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questões prova constitucional

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O Federalismo, ou a federação, como forma de Estado, liga-se
a esta anatomia, pois apresenta a divisão do território do Estado em diferentes
estados-federados, exercendo cada qual sua parcela de competência constitucionalmente
estabelecida (CAMARGOS e ANJOS, 2009:81). Assim no estado
federal temos a convivência de diferentes ordens jurídicas, em um mesmo espaço
geográfico.
Discorra sobre intervenção federal e estadual e sobre suas hipóteses
1.2 Intervenção Federal
A Constituição de 1988, seguindo o exemplo das constituições anteriores, estabeleceu
as hipóteses em que, excepcionalmente, a União poderia vir a intervir nos
Estados Federados. O instituto da intervenção federal encontra-se nas circunstâncias
enumeradas nos incisos do art. 34 da Carta Política. Na história do federalismo
brasileiro é possível notar que a intervenção, notadamente por ser medida
excepcional, foi utilizada com muita parcimônia, principalmente no período em
que vivemos certa normalidade política e democrática. Entretanto, na ditadura
capítulo 1 • 19
de Getúlio Vargas, de 1937 a 1945, e durante a ditadura militar de 1964 a 1984,
a intervenção foi utilizada com maior frequência (CAMARGOS e ANJOS, 2009).
Segundo a doutrina brasileira, como já mencionado, a intervenção federal nada
mais é do que o afastamento temporário da autonomia de um ente federal que
tem por objetivo a preservação da própria federação. Assim sendo, trata-se de
instrumento de direito constitucional de exceção, pois priva o ente federado de
sua característica essencial: a autonomia.
A intervenção federal, vale repetir, trata de exceção no equilíbrio federativo
da autonomia política dos entes, a partir da ingerência de uma entidade em
assuntos próprios de outra, quando diante de uma das circunstâncias taxativas
extremas que atentam ao pacto federativo e a supremacia constitucional.
Segundo AGRA (2007:297) a intervenção federal é:
O remédio típico da forma de Estado federativa, constituindo-se no instrumento cabível
para a sua manutenção, de utilização necessária todas as vezes que um estadomembro
ou um Município desrespeitar os princípios constitucionais federativos ou
provocar uma instabilidade na normalidade jurídica.
Por ser forte medida coercitiva, só pode ser usada estritamente nas situações
determinadas taxativamente pelo constituinte originário, nos arts. 34 a 36
da CRFB/88. Nos termos do art. 34:
capítulo 1 • 21
Art. 34. A União não intervirá nos Estados nem no Distrito Federal, exceto para:
I. Manter a integridade nacional;
II. Repelir invasão estrangeira ou de uma unidade da federação em outra;
III. Pôr termo a grave comprometimento da ordem pública;
IV. Garantir o livre exercício de qualquer dos poderes nas unidades da federação;
V. Reorganizar as finanças da unidade da federação que:
a) Suspender o pagamento da dívida fundada por mais de dois anos consecutivos,
salvo motivo de força maior;
b) Deixar de entregar aos Municípios receitas tributárias fixadas nesta Constituição,
dentro dos prazos estabelecidos em lei;
VI. Prover a execução de lei federal, ordem ou decisão judicial;
VII. Assegurar a observância dos seguintes princípios constitucionais:
a) Forma republicana, sistema representativo e regime democrático;
b) Direitos da pessoa humana;
c) Autonomia municipal;
d) Prestação de contas da administração pública, direta e indireta;
e) Aplicação do mínimo exigido da receita resultante de impostos estaduais,
compreendida a proveniente de transferências, na manutenção e desenvolvimento
do ensino e nas ações e serviços públicos de saúde.
Já a intervenção dos estados-membros (ou Estados Federados) nos municípios
está prevista no art. 35.
Art. 35. O Estado não intervirá em seus Municípios nem a União nos Municípios localizados
em Território Federal, exceto quando:
I. Deixar de ser paga, sem motivo de força maior, por dois anos consecutivos, a dívida
fundada;
II. Não forem prestadas contas devidas, na forma da lei;
III. Não tiver sido aplicado o mínimo exigido da receita municipal na manutenção e
desenvolvimento do ensino e nas ações e serviços públicos de saúde
Observe-se que nos casos em que o pedido de intervenção federal se fundamenta
em descumprimento de ordem judicial ou decisão judiciária, na maior
parte das vezes, está envolvido grave desrespeito aos direitos de cidadania, uma
vez que tais ordens judiciais, no mais das vezes protegem direitos do cidadão.
22 • capítulo 1
Nestes casos a intervenção deixa de ser ato discricionário do Presidente da
República, pois fica o tribunal prolator da ordem desobedecida obrigado a comunicar
a desobediência ao Supremo Tribunal Federal (tratando-se de matéria
constitucional), ao Superior Tribunal de Justiça (para o descumprimento de lei
federal) ou ao Tribunal Superior Eleitoral (tratando-se de matéria eleitoral) que
requisitará a intervenção se julgar conveniente.
1.2.3 Os tipos de intervenção: espontânea ou provocada
A doutrina classifica que a intervenção federal pode se operar em duas espécies:
a intervenção espontânea e a intervenção provocada. A primeira é uma
discricionariedade, juízo de oportunidade e conveniência, do presidente da
República, ou seja, ato exclusivo da vontade do chefe do Poder Executivo que
deverá obter posterior aprovação por parte do Congresso Nacional, e que na
atualidade constitucional, está prevista no art. 34, inc. I, II, III e V da CRFB/88.
A intervenção federal será provocada, hodiernamente, nos casos descritos
no art. 34, inc. IV, VI e VII por solicitação do Executivo e do Legislativo estaduais,
e, por requisição, por parte dos órgãos do Judiciário.
Em ambas as espécies deve ser expedido um decreto presidencial interventivo
especificando a abrangência (os estados-membros que serão atingidos
pela medida); a amplitude (os poderes que serão cerceados); e o tempo (prazo
de duração da medida especificado).
Deve o presidente, segundo os art. 90, I e 91 §1º da CRFB/88 ouvir o Conselho
da República e o Conselho de Defesa Nacional para decretação. “Havendo a
omissão do tempo determinado para a sua realização, a falta de indicação de
cláusula suspensiva, a intervenção deverá ser considerada inconstitucional
pelo Poder Judiciário” (AGRA, 2007:300).
O decreto deve, ainda, justificar as razões de sua amplitude, abrangência
e tempo. Após a sua redação pelo presidente da República o decreto será publicado
gerando automaticamente os seus efeitos e remetido a apreciação do
Congresso Nacional.
Quanto à função do Poder Legislativo ao controle do ato interventivo não
lhe é permitido emendar o direito expedido, mas tão somente rejeitá-lo ou
aprová-lo integralmente por decreto legislativo.
Não cabe apreciação do Legislativo quando for de acinte aos princípios sensíveis
e para prover a execução de lei federal, ordem ou decisão judicial – arts.
capítulo 1 • 23
34, incisos VI e VII. Nesses casos, descabe apreciação por parte do Legislativo
porque os critérios são essencialmente técnico-jurídicos, ocorrendo o controle
jurídico do processo interventivo. Ele somente se inicia se houver requisição
dos órgãos judiciais ou se houver o provimento da representação do procurador-
geral da República.
No caso de descumprimento de lei federal, o pedido partirá do Supremo
Tribunal Federal; nos casos de descumprimento de ordem ou decisão judicial,
os pedidos poderão partir do Tribunal Superior Eleitoral, do Superior Tribunal
de Justiça e do Supremo Tribunal Federal; no caso de quebra dos princípios
sensíveis, o pedido será encaminhado pelo STF.
Portanto, nos casos de acinte aos princípios sensíveis e para prover a execução
de lei federal, ordem ou decisão judicial, não há necessidade de apreciação
pelo Poder Legislativo. Entretanto, se o pedido partir do STF para assegurar o
livre exercício das funções do Poder Judiciário de quaisquer das unidades judiciárias
estaduais, segundo o art. 34, inciso IV, terá de haver aprovação por parte
do Poder Legislativo. (AGRA, 2007:299-300)
1.2.4 As consequênciasda intervenção e a figura do interventor
Três são, então, as consequências do ato apreciado pelo Poder Legislativo, segundo
as palavras de Lewandowski (1994:132):
a) Os parlamentares podem aprová-lo, autorizando a continuidade da intervenção até
o atingimento de seus fins;
b) Podem, de outro lado, aprová-lo, suspendendo de imediato a medida, situação que
gerará efeitos ex nunc;
c) Podem, por fim, rejeitá-lo integralmente, suspendendo a intervenção e declarando
ilegais, ex tunc, os atos de intervenção.
Nas situações que podem ser caracterizadas ou estabelecidas por questões
meramente da seara jurídica, tais sejam, a inexecução de lei federal, ordem ou
decisão judicial (art. 34, IV da CRFB/88), ou o desrespeito aos princípios constitucionais
sensíveis (34, VII da CRFB/88), ficará dispensada a apreciação por
parte do Poder Legislativo do decreto presidencial, se for suficiente a expulsão
da norma jurídica que esteja conturbando a supremacia constitucional.
24 • capítulo 1
Finalmente, quando as razões que justificaram a intervenção tiverem cessado,
as autoridades afastadas dos entes federativos, não havendo impedimento
de nenhuma outra ordem, retornarão aos seus cargos.
Quanto à figura do interventor, é interessante observar o trecho de Agra
(2007:301):
O alcance da intervenção e das prerrogativas do interventor não pode descurar dos
princípios constitucionais impostos pelo ordenamento jurídico. Não há, como no
estado de sítio e no estado de defesa, uma flexibilização dos direitos fundamentais ou
uma excepcionalidade dos direitos e garantias constitucionais.
O Estado Democrático de Direito é mantido em sua inteireza, ocorrendo apenas a
limitação da autonomia do ente federativo que sofreu a intervenção. Os limites da
intervenção são expostos preponderantemente pela Constituição Federal e pelo
decreto presidencial que a estabelece.
Discorra sobre as competências das cortes federadas
1.3.2 A repartição de Competência no Brasil
A distribuição de competências no Brasil se comporta da seguinte forma, conforme
disciplinado na Constituição:
Ø Competências exclusivas – art. 21 da CRFB/88 - são exclusivas porque
são de um único ente e de mais ninguém, ou seja, não são passíveis de delegação.
No caso brasileiro, são competências administrativas da União;
Ø Competências privativas – art. 22 da CRFB/88 – são competências de
um único ente, mas que podem ser delegadas se houver autorização legal. No
caso brasileiro, são competências legislativas que cabem à União, mas que poderão
ser delegadas aos Estados por lei complementar;
Ø Competências comuns – art. 23 da CRFB/88 – são competências administrativas
que cabem a todos os entes federativos;
Ø Competências concorrentes – art. 24 c/c art. 30, III da CRFB/88 – são
competências legislativas que atribuem segundo as regras dos parágrafos do
art. 24 um papel legislativo à União e aos estados-membros e, aos Municípios,
em caráter suplementar, naquilo que couber, por força do art. 30, II da CRFB/88;
capítulo 1 • 29
Ø Competência residual ou remanescente – art. 25 da CRFB/88 – as competências
remanescentes ou residuais são competências exclusivas, administrativas,
legislativas, dos estados-membros, ou seja, os assuntos das competências
remanescentes são dos estados-membros. Serão todos aqueles assuntos
que não são da competência exclusiva e privativa da União nem do Município,
é o que remanesce;
Ø Competências locais – art. 30, II da CRFB/88 – são competências legislativas
e exclusivas dos Municípios
Defina estado unitário, federado e confederado
ESTADO SIMPLES OU UNITÁRIO
Em um Estado Unificado, o poder sobre todo o território está centralizado nas mãos de um único estado.
Portanto, todo o território é um único estado, e nele prevalece um único poder legislativo, judiciário e executivo.
ESTADO FEDERAL
Um Estado Federado ou Federal consiste na união de estados autônomos, chamados de unidades-federativas ou estados-membros.
Todos os estados participantes da federação, possuem um certo nível de poder, já que contam com seu próprio governo e constituição.
Contudo, apenas o estado central possui soberania, e portanto, mesmo que com certos limites, é nele que está estabelecida toda base nacional, tanto política quanto jurídica e governamental.
ESTADO CONFEDERADO
Estado Confederado é um conjunto de estados soberanos e autônomos, que se reúnem por possuírem objetivos políticos e/ou econômicos em comum.
Os cidadãos pertencentes aos estados confederados, possuem a nacionalidade de seu respectivo estado.
O que são imunidades parlamentares, quais suas hipóteses e explicações
Imunidade Material - Caput do artigo 53 da CF/88
Os Deputados e Senadores são invioláveis, civil e penalmente, por quaisquer de suas opiniões, palavras e votos.
A Inviolabilidade, por opiniões, palavras e votos abrange os parlamentares federais (art. 53, CF 88), os deputados estaduais (art. 27, § 1º, CF 88) e, nos limites da circunscrição de seu Município, os vereadores (art. 29, VIII, CF 88)- sempre no exercício do mandato.
Isto é importante: sempre no exercício do mandato. Isto é, a imunidade material não é absoluta, pois somente se verifica nos casos em que a conduta possa ter alguma relação com o exercício do mandato parlamentar. Assim, constatada a ausência do nexo de causalidade entre a manifestação de opinião e o exercício da atividade parlamentar, o titular do cargo legislativo não estará isento da sanção cível ou penal.
Fixe isto: Se as manifestações ocorrem no recinto da Casa Legislativa, estarão sempre protegidas, penal e civilmente, pela imunidade material. No caso de manifestações ocorridas fora do Parlamento, cabe perquirir da conexão com o exercício do mandato ou com a condição parlamentar.
Imunidade Formal - § 2º do artigo 53 da CF/88
Desde a expedição do diploma, os membros do Congresso Nacional não poderão ser presos, salvo em flagrante de crime inafiançável. Nesse caso, os autos serão remetidos dentro de vinte e quatro horas à Casa respectiva, para que, pelo voto da maioria de seus membros, resolva sobre a prisão;
Como falamos, a imunidade parlamentar quer proteger os detentores deste cargo contra prisões arbitrárias e que colocariam o parlamentar em situação vexatória e desonrosa.
Enquanto a imunidade material diz respeito à liberdade de expressão e voto, a imunidade formal diz respeito à privação da liberdade de ir e vir.
Importante isto: A imunidade formal é concedida apenas a Deputados Federais e Estaduais e Senadores. Vereador goza apenas da imunidade material - e esta é restrita a manifestação de expressão que digam respeito ao próprio município.
O resumo sobre a imunidade formal:
Em relação à prisão (art. 53, § 2º): desde a expedição do diploma, os membros do Congresso Nacional não poderão ser presos, salvo em flagrante de crime inafiançável. Nesse caso, os autos serão remetidos dentro de 24 horas à Casa respectiva, para que, pelo voto da maioria de seus membros, resolva sobre a prisão.
Em relação ao processo (art. 53, § 3º): se for proposta e recebida denúncia criminal contra Senador ou Deputado Federal, por crime ocorrido após a diplomação, o STF dará ciência à Casa respectiva, que, por iniciativa de partido político nela representado e pelo voto da maioria de seus membros, poderá, até a decisão final, sustar o andamento da ação.
Discorra e diferencie estado de sítio e estado de defesa
2.2 O Estado de Defesa
Segundo dispõe o art. 136 da Constituição Federal, o Presidente da República
pode, ouvidos o Conselho da República e o Conselho de Defesa Nacional, decretar
estado de defesa para preservar ou prontamente restabelecer, em locais
restritos e determinados, a ordem pública ou a paz social ameaçadas por grave
e iminente instabilidade institucional ou atingidas por calamidades de grandes
proporções na natureza.
Desta forma, há uma limitação, de ordem material e formal, a ser observada
para a instauração do estado de defesa.
54 • capítulo 2
2.2.1 Limites materiais e formaisPara além dos limites implícitos tratados anteriormente, há a previsão expressa
de limites para a instauração do estado de defesa no art. 136 da Constituição
Federal.
Como limites materiais tem-se:
a) existência de grave e iminente instabilidade institucional que ameace a
ordem pública ou a paz social.
b) manifestação de calamidade de grandes proporções na natureza que
atinja a mesma ordem pública ou a paz social.
Os limites formais são:
a) prévia manifestação dos Conselhos da República e Conselho de Defesa
Nacional (recorde-se que a manifestação não vincula o ato presidencial, pois os
Conselhos são meros órgãos consultivos).
b) decretação do ato pelo Presidente da República.
c) determinação, no decreto, do prazo de duração da medida, que não poderá
ser superior a 30 dias, podendo ser prorrogado apenas uma vez, haja vista
que um de seus pressupostos é a temporariedade da medida.
d) especificação das áreas abrangidas.
e) indicação das medidas coercitivas, dentre as previstas no rol estipulado
pelo art. 136, § 1º da Constituição Federal.
2.2.2 Efeitos da decretação do Estado de Defesa
Os efeitos da decretação do estado de defesa se traduzem na adoção de medidas
restritivas que recaem basicamente sobre a esfera de direitos das pessoas
e instituições.
O decreto que instituir o estado de defesa determinará as medidas coercitivas
a vigorarem, dentre as seguintes:
I. Restrições aos direitos de:
a) reunião, ainda que exercida no seio das associações;
b) sigilo de correspondência;
c) sigilo de comunicação telegráfica e telefônica;
d) ocupação e uso temporário de bens e serviços públicos, na hipótese
de calamidade pública, respondendo a União pelos danos e custos
decorrentes.
capítulo 2 • 55
II. Prisão:
a) por crime contra o Estado, determinada pelo executor da medida,
comunicada imediatamente ao juiz competente, acompanhada de declaração,
pela autoridade, do estado físico e mental do detido no momento
de sua autuação;
b) por outros motivos que não o crime contra o Estado não podendo
ser superior a dez dias, salvo quando autorizada pelo Poder Judiciário.
Na hipótese de prisão não se admite a incomunicabilidade do preso, nos
termos do inciso IV do § 3º.do art.136.
Os crimes contra o Estado, por sua vez, estão previstos especialmente na polêmica
Lei de Segurança Nacional15 – lei 7.170/83, que define os crimes contra a
segurança nacional, a ordem política e social, além de estabelecer seu processo
e julgamento. Ainda em vigor, embora bastante criticada por se tratar de uma
herança do regime militar ditatorial, a lei em seu art. 1º. estabelece os crimes
que lesam ou expõem a perigo de lesão a integridade territorial e a soberania
nacional; o regime representativo e democrático, a Federação e o estado de direito;
e a pessoa dos chefes dos Poderes da União.
2.2.3 Controles
Levando-se em conta a seriedade das medidas de exceção, especialmente no
que toca aos direitos fundamentais, as mesmas devem estar sujeitas a um rígido
sistema de controle que permita que as estas possam cumprir seus objetivos
institucionais sem que ponham em risco a própria existência do estado democrático
de direito.
15 Observe-se que ao longo da história republicana brasileira, a partir da década de 1930, do século passado,
houve uma sucessão de Leis de Segurança Nacional. A primeira delas foi a lei 38, de 4 de abril de 1935 que foi
posteriormente reforçada pela lei nº 136, de 14 de dezembro do mesmo ano, pelo Decreto-Lei 431, de 18 de maio
de 1938 e pelo Decreto-Lei 4.766, de 1º de outubro de 1942, que definia crimes militares e contra a segurança do
Estado. Segue-se a lei 1.802, de 5 de janeiro de 1953. Depois temos o Decreto-Lei 314, de 13 de março de 1967
que transformava em legislação a doutrina de Segurança Nacional, fundamento do Estado após o Golpe Militar de
1964. Posteriormente temos o Decreto-Lei 898, de 29 de setembro de 1969- essa foi a Lei de Segurança Nacional
que vigorou por mais tempo no regime militar. Sem seguida é promulgada a lei 6.620, de 17 de dezembro de 1978
que seria mais branda que as anteriores, antecipando o período de abertura política que se viveria no país na
década de 1980. Por fim, temos a atual lei 7.170, de 14 de dezembro de 1983 que foi promulgada no governo do
presidente João Figueiredo e vigora até os dias atuais. Há ainda um projeto de lei, em trâmite no Congresso desde
2002, que pretende introduzir o Título XII no Código Penal para coibir os crimes contra o estado democrático de
direito e revogando, assim, a Lei de Segurança Nacional – lei 7.170/83. No referido projeto de lei ficariam instituídos:
“Capítulo I: Dos crimes contra a soberania nacional; Capítulo II: Dos crimes contra as instituições democráticas;
Capítulo III: Dos crimes contra o funcionamento das Instituições Democráticas e dos Serviços Essenciais; Capítulo IV:
Dos crimes contra a autoridade estrangeira ou internacional; Capítulo V: Dos crimes contra a cidadania”.
56 • capítulo 2
Esse sistema tem uma dimensão política e outra jurisdicional.
O controle político, que é realizado pelo Congresso Nacional, ocorre em
dois momentos:
1. O primeiro consiste na apreciação do decreto de instauração e de prorrogação
do estado de defesa, pois o Presidente da República, dentro de vinte
e quatro horas, submeterá o ato com a respectiva justificação ao Congresso
Nacional, que decidirá por maioria absoluta;
2. O segundo, é sucessivo, isto é posterior, atuará após o seu término
e a cessação de seus efeitos, conforme consta no art.141, parágrafo único da
Constituição Federal, o qual determina que logo que cesse o estado de defesa , as
medidas aplicadas em sua vigência serão relatadas pelo Presidente da República,
em mensagem ao Congresso Nacional, com especificação e justificação das providências
adotadas, com relação nominal dos atingidos e indicação das restrições
aplicadas o jurisdicional consta, por exemplo, do art. 136, § 3º.
O controle jurisdicional é feito pelo Poder Judiciário. Como exemplos podemos
citar:
a) no art. 136, § 3º, se estabelece que a prisão por crime contra o Estado
deverá ser imediatamente comunicada ao juiz competente.
b) a prisão por outros motivos que não o crime contra o Estado tem o prazo
máximo de 10 dias, salvo autorização judicial.
c) cessado o estado de defesa ou o estado de sítio, cessarão também seus
efeitos, sem prejuízo da responsabilidade pelos ilícitos cometidos por seus executores
ou agentes, ou seja, poderá o Poder Judiciário verificar eventuais abusos
e aplicar as sanções previstas.
2.3 Estado de Sítio16
Segundo dispõe o art. 137 da Constituição Federal, o Presidente da República
pode, ouvidos o Conselho da República e o Conselho de Defesa Nacional, so-
16 “Ao fazermos um comparativo com os Estados Unidos, este estado de exceção iria se denominar de Lei Marcial
(Martial Law), que é o estado de excepcionalidade jurídica. ‘A construção jurídica da Lei Marcial é naquele País, como
de hábito, predominantemente judicial. A Lei Marcial – dizem os autores americanos – deriva da natureza das coisas
e traduz-se na validade de medidas excepcionais do executivo em caso de guerra externa ou de guerra civil‘. No
modelo inglês da Lei Marcial é a possibilidade de o governo aplicar a força mesmo em detrimentos das garantias,
mas tem que ser controlada pelo Poder Judiciário, o governo estará autorizado a medidas de segurança quando
afetar o poder publico, e os atos de normalidade”. (SANTOS, 2016)
capítulo 2 • 57
licitar ao Congresso Nacional autorização para decretar o estado de sítio. Isto
poderá acontecer em nos casos de:
• comoção grave de repercussão nacional.
• ocorrência de fatos que comprovem a ineficácia de medida tomada durante
o estado de defesa.
• declaração de estado de guerra.
• resposta à agressão armada estrangeira.
Do dispositivo constitucional, percebe-se que o estado de sítio é mais severo
do que o estado de defesa, implicando situações de maior gravosidade e que se
desdobra em três níveis: a comoçãograve; a ineficácia das medidas do estado
de defesa e ameaça bélica.
2.3.1 Limites materiais e formais17
Tal qual o estado de defesa, para além dos limites implícitos tratados anteriormente,
há a previsão expressa de limites para instauração do estado de sítio no
art. 137 da Constituição Federal.
Como limites materiais se traduzem nas hipóteses de autorização constitucional
para a decretação do estado de sítio. São eles:
• Comoção grave de repercussão nacional;
• Ocorrência de fatos que comprovem a ineficácia de medida tomada durante
o estado de defesa;
• Declaração de estado de guerra ou resposta à agressão armada estrangeira.
• Os limites formais são os seguintes:
• prévia manifestação dos Conselhos da República e Conselho de
Defesa Nacional (como já dito, a manifestação não vincula o ato presidencial,
pois os Conselhos são meros órgãos consultivos);
• autorização do Congresso Nacional por maioria absoluta de
seus membros;
17 “Os limites do estado de sítio para Canotilho são denominados de enumerativo ergo limitatio, diz que o Estado
se torna mais constitucional, mas será regulamentado pelo direito, então se o Estado Constitucional está vinculado
ao povo somente esse Estado pode fixar competências dos pressupostos para tal exceção, a conclusão que fazemos
é que não é suspensão da Constituição no estado da exceção, mas sim um regime extraordinário que é implantado
para suprir o momento de anormalidade do sistema constitucional”. (SANTOS, 2016)
58 • capítulo 2
• decretação do ato pelo Presidente da República18;
• determinação, no decreto, do prazo de duração da medida, que não
poderá ser superior a 30 dias, podendo ser prorrogado por mais trinta
dias, de cada vez, ou seja, pode ser prorrogado mais de uma vez, nas hipóteses
do art. 137, I;
• no caso de guerra (CF, art. 137, II) a duração será por todo o tempo
que perdurar a guerra ou a comoção externa;
• especificação das áreas abrangidas;
• indicação das medidas coercitivas, dentre as previstas no art. 139 da
Constituição Federal.
2.3.2 Efeitos da decretação do Estado de Sítio
O decreto que instituir o estado de sítio determinará as medidas coercitivas a
vigorarem, dentre as previstas no art. 139. Cumpre ressaltar, por oportuno, que
estas medidas que podem ser adotadas na vigência do estado de sítio se referem
apenas à hipótese de decretação com fundamento no art. 137, I.
Em relação à decretação em caso de guerra não há limites constitucionais
das medidas a serem tomadas, podendo o Presidente da República, desde que
autorizado pelo Congresso Nacional tomar quaisquer medidas necessárias
para a repressão da agressão estrangeira.
Assim, o decreto de estado de sítio com fundamento em grave comoção nacional
ou em razão da ineficácia das medidas adotadas no estado de defesa poderá
determinar a tomada das seguintes medidas coercitivas contra as pessoas.
I. Obrigação de permanência em localidade determinada;
II. Detenção em edifício não destinado a acusados ou condenados por crimes
comuns;
III. Restrições relativas à inviolabilidade da correspondência, ao sigilo
das comunicações, à prestação de informações e à liberdade de imprensa, radiodifusão
e televisão, na forma da lei; (não se inclui nas restrições do inciso
III a difusão de pronunciamentos de parlamentares efetuados em suas Casas
Legislativas, desde que liberada pela respectiva Mesa).
18 “Para combater as crises constitucionais do estado de sítio transfere-se a competência legislativa para a
soberania presidencial, pois é uma situação especial regulada pela própria lei. Mas para implantação do estado
de sítio é necessário aprovação do Congresso Nacional, que tem o poder de vetar o Presidente, pois se não for
observado o princípio da necessidade e da temporariedade poderá assim ser denominado de golpe de Estado. Os
direitos a serem restritos virão da proposta presidencial, mas não pode criar nem inovar normas que não estejam
previstas na lei, pois assim pode configurar abuso por parte do Presidente da Republica e ser penalizado pelo crime
de responsabilidade”. (SANTOS, 2016)
capítulo 2 • 59
IV. Suspensão da liberdade de reunião;
V. Busca e apreensão em domicílio;
VI. Intervenção nas empresas de serviços públicos;
VII. Requisição de bens.
2.3.3 Controles
Os controles do estado de sítio também se realizam no plano político e
no jurisdicional.
O controle político se realiza pelo Congresso Nacional em três momentos:
um controle prévio e um sucessivo.
O controle político, que é realizado pelo Congresso Nacional, ocorre em
dois, momentos:
1. O primeiro é um controle prévio e consiste na apreciação do decreto
de instauração e de prorrogação do estado de defesa, pois o Presidente da
República, dentro de vinte e quatro horas, submeterá o ato com a respectiva justificação
ao Congresso Nacional, que para aprová-lo deverá decidir por maioria
absoluta;
2. O segundo, é sucessivo, atuará após o seu término e a cessação de seus
efeitos, conforme consta no art.141, parágrafo único da Constituição Federal,
o qual determina que logo que cesse o estado de defesa, as medidas aplicadas
em sua vigência serão relatadas pelo Presidente da República, em mensagem
ao Congresso Nacional, com especificação e justificação das providências adotadas,
com relação nominal dos atingidos e indicação das restrições aplicadas
o jurisdicional consta, por exemplo, do art. 136, § 3º.
O controle jurisdicional é concomitante ao estado de sítio, isto é, ocorre
durante a execução do estado de sítio. É amplo em relação aos limites de aplicação
das restrições autorizadas e se manifesta na coibição de atos cometidos
com abuso ou excesso de poder, os quais poderão ser reprimidos através do
Mandado de Segurança ou de habeas corpus, pois existem limites constitucionais
expressos.
Cessado o estado de sítio, cessarão também seus efeitos, sem prejuízo da
responsabilidade pelos ilícitos cometidos por seus executores ou agentes,
ou seja, poderá o Poder Judiciário verificar eventuais abusos e aplicar as sanções
previstas.
60 • capítulo 2
Conforme ensina o Professor José Afonso da Silva:
Mais uma vez se vê que o estado de sítio, como o estado de defesa, está subordinado
a normas legais. Ele gera uma legalidade extraordinária, mas não pode ser arbitrariedade.
Por isso, qualquer pessoa prejudicada por medidas ou providências do Presidente
da República ou de seus delegados, executores ou agentes, com inobservância
das prescrições constitucionais não excepcionadas e das constantes do art. 139, tem
o direito de recorrer ao Poder Judiciário para a responsabilizá-los e pedir a reparação
do dano que lhe tenha sido causado. ( 2006:750)
O que são comissões parlamentares. Cite e explique os princípios conhecidos
4.1.5 Comissões parlamentares
O Congresso Nacional e suas casas têm comissões, com formação e competências
específicas. Essas comissões se dividem em permanentes e temporárias.
As comissões permanentes terão a mesma formação durante a legislatura e
tratarão de assuntos predeterminados. As comissões temporárias serão constituídas
por prazo determinado, para tratarem de matérias específicas. Quanto
às suas competências, elas poderão: votar matérias que dispensem a apreciação
do plenário; convocar Ministros de Estado para prestarem informações
(vide art. 50, CF/88); receber reclamações de entidades públicas; solicitar depoimentos
e apreciar planos e programas nacionais ou regionais.
As comissões permanentes na Câmara dos Deputados se desmembram
nas seguintes temáticas: Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento
e Desenvolvimento Rural – CAPADR; Comissão de Ciência e Tecnologia,
Comunicação e Informática – CCTCI; Comissão de Constituição e Justiça e
de Cidadania – CCJC; Comissão de Cultura – CCULT; Comissão de Defesa do
Consumidor – CDC; Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher – CMULHER;
Comissão de Defesa dos Direitos da Pessoa Idosa – CIDOSO; Comissão
capítulo 4 • 133
de Defesa dos Direitos das Pessoas com Deficiência – CPD; Comissãode
Desenvolvimento Urbano – CDU; Comissão de Desenvolvimento Econômico,
Indústria, Comércio e Serviços – CDEICS; Comissão de Direitos Humanos e
Minorias – CDHM; Comissão de Educação – CE; Comissão do Esporte – CESPO;
Comissão de Finanças e Tributação – CFT; Comissão de Fiscalização Financeira
e Controle – CFFC; Comissão de Integração Nacional, Desenvolvimento
Regional e da Amazônia – CINDRA; Comissão de Legislação Participativa –
CLP; Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável – CMADS;
Comissão de Minas e Energia – CME; Comissão de Relações Exteriores e de
Defesa Nacional – CREDN Comissão de Segurança Pública e Combate ao
Crime Organizado – CSPCCO; Comissão de Seguridade Social e Família – CSSF;
Comissão de Trabalho, de Administração e Serviço Público – CTASP; Comissão
de Turismo - CTUR; Comissão de Viação e Transportes – CVT.
As comissões permanentes do Senado Federal são: Comissão Diretora;
Assuntos Econômicos (CAE); Assuntos Sociais (CAS); Constituição, Justiça e
Cidadania (CCJ); Educação, Cultura e Esporte (CE); Meio Ambiente, Defesa do
Consumidor e Fiscalização e Controle (CMA); Direitos Humanos e Legislação
Participativa (CDH); Relações Exteriores e Defesa Nacional (CRE); Serviços de
Infraestrutura (CI); Desenvolvimento Regional e Turismo (CDR); Agricultura
e Reforma Agrária (CRA); e Ciência, Tecnologia, Inovação, Comunicação e
Informática (CCT).
As comissões temporárias, por sua vez, sobrevivem até o término da legislatura
ou, antes dela, quando alcançado o fim a que se destinam ou expirado
seu prazo de declaração. São subdivididas em: especiais, externas e de inquérito.
São os seus escopos: emissão de pareceres sobre propostas de emendas
constitucionais; elaboração de proposições legislativas relativas às matérias
de atribuições das Comissões; cumprimento de missão temporária autorizada
no Brasil.
A Constituição Federal estipula duas comissões que terão um papel importante
nas atividades do Congresso Nacional. São elas: a Comissão Representativa
(art. 58, § 4º da CRFB/88) e as Comissões Parlamentares de Inquérito (Art. 58, §
3º da CRFB/88, Lei 1579/52 e Lei 10.001/2000).
A Comissão Parlamentar de Inquérito tem os seguintes requisitos formais
para a sua formação: prazo certo; fatos determinados; limites dos seus poderes
de investigação próprios das autoridades judiciais.
134 • capítulo 4
Elas podem determinar em seus poderes de investigação: quebra de sigilo
bancário, fiscal e telefônico; intimação de autoridades, testemunhas e indiciados
para prestar depoimento e possibilidade de condução coercitiva; produção
de provas lícitas (art. 5º, LVI, CRFB/88); prisão em flagrante (art. 5º, LXI,
CRFB/88); medidas cautelares: busca e apreensão e busca pessoal.
Seus limites de atuação são: poder geral de cautela; proibição ou restrição
da assistência jurídica das testemunhas e investigados; invasão domiciliar (art.
5º, XI da CRFB/88); quebra do sigilo da comunicação telefônica (art. 5º, XII da
CRFB/88); quebra do sigilo judicial; atos jurisdicionais; intimação ou condução
coercitiva de indígena (art. 231, § 5º da CRFB/88); ajuizamento de ação penal
e julgamento.
Finalmente, cabe informar acerca das chamadas comissões mistas. As comissões
mistas são aquelas formadas por Deputados e Senadores, por decisão
do Congresso Nacional em sessão conjunta das casas. Podem ser permanentes
ou temporárias. O melhor exemplo desse tipo de comissão está descrito no art.
166, § 1º da CRFB/88:
Art. 166 § 1º Caberá a uma comissão mista permanente de Senadores e Deputados:
I. Examinar e emitir parecer sobre os projetos referidos neste artigo e sobre as
contas apresentadas anualmente pelo Presidente da República;
II. Examinar e emitir parecer sobre os planos e programas nacionais, regionais e
setoriais previstos nesta Constituição e exercer o acompanhamento e a fiscalização
orçamentária, sem prejuízo da atuação das demais comissões do Congresso Nacional
e de suas Casas, criadas de acordo com o art. 58.

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