão em pacientes com 
problemas respiratórios (bronquite ou enfisema) 
– agravam apnéia de sono 
Efeitos dos BZDs sobre o desempenho psicomotor 
 atenção 
 velocidade de desempenho 
 
 tempo de reação 
efeitos proporcionais às doses administradas e 
relacionados às propriedades sedativas dos 
compostos 
cuidado ao exercer tarefas que exigem precisão de 
movimentos 
Buffett-Jerrott e Stewart 2002, Curr Pharm Des 8:45-58 
BZDs e risco de acidentes de trânsito 
Estudos experimentais: influência negativa 
(dependente da concentração sanguínea), na 
realização de tarefas associadas à condução de 
veículos 
 
Bramness e cols 2002, Drug Alcohol Depend 68:131-41; 
Smink e cols 2008, J Forensic Leg Med 15:483-8 
 
Uso agudo: BZDs prejudicam a condução segura 
 
 
 
BZDs e risco de acidentes 
 
Estudos epidemiológicos: resultados controversos 
na associação entre uso de BZs e risco de 
envolvimento em acidentes. 
 
Smink e cols 2010, CNS Drugs 24:639-53 
Charlson e cols 2009, Pharmacoepidemiol Drug Saf 18:93-103 
 
 
Uso crônico: pode haver desenvolvimento de 
tolerância aos efeitos sedativos. 
 
 
Efeitos dos BZD sobre a memória 
 
não alteram: 
 
 memória retrógrada (memória anterior ao BZD) 
 memória de curto-prazo 
 memória semântica (conhecimentos) ou a 
memória de procedimento (habilidades) 
 
Curran 1991, Psychopharmacol 105:1-8; 
Lister 1985; Neurosci. Biobehav Rev 9:87-94 
 
Efeitos dos BZD sobre a memória 
 
 Amnésia anterógrada - memória episódica 
(aquisição de informações pós BZD) 
Medicação pré-anestésica: amnésia de eventos 
associados com a cirurgia 
Curran 1991, Psychopharmacol 105:1-8; 
Lister 1985; Neurosci. Biobehav Rev 9:87-94 
 
Efeitos variáveis sobre a memória implícita 
(memória não consciente) (lorazepam) 
 
Curran e Gorenstein 1993, Int Clin Psychopharmacol 8:37-42; 
Giersch e cols 2010, Pharmacol Ther 126:94-108 
 
 
Efeitos dos BZD sobre a memória 
 
 
 Efeitos crônicos: disfunção cognitiva, sem 
alterações neuroanatômicas. 
 
 Descontinuação: melhora de desempenho, 
embora alguns déficits são mais persistentes. 
 
 
Gorenstein e cols 1995 J Psychopharmacol 9:313-8; 
Stewart 2005, J Clin Psychiatry 66 Suppl 2:9-13; 
Beracochea 2006, ScientificWorldJournal 6:1460-5 
 
 
Efeitos indesejáveis dos BZD 
BZDs de meia-vida longa: Efeitos residuais - cansaço, 
sonolência, e torpor na manhã seguinte 
Idosos: prejuízos cognitivos, de despenho motor e 
risco aumentado de quedas e acidentes 
Woolcott et al 2009, Arch Intern Med 169:1952-60 
 
BZDs de meia-vida curta: 
insônia de fim de noite e ansiedade durante o dia 
insônia rebote: piora nos parâmetros de sono após 
descontinuação 
 
 
Efeitos indesejáveis dos BZD 
Efeitos mais raros: 
ganho de peso, erupções cutâneas. prejuízo da 
função sexual, irregularidades menstruais, 
anormalidades sanguíneas 
 
Reações paradoxais (menos do que 1% dos pacientes): 
liberação emocional, loquacidade, excitação, 
agitação, irritabilidadee agressividade, reações 
paranóides, estados confusionais 
 
 Mancuso e cols 2004, Pharmacotherapy 24:1177-85 
Interações medicamentosas dos 
benzodiazepínicos 
Não relevantes 
Anticoagulantes 
Anestésicos e bloq.neuromusculares 
Anestésicos locais 
Anticolinérgicos 
Inibidores da MAO 
Antiinflamatórios não hormonais 
Hormônios esteroides 
Possivelmente relevantes 
Anorexígenos 
Betabloqueadores 
Probenecida 
Xantinas 
Digoxina 
Relevantes 
Antidepressivos tricíclicos (TCA) 
Etanol 
Antiácidos 
Barbitúricos 
Neurolépticos 
Anticonvulsivantes 
Inib. recaptura de serotonina (ISRS) 
Dissulfiram 
Bloqueadores H2 
Opioides 
Antibióticos (macrolídeos rifampicina 
cetoconazol) 
Toxicidade dos BZD 
• aguda - superdosagem 
 (suicídio): sono prolongado sem profunda 
depressão respiratória ou do sistema 
cardiovascular 
• tratamento: antagonista flumazenil 
• casos fatais são raros com BZD 
• depressão respiratória grave em combinação com 
álcool e outras drogas 
Tolerância aos efeitos dos BZD 
• tolerância diferencial: 
 rápida: efeito sedativo 
 intermediária: efeito anticonvulsivante 
 praticamente inexistente: efeito ansiolítico 
 
• funcional (farmacodinâmica) 
GABA + BZD GABA + BZD GABA 
 BZD Agudo BZD Cronico Sem BDZ 
Extracelular 
Intracelular 
Tolerância 
Abuso e Dependência de BZD 
 
Potencial de abuso: principalmente em indivíduos com 
história de dependência e pacientes ansiosos graves 
 
Lader 1994, Addiction 89:1413-8 
 
 
Síndrome de abstinência em 50% de pacientes em uso por 
mais de um ano 
 
Drogas de meia-vida curta maior propensão a exibir 
síndrome de abstinência (protraída meia-vida longa) 
 
 
Síndrome de Abstinência 
 
 
Quadro clínico da abstinência é pouco específico 
 
• irritabilidade, agitação, insônia (diferencial importante com 
retorno da ansiedade) 
• tremor, sudorese, palpitações, náusea, letargia, cefaléia, 
dor/tensão muscular, aumento da sensibilidade para a luz e 
sons, parestesias, cãibras, convulsões 
 
Hipnóticos não-benzodiazepínicos 
Zopiclona 
Zolpidem 
Zaleplom 
Eszopiclona 
 
 
 
Indiplon 
Zopiclona 
(ciclopirrolona) 
• liga-se aos receptores BZD1 (GABAA subunidade alfa-1) 
 
• pico de absorção: 0,5-1,5 h 
 
• meia-vida de eliminação: 3,5-6 h 
 
• efeitos colaterais: sonolência, fadiga, irritabilidade, 
cefaleia e amnésia, boca seca e gosto amargo na boca 
 
• prejuízo da habilidade de dirigir dependente da 
concentração 
 
Gustavsen e cols 2009, Accid Anal Prev 41: 462-6 
 
Zopiclona vs BZDs 
• Superior aos BZDs quanto a tolerância e dependência 
• Menos insônia rebote 
• Pouca ou nenhuma sonolência residual na manhã 
seguinte, semelhante a de BZDs de meia-vida curta 
• Não produz déficits de memória nem amnésia 
anterógrada 
Montplaisir e cols 2003, Hum Psychopharmacol Clin Exp 18: 29–38 
Zolpidem 
(imidazopiridina) 
 
• liga-se aos receptores BZD1 (GABAA subunidade alfa-1) 
• efeito antagonizado por flumazenil 
• efeito hipnótico semelhante ao de BZDs (menos ansiolítico, 
anticonvulsivante; relaxante muscular) 
 
• início de ação: 30 min-2 h 
• pico máximo de concentração: 2-3 h 
• meia-vida de eliminação: 3 h (2,5-5 h) 
• biotransformação: CYP3A4 
Zolpidem 
(imidazopiridina) 
• sono de ondas lentas (N3) 
• pouco efeito no sono REM (doses altas suprimem REM) 
• pouca insônia rebote, ansiedade ou sedação matinal 
• baixa propensão para potencial de abuso, dependência, 
sintomas de abstinência e tolerância 
• depressão respiratória com altas doses 
• relatos de alimentação e confusão durante a noite 
 
 
Hipnóticos 
Benzodiazepínicos: 
Midazolam, Flunitrazepam, Flurazepam e outros 
 
Não-benzodiazepínicos: 
Pirazolopirimidina [Zaleplon] 
Imidazopirimidina [Zolpidem] 
Ciclopirrolona [Zopiclona] 
 
 Outras substâncias com propriedades hipnóticas: 
barbitúricos, hidrato de cloral, antidepressivos, 
antipsicóticos, anti-histamínicos, melatonina, 
produtos naturais (valeriana, passiflora) 
Uso crônico dos BZD 
 
• prejuízos cognitivos ? 
• prejuízos psicomotores ? 
• tolerância 
• dependência 
Tolerância aos efeitos dos BZD 
• tolerância diferencial: 
 rápida: efeito sedativo 
 intermediária: efeito anticonvulsivante 
 praticamente inexistente: efeito ansiolítico 
 
• funcional (farmacodinâmica) 
Dependência de BZD 
 
síndrome de abstinência em 50% de pacientes em uso por 
mais de um ano 
drogas de meia-vida curta tem mais propensão a exibir 
síndrome de abstinência (meia-vida longa, a síndrome de 
abstinência é protraída) 
 
Quadro clínico da abstinência é pouco específico 
• irritabilidade, agitação, insônia (diferencial importante 
com retorno da ansiedade) 
• tremor, sudorese, palpitações, náusea, letargia, cefaléia, 
dor/tensão muscular, aumento da sensibilidade para a 
luz e sons, parestesias, cãibras, convulsões 
 
Usos Clínicos dos BZD 
• hipnótico 
• ansiolítico 
• sedação: medicação pré-anestésica 
• síndrome de abstinência de álcool 
• anticonvulsivante 
• relaxante muscular: espasmo muscular crônico e 
espasticidade 
Indicação dos hipnóticos na insônia 
Insônia Tratamento 
Transitória 
 e de curta duração 
Crônica 
 
 
importante indicação 
dose mínima eficaz 
período limitado de uso (< 4 semanas) 
 
tratamento da causa primária 
auxiliar no início de outros tratamento 
uso intermitente se possível 
dose mínima eficaz 
período limitado de uso (<4 semanas?) 
 
 A INDICAÇÃO DOS HIPNÓTICOS É LIMITADA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
TRATAMENTO DA 
 ANSIEDADE 
 
• reposta universal diante da antecipação de um 
perigo, estresse ou conflito 
 
• propulsora do desenvolvimento e preservadora 
da vida 
 
• é patológica quando desproporcional à situação 
que a desencadeia, ou quando não existe uma 
ameaça real 
 
Ansiedade 
• sinais 
– tremores, tontura, hiperatividade autonômica 
(taquicardia, sudorese, cólicas abdominais) 
 
• sintomas 
– tensão, medo, preocupação, falta de 
concentração 
 
Ansiedade: sinais e sintomas 
• prejuízo na qualidade de vida 
– comprometimento do funcionamento ocupacional e 
social, relações interpessoais 
• transtornos psiquiátricos (ex. depressão) 
• abuso de substâncias (álcool, BZD, analgésicos, 
relaxantes musculares) 
Consequências da Ansiedade 
Ansiedade Generalizada 
(DSM-IV, 1994) 
 durante pelo menos 6 meses 
• A. ansiedade e preocupação excessiva ocorrem na maior parte do tempo 
(trabalho, escola) 
• B. dificuldade em controlar a preocupação 
• C. ansiedade e preocupação associada com 3 ou + dos sintomas, alguns a 
maior parte do tempo: 
• inquietação, nervosismo 
• cansaço 
• dificuldade de concentração ou “brancos” na mente 
• irritabilidade 
• tensão muscular 
• distúrbio de sono (insônia) 
• D. o foco da ansiedade e preocupação não se restringe a aspectos associados 
a outros transtornos psiquiátricos 
• E. ansiedade, preocupação ou sintomas físicos prejudicam significativamente 
o funcionamento 
• F. os sintomas não se relacionam a efeitos provocados por drogas ou 
condições clínicas 
 
Adequado ao tipo de transtorno 
 
• Benzodiazepínicos 
• Agonistas parciais de BZD 
• Agonistas 5-HT1A 
• Antidepressivos (tricíclicos, IMAO, ISRS, 
IRSNa)• Antagonistas 2-adrenérgicos 
• Outros 
 
Tratamento da ansiedade

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