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NUTRIÇÃO MATERNOINFANTIL Aula 15: Banco de leite humano Aula 15: Banco de Leite Humano Nutrição maternoinfantil Aula 15: Banco de Leite Humano Nutrição maternoinfantil Objetivos Descrever o início da criação dos Bancos de Leite Humano (BLH’s); Identificar sua importância na manutenção do Aleitamento Materno (AM) em situações críticas específicas; Explicar as etapas do processamento do Leite Humano (LH) no planejamento físico-funcional dos BLH’s. Temas Processo de criação dos BLH’s, da Rede de BLH e legislações vigentes; Distribuição do LH. Aula 15: Banco de Leite Humano Nutrição maternoinfantil Aula 15: Banco de Leite Humano Nutrição maternoinfantil Introdução Histórico O primeiro Banco de Leite Humano (BLH) do Brasil foi implantado em outubro de 1943 no então Instituto Nacional de Puericultura, atualmente Instituto Fernandes Figueira (IFF), vinculado a FIOCRUZ no Rio de Janeiro. O objetivo na época era oferecer a recém nascidos o Leite Humano Ordenhado (LHO) em situações nas quais a amamentação não podia ser realizada. As doadoras eram em sua maioria mulheres pobres, que encontravam na comercialização do leite uma forma de sustento, que estimulava inclusive a paridade em muitas delas. Aula 15: Banco de Leite Humano Nutrição maternoinfantil Aula 15: Banco de Leite Humano Nutrição maternoinfantil Introdução Histórico No período de 1943 a 1985, os BLH’s funcionaram no Brasil com o único propósito de obter Leite Humano (LH). Com o Programa de Incentivo ao Aleitamento Materno (AM), a partir de 1985, os Bancos de Leite passaram a assumir um novo papel: o de promoção, proteção e apoio ao AM. A Rede de Banco de Leite Humano (Rede BLH) passou a se construir de forma progressiva, sustentada por trabalhos de investigação e de desenvolvimento tecnológico, voltados para otimização das condições operacionais dos BLH’s no Brasil. Aula 15: Banco de Leite Humano Nutrição maternoinfantil Aula 15: Banco de Leite Humano Nutrição maternoinfantil Aleitamento materno e banco de leite humano Política Nacional de Aleitamento Materno Aula 15: Banco de Leite Humano Nutrição maternoinfantil Aula 15: Banco de Leite Humano Nutrição maternoinfantil Política nacional de aleitamento materno Banco de Leite Humano e Rede Brasileira de BLH O BLH é definido como um serviço especializado responsável por ações de promoção, proteção e apoio ao AM, além da execução de atividades de coleta, processamento e distribuição do LHO com qualidade certificada. O que é a Rede Brasileira de BLH? É uma iniciativa do Ministério da Saúde, por intermédio de uma parceria entre o Instituto Nacional de Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente Fernandes Figueira da Fundação Oswaldo Cruz (IFF/Fiocruz) e o Departamento de Ações Programáticas e Estratégicas da Secretaria de Atenção à Saúde (DAPE/SAS). Sua missão é promover a saúde da mulher e da criança, mediante a integração e construção de parcerias com órgãos federais, as unidades da federação, municípios, iniciativa privada e a sociedade, no âmbito de atuação dos BLH’s. Aula 15: Banco de Leite Humano Nutrição maternoinfantil Aula 15: Banco de Leite Humano Nutrição maternoinfantil Política nacional de aleitamento materno Rede Brasileira de BLH Aproximadamente 150 mil litros de LH são coletados, processados e distribuídos a recém-nascidos de baixo peso internados em unidades neonatais todos os anos no Brasil. O País possui a maior e mais complexa Rede de BLH do mundo e é modelo para a cooperação internacional em mais de 20 países das Américas, Europa e África, estabelecida por meio da Agência Brasileira de Cooperação (ABC). Objetivos permanentes da Rede BLH Promover, proteger e apoiar o AM; Coletar e distribuir LH de qualidade certificada; Contribuir para a redução da mortalidade infantil. Aula 15: Banco de Leite Humano Nutrição maternoinfantil Aula 15: Banco de Leite Humano Nutrição maternoinfantil Rede brasileira de BLH Estrutura organizacional Núcleo de gestão e informação; Laboratório de controle de qualidade; Núcleo de ensino, pesquisa e desenvolvimento tecnológico; Laboratório de telessaúde; Secretaria Executiva da Rede Iberoamericana de Bancos de Leite Humano (IberBLH). Aula 15: Banco de Leite Humano Nutrição maternoinfantil Aula 15: Banco de Leite Humano Nutrição maternoinfantil Rede brasileira de BLH Modelo operacional Fonte: IFF/FIOCRUZ. Aula 15: Banco de Leite Humano Nutrição maternoinfantil Aula 15: Banco de Leite Humano Nutrição maternoinfantil Rede brasileira de BLH Assistência à amamentação Manejo clínico da lactação; Iniciativa Hospital Amigo da Criança (IHAC); Bases do aconselhamento rogeriano - Norma Brasileira de Comercialização; Legislação sobre BLH RDC-ANVISA nº. DE 171, de 04 de setembro de 2006. Dispõe sobre o Regulamento Técnico para o funcionamento de BLH’s (http://www.redeblh.fiocruz.br/media/rdc_171.pdf); Manual sobre o funcionamento do BLH. ANVISA 2008 (http://www.redeblh.fiocruz.br/media/blhanv2008.pdf). Aula 15: Banco de Leite Humano Nutrição maternoinfantil Aula 15: Banco de Leite Humano Nutrição maternoinfantil Rotinas: BLH Operacionalização Fonte: IFF/FIOCRUZ. Aula 15: Banco de Leite Humano Nutrição maternoinfantil Aula 15: Banco de Leite Humano Nutrição maternoinfantil Rotinas: BLH Leite Humano Leite Humano Ordenhado Cru (LHOC): coletado sob a responsabilidade do BLH/posto de coleta, em ambiente interno ou externo. Leite Humano Ordenhado Pasteurizado (LHOP): LH cru que após o recebimento pelo BLH será processado (submetido a pasteurização à 62,5º por 30 minutos) para ser armazenado e posteriormente distribuído para a unidade de UTI neonatal ou outro BLH. Exame microbiológico: teste simplificado para detecção de coliformes totais. Realizado com amostra (4 ml) coletada de cada frasco de LHOP. Controle de qualidade microbiológico: Todo frasco de LHOP é avaliado individualmente do ponto de vista microbiológico, para garantir a inoquidade do produto e zerar o risco biológico para o consumidor. Aula 15: Banco de Leite Humano Nutrição maternoinfantil Aula 15: Banco de Leite Humano Nutrição maternoinfantil Rotinas: BLH Leite Humano Resfriamento rápido até o produto atingir a temperatura final de 5°C: O tratamento é realizado para eliminar quaisquer micro-organismos patogênicos que possam estar presentes no LH, em decorrência de contaminação ambiental ou primária. Todos os micro-organismos patogênicos conhecidos são inativados pela pasteurização. Acidez Dornic: Técnica para determinação da acidez titulável, método Dornic. Realizada com amostra coletada de cada frasco de LHOC. Estocagem: Depois de passar pelo Controle de Qualidade Microbiológico, todo LHOP é mantido sob congelamento a uma temperatura de 18º C negativos, por um período máximo de 6 meses. Este é o prazo de validade. Aula 15: Banco de Leite Humano Nutrição maternoinfantil Aula 15: Banco de Leite Humano Nutrição maternoinfantil Rotinas: BLH Leite Humano Distribuição: Uma vez liberado pelo controle de qualidade, o LH é considerado apto para o consumo. Sua utilização é definida pela prescrição de um médico ou nutricionista, que relacione as necessidades específicas de cada receptor às características imunoquímicas do LH a ser consumido. O nutricionista é responsável pela gestão da rotina no BLH e no controle de qualidade em todas as etapas do processo desde o recebimento até a distribuição (Sistema HACCP: Análise de Perigos e Controle de Pontos Críticos). Acompanhamento clínico dos receptores de LH: Todo BLH é responsável pelo acompanhamento da evolução clínica de cada um dos pacientes neonatais alimentados com LH. Crematócrito: Técnica analítica para determinação do teor de creme, que permite o cálculo do teor de gordura e do conteúdo energético do LHO. Realizada com amostra coletada de cada frasco de LHOC. Aula 15: Banco de Leite Humano Nutrição maternoinfantil Aula 15: Banco de Leite Humano Nutrição maternoinfantil Leite humano processado: a quem se destina? A doação de LH passa pelo processo de coleta, processamento e distribuição do LH para bebês prematuros internados de baixo peso (menos de 2,500g) e com patologias, principalmente do trato gastrointestinal, e que não podem ser alimentados diretamente pelas próprias mães. Todo o leite doado é analisado, pasteurizado e submetido a um rigoroso controle de qualidade antes de ser ofertado a uma criança, conforme rege a legislação que regulamenta o funcionamento dos BLH’s no Brasil, a RDC nº 171. Após análises das suas características, o leite é distribuído de acordo com as necessidades específicas de cada recém-nascido internado. Aula 15: Banco de Leite Humano Nutrição maternoinfantil Aula 15: Banco de Leite Humano Nutrição maternoinfantil Rotinas: BLH Garantia de qualidade Fonte: IFF/FIOCRUZ. Aula 15: Banco de Leite Humano Nutrição maternoinfantil Aula 15: Banco de Leite Humano Nutrição maternoinfantil Banco de leite humano: Instalações Normas técnicas Os BLH’s utilizam técnicas adequadas em seus procedimentos de rotina, que devem garantir a qualidade de produtos e serviços sob a sua responsabilidade. O Regulamento Técnico para Funcionamento de Bancos de Leite Humano está previsto na resolução da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) RDC-171, de 4 de setembro de 2006 (http://www.redeblh.fiocruz.br/media/rdc_171.pdf). Regulamentação dos Ambientes Principais de um Banco de Leite Humano RDC-050, de 21 de fevereiro de 2002 (http://www.redeblh.fiocruz.br/media/50_02rdc.pdf). Aula 15: Banco de Leite Humano Nutrição maternoinfantil Aula 15: Banco de Leite Humano Nutrição maternoinfantil Amamentação cruzada Perigo da amamentação cruzada Muitas mulheres com leite excedente optam por doar diretamente para outro bebê, cuja mãe apresente alguma dificuldade com o aleitamento. No entanto, essa prática, bastante disseminada pelas amas-de-leite no passado, não é recomendada. Contraindicado formalmente pelo Ministério da Saúde e pela Organização Mundial da Saúde (OMS), a amamentação cruzada, traz diversos riscos, podendo transmitir doenças infectocontagiosas, sendo a mais grave o HIV/AIDS. A mãe com leite excedente pode doá-lo ao BLH. A diferença fundamental é que, no BLH, o leite doado passará por um processo de seleção e classificação, sendo pasteurizado e, por fim, sofrerá um controle de qualidade microbiológico. Desse modo, garante a isenção de qualquer possibilidade de transmissão de doenças e oferece ao bebê receptor um leite de qualidade certificada e segurança alimentar e nutricional. Aula 15: Banco de Leite Humano Nutrição maternoinfantil Aula 15: Banco de Leite Humano Nutrição maternoinfantil Amamentação cruzada Participe e tire suas dúvidas: http://www.redeblh.fiocruz.br. Aula 15: Banco de Leite Humano Nutrição maternoinfantil Aula 15: Banco de Leite Humano Nutrição maternoinfantil Referências ACCIOLY, E.; SAUNDERS, C.; LACERDA, E. Nutrição em obstetrícia e pediatria. Rio de Janeiro: Cultura Médica; Guanabara Koogan, 2012. BRASIL. Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Resolução-RDC nº 50, de 21 de fevereiro de 2002. Brasília: MS, ANVISA, 2002. Disponível em: <http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/anvisa/2002/res0050_21_02_2002.html>. Acesso em: 30 mar. 2017. ______. Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Resolução-RDC nº 171, de 4 de setembro de 2006. Brasília: MS, ANVISA, 2006. Disponível em: <http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/anvisa/2006/res0171_04_09_2006.html>. Acesso em: 30 mar. 2017. Aula 15: Banco de Leite Humano Nutrição maternoinfantil Aula 15: Banco de Leite Humano Nutrição maternoinfantil VAMOS AOS PRÓXIMOS PASSOS? Pré-escolar e escolar – classificação de acordo com a faixa etária, aspectos fisiológicos e recomendações nutricionais; Modificações no consumo alimentar e prevenção da ocorrência de doenças crônicas na fase adulta; Programas para alimentação na infância. AVANCE PARA FINALIZAR A APRESENTAÇÃO. Aula 15: Banco de Leite Humano Nutrição maternoinfantil Aula 15: Banco de Leite Humano Nutrição maternoinfantil
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