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APOSTILA 3 – LÓGICA DIGITAL 
 Prof. Murilo Parreira Leal, M.Sc. 
 Disciplina: Arquitetura e Organização de Computadores 
12/05/06 - Pág. 1 
 
 
1 – INTRODUÇÃO 
 
Um computador digital é uma máquina projetada para armazenar e manipular 
informações representadas por algarismos ou dígitos que podem assumir dois valores distintos 0 
ou 1, por isso são chamados de computadores digitais binários, ou simplesmente, computadores 
digitais. 
 
Fisicamente, os valores 0 ou 1 são representados no computador pelas tensões 0,5 V ou 
3,0 V, respectivamente. Estes valores são entendidos pelo computador respeitando uma faixa de 
tolerância, uma vez que é impossível construir equipamentos ou chips que mantenham 
exatamente aquelas tensões. 
 
O computador é fabricado com circuitos eletrônicos que precisam armazenar os sinais 
binários e realizar certos tipos de operações com eles. Estes circuitos são chamados de “circuitos 
digitais” e são formados por pequenos elementos capazes de manipular as grandezas binárias. 
Estes pequenos elementos são conhecidos como portas (“gates”) por permitirem (ou não) a 
passagem destes sinais, e os circuitos que contém portas lógicas são conhecidos como circuitos 
lógicos. 
 
Uma porta é um elemento do hardware, que recebe um ou mais sinais de entrada e 
produz um sinal de saída, cujo valor depende da lógica estabelecida para sua construção. 
 
2 – PORTAS E OPERAÇÕES LÓGICAS 
 
Uma vez que as variáveis de entrada em uma porta lógica só podem ser 0 ou 1, é 
possível tabular as saídas correspondentes em uma “Tabela Verdade”, em função da lógica da 
porta. Também é possível tabular uma “Tabela Verdade” para um circuito lógico. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Importante salientar que o número de entradas em uma porta não precisa ser 
necessariamente 2 (A e B), pois existem chips com mais entradas para uma mesma porta lógica. 
APOSTILA 3 – LÓGICA DIGITAL 
 Prof. Murilo Parreira Leal, M.Sc. 
 Disciplina: Arquitetura e Organização de Computadores 
12/05/06 - Pág. 2 
 
 
 
2.1 – Porta AND (E): 
 
A porta AND é definida como sendo o elemento que produz um resultado verdade (1) 
se e somente se todas as entradas forem verdade. O seu símbolo e a sua “Tabela Verdade’, então 
são os seguintes: 
 
ENTRADA SAÍDA 
A B X = A . B 
0 0 0 
0 1 0 
1 0 0 
1 1 1 
 
Uma das mais importantes utilidades desta porta é a ativação de uma linha de dados 
para controlar o fluxo de bits em um computador (Ver Capítulo 3). 
 
 
Circuito integrado 7408 possui quatro portas AND.�
 
2.2 – Porta OR (OU): 
 
A porta OR é definida para produzir um resultado verdade (1) se pelo menos uma das 
entradas for verdade. O seu símbolo e a sua “Tabela Verdade’, então são os seguintes: 
 
ENTRADA SAÍDA 
A B X = A + B 
0 0 0 
0 1 1 
1 0 1 
1 1 1 
 
 
Circuito integrado 7432 possui quatro portas OR. 
 
 
 
APOSTILA 3 – LÓGICA DIGITAL 
 Prof. Murilo Parreira Leal, M.Sc. 
 Disciplina: Arquitetura e Organização de Computadores 
12/05/06 - Pág. 3 
 
 
2.3 – Porta NOT (NÃO ou INVERSOR): 
 
A operação lógica NOT, também chamada de inversor ou complemento, inverte o valor 
do sinal binário colocado em sua entrada. O seu símbolo e a sua “Tabela Verdade’, então são os 
seguintes: 
 
ENTRADA SAÍDA 
 
A 
 ___ 
X = A 
0 1 
1 0 
 
É interessante observar que a conexão de dois circuitos inversores em série produz, na 
saída, um resultado de valor igual ao da entrada. 
�
Circuito integrado 7404 possui seis portas NOT. 
 
2.4 – Porta NAND (NOT AND): 
 
A porta NAND é definida como o complemento da porta AND, isto é, a saída de um 
circuito NAND eqüivale à saída de um circuito AND passando por uma porta NOT. O seu 
símbolo e a sua “Tabela Verdade’, então são os seguintes: 
 
ENTRADA SAÍDA 
 
A 
 
B 
 __________ 
X = A . B 
0 0 1 
0 1 1 
1 0 1 
1 1 0 
 
 
 
A 
 
B 
 __________ 
X = A . B 
 ___ ___ 
X = A . B 
0 0 1 1 
0 1 1 0 
1 0 1 0 
 __________ ____ ____ 
Importante: A . B ���� A . B 
 
1 1 0 0 
 
 
Circuito integrado 7400 possui quatro portas NAND. 
 
APOSTILA 3 – LÓGICA DIGITAL 
 Prof. Murilo Parreira Leal, M.Sc. 
 Disciplina: Arquitetura e Organização de Computadores 
12/05/06 - Pág. 4 
 
 
Outras portas implementadas através de portas NAND: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
DIAGRAMA 1 
 
 
2.5 – Porta XOR (EXCLUSIVE OR): 
 
A operação XOR, abreviação de EXCLUSIVE OR, pode ser considerada um caso 
particular da função OR, ou seja, sua definição: “a saída será verdade se exclusivamente uma ou 
outra entrada for verdade”. Não podem ambas entradas ser verdade e é esta a diferença para os 
resultados da porta OR. 
 
ENTRADA SAÍDA 
A B 
 X = A ���� B 
0 0 0 
0 1 1 
1 0 1 
1 1 0 
 
 
Circuito integrado 7486 possui quatro portas XOR. 
 
2.6 – Porta NOR (NOT OR): 
 
Assim como a porta NAND, a porta NOR é o complemento ou o inverso da porta OR. 
A saída de um circuito lógico NOR é obtida ao se efetuar a operação lógica OR sobre as entradas 
e inverter o resultado. O seu símbolo e a sua “Tabela Verdade”, então são os seguintes: 
 
ENTRADA SAÍDA 
 
A 
 
B 
 __________ 
X = A + B 
0 0 1 
0 1 0 
1 0 0 
1 1 0 
 
 
APOSTILA 3 – LÓGICA DIGITAL 
 Prof. Murilo Parreira Leal, M.Sc. 
 Disciplina: Arquitetura e Organização de Computadores 
12/05/06 - Pág. 5 
 
 
 
 
A 
 
B 
 __________ 
X = A + B 
 ___ ___ 
X = A + B 
0 0 1 1 
0 1 0 1 
1 0 0 1 
 __________ ____ ____ 
Importante: A+ B ���� A + B 
 
1 1 0 0 
 
 
Circuito integrado 7402 possui quatro portas NOR. 
 
Outras portas implementadas através de portas NOR: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
DIAGRAMA 2 
 
 
3 – ILUSTRAÇÕES SOBRE PORTAS LÓGICAS 
 
As portas lógicas são comercializadas em circuitos 
integrados (CI) em SSI (Small Scale of Integration – Pequena 
Escala de Integração), sendo conhecidos como família 7400. 
 
Existem muitas outras utilizações de portas lógicas 
em outras escalas de integração (LSI e VLSI), porém elas 
ficam invisíveis para o usuário, como por exemplo, dentro de 
memórias e microprocessadores. 
 
 
 
 
 
APOSTILA 3 – LÓGICA DIGITAL 
 Prof. Murilo Parreira Leal, M.Sc. 
 Disciplina: Arquitetura e Organização de Computadores 
12/05/06 - Pág. 6 
 
 
Um multiplexador (MUX) conecta várias entradas em uma única saída. Em qualquer 
instante, é selecionada uma das entradas para 
ser passada para a saída. A figura abaixo 
representa um circuito multiplexador com 
quatro entradas (I0, I1, I2 e I3) e apenas uma 
saída Z, conhecido como 4-para-1. A conexão 
entre a entrada e a saída é realizada em função 
do endereço codificado em A e B, conforme 
tabela-verdade: 
 
A B Z 
0 0 I0 
0 1 I1 
1 0 I2 
1 1 I3 
 
A figura ao lado representa um MUX que possui dois conjuntos de entradas, e um 
conjunto de saída, todas com 8 bits: 
 
� Entrada “A”: Bits de A0 até A7 
� Entrada “B”: Bitsde B0 até B7 
� Saída “S”: Bits de S0 até S7 
 
 O controle é dado pela entrada “C”: 
 
� No estado “0”, habilita a entrada “A” e desabilita a entrada 
“B” 
� No estado “1”, habilita a entrada “B” e desabilita a entrada 
“A”. 
 
Observe que existe um inversor na entrada C que garante a 
habilitação de apenas uma das portas de cada vez. 
 
Este circuito pode ser utilizado para controle em um 
microcomputador, selecionando a fonte de dados (memória 1 ou 
memória 2, por exemplo) para o microprocessador. 
 
A porta XOR permite a fabricação de testadores de igualdade 
entre valores, por exemplo, para testar de modo rápido, se duas palavras 
são iguais. No exemplo da figura abaixo, se dois bits forem iguais, a 
saída deste circuito XOR será FALSA (0). Neste caso, a saída do 
circuito OR que reúne todas as saídas XOR será FALSA, e este valor 
(0) não provocará nenhuma ação por parte da UCP. Caso apenas um par 
de bits apresente valores diferentes, a saída do seu XOR será 1 e, 
conseqüentemente do OR também será 1, provocando a UCP a solicitar 
reenvio do dado. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
APOSTILA 3 – LÓGICA DIGITAL 
 Prof. Murilo Parreira Leal, M.Sc. 
 Disciplina: Arquitetura e Organização de Computadores 
12/05/06 - Pág. 7 
 
 
4 – EXPRESSÕES LÓGICAS – APLICAÇÃO DE PORTAS 
 
Uma expressão lógica pode ser definida como sendo uma expressão algébrica formada 
por variáveis lógicas (binárias), por símbolos representativos de uma operação lógica (+, ., � , 
etc.), por parênteses e por um sinal de igual. 
Por exemplo: ZYXF ��� . A Tabela Verdade deste circuito pode ser obtida a 
partir de todas as possibilidades de entrada e as respectivas saídas: 
ENTRADA SAÍDA 
X Y Z F 
0 0 0 0 
0 0 1 1 
0 1 0 0 
0 1 1 0 
1 0 0 1 
1 0 1 1 
1 1 0 1 
1 1 1 1 
As expressões lógicas podem ser resolvidas como uma expressão aritmética comum, 
levando-se em conta apenas a prioridade do AND (.) sobre o OR (+). 
O “Teorema de Post” define que é possível se encontrar uma função lógica a partir da 
sua Tabela Verdade. Para isto temos o seguinte procedimento: 
� Seleciona-se uma coluna de saída e apenas as linhas diferentes de zero desta 
coluna; 
� Para cada linha será definido um termo que corresponde à operação “AND” entre 
as proposições simples da entrada. Estas proposições simples de entrada serão 
consideradas normais quando iguais a um, e “invertidas” ou “barra” quando iguais 
a zero. 
� A proposição composta completa será obtida pela operação “OR” entre todos os 
termos obtidos. 
 
4.1 – Álgebra Boolena: 
 
A álgebra booleana é uma área da matemática que trata de regras e elementos de lógica. 
O nome é uma homenagem ao matemático inglês George Boole (1815-1864), que desenvolveu 
uma análise matemática sobre a lógica. Suas regras básicas são: 
1 XX �� 0 13 ZYXZYX ����� )()( 
2 11��X 14 ZYXZYX ����� )()( 
3 XXX ��
 
 15 ZXYXZYX ������ )( 
4 1�� XX
 
 16 XYXX ��� 
5 00 ��X 17 XYXX ��� )( 
6 XX ��1 18 ZYXZXYX ������ )()( 
7 XXX �� 19 YXYXX ���� 
8 0�� XX 20 ZYXZYZYYX �������� 
9 XX � 21 YXYX ��� )( 
10 XYYX ��� 22 YXYX ��� )( 
11 0�� XX 23 YXYXYX ����� 
12 XYYX ��� 24 YXYXYX ����� 
 
 
APOSTILA 3 – LÓGICA DIGITAL 
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12/05/06 - Pág. 8 
 
 
As equações básicas 1 a 9 podem ser provadas através do emprego das Tabelas Verdade 
já mostradas anteriormente. As equações 10 a 20 podem ser demonstradas a partir das Tabelas 
Verdade e das equações básicas 1 a 9. A equação 19 pode ser resolvida substituindo X por 
X+X.Y (equação 16). As equações 21 e 22 referem-se ao “Teorema de Morgan” e podem ser 
provadas a partir dos Diagramas 1 e 2 vistos anteriormente. As equações 23 e 24 representam a 
Tabela Verdade do circuito XOR e NOT-XOR, mas muitas vezes não lembramos deste fato, por 
isso estão acrescentadas na tabela acima. 
Todas as equações podem ser utilizadas para simplificação dos circuitos lógicos 
projetados, a fim de diminuir a quantidade de portas necessárias e, consequentemente, diminuir 
o custo do mesmo. Analisemos os seguintes casos: 
YX � implica na utilização de duas portas NOT (para inverte X e Y) e uma porta 
AND. O equivalente )( YX � utiliza apenas uma porta NOR. 
YX � implica na utilização de duas portas NOT e uma porta OR. O equivalente 
)( YX � utiliza apenas uma porta NAND. 
Muitas vezes, no entanto, não dispomos no chip de uma porta necessária ao circuito, 
sendo que, neste caso, é importante utilizarmos as disponíveis através de equivalentes. Se 
precisamos de uma porta NOR, mas nosso chip só tem portas OR e NOT, devemos utilizar estas 
portas prioritariamente. Exemplo: Simplificar a expressão: 
������������� CBACBACBACBAX 
CABABBCACCBA ������������ )()( 
 
4.2 – Circuitos Combinatórios: 
 
Um Circuito Combinatório é definido como sendo um conjunto de portas cuja saída em 
qualquer instante de tempo é função somente das entradas. Em contrapartida, um Circuito 
Seqüencial, além de possuir portas, contém elementos de armazenamento denominados flip-
flops. 
 
Estes circuitos são utilizados para várias funções dentro de um microcomputador, por 
exemplo, e podem ser utilizados em qualquer dispositivo compatível com a lógica digital. 
 
4.2.1 Circuitos Decodificadores: 
 
Podemos exemplificar um circuito combinatório com um “Decodificador BCD8421 
para Código Gray” (Tabela Verdade): 
BCD 8421 GRAY 
A
 
B
 
C
 
D
 
S3 S2 S1 S0 
0 0 0 0 0 0 0 0 
0 0 0 1 0 0 0 1 
0 0 1 0 0 0 1 1 
0 0 1 1 0 0 1 0 
0 1 0 0 0 1 1 0 
0 1 0 1 0 1 1 1 
0 1 1 0 0 1 0 1 
0 1 1 1 0 1 0 0 
1 0 0 0 1 1 0 0 
1 0 0 1 1 1 0 1 
1 0 1 0 1 1 1 1 
1 0 1 1 1 1 1 0 
1 1 0 0 1 0 1 0 
1 1 0 1 1 0 1 1 
1 1 1 0 1 0 0 1 
1 1 1 1 1 0 0 0 
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 Disciplina: Arquitetura e Organização de Computadores 
12/05/06 - Pág. 9 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Simplificando as equações obteremos: 
S3 = A 
S1 = B � C S0 = C � D 
 
Uma das aplicações mais importantes de um decodificador é a habilitação de circuitos 
de memória. Desta forma, ao ser enviado um endereço binário para o decodificador, ele habilita 
apenas o conjunto de bits referente àquele endereço. O exemplo abaixo é de um “decodificador 3 
para 8”, que a partir dos endereços (entrada) de três bits é capaz de que selecionar oito memórias: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ABCD DABC DCAB DCAB CDBA DCBA DCBA DCBA S3 ��������
CDBA DCBA DCBA DCBA BCDA DBCA DCBA DCBA S2 ��������
DCAB DCAB CDBA DCBA DCBA DCBA CDBA DCBA S1 ��������
DABC DCAB DCBA DCBA DBCA DCBA DCBA DCBA S0 ��������
B A BA BA S2 ����
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12/05/06 - Pág. 10 
 
 
4.2.2 Circuitos Aritméticos: 
 
Para somarmos dois números binários de “n” bits basta efetuar a operação entre cada 
um dos seus “n” bits. Devemos considerar ainda o “vai um”, que ocorre quando a soma supera 
um dígito. 
O Circuito Somador Completo (FULL ADDER) soma dois bits considerando na soma o 
bit de carry in (“vem um”) que veio da soma anterior e, gerando além da saída o bit de carry out 
(“vai um”): 
Entrada - os dois bits a serem somados e o bit de carry in - A, B e Ci 
Saída - a soma dos bits e o bit de carry out ("vai um") - S e CoPodemos representar um Circuito Somador Completo pelo diagrama a seguir: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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12/05/06 - Pág. 11 
 
 
Um circuito somador de 4 bits é montado a partir dos módulos de Circuito Somador do 
diagrama anterior: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 A saída terá também 4 bits para o resultado da operação matemática (soma). Porém, 
existe a possibilidade de que a soma ultrapasse a capacidade do nosso somador (neste caso, 4 
bits). Para isso, precisamos incluir um 5º bit, um bit de overflow. 
 
Obs.: Como o somador de entrada não deve receber nenhum bit de carry in, é preciso forçar que 
o Ci desse somador seja zero. 
 
 
4.3 – CIRCUITOS SEQÜENCIAIS: 
 
Um Circuito Seqüencial é definido como sendo um conjunto de portas cuja saída em 
qualquer instante de tempo é função das entradas e/ou de seus estados anteriores que 
permanecem armazenados (através dos Elos de Realimentação). Portanto um Circuito 
Seqüencial, além de possuir portas, contém elementos de armazenamento denominados flip-
flops. 
FLIP-FLOP RS BÁSICO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A Tabela Verdade deste circuito é a seguinte (Qa = Estado anterior, Qf = Estado final). 
 S R Qa Qf Qf Transição Conclusão 
0 0 0 0 0 1 Estável Qf = Qa 
1 0 0 1 1 0 Estável Qf = Qa 
2 0 1 0 0 1 Estável Qf � 0 
3 0 1 1 0 1 Instável Qf � 0 
4 1 0 0 1 0 Instável Qf � 1 
5 1 0 1 1 0 Estável Qf � 1 
6 1 1 0 1 1 Não Permitido Q = Q 
7 1 1 1 1 1 Não Permitido Q = Q 
 
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12/05/06 - Pág. 12 
 
 
Resumindo as conclusões anteriores, temos: 
 
S R Qf 
0 0 Qa 
0 1 0 
1 0 1 
1 1 Não Permitido 
 
Para que o Flip-Flop RS básico seja controlado convenientemente, é necessária a troca 
dos dois inversores da entrada por portas NAND. No instante adequado ao microprocessador é 
injetado um pulso de CLOCK informando ao Flip-Flop para receber as entradas R e S. Este 
pulso de clock entra nas duas outras entradas daquelas portas NAND. 
 
FLIP-FLOP RS COMANDADO POR PULSO DE CLOCK 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Quando CLOCK = 0, as saídas das portas NAND de entrada serão sempre iguais a 1, ou 
seja, semelhantes à situação Qf = Qa. Quando CLOCK = 1 o circuito irá comportar-se como um 
Flip-Flop RS básico. 
 
Tal circuito ainda tem o defeito de apresentar indefinição quando R e S forem iguais a 1 
simultaneamente. Isto pode ser resolvido mantendo uma entrada D ligada ao S, e um D ligado 
ao R (através de um inversor). 
 
 
4.4 – MEMÓRIA RAM: 
 
 MEMÓRIA RAM DE 1 BIT 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Estando a entrada de endereços em nível lógico 1, as portas AND (P1 e P2) liberarão a 
passagem para os terminais R e S do Flip-Flop, do dado de entrada ligado na entrada D. 
 
 
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12/05/06 - Pág. 13 
 
 
 
ESCRITA (WRITE) LEITURA (READ) 
END = 1 END = 1 
Informação � D Controle Escrita/Leitura (Write/Read) � 0 
Controle Escrita/Leitura (Write/Read) � 1 Bit � SL 
 
A memória RAM de 1 bit descrita anteriormente é insuficiente para termos uma noção 
completa de acesso (leitura ou gravação) de dados. Para tal devemos ter um conjunto de bits 
referenciado por um endereço. O diagrama a seguir mostra quatro memórias de três bits cada: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O Decodificador endereça o conjunto de bits desejado a partir do endereço recebido 
pelo barramento. Na verdade isso exigiria barramentos com muitas trilhas para endereçar as 
memórias. A solução então foi adotar um esquema matricial, onde cada endereço não possui um 
valor, mas sim dois: “linha” e “coluna”. A quantidade de trilhas do barramento de endereços 
diminui exponencialmente com esta solução (Ver Apostila 4 – Subsistema de Memória). 
 
 
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LISTA DE EXERCÍCIOS 
 
1) Desenvolva a tabela verdade para as seguintes expressões booleanas: 
 
a) 
 
b) 
 
c) 
 
d) 
 
e) 
 
f) 
 
Respostas: 
a) Entradas b) Entradas c) Entradas 
 A B C Saída A B C D Saída A B C D Saída 
 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 
 0 0 1 1 0 0 0 1 0 0 0 0 1 0 
 0 1 0 1 0 0 1 0 0 0 0 1 0 0 
 0 1 1 1 0 0 1 1 0 0 0 1 1 0 
 1 0 0 1 0 1 0 0 0 0 1 0 0 1 
 1 0 1 1 0 1 0 1 0 0 1 0 1 0 
 1 1 0 1 0 1 1 0 0 0 1 1 0 0 
 1 1 1 1 0 1 1 1 0 0 1 1 1 1 
 1 0 0 0 1 
 1 0 0 1 1 
d) Entradas 1 0 1 0 1 f) Entradas 
 A B C Saída 1 0 1 1 0 A B C D Saída 
 0 0 0 0 1 1 0 0 1 0 0 0 0 1 
 0 0 1 0 1 1 0 1 1 0 0 0 1 0 
 0 1 0 1 1 1 1 0 1 0 0 1 0 1 
 0 1 1 0 1 1 1 1 1 0 0 1 1 0 
 1 0 0 0 0 1 0 0 0 
 1 0 1 0 0 1 0 1 1 
 1 1 0 0 e) Entradas 0 1 1 0 0 
 1 1 1 0 A B Saída 0 1 1 1 1 
 0 0 0 1 0 0 0 0 
 0 1 0 1 0 0 1 1 
 1 0 1 1 0 1 0 0 
 1 1 1 1 0 1 1 1 
 1 1 0 0 0 
 1 1 0 1 1 
 1 1 1 0 0 
 1 1 1 1 1 
 
2) Simplifique as seguintes expressões lógicas: 
 
a) 
 
b) 
 
c) 
CBACBA �����
)( DBCA ���
CBACBACBA ��������
)()()( BACABA �����
BABA ���
DCABA ���� )(
DCEEDCEDCABBAX �������������
)( CBACBACBACBAX ������������
CACABABAX ��������
APOSTILA 3 – LÓGICA DIGITAL 
 Prof. Murilo Parreira Leal, M.Sc. 
 Disciplina: Arquitetura e Organização de Computadores 
12/05/06 - Pág. 15 
 
 
d) 
 
e) 
 
f) 
 
g) 
 
h) 
 
i) 
 
j) 
 
k) 
 
Respostas: 
a) b) c) 
 
d) e) 
 
f) g) h) 
 
i) j) k) 
 
3) Desenhe o diagrama lógico correspondente às seguintes expressões: 
 
a) 
 
b) 
 
c) 
 
d) 
 
e) 
 
Respostas: 
a) b) 
 
 
 
 
 
c) 
 
 
 d) 
 
 
 
e) 
 
 
 
 
 
)()()()( XZYTSRVWZYXA �����������
CABACBACCAX ����������
BACCBAAACBCAX ������������ )()(
YXYXA ����
)()( YXYXA ����
ZYXZXA �����
1)0()1( ������� DDBAX
CCCCABBAX ���������� 0)1(
DEBAX ���� CBAX ��� )( CBAX ���
TSRVWZYXA �������� AX �
CBAX ��� YXA �� XA �
)( YZXA ��� 1�X CAX ��
)( EDCBAX �����
)()( ABDCBAX ������
EDCBAX ����� )()(
EDCBAY ����� )(
EDCBAY ����� )()(
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12/05/06 - Pág. 16 
 
 
4) A partir das seguintes tabelas verdade encontre as expressões booleanas, simplifique-as e faça os 
diagramas lógicos correspondentes: 
 
 a) Resposta: 
Entradas Sai. 
A B S1 
0 0 1 
0 1 1 
1 0 1 
1 1 0 
 
b) Resposta: 
Entradas Saídas 
A B S1 S2 
0 0 1 0 
0 1 0 0 
1 0 1 0 
1 1 0 1 
 
c) Resposta: 
Entradas Saídas 
A B S1 S2 S3 
0 0 0 1 1 
0 1 1 1 0 
1 0 1 0 1 
1 1 0 0 1 
 
d) Resposta: 
 
Entradas Saídas 
A B C S1 S2 
0 0 0 1 0 
0 0 1 0 1 
0 1 0 0 0 
0 1 1 0 1 
1 0 0 1 1 
1 0 1 0 1 
11 0 1 0 
1 1 1 1 1 
 
5) Faça o diagrama e descreva o funcionamento de um Flip-Flop RS. 
 
6) Faça o diagrama e descreva o funcionamento de um Flip-Flop RS controlado por pulso de clock. 
 
7) Faça o diagrama e descreva o funcionamento de uma memória RAM de um bit. 
 
8) Para que são utilizadas as entradas END, D, X e a saída S de uma memória RAM de um bit? 
Resposta: END: Seleciona a memória que será lida ou gravada. 
 D: Entrada do dado (0 ou 1) para gravação. 
 S: Saída do dado (0 ou 1) para leitura. 
 X: Seleção de leitura ou gravação 
B S1�
BA S2 ��
A S2 �
AB S3 ��
BACB S1 ����
BA S1 ��
BA S1 ��
CBA S2 ���

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