Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
VOTORANTIM 2016 ERIC RAFAEL GARCIA TÚNEL DE VENTO SUBSÔNICO SUGADOR EM CIRCUITO ABERTO Votorantim 2016 TÚNEL DE VENTO SUBSÔNICO SUGADOR EM CIRCUITO ABERTO Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Faculdade Pitágoras Votorantim/SP, como requisito parcial para a obtenção do título de graduado em Engenharia Mecânica. Orientador: Prof. Dr. Júlio Fabbri Pereira. ERIC RAFAEL GARCIA Dedico este trabalho primeiramente a Deus, pois sem ele nada seria possível. A minha família, por me incentivar, apoiar e orientar em todas as etapas da minha vida. Agradeço a faculdade Pitágoras onde recebi conhecimento para ingressar no mercado de trabalho. AGRADECIMENTOS Aos Professores da Faculdade Pitágoras Votorantim/SP, que contribuíram para me proporcionar о conhecimento não apenas racional, mas а manifestação do caráter е afetividade da educação no processo de formação profissional, na verdade que se dedicaram а mim, não somente por terem me ensinado, mas por terem me feito aprender. А palavra mestre, nunca fará justiça aos professores dedicados, aos quais terão os meus eternos agradecimentos. Garcia, Eric Rafael. TÚNEL DE VENTO SUBSÔNICO SUGADOR EM CIRCUITO ABERTO. 2016. 36 páginas. Trabalho de Conclusão de Curso Engenharia Mecânica – Faculdade Pitágoras, Votorantim/SP, 2016. RESUMO O devido trabalho o projeto de um túnel de vento subsônico sugador em circuito aberto para utilização no laboratório da Faculdade Pitágoras com ideais acadêmicos de ensino. Com a revisão bibliográfica demonstrada, desde os conceitos básicos da mecânica dos fluidos até o desenvolvimento do projeto final. Contribuir para com a instituição Pitágoras, uma vez que esse equipamento será de grande valia no ensino de disciplinas relacionadas com escoamento externo, sejam elas de cursos já existentes ou futuros. Devido as equações que temos será analisado cada componente do túnel de vento e suas características de velocidades de entrada e saída, os coeficientes de perda de carga, e a perda de pressão ao longo de todo túnel. Com isso a velocidade do ventilador do sugador do laboratório varia, em duas velocidades, a fim de ter uma variação da velocidade contínua. Portando estabelecido o dimensionamento de cada componente devido aos cálculos realizados, será feito com material de estoque da própria faculdade que não está sendo utilizado para obter o menor custo na construção do projeto. Palavras-chave: Túnel de Vento Subsônico 1; Circuito Aberto 2; Dinâmica dos Fluídos Computacional 3. Garcia, Eric Rafael. TÚNEL DE VENTO SUBSÔNICO SUGADOR EM CIRCUITO ABERTO. 2016. 36 páginas. Trabalho de Conclusão de Curso Engenharia Mecânica – Faculdade Pitágoras, Votorantim/SP, 2016. ABSTRACT The work because the design of a subsonic wind tunnel sucker open circuit for use in the laboratory of the Faculty Pythagoras with academic ideals of education. With literature review demonstrated, since the basic concepts of fluid mechanics to the development of the final project. Help with Pythagoras institution, since this equipment will be of great value in teaching subjects related to external flow, whether existing or future courses. Because the equations we will analyze each component of the wind tunnel and its speed input and output characteristics, the pressure loss coefficients, and pressure drop along the entire tunnel. With this speed lab aspirator fan varies at two speeds in order to have a continuous variation of speed. Porting established the design of each component due to the calculations will be made with stock material the college that is not being used for the lowest cost in the project construction. Key-words: Subsonic wind tunnel 1; Open return 2; Computer Fluid Dynamic 3. LISTA DE SÍMBOLOS PRESSÃO TOTAL............................................................................................................ [PA] PRESSÃO ESTÁTICA........................................................................................................ [PA] PRESSÃO DINÂMICA ......................................................................................................[PA] VAZÃO VOLUMÉTRICA.................................................................................................. [M³/S] VELOCIDADE DO FLUÍDO............................................................................................... [M/S] ÁREA DA SEÇÃO........................................................................................................... [M²] ̇ VAZÃO MÁSSICA ..........................................................................................................[KG/S] DENSIDADE.................................................................................................................. [KG/M³] ̇ VAZÃO MÁSSICA DE ENTRADA................................................................................ [KG/S] ̇ VAZÃO MÁSSICA DE SAÍDA......................................................................................... [KG/S] ÁREA DA SEÇÃO DE ENTRADA................................................................................... [M²] ÁREA DA SEÇÃO DE SAÍDA ....................................................................................... [M²] VELOCIDADE DO FLUÍDO DE ENTRADA..................................................................... [M/S] VELOCIDADE DO FLUÍDO DE SAÍDA.......................................................................... [M/S] ACELERAÇÃO DA GRAVIDADE................................................................................... [M/S²] ELEVAÇÃO EM RELAÇÃO A UM REFERENCIAL........................................................ [M] NÚMERO DE REYNOLDS................................................................................................. [-] VELOCIDADE MÉDIA....................................................................................................... [M/S] DIÂMETRO HIDRÁULICO.............................................................................................. [M] VISCOSIDADE DINÂMICA............................................................................................. [KG/MS] PERÍMETRO DA SEÇÃO ................................................................................................ [M] TENSÃO DE CISALHAMENTO ....................................................................................... [PA] FORÇA.............................................................................................................................. [N] NÚMERO DE MACH.......................................................................................................... [-] VELOCIDADE DO AR ...................................................................................................... [M/S] VELOCIDADE DO SOM..................................................................................................... [M/S] COEFICIENTE DE PERDA DE CARGA DA COLMEIA......................................................[-] PERDA DE PRESSÃO TOTAL DO SISTEMA................................................................... [PA] AUMENTO DE PRESSÃO DO VENTILADOR .................................................................. [PA] 1.INTRODUÇÃO ....................................................................................................... 13 2. PROBLEMA DE PESQUISA ............................................................................... 14 2.1 OBJETIVO.......................................................................................................14 2.2 OBJETIVO GERAL..........................................................................................14 2.2.2 OBJETIVOS ESPECIFICOS.........................................................................15 2.3 JUSTIFICATIVA..............................................................................................15 3. REVISÃO BIBLIOGRAFICA ................................................................................. 16 4. EQUAÇÕES FUNDAMENTAIS PARA O PROJETO ........................................... 19 4.1 NUMERO DE MACH ........................................................................................ 19 4.1.2 EQUAÇÃO DE BERNOULLI ......................................................................... 19 4.1.3 CAMADA LIMITE .......................................................................................... 20 4.1.4 PERDAS DE CARGA .................................................................................... 20 5. TIPOS DE TÚNEIS DE VENTO ............................................................................ 21 6. METODOLOGIA ................................................................................................... 24 7. DISCUSSÕES ....................................................................................................... 26 8. CONSIDERAÇÕES FINAIS .................................................................................. 27 9. CONCLUSÃO........................................................................................................28 REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 29 13 1. INTRODUÇÃO Os túneis de vento são equipamentos fundamentais para projetos aeroespaciais e pesquisas aerodinâmicas. Além disso, os ensaios neles realizados constituem-se atividades multidisciplinares e de alto grau de complexidade científico- tecnológica. O túnel aerodinâmico é uma instalação capaz de reproduz um escoamento de ar em um ambiente controlado, com baixo nível de turbulência e de modo repetitivo. A finalidade desse tipo de equipamento é simular escoamentos ao redor de modelos aerodinâmicos, obtendo-se dados das cargas de pressões e interações aerodinâmicas que levarão a conclusão se os requisitos do projeto foram alcançados. Os túneis de vento podem ser classificados quanto à velocidade do escoamento em relação à do som, quando a velocidade do vento é menor que a velocidade do som são chamados de subsônicos, se velocidade do ar é superior, recebem o nome de supersônicos, além destes, também existem os túneis hipersônicos onde a velocidade do escoamento é de cinco vezes ou mais que a do som. Na parte construtiva, esses equipamentos se dividem em duas configurações básicas, a de circuito aberto ou fechado, no primeiro caso o ar é descarregado para a atmosfera, enquanto no segundo o fluido retorna para a seção de testes, a vantagem do modelo fechado é a menor demanda energética, pois existe a recirculação do fluido já em movimento, porem suas desvantagens estão relacionadas com as maiores utilizações de material e espaço físico. A posição do equipamento que proverá o fluxo é outra característica marcante no projeto, nesse quesito os túneis de vento são separados em sopradores e sugadores, a vantagem do primeiro modelo é a sua capacidade de trabalhar com altas cargas no sistema, pois se utiliza um ventilador centrífugo, enquanto as vantagens do modelo sugador é a de ter um custo relativamente mais baixo, menor turbulência na câmara de testes, é apropriado para fins didáticos. 14 2. PROBLEMA DE PESQUISA A criação de um túnel de vento na faculdade com materiais que tem em estoque e seguindo esses passos: 1- câmara de estabilização 2- bocal ou contração 3- câmara de testes 4- modelo em teste 5- difusor 6- equipamento de fluxo 2.1 OBJETIVOS 2.2 Objetivo Geral Esse projeto tem como objetivo desenvolver a construção um túnel de vento subsônico do tipo aberto com sucção. A configuração escolhida levou em conta os fatores: menor custo, ser compacto e de fácil manutenção. Contribuir para com a instituição Pitágoras, uma vez que esse equipamento será de grande valia no ensino de disciplinas relacionadas com escoamento externo, sejam elas de cursos já existentes ou futuros. Devido as equações que temos como base para esse trabalho. Será analisado cada componente do túnel de vento e suas características de velocidades de entrada e saída, os coeficientes de perda de carga, e a perda de pressão ao longo de todo túnel. Com isso a velocidade do ventilador do sugador do laboratório varia, em duas velocidades, a fim de ter uma variação da velocidade contínua. Portando estabelecido o dimensionamento de cada componente devido aos cálculos realizados, será feito com material de estoque da própria faculdade que não está sendo utilizado para obter o menor custo na construção do projeto. 15 2.2.2 Objetivos Específicos Utilização de uma revisão bibliográfica sobre os temas abordados no projeto, a fim de se revisar alguns conceitos básicos de física e também desenvolver o conhecimento necessário para o projeto do túnel. A criação dos componentes do túnel utilizando o conhecimento obtido da literatura. Estrutura do túnel utilizando software de CAD. 2.3. JUSTIFICATIVA Esse projeto surgiu da necessidade de se ter um túnel de vento subsônico sugador em circuito aberto no Laboratório de Mecânica dos Fluidos e Fenômenos de Transporte da Faculdade. A opção da escolha da configuração de um túnel de vento do tipo sugador, para esse projeto deve-se ao fato de que o laboratório já possui um exaustor do tipo centrifugo que está desativado, desta forma, o custo de construção iria diminuir consideravelmente, adicionalmente, o laboratório não teria espaço suficiente para a instalação de um túnel de vento fechado, que seria uma primeira opção de escolha. Este equipamento compreende uma ótima ferramenta para o desenvolvimento de aulas práticas, experimentos, simulações e análises em mecânica dos fluidos, possibilitando futuras pesquisas e projetos, além de ser mais um complemento. 16 3. REVISÃO BIBLIOGRAFICA 3.1 HISTORIA DO TUNEL DE VENTO A partir do século XIX foi dado o ponto de partida para a criação dos primeiros túneis de vento junto às primeiras investigações aeronáuticas. Para demonstrar que não é necessário que o corpo esteja em movimento para ensaiar sua capacidade aerodinâmica foi desenvolvido o primeiro túnel de vento, onde o objetivo era analisar que mesmo estando o corpo parado e o ar em movimento é possível realizar medições de as forças aerodinâmicas nele aplicado (WIKIPEDIA). Com início da Segunda Guerra Mundial foram construídos os tuneis de vento de maiores dimensõespara a realização ensaios em aeronave militares. Os testes com tuneis de vento no período da Guerra Fria se tornaram de grande importância devida questões estratégicas auxiliando assim no projeto de mísseis e aviões supersônicos. No decorrer do tempo o túnel tomou papel importante para testes, sendo aplicados em automóveis e construções civis. Antes que os testes com túneis de vento pudessem ser projetados, o engenheiro inglês e matemático Benjamim Robins (1707 – 1751) inventou um braço girando para medir a força de arrasto onde realizou as primeiras experiências na aviação. O primeiro túnel de vento que se tem notícia, acionado por uma máquina a vapor, foi construído na Inglaterra em 1871, para a “Aeronautical Society of Great Britain”, por um dos fundadores dessa associação, Frank H. Wenham (GORECKI, 1988). Desde esta época até os dias atuais, muitos aspectos evoluíram, o que influenciou diretamente na qualidade do escoamento e das medidas, preocupação sempre presente nos estudos e desenvolvimentos de produtos e técnicas (JUNIOR, 2009). Segundo Pope (1966) e Barlow et al (1999), os principais objetivos para garantir a qualidade do escoamento são: • uniformidade espacial na seção de testes, • da velocidade média, • da pressão e da temperatura, • ausência de rotação e de velocidades transversais, • uniformidade temporal, • ausências de oscilações periódicas ou de pulsações e de flutuações aleatórias, da velocidade, temperatura e pressão (ondas acústicas e 17 turbulência). Na grande maioria dos túneis para ensaios aerodinâmicos, usa-se o ar como fluido. Os gases são compressíveis e sua massa específica (r) varia com a temperatura e a pressão, mas em muitos casos pode-se considerar sua massa especifica constante, o que facilita os cálculos e fornece bons resultados (BARLOW, RAE e POPE 1999). Um túnel aerodinâmico produz uma corrente de ar artificial, com características especiais, destinada à simulação experimental de certos tipos de escoamentos reais. A qualidade de um túnel aerodinâmico como instrumento depende do rigor com que se obtém as características do escoamento experimental, da precisão com que se realizam as necessárias operações, da facilidade e economia da sua exploração (MONTEFUSCO 2008). Depois da Segunda Guerra Mundial, engenheiros ligados a competições automobilísticas começaram a usar túneis de vento, em busca de uma vantagem em relação aos concorrentes, medindo a eficiência dos dispositivos aerodinâmicos de seus carros. Mais tarde essa tecnologia passou a ser empregada em carros de passageiros e de carga. Só que de alguns anos para cá os gigantescos túneis de vento de milhões de dólares têm sido cada vez menos usados. Simulações em computadores começam a substituir os túneis de vento para avaliar a aerodinâmica de carros e aviões (SANTOS). Ressalta – se quer mesmo utilizando ferramentas computacionais para analises aerodinâmicos, o túnel é imprescindível para a validação de parâmetros aerodinâmicos. Tendo diferentes seções que passa o ar em um túnel de vento, com diferentes pontos de velocidade. O projeto do túnel de vento tem como principal equação a de bernoilli e a equação de conservação de massa e outros conceitos básicos fundamentais para compreensão do trabalho e retirados das obras de WHITE, BARLOW. Cronograma de desenvolvimento dos Túneis de Vento DATA DESCRIÇÃO DESIGNERS CRIADOS LOCALIZAÇÃO 1871 Primeiro túnel de vento Frank Wenham Grã-Bretanha 1897 Túnel Russo KonstantinTsiolkovsky Rússia 1901 Túnel de 16 polegadas Irmãos Wright Dayton, OH 18 Universidade Católica. 1904 Túnel Russo DimitriRiabouchsinsky Moscou 1909 Primeiro túnel de loop fechado Ludwig Prandtl Universidade de Gottingen 1912 Túneis gêmeos Gustav Eiffel Paris, França 1917 Primeiro túnel moderno Ludwig Prandtl Universidade de Gottingen 1923 Túnel de densidade variável Max Munk Langley Field 1927 Túnel Pesquisa Max Munk Langley Field 1931 Túnel FullScale Smith DeFrance Langley Field 1936 Primeiro túnel supersônico Peenenemunde 1936 Kirsten túnel de alta velocidade William Boeing Universidade de Wisconsin 1938 Túnel de Altitude Massachusetts Institute of Technology (MIT) 1939 Túnel de velocidade de 19 metros de altura Langley Field 1942 Primeiro túnel supersônico EUA Langley Field 1944 AWT Al Young Lou Monroe NACA Lewis 1944 – pelo túnel de 80 pés Carl Bioletti NACA Lewis 1948 – pelo túnel de vento 6Foot Supersonic NACA Lewis 1955 pelo túnel de vento de 10 pés Supersonic NACA Lewis 1955 Propulsão túnel de vento AEDC 19 4. EQUAÇÕES FUNDAMENTAIS PARA O PROJETO 4.1 NUMERO DE MACH A velocidade Mach é uma unidade de medida de velocidade. É definida como a relação entre a velocidade do objeto e a velocidade do som: onde: é o número Mach é a velocidade média relativa do objeto é a velocidade média do som 4.1.2 EQUAÇÃO DE BERNOULLI Em dinâmica dos fluidos, a equação de Bernoulli, atribuída a Daniel Bernoulli, descreve o comportamento de um fluido que se move ao longo de um tubo ou conduto. O princípio de Bernoulli afirma que para um fluxo sem viscosidade, um aumento na velocidade do fluido ocorre simultaneamente com uma diminuição na pressão ou uma diminuição na energia potencial do fluido. O princípio de Bernoulli é nomeado em homenagem ao matemático neerlandês-suiço Daniel Bernoulli que publicou o seu princípio, em seu livro Hydrodynamica em 1738. (5.1, 5.2, 5.3 segundo WHITE, 2002) = velocidade do fluido ao longo do conduto = aceleração da gravidade = altura em relação a um referencial = pressão ao longo do recipiente = massa específica do fluido 20 4.1.3 CAMADA LIMITE O conceito de uma camada limite foi aplicado pioneiramente por Ludwig Prandtl, um alemão estudioso da aerodinâmica em 1904. O conceito de camada limite marcou o elo que faltava da teoria para a prática. O grande desenvolvimento de uma camada limite sobre uma superfície solida tanto as forças viscosas quanto as forças de inercia, com isso não surpreende o fato que o número de Reynolds seja significativo na caracterização dos escoamentos na camada limite. (Fox et al 2001) O formato da camada limite ao devido os componentes do túnel de vento e a diferença do perfil de velocidade de um escoamento subsônico. Com isso tem uma redução de área da seção, diminuindo a pressão e aumentando a velocidade média do fluido. 4.1.4 PERDAS DE CARGA A perda de pressão total (Ptotal) é calculada somando as perdas de pressão de cada componente do túnel de vento. A perda de pressão de cada componente é obtida multiplicando o coeficiente de perda de carga local (Pestática) pela pressão dinâmica local (q) onde o índice i varia para cada componente do túnel de vento. P total = Pestática + q 4.1.5 CONSERVAÇÃO DE MASSA Q=V X A Q = vazão volumétrica V= volume A = seção de um determinado espaço de tempo 21 5. TIPOS DE TÚNEIS DE VENTO a) Túnel de vento de circuito fechado Um túnel de vento de circuito fechado é aquele em que o fluido circula por uma passagem de retorno, que pode ser horizontal ou vertical, mas devido ao fácil acesso aos componentes, é utilizado, normalmente a horizontal (Barlow et al., 1999). Devido ao potencial dos túneis de vento fechado na sua relação aos túneis de vento aberto, portanto precisam de uma energiamínima para movimentar o fluido no circuito. Podemos verificar o tipo de ventilador utilizado geralmente para essa precisão é o ventilado axial. 22 b) Túnel de vento circuito aberto de sucção Um túnel de circuito aberto é aquele em que o fluido não circula, ou seja, não possui passagem de retorno. Este tipo de túnel é amplamente utilizado para fins de instrução e para investigações de fenômenos de fluxo fundamentais (Barlow et al., 1999). O grande diferencial dos túneis de vento de circuito aberto do tipo sugador deve ao baixo custo de seu projeto. Devido a esses tipos de túneis, é utilizado o ventilador axial na saída do difusor. 23 c) Túnel de vento de circuito aberto do tipo soprador Um túnel de circuito aberto é aquele em que o fluido não circula, ou seja, não possui passagem de retorno, são amplamente utilizados para fins de instrução e para calibração de dispositivos de fluxo (Barlow et al., 1999). A maior característica que beneficia o túnel de vento em relação ao aberto de sucção é de ter o maior dimensionamento de trabalhar com maior nivel de carga do sistema, é utilizado um ventilador centrifugo. 24 6. METODOLOGIA Inicialmente será realizado um levantamento do estado da arte sobre o tema abordado. Nesta etapa se espera um aprimoramento dos conhecimentos necessários para o dimensionamento do projeto e a revisão de conceitos físicos inerentes à mecânica dos fluidos. Para um melhor entendimento das fases subsequentes do trabalho, uma figura com as principais partes de um túnel de vento, do modelo escolhido, é demonstrada a seguir. Figura 1: Principais partes de um túnel de vento do tipo sugador com circuito aberto. 1- câmara de estabilização 2- bocal ou contração 3- câmara de testes 4- modelo em teste 5- difusor 6- equipamento de fluxo O dimensionamento do túnel se iniciará com o levantamento da curva característica da máquina responsável pelo fluxo. Por se tratar da parte mais cara do projeto, serão utilizados equipamentos disponíveis na instituição. A justificativa dessa etapa como inicial, vem do fato que toda construção subsequente depende da capacidade do fluxo gerado. O equipamento de fluxo será acoplado a um duto horizontal.com tomadas de pressão em sua lateral. O escoamento será considerado 5 4 1 2 3 6 25 sem perda de carga, uma vez que o fluido ar tem baixa viscosidade, desta maneira é possível utilizar a equação de Bernoulli e se obter a velocidade média de escoamento. A velocidade de escoamento obtida será utilizada na equação de número de Mach. O resultado deve ser menor em 90% que a velocidade do som nesse meio. Caso contrário o escoamento será compressível, assim invalidando o resultado obtido na equação de Bernoulli. Se isso ocorrer será necessário diminuir a potência da máquina geradora de fluxo. Na continuidade do projeto, a seção denominada como difusor será produzida. Este elemento consiste em um canal divergente, sua função é a de transformar a energia cinética do fluxo em energia de pressão à medida que o ar é transportado. As dimensões devem ser suficientes para que não exista o descolamento da camada limite [2,3], pois esse tipo de interferência causará oscilações de velocidade na câmara de testes. A fase seguinte será o dimensionamento da câmara de testes que dependerá dos dados de pressão e velocidade da etapa anterior. As dimensões deverão ser suficientes para que o crescimento da camada limite não interfira nos testes realizados. Esta câmara no final do projeto será produzida em material transparente para a visualização do escoamento. Posteriormente com os resultados obtidos na câmara de testes será produzido o bocal. A curvatura do bocal terá que ser suficiente para que ocorra uma contração com um mínimo de perdas em função de choques nas paredes do bocal [4]. O próximo passo será dimensionar a câmara de estabilização. Esta seção irá conter elementos que têm por finalidade deixar o fluxo com características laminares. O cuidado nessa etapa é a de não produzir uma alta perda de pressão no escoamento. 26 7. DISCUSSÕES Conforme objetivo inicial deste projeto, o sistema desenvolvido deve ser capaz de detectar quaisquer anormalidades no processo em relação aos pontos monitorados, desabilitar o processo impedindo o retorno do funcionamento sem que a causa da parada seja eliminada, impedir a operação em ciclo automático ou manual em condições inseguras, concorrendo para maior segurança funcional e redução de perdas. Até a presente data o sistema tem comportamento conforme planejado, porém, o período em processo ainda não é representativo para uma validação consistente. Neste momento, processo em fase de coleta de dados para consolidação dos resultados. O trabalho exercido durante o projeto estava de acordo com o cronograma estabelecido e possibilitaram juntar a teoria ensinada em sala de aula com a prática do laboratório. O TCC possibilitou o contato com novas tecnologias dentro dos laboratórios de fenômenos de transporte que a faculdade dispõe. O contato com os professores, e principalmente do orientador ajudou a desenvolver uma postura profissional e ética e no respeito as diferenças pessoais de cada indivíduo. 27 8. CONSIDERAÇÕES FINAIS O presente trabalho permitiu verificar que o túnel de vento é um aparelho usado para simular e estudar o comportamento aerodinâmico de objetos ou estruturas. Desta forma foram utilizados ferramentas e materiais simples. O objetivo inicial deste projeto foi a construção de túnel de vento de baixo custo e com equipamentos e ferramentas disponíveis no laboratório desta instituição. Verificou – se a importância do ensaio de visualização em corpos sejam eles, aerodinâmicos ou rombudos (não aerodinâmicos) através de um simples ensaio de visualização com fios de lã. Desta forma, o túnel projetado teve como objetivo alcançado apresentar e simular testes aerodinâmicos de nível acadêmico. Como seria difícil sem um túnel de vento e sua tecnologia especializada, para medir as forças que agem sobre um objeto. Portanto, existem projetos de túneis de vento que mostram os princípios aerodinâmicos, sem a necessidade de instrumentos sofisticados. Estes projetos permitem a visualização do fluxo de ar que passa por um objeto. O conhecimento adquirido com a revisão bibliográfica foi essencial para realização do projeto, seguindo as orientações de cada equação necessária foi de grande importância, não ocorreu nenhum tipo de dificuldade na hora de executar as atividades do cronograma da tarefa. Observando o dimensionamento de cada componente do túnel de vento subsônico sugador de circuito aberto sendo criada com material que estava parado e sem uso em estoque na própria faculdade e transformando em um projeto de estudos acadêmicos. Para elaboração desse túnel de vento foi necessário desenvolver o sistema de trabalho para interagir com os alunos da faculdade. Embora seja uma satisfação, o trabalho apresentado traz uma experiência de como gerenciar um projeto do início ao fim de cada peça feita. E, o mais importante de forma simples facilitando ensino para cada aluno na disciplina. 28 9. CONCLUSÃO Projeto em fase de validação. 29 REFERÊNCIAS OTAM. Manual Técnico. Porto Alegre: OTAM Ventiladores Industriais Ltda.SOUZA, Z. Dimensionamento de máquinas de fluxo: turbinas, bombas e ventiladores. São Paulo: Edgard Blucher, 1991. NASA. Low Speed Tunnel Operation. Disponível em: http://www.grc.nasa.gov/WWW/K-/airplane/tunop.html, Acesso em: 10 de Maio de 2014. WEG. Biblioteca CAD- Automação. Disponível em: http://catalogo.weg.com.br/. Acesso em: 10 de Maio de 2014. BELL, J. H; MEHTA, R. D. Contraction Design for Small Low-Speed Wind Tunnels. Stanford: 1988. Disponível em: < https://moodle.polymtl.ca/file.php /1047/ JEROME/Contractions/Bell_1988.pdf> Acesso em: 21 de março de 2014. CLEZAR, C. A.; RIBEIRO , A. C. Ventilação Industrial. Editora UFSC, 1999 BARLOW, B.J.; RAE W.H.; POPE, A. Low Speed Wind Tunnel Testing. 3ª ed. New York:John Wiley & Sons, 1999. FOX, R.W.; MCDDONALD, A. T. Introdução à Mecânica dos Fluidos. 5ª ed. LTC, 2001. MEHTA, R. D.; BRADSHAW, P. Tecnichal Notes: Design Rules for Small Low Speed Wind Tunnels. The Aeronautical Journal of The Royal Aeronautical Society, November 1979. ANDERSON, J.; D., Jr. Fundamentals of Aerodynamics. 3ª ed. McGraw-Hill, 2001. MATOS, C. C.; BOTELHO, R. D. A influência da aerodinâmica nodesign.Disponívelem:<fido.palermo.edu/servicios_dyc/encuentro2007/02_auspicio s_ publicaciones/actas_diseno/articulos_pdf/A4064.pdf>. Acesso em 10 de Maio de 2014. WHITE, F. M. Mecânica dos Fluidos. 4ª ed. Rio de Janeiro: McGraw-Hill Interamericana do Brasil Ltda, 2002. GROFF, J. E. A.; ALÉ, J. V. Projeto de túnel de vento subsônico de circuito aberto. Rio Grande do Sul: PUC-RS, 2000. MOREL, T., Comprehensive Design of Axisymmetric Wind Tunnel Contractions. Journal of Fluids Eng., ASME, 97, p. 225-233, Junho de 1975. SHAMES, I.H. Mechanics of Fluids. 3ª ed. McGraw-Hill, 1992. WATTENDORF, F.L. Factors Influencing the Energy Ratio of Return Flow Wind T. 5th International Congress for Applied Mechanics, Cambridge, Setembro 1938. ECKERT, W.T.; MORT, K.W.; JOPE, J. Aerodynamic Design Guidelines and Computer Program for Estimation of Subsonic Wind Tunnel Perf. NASA TN D-8243, 1976.
Compartilhar